sexta-feira, 20 de agosto de 2010

URANTIA 26 A 40

DOCUMENTO 26

ESPÍRITOS MINISTRADORES DO UNIVERSO CENTRAL
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Os supernafins são os espíritos ministradores do Paraíso e do universo central; eles são a mais alta ordem do grupo menos elevado de filhos do Espírito Infinito – as hostes angélicas. Estes espíritos ministradores são encontrados desde a Ilha do Paraíso até os mundos do tempo e do espaço. Nenhuma das partes maiores da criação organizada e habitada fica desprovida dos serviços deles.

1. OS ESPÍRITOS MINISTRADORES


26:1:1 2852 Os anjos são os espíritos ministradores que colaboram com as criaturas volitivas evolucionárias e ascendentes de todo o espaço; são também os companheiros e colaboradores de trabalho das mais elevadas hostes de personalidades divinas das esferas. Os anjos, de todas as ordens, são personalidades definidas e altamente individualizadas. Todos eles têm uma grande capacidade de valorar as ministrações dos diretores de retrospecção (ou lazer). Junto com as Hostes dos Mensageiros do Espaço, os espíritos ministradores desfrutam de temporadas de descanso e de transformação; eles possuem naturezas bastante sociáveis e têm uma capacidade de colaboração que em muito transcende a dos seres humanos.

26:1:2 2853 Os espíritos ministradores do grande universo são classificados do seguinte modo:

2854 1. Supernafins.

2855 2. Seconafins.

2856 3. Tertiafins.

2857 4. Omniafins.

2858 5. Serafins.

2859 6. Querubins e Sanobins.

28510 7. Criaturas Intermediárias.

26:1:3 28511 Os membros individuais das ordens angélicas não são de todo estacionais quanto ao seu status pessoal no universo. Os anjos de certas ordens podem tornar-se Companheiros do Paraíso, por uma temporada; alguns se tornam Registradores Celestes; outros ascendem às fileiras dos Conselheiros Técnicos. Certos querubins podem aspirar ao status e ao destino seráfico, ao passo que os serafins evolucionários podem alcançar os níveis espirituais dos Filhos ascendentes de Deus.

26:1:4 28512 As sete ordens de espíritos ministradores, tais como reveladas, são agrupadas, para apresentação, de acordo com as suas funções de maior importância para as criaturas ascendentes:

26:1:5 28513 1. Os Espíritos Ministradores do Universo Central. Três ordens de supernafins servem no sistema Paraíso-Havona. Os supernafins primários, ou do Paraíso, que são criados pelo Espírito Infinito. As ordens secundárias e terciárias, servindo em Havona, que são as progênies dos Espíritos Mestres e dos Espíritos dos Circuitos, respectivamente.

26:1:6 2861 2. Os Espíritos Ministradores dos Superuniversos – os seconafins, tertiafins e omniafins. Os seconafins, filhos dos Espíritos Refletivos, servem diversificadamente nos sete superuniversos. Os tertiafins, originários do Espírito Infinito, acabam por estar dedicados ao serviço de ligação entre os Filhos Criadores e os Anciães dos Dias. Os omniafins são criados em conjunto pelo Espírito Infinito com os Sete Executivos Supremos, e são Servidores exclusivos destes últimos. A análise dessas três ordens forma o tema de uma das narrativas seguintes desta série.

26:1:7 2862 3. Os Espíritos Ministradores dos Universos Locais abrangem os serafins e os seus assistentes, os querubins. Com essa descendência do Espírito Materno do Universo é que os mortais ascendentes têm o contato inicial. As criaturas intermediárias, que nascem nos mundos habitados, não são realmente da ordem angélica propriamente dita, embora funcionalmente sejam muitas vezes agrupadas junto com os espíritos ministradores. A sua história, junto com uma exposição sobre os serafins e os querubins, é apresentada nos documentos que tratam dos assuntos do vosso universo local.

26:1:8 2863 Todas as ordens de hostes angélicas devotam-se aos serviços vários do universo e servem, de um ou de outro modo, às ordens mais elevadas de seres celestes; mas são os supernafins, os seconafins e os serafins que, em números elevados, são empregados na execução do esquema ascendente de perfeccionamento progressivo dos filhos do tempo. Funcionando no universo central, nos superuniversos e nos universos locais, eles formam aquela corrente inquebrantável de espíritos ministradores que tem sido provida pelo Espírito Infinito, para ajudar e guiar a todos aqueles que procuram alcançar o Pai Universal por intermédio do Filho Eterno.

26:1:9 2864 Os supernafins estão limitados à “polaridade do espírito” no que concerne a uma única fase da ação, aquela com o Pai Universal. Eles podem trabalhar isoladamente, exceto quando estiverem utilizando diretamente os circuitos exclusivos do Pai. Quando estiverem ligados, no seu poder de recepção, sob a ministração direta do Pai, os supernafins devem ligar-se, voluntariamente, aos pares, para que sejam capazes de funcionar. Os seconafins são limitados da mesma forma e, além disso, devem trabalhar aos pares quando forem sincronizar-se com os circuitos do Filho Eterno. Os serafins podem trabalhar isoladamente, como personalidades discretas, definidas e localizadas; mas são capazes de entrar em circuito apenas quando polarizados e ligados aos pares. Um desses seres espirituais é chamado de complemento do outro, quando estão associados aos pares. As relações de complementaridade podem ser passageiras; elas não são necessariamente de natureza permanente.

26:1:10 2865 Essas criaturas brilhantes de luz são sustentadas diretamente pela absorção da energia espiritual dos circuitos primários do universo. Os mortais de Urântia precisam obter luz-energia por meio da absorção de vegetais, mas as hostes angélicas estão ligadas aos circuitos; elas “têm alimentos que vós não conheceis”. Elas também participam dos ensinamentos circulantes dos maravilhosos Filhos Instrutores da Trindade; e têm uma recepção do conhecimento e uma forma de absorção da sabedoria muito semelhantes à técnica pela qual assimilam as energias vitais.

2. OS PODEROSOS SUPERNAFINS


26:2:1 2866 Os supernafins são instrutores de muita maestria para todos os tipos de seres que estejam no Paraíso e no universo central. Estes anjos elevados são criados em três ordens maiores: primária, secundária e terciária.

26:2:2 2871 Os supernafins primários. São progênies vindas exclusivamente do Criador Conjunto. Eles dividem o seu ministério de um modo quase igualitário entre alguns corpos de Cidadãos do Paraíso e os grupos, sempre crescentes, de peregrinos ascendentes. Esses anjos da Ilha Eterna são altamente eficientes para fomentar o aperfeiçoamento essencial de ambos os grupos de residentes do Paraíso. Eles contribuem muito em tudo aquilo que é de ajuda para a compreensão mútua entre essas duas ordens únicas de criaturas do universo – uma sendo um tipo mais elevado de criaturas volitivas, divinas e perfeitas, e a outra, a evolução perfeccionada do tipo mais baixo de criaturas volitivas em todo o universo dos universos.

26:2:3 2872 O trabalho dos supernafins primários é tão único e notável que será abordado em separado no documento seguinte.

26:2:4 2873 Os supernafins secundários são os diretores dos assuntos dos seres ascendentes, nos sete circuitos de Havona. Eles estão igualmente empenhados na ministração de aperfeiçoamentos educacionais a inúmeras ordens de Cidadãos do Paraíso, as quais permanecem por longos períodos nos circuitos dos mundos da criação central; mas nós não podemos discorrer sobre essa fase do seu serviço.

26:2:5 2874 Há sete tipos desses anjos elevados, cada um tendo origem em um dos Sete Espíritos Mestres; e a sua natureza é conformada segundo o modelo original. Coletivamente, os Sete Espíritos Mestres criam muitos diferentes grupos únicos de seres e de entidades, e os membros individuais de cada ordem são relativamente uniformes na sua natureza. Contudo, quando esses mesmos Sete Espíritos, individualmente, criam as ordens resultantes são sempre sétuplas, pela sua natureza; os filhos de cada Espírito Mestre compartilham da natureza do seu criador, sendo, portanto, diferentes dos outros. Essa é a origem dos supernafins secundários; e esses anjos, de todos os sete tipos criados, funcionam em todos os ramos de atividades abertos para a sua ordem, sobretudo nos sete circuitos do universo central e divino.

26:2:6 2875 Cada um dos sete circuitos planetários de Havona está sob a supervisão direta de um dos Sete Espíritos dos Circuitos, eles próprios sendo uma criação coletiva – e, portanto, uniforme – dos Sete Espíritos Mestres. Mesmo participando da natureza da Terceira Fonte e Centro, esses sete Espíritos subsidiários de Havona não fizeram parte do universo arquetípico original. Eles estiveram em função depois da criação original (eterna), mas muito antes dos tempos de Grandfanda. Eles apareceram, indubitavelmente, como uma resposta criativa dos Espíritos Mestres ao propósito emergente do Ser Supremo; e já estavam em função, quando da organização do grande universo. O Espírito Infinito e todos os seus colaboradores criativos, como coordenadores universais, parecem dotados abundantemente da capacidade de dar respostas criativas adequadas aos desenvolvimentos simultâneos das Deidades experienciais, e nos universos em evolução.

26:2:7 2876 Os supernafins terciários têm origem nos Sete Espíritos dos Circuitos. A cada um destes, nos círculos separados de Havona, o Espírito Infinito dá o poder de criar um número suficiente de altos ministros superáficos, da ordem terciária, para satisfazer às necessidades do universo central. Embora os Espíritos dos Circuitos tenham produzido relativamente poucos desses ministros angélicos, antes da chegada dos peregrinos do tempo em Havona, os Sete Espíritos Mestres nem mesmo haviam começado a criação dos supernafins secundários, até a chegada de Grandfanda. A mais antiga das duas ordens, a dos supernafins terciários, será, pois, examinada em primeiro lugar.

3. OS SUPERNAFINS TERCIÁRIOS


26:3:1 2881 Esses servidores dos Sete Espíritos Mestres são os especialistas angélicos dos vários circuitos de Havona; e a sua ministração estende-se tanto aos peregrinos ascendentes do tempo quanto aos peregrinos descendentes vindos da eternidade. No bilhão de mundos de estudo, da criação central perfeita, os vossos companheiros superáficos, de todas as ordens, serão plenamente visíveis para vós. Ali, todos vós sereis, no sentido mais elevado, seres fraternais e compreensivos, em compaixão e contato mútuos. Vós também reconhecereis totalmente, e vos confraternizareis, de um modo agradável, com os peregrinos descendentes, os Cidadãos do Paraíso, que atravessam esses circuitos vindos de dentro para fora, entrando em Havona através do mundo-piloto do primeiro circuito e até o sétimo, continuando para fora.

26:3:2 2882 Os peregrinos ascendentes dos sete superuniversos passam por Havona, na direção oposta, entrando pela via do mundo-piloto, do sétimo circuito, e continuando para dentro. Não há limite de tempo estabelecido para o progresso das criaturas ascendentes, de mundo a mundo e de circuito a circuito; do mesmo modo que nenhum período fixo de tempo de residência, nos mundos moronciais, está arbitrariamente determinado para eles. Todavia, ainda que os indivíduos, adequadamente desenvolvidos, possam ser eximidos de permanecer em um ou mais dos mundos de educação dos universos locais, nenhum peregrino pode evitar passar por todos os sete circuitos da espiritualização progressiva de Havona.

26:3:3 2883 Aquele corpo de supernafins terciários, designado principalmente para o serviço dos peregrinos do tempo, é classificado como se segue:

26:3:4 2884 1. Os Supervisores da Harmonia. Torna-se evidente que alguma espécie de influência coordenadora seria necessária, mesmo na perfeita Havona, para manter o sistema e assegurar a harmonia em todo o trabalho de preparação dos peregrinos do tempo para as suas realizações subseqüentes no Paraíso. Esta é a verdadeira missão dos supervisores da harmonia – conservar tudo dentro de um movimento suave e expedito. Originados no primeiro circuito, eles servem em toda Havona; e a sua presença nos circuitos significa que nada, certamente, poderá dar errado. Os supernafins têm uma grande capacidade para coordenar atividades bastante diversas, envolvendo personalidades de ordens diferentes – e, até mesmo, em níveis múltiplos –, o que lhes permite prestarem assistência onde e quando forem requisitados. Eles contribuem enormemente para a compreensão mútua entre os peregrinos do tempo e os peregrinos da eternidade.

26:3:5 2885 2. Os Registradores Principais. Esses anjos são criados no segundo circuito, mas operam em qualquer lugar no universo central. Eles registram em triplicata, efetuando registros para os arquivos literais de Havona, para o arquivo espiritual da sua ordem e para os registros formais do Paraíso. Além disso, eles transmitem automaticamente as transações de importância para o conhecimento verdadeiro às bibliotecas vivas do Paraíso, os Custódios do conhecimento, da ordem primária de supernafins.

26:3:6 2886 3. Os Difusores. Os filhos do terceiro Espírito do Circuito funcionam em toda Havona, se bem que a sua estação oficial esteja localizada no planeta de número setenta, do circuito mais externo. Estes mestres da técnica são transmissores e receptores da criação central, e diretores dos informes espaciais de todos os fenômenos da Deidade no Paraíso. Eles podem operar todos os circuitos básicos do espaço.

26:3:7 2887 4. Os Mensageiros têm a sua origem no circuito de número quatro. Eles percorrem o sistema Paraíso-Havona como portadores de todas as mensagens que requerem transmissão pessoal. Servem aos seus companheiros, as personalidades celestes, os peregrinos do Paraíso e até mesmo as almas ascendentes do tempo.

26:3:8 2891 5. Os Coordenadores da Informação. Esses supernafins terciários, filhos do quinto Espírito do Circuito, são sempre os promotores sábios e compassivos da associação fraternal entre peregrinos ascendentes e descendentes. Eles ministram a todos os habitantes de Havona, e especialmente aos ascendentes, mantendo-os sempre informados sobre os assuntos do universo dos universos. Em virtude de contatos pessoais com transmissores e refletores, esses “jornais vivos” de Havona ficam instantaneamente atualizados com todas as informações que passam pelos amplos circuitos de notícias do universo central. Eles asseguram a informação pelo método gráfico de Havona, que os capacita automaticamente a assimilar tal quantidade de informação no período de uma hora do tempo de Urântia, coisa que, pela maioria das vossas técnicas mais rápidas de transmissão, requereria mil anos.

26:3:9 2892 6. As Personalidades de Transporte. Esses seres, que têm origem no circuito número seis, operam normalmente a partir do planeta de número quarenta, no circuito mais externo. São eles que levam de volta os candidatos desapontados, os que temporariamente falham na aventura da Deidade. Eles permanecem prontos para servir a todos que devem ir e vir, no serviço de Havona, e que não se autotransportam no espaço.

26:3:10 2893 7. O Corpo de Reserva. As flutuações, no trabalho com os seres ascendentes, os peregrinos do Paraíso e outras ordens de seres estabelecidos em Havona, tornam necessário manter as reservas de supernafins, no mundo-piloto do sétimo círculo, onde têm a sua origem. Eles são criados sem designações especiais e são competentes para assumir o serviço nas fases menos exigentes de quaisquer deveres dos seus companheiros superáficos da ordem terciária.

4. OS SUPERNAFINS SECUNDÁRIOS


26:4:1 2894 Os supernafins secundários são ministros dos sete circuitos planetários do universo central. Parte deles está devotada ao serviço dos peregrinos do tempo, e a metade de toda a ordem está designada para o aperfeiçoamento dos peregrinos da eternidade, no Paraíso. Estes Cidadãos do Paraíso, na sua peregrinação pelos circuitos de Havona, são também assistidos pelos voluntários do Corpo Mortal de Finalidade, e esse arranjo tem prevalecido desde que se formou o primeiro grupo de finalitores.

26:4:2 2895 De acordo com os seus compromissos periódicos, na ministração aos peregrinos ascendentes, os supernafins secundários trabalham nos sete grupos seguintes:

2896 1. Ajudantes dos Peregrinos.

2897 2. Guias da Supremacia.

2898 3. Guias da Trindade.

2899 4. Descobridores do Filho.

28910 5. Guias do Pai.

28911 6. Assessores e Conselheiros.

28912 7. Complementos do Repouso.

26:4:3 28913 Cada um desses grupos de trabalho tem anjos de todos os sete tipos criados; e um peregrino do espaço é sempre tutorado por um supernafim secundário, com origem no Espírito Mestre que preside ao superuniverso de nascimento do peregrino. Quando vós, mortais de Urântia, alcançardes Havona, certamente sereis pilotados por supernafins cujas naturezas de criação – como as vossas próprias naturezas evoluídas – derivaram do Espírito Mestre de Orvonton. E, posto que os vossos tutores advêm do Espírito Mestre do vosso próprio superuniverso, eles estão especialmente qualificados para entender-vos, confortar-vos e assistir-vos em todos os vossos esforços para alcançar a perfeição do Paraíso.

26:4:4 2901 Os peregrinos do tempo são transportados, através dos corpos escuros de gravidade de Havona, até os circuitos planetários exteriores, pelas personalidades de transporte da ordem primária de seconafins que operam a partir das sedes centrais dos sete superuniversos. Na sua maioria, mas não todos, os serafins do serviço planetário e do universo local, que foram credenciados para a ascensão ao Paraíso, partirão com os seus companheiros mortais, antes do longo vôo para Havona, e imediatamente começarão um longo e intenso aperfeiçoamento, para o compromisso superno, na expectativa de, enquanto serafins, alcançarem a perfeição da existência e a supremacia do serviço. E eles fazem isso com a esperança de juntar-se aos peregrinos do tempo e serem reconhecidos entre aqueles que, para sempre, seguem o curso dos mortais, os quais alcançaram o Pai Universal e receberam a designação para o serviço indiscriminado nos Corpos da Finalidade.

26:4:5 2902 O peregrino aterrissa no planeta de recepção de Havona, o mundo-piloto do sétimo circuito, com um único dom de perfeição: perfeição de propósito. O Pai Universal decretou: “Sede perfeitos, como sou Eu próprio perfeito”. Este é o convite-mandato assombroso difundido aos filhos finitos dos mundos do espaço. A promulgação dessa injunção impulsionou toda a criação a fazer um esforço cooperativo entre os seres celestes, para ajudar a realizar, em toda a plenitude, esse comando prodigioso da Primeira Grande Fonte e Centro.

26:4:6 2903 Quando, por intermédio e graça da ministração de todas as hostes de ajudantes do esquema universal de sobrevivência, fordes finalmente colocados no mundo de recepção de Havona, vós chegareis lá com uma única espécie de perfeição – a perfeição no propósito. O vosso propósito tem sido profundamente provado; a vossa fé tem sido testada. Vós sois conhecidos como sendo à prova de desapontamento. Nem mesmo o fracasso em discernir o Pai Universal pode abalar a fé ou perturbar seriamente a confiança de um mortal ascendente que houver passado pela experiência, pela qual todos devem passar, no seu propósito de alcançar as esferas perfeitas de Havona. Quando alcançardes Havona, a vossa sinceridade ter-se-á tornado sublime. A perfeição no propósito e a divindade no desejo, com firmeza de fé, terão assegurado vossa entrada nas moradas firmes da eternidade; a vossa libertação das incertezas do tempo será inteira e completa; e, agora, vós deveis estar face a face com os problemas de Havona e as imensidões do Paraíso, para cujo encontro vós tendes sido tão longamente preparados, nas épocas experienciais do tempo e nas escolas do mundo do espaço.

26:4:7 2904 A fé conquistou, para o peregrino ascendente, uma perfeição de propósito que abre, para esse filho do tempo, os portais da eternidade. Agora, os ajudantes dos peregrinos devem começar o seu trabalho de desenvolver aquela perfeição de entendimento e aquela técnica de compreensão tão indispensáveis para que a personalidade alcance o nível de perfeição do Paraíso.

26:4:8 2905 A aptidão para compreender é o passaporte dos mortais para o Paraíso. A vontade de acreditar é a chave de Havona. A aceitação da filiação, a cooperação com o Ajustador residente, é o preço da sobrevivência evolucionária.

5. OS AJUDANTES DOS PEREGRINOS


26:5:1 2911 O primeiro dos sete grupos de supernafins secundários que será encontrado é o de ajudantes dos peregrinos, aqueles seres de entendimento rápido e compaixão ampla que acolhem os ascendentes muito viajados do espaço nos mundos estabilizados e de economia estabelecida do universo central. Simultaneamente, esses altos ministros começaram o seu trabalho com os peregrinos da eternidade do Paraíso: com os primeiros a chegar ao mundo-piloto do circuito interno de Havona, os quais o fizeram concomitantemente com a aterrissagem de Grandfanda, no mundo-piloto do circuito mais externo. Naqueles dias longínquos, os peregrinos do Paraíso e os peregrinos do tempo encontraram-se, pela primeira vez, nos mundos de recepção do circuito de número quatro.

26:5:2 2912 Esses ajudantes dos peregrinos, funcionando no sétimo círculo dos mundos de Havona, conduzem seu trabalho para com os mortais ascendentes em três divisões maiores: a primeira, a compreensão suprema da Trindade do Paraíso; a segunda, a compreensão espiritual da interassociação Pai-Filho; e a terceira, o reconhecimento intelectual do Espírito Infinito. Cada uma dessas fases de instrução é dividida em sete ramificações, com doze divisões menores, de setenta grupos subsidiários; e cada um desses setenta agrupamentos subsidiários de instrução é apresentado em mil classificações. Uma instrução com mais detalhes é proporcionada nos círculos subseqüentes; mas uma visão geral de todos os requisitos do Paraíso é ensinada pelos ajudantes dos peregrinos.

26:5:3 2913 Este, então, é o curso primário ou elementar à espera dos peregrinos testados na sua fé e muito viajados do espaço. Todavia, bem antes de alcançar Havona, esses filhos ascendentes do tempo terão aprendido a regozijar-se com a incerteza, a alimentar-se com o desapontamento, a entusiasmar-se com a derrota aparente, a revigorar-se em presença das dificuldades, a exibir coragem indômita em face da imensidão, e a exercitar uma fé inquebrantável quando confrontados com o desafio do inexplicável. Há muito, o grito de batalha desses peregrinos passou a ser: “Junto com Deus, nada – absolutamente nada – é impossível”.

26:5:4 2914 Há um quesito definido, para os peregrinos do tempo, em cada um dos círculos de Havona; e ainda que cada peregrino continue sob a tutela dos supernafins, adaptados por natureza a ajudar esse tipo especial de criatura ascendente, o curso do qual se deve ter a mestria é bastante uniforme para todos os seres ascendentes que alcançam o universo central. O curso dessa realização é quantitativo, qualitativo e experiencial – intelectual, espiritual e supremo.

26:5:5 2915 O tempo é de pouca importância nos círculos de Havona. E, só de uma forma limitada, o tempo entra nas possibilidades de avanço, pois a conclusão com êxito é o teste supremo e final. No momento mesmo em que o teu companheiro superáfico te considerar competente para adentrar o próximo círculo, tu serás levado perante os doze ajudantes do sétimo Espírito do Circuito. Ali, será requisitado de ti que passes nas provas do círculo, determinadas no superuniverso da tua origem e no sistema do teu nascimento. O grau de realização na divindade, nesse círculo, tem lugar no mundo-piloto e consiste no reconhecimento espiritual e na compreensão espiritual do Espírito Mestre do superuniverso do peregrino ascendente.

26:5:6 2916 Quando terminar o trabalho do círculo mais externo de Havona e o método apresentado estiver sob mestria, os ajudantes dos peregrinos levam os seus tutelados para o mundo-piloto do próximo círculo e entregam-nos aos cuidados dos Guias da Supremacia. Os ajudantes dos peregrinos sempre permanecem por uma temporada para cuidar que a transferência seja tão agradável quanto proveitosa.

6. OS GUIAS DA SUPREMACIA


26:6:1 2921 Os seres ascendentes do espaço são chamados de “graduados espirituais”, quando transladados do sétimo para o sexto círculo e colocados sob a supervisão imediata dos Guias da Supremacia. Estes guias não devem ser confundidos com os Guias dos Graduados – pertencentes às Personalidades Mais Elevadas do Espírito Infinito – que, junto com os seus parceiros de serviço, ministram, em todos os circuitos de Havona, tanto aos peregrinos ascendentes quanto aos descendentes. Os Guias da Supremacia funcionam apenas no sexto círculo do universo central.

26:6:2 2922 É nesse círculo que os seres ascendentes conseguem uma nova compreensão da Divindade Suprema. Nas suas longas carreiras, nos universos evolucionários, os peregrinos do tempo têm experimentado uma consciência crescente da realidade do supracontrole Todo-Poderoso das criações do espaço-tempo. Aqui, neste circuito de Havona, eles estão próximos de encontrar a fonte da unidade do espaço-tempo no universo central – a realidade espiritual de Deus, o Supremo.

26:6:3 2923 Tenho certa dificuldade para explicar o que acontece nesse círculo. Nenhuma presença personalizada da Supremacia é perceptível aos seres ascendentes. Sob certos pontos de vista, novas relações com o Sétimo Espírito Mestre compensam essa não-contatabilidade do Ser Supremo. Porém, a despeito da nossa incapacidade de compreender a técnica, cada criatura ascendente parece estar submetida a um crescimento transformador, uma nova integração de consciência, uma nova espiritualização de propósito, uma nova sensibilidade para a divindade, que dificilmente podem ser explicadas satisfatoriamente, sem presumir-se uma atividade não revelada do Ser Supremo. Para aqueles de nós que observaram essas transações misteriosas, é como se Deus, o Supremo, estivesse dotando afetuosamente os seus filhos experienciais, até os limites mesmos das suas capacidades experienciais, com aqueles acréscimos de compreensão intelectual, discernimento espiritual interior e alcance de personalidade, dos quais eles irão necessitar tanto, em todos os seus esforços para penetrar o nível de divindade da Trindade da Supremacia e para alcançar as Deidades Eternas e existenciais do Paraíso.

26:6:4 2924 Quando os Guias da Supremacia consideram os seus discípulos maduros para prosseguirem no seu avanço, eles levam-nos diante da comissão dos setenta, um grupo misto que serve de examinador no mundo-piloto do circuito número seis. Após satisfazerem a essa comissão, quanto à sua compreensão do Ser Supremo e da Trindade da Supremacia, os peregrinos são confirmados para o traslado ao quinto circuito.

7. OS GUIAS DA TRINDADE


26:7:1 2925 Os Guias da Trindade são os ministros incansáveis do quinto círculo de aperfeiçoamento de Havona, para os peregrinos em avanço do tempo e do espaço. Os graduados espirituais, aqui, são designados “candidatos à aventura da Deidade”, pois é nesse círculo, sob a direção dos Guias da Trindade, que os peregrinos recebem a instrução avançada a respeito da Trindade divina, nos seus preparativos no intento de realizar o reconhecimento da personalidade do Espírito Infinito. E, aqui, os peregrinos ascendentes descobrem o que significam o verdadeiro estudo e o esforço mental real, assim como começam a discernir a natureza mais desgastante e a prática espiritual muito mais árdua que será requerida deles, para satisfazer às demandas da elevada meta estabelecida, para a realização deles, nos mundos desse circuito.

26:7:2 2926 Os Guias da Trindade são extremamente fiéis e eficientes; e cada peregrino recebe a atenção, não dividida, de um supernafim secundário pertencente a essa ordem, e desfruta de todo o seu afeto. Um peregrino do tempo nunca iria encontrar a primeira pessoa alcançável da Trindade do Paraíso, não fossem a ajuda e a assistência desses guias e da hoste de outros seres espirituais empenhados na instrução aos seres ascendentes sobre a natureza e a técnica para a aventura, na Deidade, que se aproxima.

26:7:3 2931 Após completarem o curso de aperfeiçoamento nesse circuito, os Guias da Trindade levam os seus discípulos ao seu mundo-piloto e apresentam-nos diante de uma das muitas comissões trinas que funcionam como examinadoras e certificadoras dos candidatos à aventura da Deidade. Essas comissões consistem em um companheiro dentre os finalitores, um dos diretores de conduta da ordem dos supernafins primários, e um Mensageiro Solitário do espaço ou um Filho Trinitarizado do Paraíso.

26:7:4 2932 Quando uma alma ascendente parte, de fato, para o Paraíso, ela é acompanhada apenas pelo trio de trânsito: o Companheiro superáfico do círculo, o Guia dos Graduados e o parceiro de serviço sempre-presente deste último. Essas excursões, dos círculos de Havona até o Paraíso, são viagens probatórias; os seres ascendentes ainda não têm status para o Paraíso. E eles não alcançam o status de residentes do Paraíso antes de haverem passado pelo repouso final do tempo, que vem depois de alcançarem o Pai Universal, e da liberação definitiva dos circuitos de Havona. Eles só participam da “essência da divindade” e do “espírito da supremacia” depois do repouso divino e, assim, realmente começam a funcionar no círculo da eternidade e na presença da Trindade.

26:7:5 2933 Os Companheiros que formam o trio de trânsito do ser ascendente não têm a obrigação de torná-lo capaz de localizar a presença geográfica da luminosidade espiritual da Trindade, mas, sim, de fornecer toda a assistência possível a um peregrino, na sua tarefa difícil de reconhecer, discernir e compreender o suficiente do Espírito Infinito, para que isso constitua um reconhecimento de personalidade. Qualquer peregrino ascendente, no Paraíso, pode discernir a presença geográfica ou de localização da Trindade; a grande maioria é capaz de contatar a realidade intelectual das Deidades, especialmente a Terceira Pessoa, mas nem todos podem reconhecer, nem mesmo parcialmente compreender, a realidade da presença espiritual do Pai e do Filho. E ainda mais difícil é a compreensão espiritual até mesmo mínima do Pai Universal.

26:7:6 2934 Raramente a busca do Espírito Infinito deixa de ser consumada e, quando os seus tutelados tiverem tido êxito nessa fase da aventura da Deidade, os Guias da Trindade preparar-se-ão para transferi-los ao ministério dos Descobridores do Filho, no quarto círculo de Havona.

8. OS DESCOBRIDORES DO FILHO


26:8:1 2935 O quarto circuito de Havona é chamado, algumas vezes, de “circuito dos Filhos”. Dos mundos desse circuito, os peregrinos ascendentes vão ao Paraíso para conseguir um contato de compreensão com o Filho Eterno; ao passo que, nos mundos desse circuito, os peregrinos descendentes alcançam uma nova compreensão da natureza e da missão dos Filhos Criadores, no tempo e no espaço. Nesse circuito há sete mundos nos quais o corpo reserva dos Michaéis do Paraíso mantém escolas de serviço especial de ministério mútuo, tanto para os peregrinos ascendentes, quanto para os descendentes; e é nesses mundos dos Filhos Michaéis que os peregrinos do tempo e os peregrinos da eternidade alcançam o seu primeiro verdadeiro entendimento mútuo, uns com os outros. Sob muitos aspectos, as experiências desse circuito são as mais intrigantes de toda a estada em Havona.

26:8:2 2941 Os Descobridores do Filho são os ministros superáficos dos mortais ascendentes do quarto circuito. Além do trabalho geral dos preparativos dos seus candidatos para uma compreensão das relações do Filho Eterno com a Trindade, esses Descobridores do Filho devem instruir tão plenamente os seus pupilos para que eles obtenham êxito: primeiro, na compreensão espiritual adequada do Filho; segundo, no reconhecimento satisfatório da personalidade do Filho; e terceiro, na diferenciação, de modo adequado, entre o Filho e a personalidade do Espírito Infinito.

26:8:3 2942 Depois de alcançar o Espírito Infinito, eles não são mais submetidos a exames. Os testes dos círculos internos são as atuações dos candidatos peregrinos, quando são abraçados pelo manto das Deidades. O avanço é determinado puramente pela espiritualidade do indivíduo, e ninguém, senão os Deuses, pode presumir fazer essa qualificação. Em caso de fracasso, nenhum motivo é jamais assinalado; nem os próprios candidatos, nem os seus vários tutores e guias recebem reprimendas ou críticas. No Paraíso, o desapontamento nunca é encarado como derrota; o adiamento nunca é visto como uma desgraça; os fracassos aparentes do tempo nunca são confundidos com os atrasos significativos na eternidade.

26:8:4 2943 Não são muitos os peregrinos que experimentam o atraso de um fracasso aparente na aventura da Deidade. Quase todos alcançam o Espírito Infinito, ainda que ocasionalmente algum peregrino do superuniverso de número um não tenha tido êxito na primeira tentativa. Os peregrinos que alcançam o Espírito raramente falham em encontrar o Filho; entre aqueles que falham na primeira aventura, quase todos vêm dos superuniversos três e cinco. A grande maioria daqueles que falham em alcançar o Pai, na primeira aventura, após haverem encontrado tanto o Espírito quanto o Filho, vem do superuniverso de número seis, ainda que uns poucos dos universos de número dois e três, do mesmo modo, não tenham tido êxito. E tudo isso parece indicar claramente que haja alguma razão boa e suficiente para esses aparentes fracassos; na realidade, são atrasos simplesmente inevitáveis.

26:8:5 2944 Os candidatos derrotados na aventura da Deidade são colocados sob a jurisdição dos comandantes das designações, um grupo de supernafins primários, e são remanejados para o trabalho nos reinos do espaço, por um período não menor do que um milênio. Eles nunca retornam aos superuniversos do seu nascimento, vão sempre para as supercriações mais propícias ao seu reaperfeiçoamento de preparação para a segunda aventura da Deidade. Em seguida a esse serviço, e por sua própria vontade, eles retornam ao círculo externo de Havona, são imediatamente acompanhados até o círculo onde a sua carreira foi interrompida e logo retomam os seus preparativos para a aventura da Deidade. Os supernafins secundários jamais falham em pilotar com êxito os seus tutelados na segunda tentativa, e os mesmos ministros superáficos e os outros guias sempre prestam assistência a tais candidatos durante essa segunda aventura.

9. OS GUIAS DO PAI


26:9:1 2945 Quando a alma do peregrino alcança o terceiro círculo de Havona, ela chega sob a tutela dos Guias do Pai, os mais antigos, altamente hábeis e mais experientes de todos os ministros superáficos. Nos mundos desse circuito, os Guias do Pai mantêm escolas de sabedoria e colégios de técnica, onde todos os seres que residem no universo central servem como instrutores. Nada que pudesse ser útil a uma criatura do tempo, nessa aventura transcendente de alcance da eternidade, é negligenciado.

26:9:2 2946 O alcançar do Pai Universal é o passaporte para a eternidade, não obstante haver circuitos restantes a serem atravessados. E, portanto, é uma ocasião memorável, no mundo-piloto do círculo de número três, quando o trio de trânsito anuncia que a última aventura do tempo está para começar; que uma outra criatura do espaço busca a sua entrada no Paraíso, pelos portais da eternidade.

26:9:3 2951 O teste do tempo está quase chegando ao fim; a escalada para a eternidade já foi quase inteiramente percorrida. Os dias de incerteza estão por terminar; a tentação de duvidar está desaparecendo; a injunção de ser perfeito foi obedecida. Da parte mais baixa da existência inteligente, a criatura do tempo e de personalidade material ascendeu até as esferas evolucionárias do espaço, provando, assim, a viabilidade do plano de ascensão, e demonstrando, para sempre, a justiça e a retidão do comando do Pai Universal às Suas criaturas inferiores dos mundos: “Sede perfeitos, como Eu próprio sou perfeito”.

26:9:4 2952 Passo a passo, vida a vida, mundo a mundo, a carreira ascendente foi conquistada e, com maestria, a meta da Deidade foi alcançada. A sobrevivência foi completada, na perfeição, e a perfeição está repleta, na supremacia da divindade. O tempo perdeu-se na eternidade, o espaço foi engolfado na identidade, na adoração e harmonia com o Pai Universal. As transmissões de Havona emitem os informes espaciais da glória, as boas-novas de que, em verdade, as criaturas com consciência de natureza animal e de origem material, por meio da ascensão evolucionária, tornaram-se, em realidade e em eternidade, filhos perfeccionados de Deus.

10. OS ASSESSORES E OS CONSELHEIROS


26:10:1 2953 Os Assessores e os Conselheiros superáficos do segundo círculo são os instrutores dos filhos do tempo a respeito da carreira da eternidade. Alcançar o Paraíso subentende uma responsabilidade de uma ordem nova e mais elevada; e a permanência no segundo círculo proporciona oportunidade ampla de receber o conselho colaborador desses devotados supernafins.

26:10:2 2954 Aqueles que não têm êxito no primeiro esforço de alcançar a Deidade avançam, do círculo do seu fracasso, diretamente para o segundo círculo, antes de serem reenviados para o serviço no superuniverso. Assim, também os Assessores e os Conselheiros servem como conselheiros e confortadores para esses peregrinos desapontados. Eles acabaram de ter o seu maior desapontamento, o qual de nenhum modo difere, a não ser pela magnitude, dos outros da longa lista dessas experiências, nas quais eles escalaram, como em uma escada, do caos até a glória. Esses são aqueles seres que esvaziaram a taça experiencial até a sua última gota; e eu tenho observado que eles retornam, temporariamente, aos serviços dos superuniversos como o mais elevado tipo de ministradores de amor para os filhos do tempo que tiveram desilusões temporais.

26:10:3 2955 Após uma longa estada no circuito de número dois, aqueles que passaram por essas desilusões são examinados pelos conselhos da perfeição, que se reúnem no mundo-piloto desse círculo e que certificam que eles passaram no teste de Havona; e isso, quanto ao status não espiritual, confere a eles uma posição nos universos do tempo, a mesma que teriam caso houvessem conseguido êxito, factualmente, na aventura da Deidade. O espírito desses candidatos era plenamente aceitável; o fracasso deles foi inerente a alguma fase da técnica de abordagem ou a alguma parte dos seus antecedentes experienciais.

26:10:4 2956 Eles são levados, então, pelos conselheiros do círculo, perante os comandantes das designações no Paraíso e são remanejados para os serviços do tempo nos mundos do espaço; e, com alegria e contentamento, eles encaminham-se para as tarefas de dias e idades anteriores. Em outro dia, eles retornarão ao círculo do seu maior desapontamento e novamente tentarão a aventura da Deidade.

26:10:5 2961 Para os peregrinos que tiveram êxito no segundo circuito, o estímulo da incerteza evolucionária chegou ao fim, mas a aventura do compromisso eterno ainda não começou e, mesmo que a permanência nesse círculo seja totalmente agradável e altamente proveitosa, falta-lhes um pouco do entusiasmo antecipador dos círculos anteriores. Muitos são os peregrinos que, nessas ocasiões, olham para trás, para a longa, a imensamente longa luta, com uma saudade jubilosa, realmente desejando poder voltar aos mundos do tempo e começar tudo de novo, exatamente como vós mortais, quando, ao chegardes a uma idade avançada, algumas vezes olhais para trás, para as lutas da juventude e dos primeiros anos de vida, e verdadeiramente desejais que pudésseis viver as vossas vidas uma vez mais.

26:10:6 2962 Mas a travessia do círculo mais interno está bem à frente e, um pouco mais adiante, o último sono de trânsito terminará; e a nova aventura da carreira eterna começará. Os assessores e os conselheiros do segundo círculo começam os preparativos dos seus tutelados para esse grande descanso final, o sono inevitável que intervém sempre entre os estágios epocais das carreiras ascendentes.

26:10:7 2963 Quando esses peregrinos ascendentes que alcançaram o Pai Universal completam a experiência do segundo círculo, os seus Guias dos Graduados, sempre prestativos, emitem a ordem admitindo-os ao círculo final. Esses guias conduzem pessoalmente os seus tutelados ao círculo interno e, ali, colocam-nos sob a custódia dos Complementos do Repouso, a última ordem de serafins secundários designados para o ministério aos peregrinos do tempo, nos circuitos dos mundos de Havona.

11. OS COMPLEMENTOS DO REPOUSO


26:11:1 2964 Grande parte do tempo de um ser ascendente no último circuito é devotada a uma continuação dos estudos dos problemas iminentes da residência no Paraíso. Uma hoste grande e diversificada de seres, na sua maioria não revelados, é residente, permanente ou transitoriamente, desse anel interno dos mundos de Havona. E a combinação de tipos, assim múltiplos, proporciona aos Complementos superáficos do repouso um ambiente rico de situações, as quais eles utilizam efetivamente no aprimoramento da educação dos peregrinos ascendentes, especialmente com respeito aos problemas de adaptação que muitos grupos de seres têm ao se encontrarem no Paraíso.

26:11:2 2965 Entre os habitantes desse circuito interno, estão os filhos trinitarizados pelas criaturas. Os supernafins primários e secundários são os Custódios gerais do corpo conjunto desses filhos, incluindo as progênies trinitarizadas dos finalitores mortais e as progênies semelhantes dos Cidadãos do Paraíso. Alguns desses filhos são abraçados pela Trindade e empregados nos supergovernos, outros são designados de vários modos, mas a grande maioria está sendo reunida nos corpos conjuntos nos mundos perfeitos do circuito interno de Havona. Ali, sob a supervisão dos supernafins, eles estão sendo preparados para algum futuro trabalho, por um corpo especial, e sem denominação, de altos Cidadãos do Paraíso, os quais foram, antes dos tempos de Grandfanda, os primeiros assistentes executivos dos Eternos dos Dias. Há muitas razões para conjecturar-se que esses dois grupos singulares de seres trinitarizados irão trabalhar juntos em um futuro remoto, e, dentre essas razões, o seu destino comum, nas reservas dos Corpos de Finalitores Trinitarizados do Paraíso, não é a menos importante delas.

26:11:3 2966 Nesse circuito mais interno, tanto os peregrinos ascendentes quanto os descendentes confraternizam-se uns com os outros, e com os filhos trinitarizados pelas criaturas. Como os seus pais, esses filhos tiram grande proveito dessa interassociação; e é missão especial dos supernafins facilitar e assegurar a confraternização entre os filhos trinitarizados dos finalitores mortais e os filhos trinitarizados dos Cidadãos do Paraíso. Os Complementos superáficos do repouso não estão tão empenhados na educação deles, como estão em promover uma relação de entendimento entre os diversos grupos.

26:11:4 2971 Do Paraíso, os mortais receberam o comando: “Sede perfeitos, como o vosso Pai no Paraíso é perfeito”. Para esses filhos trinitarizados do corpo conjunto, os supernafins supervisores nunca cessam de proclamar: “Sede compreensivos para com os vossos irmãos ascendentes, do modo que os Filhos Criadores do Paraíso os conhecem e os amam”.

26:11:5 2972 A criatura mortal deve encontrar Deus. O Filho Criador nunca pára até encontrar o homem – a sua mais humilde criatura volitiva. Fora de dúvida, os Filhos Criadores, e os seus filhos mortais, estão-se preparando para algum serviço futuro e desconhecido no universo. Uns e outros estão passando por todas as gamas de universos experienciais e, assim, estão sendo educados e preparados para a sua missão eterna. Em todos os universos está ocorrendo essa fusão única do humano e do divino, a comunhão da criatura e do Criador. Os irrefletidos mortais têm-se referido à manifestação da misericórdia e ternura divinas, especialmente para com os fracos e na defesa dos necessitados, como sendo indicativa de um Deus antropomórfico. Quão errôneo! Essas manifestações de misericórdia e de paciência deveriam, antes, ser consideradas, pelos seres humanos, como evidência de que o homem mortal é residido pelo espírito do Deus vivo; de que a criatura é, afinal, motivada pela divindade.

26:11:6 2973 Próximo ao fim da estada no primeiro círculo, os peregrinos ascendentes encontram primeiro os estimuladores do repouso, da ordem primária dos supernafins. Estes são os anjos do Paraíso que saem para acolher aqueles que se encontram nos umbrais da eternidade e que estão para completar os seus preparativos para o sono de transição da última ressurreição. E realmente não sereis filhos do Paraíso até que tenhais atravessado o círculo mais interno e até que tenhais experimentado a ressurreição da eternidade, depois do sono terminal do tempo. Os peregrinos perfeccionados começam por esse repouso e vão dormir no primeiro círculo de Havona; mas acordam às margens do Paraíso. Entre todos os que ascendem até a Ilha Eterna, apenas aqueles que chegam lá desse modo são os filhos da eternidade; os outros vão como visitantes, como convidados sem status de residência.

26:11:7 2974 E agora, culminando a carreira de Havona, ao dormirdes no mundo-piloto do círculo mais interno, vós, mortais, não ireis sós para o vosso repouso, como o fizestes nos mundos da vossa origem, quando fechastes os vossos olhos no sono natural do falecimento mortal, nem como fizestes quando entrastes no longo transe, de trânsito preparatório para a vossa jornada até Havona. Agora, ao preparar-vos para o repouso de realização, ao vosso lado caminha o vosso Companheiro de longo tempo, desde o primeiro círculo, o majestoso Complemento do repouso, que se prepara, uno convosco, para entrar no sono, como uma garantia dada por Havona de que a vossa transição está completa e de que vós esperais apenas os toques finais de perfeição.

26:11:8 2975 A vossa primeira transição foi de fato a morte; a segunda, um sono ideal; e agora, a terceira metamorfose, é o verdadeiro repouso, o descanso das idades.

26:11:9 2976 [Apresentado por um Perfeccionador da Sabedoria de Uversa.]

DOCUMENTO 27

MINISTRAÇÃO DOS SUPERNAFINS PRIMÁRIOS
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Os supernafins primários são os Servidores supernos das Deidades, na Ilha Eterna do Paraíso. Nunca se soube que eles tenham saído dos caminhos da luz e da retidão. As listas de chamada estão completas; da eternidade, nem um membro sequer das suas magníficas hostes foi perdido. Esses elevados supernafins são seres perfeitos, supremos na perfeição, mas eles não são absonitos, nem são absolutos. Sendo da essência da perfeição, esses filhos do Espírito Infinito trabalham voluntariamente, de modo intercambiável, em todas as fases dos seus múltiplos deveres. Eles não funcionam, em uma escala considerável, fora do Paraíso, se bem que participem dos vários encontros milenares e reuniões de grupo no universo central. Eles também saem como mensageiros especiais das Deidades e, em grande número, ascendem para tornarem-se Conselheiros Técnicos.

27:0:2 2982 Os supernafins primários são também colocados no comando das hostes seráficas que ministram nos mundos isolados por causa de rebeliões. Quando um Filho do Paraíso se auto-outorga em um mundo assim, completa a sua missão, ascende até o Pai Universal, é aceito e retorna como o libertador acreditado desse mundo isolado; um supernafim primário é sempre indicado pelos comandantes das designações para assumir o comando dos espíritos ministradores a serviço na esfera recém-recuperada. Os supernafins, nesse serviço especial, são permutados periodicamente. Em Urântia, o “comandante dos serafins” atual é o segundo dessa ordem a ocupar o posto desde os tempos da auto-outorga de Cristo Michael.

27:0:3 2983 Desde a eternidade, os supernafins primários têm servido na Ilha da Luz e têm saído em missões de liderança para os mundos do espaço, mas, como classificados agora, eles têm funcionado apenas desde a chegada, ao Paraíso, dos peregrinos do tempo, vindos de Havona. Atualmente, esses anjos elevados ministram, sobretudo, nas sete ordens seguintes de serviço:

2984 1. Condutores da Adoração.

2985 2. Mestres da Filosofia.

2986 3. Custódios do Conhecimento.

2987 4. Diretores da Conduta.

2988 5. Intérpretes da Ética.

2989 6. Comandante das Designações.

29810 7. Incentivadores do Repouso.

27:0:4 29811 Os peregrinos ascendentes só ficam sob a influência direta desses supernafins quando de fato conquistam a residência no Paraíso e, então, eles passam por uma experiência de aperfeiçoamento, sob a direção desses anjos, na seqüência inversa da enumeração anterior. Isto é, entrais, na vossa carreira no Paraíso, sob a tutela dos incentivadores do repouso e, após sucessivas temporadas com as ordens intermediárias, vós terminais esse período de aperfeiçoamento com os condutores da adoração. A partir daí, vós estareis prontos para dar início à interminável carreira de finalitor.

1. OS INCENTIVADORES DO REPOUSO


27:1:1 2991 Os incentivadores do repouso são os inspetores do Paraíso que saem da Ilha Central e vão para os circuitos mais internos de Havona, para ali colaborar com seus colegas, os complementos do repouso, da ordem secundária dos supernafins. O que é essencial para se desfrutar do Paraíso é o repouso, o repouso divino; e esses incentivadores do repouso são os instrutores finais que aprontam os peregrinos do tempo para serem apresentados à eternidade. Eles começam o seu trabalho quando o peregrino está no círculo final de realização no universo central, e dão continuidade a ele quando o peregrino desperta do último sono de transição, o adormecimento que credencia uma criatura do espaço ao Reino do eterno.

27:1:2 2992 O repouso é de natureza sétupla. Há o repouso do sono e o repouso do recreio, para as ordens inferiores de vida; há o da descoberta, para os seres elevados; e o da adoração para o mais elevado tipo de personalidade do espírito. Há também o repouso normal para a absorção de energia, para que os seres se recarreguem com a energia física ou espiritual. E, então, há o sono de trânsito, o adormecimento em inconsciência, quando o ser está enserafinado, quando em passagem de uma esfera para outra. Inteiramente diferente de todos esses é o sono profundo da metamorfose, o descanso da transição entre um estágio e outro, do ser, de uma vida para outra, de um estágio para outro da existência; aquele sono que sempre acompanha a transição entre duas fases factuais no universo, diferentemente da evolução feita em vários estágios, de um status qualquer.

27:1:3 2993 Mas o último sono metamórfico é algo mais do que esses adormecimentos anteriores de transição que marcaram os status sucessivos de realização na carreira ascendente; é durante esse sono que as criaturas do tempo e do espaço atravessam as margens mais internas do temporal e do espacial, para alcançarem o status residencial nas moradas, fora do tempo e do espaço, do Paraíso. Os Incentivadores e os Complementos do repouso são tão essenciais para essa metamorfose de transcendência quanto os serafins e os seres coligados a eles o são para a sobrevivência à morte da criatura mortal.

27:1:4 2994 Vós entrais no repouso, no circuito final de Havona, e sois ressuscitados, eternamente, no Paraíso. E, quando vós fordes repersonalizados espiritualmente ali, vós ireis reconhecer, imediatamente, o incentivador do repouso que vos dará as boas-vindas às margens eternas, como sendo o mesmo supernafim primário que produziu o sono final no circuito mais interno de Havona; e vós vos relembrareis do último grande esforço de fé que de novo fizestes, enquanto vos preparáveis para encomendar a guarda da vossa identidade nas mãos do Pai Universal.

27:1:5 2995 O último repouso do tempo foi desfrutado; o último sono de transição foi experienciado; agora vós despertais para a vida perpétua, às margens da morada eterna. “E não haverá mais sono. As presenças de Deus e do Seu Filho estão diante de vós, e vós sois eternamente os Seus Servidores; vós vistes a Sua face, e o nome Dele é o vosso espírito. Não haverá noite ali, e eles não necessitarão da luz de nenhum sol, pois a Grande Fonte e Centro lhes dá luz; eles viverão para sempre e sempre. E Deus limpará todas as lágrimas dos seus olhos; não haverá mais morte, nem tristeza, nem lágrimas, nem haverá mais nenhuma dor, pois as coisas anteriores já passaram. ”

2. OS COMANDANTES DAS DESIGNAÇÕES


27:2:1 3001 Este é o grupo dos designados, de tempos em tempos, pelo dirigente dos supernafins, “o modelo original de anjo”, para presidir à organização de todas as três ordens desses anjos – a primária, a secundária e a terciária. Os supernafins, como corpo, são integralmente autogovernados e auto-regulamentados, exceto pelas funções do seu comandante comum, o primeiro anjo do Paraíso, que sempre preside a todas essas personalidades do espírito.

27:2:2 3002 Antes de serem admitidos no Corpo de Finalidade, os anjos das designações têm muito a ver com os mortais glorificados residentes no Paraíso. O estudo e a instrução não são ocupações exclusivas dos recém-chegados ao Paraíso; o serviço também tem o seu papel essencial nas experiências da educação dos pré-finalitores do Paraíso. E eu tenho observado que, quando os mortais ascendentes têm períodos de lazer, eles mostram uma predileção para confraternizar com o corpo de reserva dos comandantes superáficos das designações.

27:2:3 3003 Quando vós, mortais ascendentes, alcançais o Paraíso, as vossas relações societárias envolvem muito mais do que o contato com uma hoste de seres divinos elevados e com uma multidão familiar de companheiros mortais glorificados. Vós deveis também confraternizar com mais de três mil ordens diferentes de Cidadãos do Paraíso, com os vários grupos dos Transcendentores, e com inúmeros outros tipos de habitantes do Paraíso, permanentes e transitórios, que não foram revelados em Urântia. Depois de manter contato com esses intelectos poderosos do Paraíso, é muito repousante estar com os tipos angélicos de mentes; eles fazem os mortais do tempo lembrarem-se dos serafins com quem eles tiveram um contato tão prolongado e uma ligação tão refrescante e restauradora.

3. OS INTÉRPRETES DA ÉTICA


27:3:1 3004 Quanto mais alto vós ascendeis na escala da vida, mais atenção deve ser dada à ética no universo. A consciência ética é simplesmente o reconhecimento, por parte de qualquer indivíduo, dos direitos inerentes à existência de todo e qualquer outro indivíduo. Mas a ética espiritual transcende, em muito, à ética mortal e mesmo aos conceitos moronciais das relações pessoais e grupais.

27:3:2 3005 A ética tem sido devidamente ensinada e adequadamente aprendida pelos peregrinos do tempo, na sua longa ascensão às glórias do Paraíso. À medida que essa carreira de ascensão interior tem-se desdobrado, desde os mundos do nascimento no espaço, os seres ascendentes têm continuado a acrescentar grupos e mais grupos aos círculos, sempre em ampliação, dos seus companheiros no universo. Cada novo grupo de colegas encontrado acrescenta mais um nível de ética a ser reconhecido e observado, até que, à época na qual os mortais ascendentes alcançarem o Paraíso, eles necessitarão realmente de alguém que lhes forneça conselhos úteis e amigáveis a respeito das interpretações éticas. Eles não necessitam de que se lhes ensine a ética; mas necessitam de que, tudo aquilo que aprenderam, tão laboriosamente, seja interpretado apropriadamente para eles, à medida que forem colocados diante da tarefa extraordinária de entrar em contato com tanta coisa nova.

27:3:3 3006 Os intérpretes da ética são de ajuda inestimável aos que chegam ao Paraíso, no ajustamento a inúmeros grupos de seres majestáticos durante aquele período, cheio de acontecimentos, que se estende desde o momento em que se alcança o status de residente até o da admissão formal no Corpo de Finalitores Mortais. A muitos dos inúmeros tipos de Cidadãos do Paraíso, os peregrinos ascendentes já os conheceram nos sete circuitos de Havona. Os mortais glorificados também já gozaram do contato íntimo com os filhos trinitarizados por criaturas do corpo conjunto no circuito mais interno de Havona, onde esses seres estão recebendo grande parte da sua educação. E, nos outros circuitos, os peregrinos ascendentes já conheceram inúmeros residentes, ainda não revelados do sistema Paraíso-Havona, que estão buscando ali o aperfeiçoamento grupal preparatório para os compromissos não descobertos do futuro.

27:3:4 3011 Todas essas convivências celestes são recíprocas, invariavelmente. Como mortais ascendentes, vós não apenas vos beneficiais desses contatos sucessivos com os companheiros do universo e com as ordens tão numerosas de colaboradores, crescentemente divinos; mas compartilhais com cada um desses seres fraternais algo da vossa própria personalidade e experiência, que torna para sempre a cada um deles diferente e melhor por haver estado em ligação com um mortal ascendente vindo dos mundos evolucionários do tempo e do espaço.

4. OS DIRETORES DA CONDUTA


27:4:1 3012 Tendo sido já plenamente instruídos sobre a ética das relações no Paraíso – nem as formalidades sem sentido, nem os ditames de castas artificiais, mas antes o que é inerentemente próprio –, os mortais ascendentes acham útil receber o conselho dos Diretores superáficos da conduta, que esclarecem, aos novos membros da sociedade do Paraíso sobre os usos da conduta perfeita dos seres elevados que estão na Ilha Central de Luz e Vida.

27:4:2 3013 A harmonia é o tom básico do universo central, e uma ordenação detectável de coisas predomina no Paraíso. A conduta adequada é essencial ao progresso, pela via do conhecimento, por meio da filosofia, até as alturas espirituais da adoração espontânea. Há uma técnica divina de abordagem da Divindade; e os peregrinos devem aguardar a sua chegada ao Paraíso para adquirir essa técnica. A essência dessa técnica foi administrada nos círculos de Havona, mas os toques finais do aperfeiçoamento dos peregrinos do tempo só podem ser aplicados depois que eles de fato alcançarem a Ilha da Luz.

27:4:3 3014 Toda conduta no Paraíso é plenamente espontânea, natural e livre, em todos os sentidos. Mas há, ainda assim, um modo perfeito e adequado de se fazer as coisas na Ilha Eterna, e os diretores da conduta estão sempre ao lado dos “estranhos dentro dos portões”, para instruí-los e, assim, guiar os seus passos, de modo a deixá-los perfeitamente à vontade e, ao mesmo tempo, tornando os peregrinos capazes de evitar aquela confusão e incerteza que, de outro modo, seriam inevitáveis. Apenas com esse arranjo, é possível evitar uma confusão interminável; e a confusão nunca surge no Paraíso.

27:4:4 3015 Esses Diretores da conduta realmente servem de mestres e guias glorificados. Eles estão empenhados principalmente em instruir os novos residentes mortais a respeito da série quase interminável de situações novas e de costumes pouco conhecidos. Não obstante toda a longa preparação para tudo isso e a longa jornada até ali, o Paraíso é ainda inexprimivelmente estranho e inesperadamente novo para aqueles que afinal alcançam o status de residentes.

5. OS CUSTÓDIOS DO CONHECIMENTO


27:5:1 3016 Os Custódios superáficos do conhecimento são as “epístolas vivas” mais elevadas, conhecidas e lidas por todos os que residem no Paraíso. Eles são os registros divinos da verdade, os livros vivos do conhecimento verdadeiro. Vós tendes ouvido falar sobre os arquivos nos “livros da vida”. Os Custódios do conhecimento são exatamente esses livros vivos, arquivos da perfeição, impressos nas placas eternas da vida divina e da certeza suprema. Eles são, na realidade, bibliotecas vivas, automáticas. Os fatos dos universos são inerentes a esses supernafins primários, pois estão efetivamente registrados nesses anjos; e é inerentemente impossível também que uma inverdade ganhe espaço nas mentes desses depositários perfeitos e completos da verdade na eternidade e da inteligência do tempo.

27:5:2 3021 Esses Custódios dão cursos informais de instrução aos residentes da Ilha Eterna, mas a sua função principal é a da referência e da verificação. Qualquer hóspede no Paraíso pode, segundo a sua vontade, ter a seu lado o depositário vivo do fato particular ou da verdade que ele possa desejar conhecer. Na extremidade norte da Ilha, estão disponíveis os localizadores vivos do conhecimento, os quais designarão o diretor do grupo que tem a informação buscada; e, em seguida, aparecerão os seres brilhantes que são a própria coisa a qual gostaríeis de conhecer. Não mais deveis buscar o esclarecimento em páginas saturadas; agora vós comungais com a informação viva, face a face. O conhecimento supremo, vós o obtendes, assim, dos seres vivos que são os custódios finais dele.

27:5:3 3022 Quando vós localizardes o supernafim que é exatamente o que desejais verificar, vós encontrareis, disponíveis, todos os fatos conhecidos de todos os universos, pois esses Custódios do conhecimento são os sumários finais vivos da vasta rede de comunicação dos anjos de arquivo, e esta se estende desde os serafins e seconafins, dos universos locais e dos superuniversos, aos dirigentes arquivadores dos supernafins terciários em Havona. E essa acumulação viva de conhecimento é distinta dos registros formais do Paraíso, do sumário cumulativo da História Universal.

27:5:4 3023 A sabedoria da verdade tem origem na divindade do universo central, mas o conhecimento, o conhecimento experiencial, tem os seus começos, grandemente, nos domínios do tempo e do espaço – daí a necessidade de se manterem nos superuniversos as vastas organizações dos serafins e supernafins de registro, sob a responsabilidade dos Arquivistas Celestes.

27:5:5 3024 Esses supernafins primários, que estão, inerentemente, de posse do conhecimento do universo, são, também, os responsáveis pela sua organização e classificação. Constituindo eles próprios a biblioteca viva de referência do universo dos universos, eles classificaram o conhecimento em sete grandes ordens, cada uma tendo cerca de um milhão de subdivisões. A facilidade, com a qual os residentes do Paraíso podem consultar esse vasto estoque de conhecimento, é devida somente aos esforços voluntários e sábios dos Custódios do conhecimento. Os Custódios são também os mestres elevados do universo central, que distribuem livremente os seus tesouros vivos a todos os seres de qualquer dos circuitos de Havona; e eles são, extensivamente, ainda que indiretamente, utilizados pelas cortes dos Anciães dos Dias. Mas essa biblioteca viva, que está disponível para o universo central e para os superuniversos, não é acessível às criações locais. Apenas indiretamente, e por refletividade, os benefícios do conhecimento do Paraíso ficam assegurados aos universos locais.

6. OS MESTRES DA FILOSOFIA


27:6:1 3025 Próximo da satisfação suprema da adoração está o regozijo da filosofia. Nunca chegareis a subir tão alto, ou a avançar até tão à frente, a ponto de não restarem mil mistérios que demandem o emprego da filosofia para uma tentativa de solução.

27:6:2 3026 Os Mestres filósofos do Paraíso deliciam-se em guiar a mente dos seus habitantes, tanto a dos nativos como a dos que ascenderam, na busca jubilosa de tentar solucionar os problemas do universo. Esses mestres superáficos da filosofia são os “homens sábios do céu”, os seres do saber, que fazem uso da verdade do conhecimento e dos fatos da experiência nos seus esforços de ter a mestria do desconhecido. Com eles, o conhecimento atinge a verdade, e a experiência ascende até a sabedoria. No Paraíso, as personalidades ascendentes do espaço experimentam o ponto mais elevado do ser: eles têm conhecimento; eles conhecem a verdade; eles podem filosofar – pensar a verdade –; eles podem até mesmo procurar abranger os conceitos do Último e intentar compreender as técnicas dos Absolutos.

27:6:3 3031 Na extremidade sul dos vastos domínios do Paraíso, os Mestres da filosofia conduzem cursos aprofundados sobre as setenta divisões funcionais da sabedoria. Aqui, eles discorrem sobre os planos e os propósitos da Infinitude e procuram coordenar as experiências e compor o conhecimento de todos aqueles que têm acesso à sua sabedoria. Eles desenvolveram uma atitude altamente especializada para com os vários problemas do universo, mas as suas conclusões finais são sempre obtidas na uniformidade do consenso.

27:6:4 3032 Esses filósofos do Paraíso ensinam por meio de todos os métodos possíveis de instrução, incluindo a técnica gráfica mais elevada de Havona e certos métodos do Paraíso de comunicar a informação. Todas essas técnicas mais elevadas de compartilhar o conhecimento e de transmissão de idéias estão muito além da capacidade de compreensão da mente humana, até mesmo da mais altamente desenvolvida. Uma hora de instrução no Paraíso seria equivalente a dez mil anos dos métodos urantianos de palavra-memória. Vós não podeis apreender tais técnicas de comunicação, e não há simplesmente nada, na experiência mortal, com que elas possam ser comparadas, nada a que possam assemelhar-se.

27:6:5 3033 Os mestres da filosofia têm um prazer supremo de compartilhar a sua interpretação do universo dos universos com os seres que ascenderam dos mundos do espaço. E, conquanto a filosofia possa nunca estar tão firme, nas suas conclusões, quanto os fatos do conhecimento e as verdades da experiência, ainda assim, quando houverdes escutado esses supernafins primários discorrendo sobre os problemas não resolvidos da eternidade e sobre as atuações dos Absolutos, vós sentireis uma satisfação certa e duradoura a respeito dessas questões ainda em aberto.

27:6:6 3034 Essas buscas intelectuais do Paraíso não são teledifundidas; a filosofia da perfeição está disponível apenas para aqueles que se encontram pessoalmente presentes. As criações à volta do Paraíso ficam sabendo desses ensinamentos apenas por intermédio daqueles que passaram por essa experiência e que, subseqüentemente, levaram essa sabedoria até os universos do espaço.

7. OS CONDUTORES DA ADORAÇÃO


27:7:1 3035 A adoração é o privilégio mais elevado e o dever primordial de todas as inteligências criadas. A adoração é o ato, em consciência e regozijo, do reconhecimento e da admissão, na verdade e no fato, das relações íntimas e pessoais dos Criadores com as suas criaturas. A qualidade da adoração é determinada pela profundidade da percepção da criatura; e à medida que o conhecimento do caráter infinito dos Deuses progride, o ato da adoração torna-se crescentemente todo-abrangente, até que, finalmente, atinge a glória do encantamento experiencial mais elevado e o prazer mais delicado que os seres criados conhecem.

27:7:2 3036 Ainda que a Ilha do Paraíso tenha locais definidos para a adoração, toda ela é, nitidamente, um vasto santuário de serviço divino. A adoração é a paixão principal e dominante de todos os que escalam as suas margens abençoadas – a ebulição espontânea dos seres que aprenderam sobre Deus o suficiente para alcançarem a Sua presença. Círculo a círculo, durante a jornada adentro, através de Havona, a adoração é uma paixão crescente, até que, no Paraíso, torna-se necessário dirigir e controlar a sua expressão de outros modos.

27:7:3 3041 Os impulsos periódicos e as outras explosões especiais de adoração suprema ou de louvor espiritual, espontâneos, grupais, desfrutados no Paraíso, são conduzidos sob a liderança de um corpo especial de supernafins primários. Sob a direção desses Condutores da adoração, essa homenagem alcança a meta do supremo prazer da criatura e atinge o auge da perfeição de auto-expressão sublime e de regozijo pessoal. Todos os supernafins primários almejam ser condutores da adoração; e todos os seres ascendentes rejubilar-se-iam de permanecer para sempre em atitude de adoração, caso os comandantes das designações não dispersassem essas reuniões periodicamente. Todavia, nenhum ser ascendente jamais será requisitado para entrar nos compromissos do serviço eterno antes de haver alcançado a plena satisfação na adoração.

27:7:4 3042 A tarefa dos Condutores da adoração é ensinar às criaturas ascendentes como adorar, de um modo tal, que consigam alcançar essa satisfação de auto-expressão e, ao mesmo tempo, sejam capazes de dar atenção às atividades essenciais do regime do Paraíso. Sem aperfeiçoamentos na técnica da adoração, seriam necessárias centenas de anos para que o mortal mediano, que alcança o Paraíso, desse expressão plena e satisfatória a essas emoções, de apreciação inteligente e gratidão, do ascendente. Os Condutores da adoração abrem novas e até então desconhecidas vias de expressão, de modo que esses maravilhosos filhos do ventre do espaço e do trabalho do tempo consigam obter as satisfações plenas da adoração dentro de muito menos tempo.

27:7:5 3043 Todas as artes, de todos os seres do universo inteiro, que são capazes de intensificar e de exaltar as capacidades da auto-expressão, na transmissão do seu apreço, são empregadas, na sua mais elevada capacidade, na adoração das Deidades do Paraíso . A adoração é o júbilo mais elevado da existência no Paraíso; é o recreio refrescante do Paraíso. O que a recreação faz pelas vossas mentes sobrecarregadas, da Terra, a adoração irá fazer pelas vossas almas perfeccionadas do Paraíso. O modo de adoração no Paraíso está muito além da compreensão mortal, mas, a essência de tal adoração, vós podeis começar a apreciá-la ainda aqui, em Urântia; pois os espíritos dos Deuses agora mesmo residem em vós, envolvendo-vos e inspirando-vos para a verdadeira adoração.

27:7:6 3044 No Paraíso, são indicadas as horas e os locais para a adoração, mas estes não são adequados para dar vazão ao fluxo sempre crescente das emoções espirituais da inteligência, que se amplia, e do reconhecimento, em expansão, à divindade, da parte dos seres brilhantes que ascenderam experiencialmente à Ilha Central. Nunca, desde os tempos de Grandfanda, os supernafins conseguiram acomodar satisfatoriamente o espírito de adoração no Paraíso. Se julgarmos pelos preparativos, ali sempre há a adoratividade em excesso. E isso acontece porque as personalidades da perfeição inerente nunca podem avaliar plenamente as reações prodigiosas das emoções espirituais dos seres que, vagarosa e laboriosamente, caminharam para a glória do Paraíso, vindos das profundezas da escuridão espiritual dos mundos mais baixos do tempo e do espaço. Quando esses anjos e seres mortais do tempo alcançam a presença dos Poderes do Paraíso, acontece a expressão das emoções acumuladas das idades; um espetáculo que surpreende os anjos do Paraíso e que produz o regozijo supremo da satisfação divina, nas Deidades do Paraíso.

27:7:7 3045 Algumas vezes, todo o Paraíso fica engolfado por uma maré dominante de expressão espiritual e de adoração. Muitas vezes, os Condutores da adoração não podem controlar esses fenômenos, até o aparecimento da flutuação tríplice da luz da morada Divina, significando que o coração divino dos Deuses ficou plena e completamente satisfeito com a adoração sincera dos residentes do Paraíso: cidadãos perfeitos da glória e criaturas ascendentes do tempo. Que triunfo do aperfeiçoamento da técnica! Que frutificação do plano eterno e do propósito dos Deuses é que o amor inteligente dos filhos criaturas dê plena satisfação ao amor infinito do Pai Criador!

27:7:8 3051 Após a realização da satisfação suprema da plenitude da adoração, estais qualificados para a admissão ao Corpo da Finalidade. A carreira ascendente está quase terminada, e o sétimo jubileu prepara-se para ser celebrado. O primeiro jubileu marcou o acordo mortal com o Ajustador do Pensamento, quando o propósito de sobreviver foi selado; o segundo foi o despertar na vida moroncial; o terceiro foi a fusão com o Ajustador do Pensamento; o quarto foi o do despertar em Havona; o quinto celebrou o encontro do Pai Universal; e o sexto jubileu foi a ocasião do despertar no Paraíso, depois do adormecimento final do tempo. O sétimo jubileu marca a entrada no corpo mortal de finalitores e o começo do serviço na eternidade. O cumprimento, da parte de um finalitor, do sétimo estágio da realização do espírito, provavelmente assinalará a celebração do primeiro dos jubileus da eternidade.

27:7:9 3052 E assim termina a história dos supernafins do Paraíso, a mais elevada ordem entre todas as ordens dos espíritos ministradores; aqueles seres que, como uma classe universal, sempre vos prestam assistência, desde o mundo da vossa origem, até receberdes finalmente o adeus dos Condutores da adoração, quando fizerdes o juramento eterno da Trindade e fordes incorporados ao Corpo Mortal de Finalidade.

27:7:10 3053 O serviço interminável à Trindade do Paraíso está para começar; e agora o finalitor está face a face com o desafio de Deus, o Último.

27:7:11 3054 [Apresentado por um Perfeccionador da Sabedoria de Uversa.]

DOCUMENTO 28

ESPÍRITOS MINISTRADORES DOS SUPERUNIVERSOS
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Assim como os supernafins formam as hostes angélicas do universo central, e os serafins as dos universos locais, os seconafins são os espíritos ministradores dos superuniversos. Em grau de divindade e em potencial de supremacia, entretanto, esses filhos dos Espíritos Refletivos estão muito mais como os supernafins do que como os serafins. Eles não servem sozinhos nas supercriações, e tão intrigantes quanto numerosas são as transações promovidas pelos seus colaboradores não revelados.

28:0:2 3062 Tais como são apresentados nestas narrativas, os espíritos ministradores dos superuniversos abrangem as três ordens seguintes:

3063 1. Os Seconafins.

3064 2. Os Tertiafins.

3065 3. Os Omniafins.

28:0:3 3066 Posto que as duas últimas ordens não estão empenhadas tão diretamente no esquema ascendente de progressão mortal, trataremos delas, aqui, antes de considerarmos os seconafins de um modo mais abrangente. Tecnicamente, nem os tertiafins, nem os omniafins são espíritos ministradores dos superuniversos, se bem que ambos sirvam como instrutores espirituais nesses domínios.

1. OS TERTIAFINS


28:1:1 3067 Esses anjos elevados estão registrados nas sedes centrais dos superuniversos e, a despeito de servirem nas criações locais, tecnicamente, eles residem nas capitais dos superuniversos, visto que não são nativos dos universos locais. Os tertiafins são filhos do Espírito Infinito, sendo personalizados, no Paraíso, em grupos de mil. Esses seres supernos, de uma originalidade divina e de uma versatilidade quase suprema, são dádivas do Espírito Infinito para os Filhos Criadores de Deus.

28:1:2 3068 Quando um Filho Michael se separa do regime paternal do Paraíso e se torna pronto para partir na aventura do espaço no universo, um grupo de mil desses espíritos companheiros nasce do Espírito Infinito. E tais majestosos tertiafins acompanham esse Filho Criador, quando ele embarca na aventura da organização do universo.

28:1:3 3069 Nos tempos iniciais da construção do universo, esses mil tertiafins formam a única assessoria pessoal de um Filho Criador. Eles adquirem uma poderosa experiência, como assistentes do Filho, durante essas idades movimentadas de montagem do universo e de outras manipulações astronômicas. Eles servem ao lado do Filho Criador até o dia da personalização do Brilhante Estrela Matutino, o primeiro a nascer em um universo local. A partir daí, as renúncias formais dos tertiafins são apresentadas e aceitas. E, com o aparecimento das ordens iniciais de vida angélica nativa, eles retiram-se do serviço ativo no universo local, para o qual haviam sido designados, e tornam-se os ministros de ligação entre o Filho Criador e os Anciães dos Dias do superuniverso correspondente.

2. OS OMNIAFINS


28:2:1 3071 Os omniafins são criados pelo Espírito Infinito, em enlace com os Sete Executivos Supremos, e são os servidores e mensageiros exclusivos desses mesmos Executivos Supremos. Os omniafins são designados para o grande universo e, em Orvonton, o seu corpo mantém a sua sede central na parte norte de Uversa, onde eles residem em uma colônia especial de cortesia. Eles não têm registro em Uversa, nem são designados para a nossa administração. E também não têm participação direta no esquema ascendente de progressão dos mortais.

28:2:2 3072 Os omniafins estão inteiramente ocupados na vigilância dos superuniversos, no interesse da coordenação administrativa, do ponto de vista dos Sete Executivos Supremos. A nossa colônia de omniafins, em Uversa, recebe instruções apenas do Executivo Supremo de Orvonton, e a ele reporta-se, situado que fica na esfera executiva conjunta de número sete, no anel externo dos satélites do Paraíso.

3. OS SECONAFINS


28:3:1 3073 As hostes secoráficas são criadas pelos sete Espíritos Refletivos designados para a sede central de cada superuniverso. Há uma técnica definida, que responde ao Paraíso, associada à criação desses anjos, em grupos de sete. De cada sete seconafins, há sempre um primário, três secundários e três terciários; eles são personalizados sempre nessas proporções exatas. Quando sete desses seconafins são criados, um deles, o primário, é designado para o serviço dos Anciães dos Dias. Os três anjos secundários associam-se aos três grupos de administradores originários do Paraíso, nos supergovernos: os Conselheiros Divinos, os Perfeccionadores da Sabedoria, e os Censores Universais. Os três anjos terciários ficam ligados aos colaboradores trinitarizados ascendentes dos governantes dos superuniversos: os Mensageiros Poderosos, Aqueles Elevados Em Autoridade e Aqueles Sem Nome Nem Número.

28:3:2 3074 Esses seconafins dos superuniversos são uma progênie dos Espíritos Refletivos e, portanto, a refletividade é inerente à sua natureza. Eles são sensíveis refletivamente a cada uma das fases de toda criatura originária da Terceira Fonte e Centro e dos Filhos Criadores do Paraíso; mas eles não são diretamente refletivos para os seres e as entidades, pessoais ou não, originários apenas da Primeira Fonte e Centro. Temos muitas evidências da factualidade dos circuitos universais de informação do Espírito Infinito, mas, ainda que não tivéssemos nenhuma outra prova, as atuações refletivas dos seconafins teriam sido suficientes para demonstrar a realidade da presença universal da mente infinita do Agente Conjunto.

4. OS SECONAFINS PRIMÁRIOS


28:4:1 3075 Os seconafins primários, designados para os Anciães dos Dias, são espelhos vivos a serviço desses governantes trinos. Pensai sobre o que significa, para a economia de um superuniverso, poder recorrer a um espelho vivo, por assim dizer, e ali conseguir ver e dele escutar as respostas indubitáveis de um outro ser, a uma distância de mil ou de cem mil anos-luz, e tudo isso feito instantânea e infalivelmente. Os registros são essenciais à condução dos universos, as transmissões prestam um serviço enorme, o trabalho dos Mensageiros Solitários e de outros mensageiros é de muita ajuda, mas os Anciães dos Dias, da posição deles, a meio caminho entre os mundos habitados e o Paraíso – entre o homem e Deus –, podem instantaneamente olhar nos dois sentidos, escutar de ambos os lados, e conhecer ambos os lados.

28:4:2 3081 Essa capacidade – de escutar e ver, por assim dizer, todas as coisas – pode ser perfeitamente realizada, nos superuniversos, apenas pelos Anciães dos Dias e apenas nos seus respectivos mundos-sedes. E, mesmo ali, há limitações: de Uversa, essa comunicação é limitada aos mundos e universos de Orvonton; e, ainda que seja inoperante para os superuniversos entre si, essa mesma técnica de refletividade mantém cada um deles em contato estreito com o universo central e com o Paraíso. Os sete supergovernos, ainda que separados individualmente, desse modo, são perfeitamente refletivos da autoridade superior e integralmente solidários, assim como perfeitamente sabedores das necessidades vindas de baixo, podendo assim prestar colaboração e demonstrar compreensão.

28:4:3 3082 Os seconafins primários têm a tendência de inclinar-se, por sua natureza inerente, para sete tipos de serviços; e é próprio que a primeira série dessa ordem seja dotada de modo tal que saiba interpretar inerentemente a mente do Espírito para os Anciães dos Dias:

28:4:4 3083 1. A Voz do Agente Conjunto. Em cada superuniverso, o primeiro seconafim primário e todos os sétimos dessa ordem, criados subseqüentemente, demonstram um grau elevado de adaptabilidade para entender e interpretar a mente do Espírito Infinito, para os Anciães dos Dias e para os seus colaboradores nos supergovernos. Isso é de grande valor nas sedes centrais dos superuniversos, pois, ao contrário das criações locais, com as suas Ministras Divinas, a sede de um supergoverno não dispõe de uma personalização especializada do Espírito Infinito. Portanto, essas vozes secoráficas chegam o mais perto possível de serem as representantes pessoais da Terceira Fonte e Centro, em uma esfera de importância tão capital. É bem verdade que os sete Espíritos Refletivos estão lá, mas essas mães das hostes secoráficas refletem o Agente Conjunto de modo menos verdadeiro e automático do que refletem os Sete Espíritos Mestres.

28:4:5 3084 2. A Voz dos Sete Espíritos Mestres. O segundo seconafim primário e cada um dos sétimos, criados depois, inclinam-se a retratar as naturezas e as reações coletivas dos Sete Espíritos Mestres. Embora cada Espírito Mestre já esteja representado, na capital de um superuniverso, por um dos sete Espíritos Refletivos designados, essa representação é individual, não coletiva. Coletivamente, eles estão presentes apenas por refletividade; por isso, os Espíritos Mestres acolhem, com prazer, os serviços desses anjos altamente pessoais, a segunda série dos seconafins primários, que são tão competentes para representá-los perante os Anciães dos Dias.

28:4:6 3085 3. A Voz dos Filhos Criadores. O Espírito Infinito deve ter tido algo a ver com a criação ou com o aperfeiçoamento dos Filhos do Paraíso, da ordem de Michael, pois o terceiro seconafim primário e todos os sétimos, da série posterior, possuem o dom notável de serem refletivos das mentes desses Filhos Criadores. Se os Anciães dos Dias quiserem saber – realmente conhecer – a atitude de Michael de Nebadon a respeito de alguma questão que esteja sendo considerada, eles não têm de chamá-lo nas linhas do espaço; apenas precisam chamar o Chefe das Vozes de Nebadon, que, a pedido, apresentará o seconafim de registro de Michael; e então ali, naquele exato momento, os Anciães dos Dias perceberão a voz do Filho Mestre de Nebadon.

28:4:7 3091 Nenhuma outra ordem de filiação é “refletível” desse modo, e nenhuma outra ordem de anjo pode funcionar assim. Não compreendemos plenamente o modo exato como isso é realizado; e duvido muito que mesmo os Filhos Criadores o compreendam plenamente. Todavia, com toda certeza, sabemos que funciona, e que funciona infalivelmente, e de um modo adequado, também o sabemos, pois, em toda a História de Uversa, as vozes secoráficas nunca erraram nas suas apresentações.

28:4:8 3092 Vós estais, agora, começando a ver algo da maneira pela qual a divindade engloba o espaço no tempo e domina o tempo no espaço. Vós estais, aqui, tendo uma das vossas primeiras percepções rápidas sobre a técnica do ciclo da eternidade, que diverge momentaneamente para ajudar os filhos do tempo nas suas tarefas de dominar as árduas dificuldades do espaço. E esses fenômenos acrescem-se à técnica estabelecida, no universo, pelos Espíritos Refletivos.

28:4:9 3093 Ainda que aparentemente privados da presença pessoal dos Espíritos Mestres acima e dos Filhos Criadores abaixo, os Anciães dos Dias têm, sob o seu comando, seres vivos sincronizados com os mecanismos cósmicos de perfeição refletiva e precisão última, por meio dos quais eles podem desfrutar da presença refletiva de todos os seres elevados cuja presença pessoal lhes seja negada. Por esses meios, por intermédio deles e por meio de outros, desconhecidos de vós, Deus está potencialmente presente nas sedes centrais dos superuniversos.

28:4:10 3094 Os Anciães dos Dias deduzem perfeitamente qual é a vontade do Pai, equalizando a transmissão da voz do Espírito, vinda de cima, e a transmissão da voz de Michael, vinda de baixo. Assim, eles podem estar seguros e certos ao identificarem a vontade do Pai a respeito dos assuntos administrativos dos universos locais. Contudo, para deduzirem a vontade de um dos Deuses, a partir do conhecimento da dos outros dois, os três Anciães dos Dias devem atuar juntos; dois deles apenas não seriam capazes de alcançar a resposta. E, por essa razão, ainda que não houvesse mais outras, os superuniversos têm sempre a presidi-los os três Anciães dos Dias e não apenas um ou mesmo dois deles.

28:4:11 3095 4. A Voz das Hostes Angélicas. O quarto seconafim primário e todos os sétimos, na seqüência, demonstram ser anjos especialmente sensíveis aos sentimentos de todas as ordens de anjos, inclusive os supernafins de cima e os serafins de baixo. Assim, a atitude de qualquer anjo, no comando ou na supervisão, torna-se imediatamente disponível, para ser examinada, em qualquer conselho dos Anciães dos Dias. Nunca se passa um dia, no vosso mundo, sem que o chefe dos serafins de Urântia se torne consciente de que algum fenômeno de transferência refletiva, de Uversa, esteja recorrendo a ele por algum propósito; mas, a menos que seja prevenido por um Mensageiro Solitário, ele permanece inteiramente ignorante sobre o que está sendo buscado e sobre o que deve ser feito. Enquanto espíritos ministradores do tempo, eles estão constantemente fornecendo essa espécie de testemunho inconsciente e, por isso mesmo, certamente, livre de preconceitos, a respeito da série sem fim de assuntos que requerem a atenção e o conselho dos Anciães dos Dias e seus colaboradores.

28:4:12 3096 5. Os Receptores das Transmissões. Há uma classe especial de mensagens transmitidas, que são recebidas apenas por esses seconafins primários. Se bem que eles não sejam os emissores regulares de Uversa, eles trabalham em ligação com os anjos das vozes refletivas, no propósito de sincronização da visão refletiva dos Anciães dos Dias para certas mensagens factuais que provêm dos circuitos estabelecidos da comunicação no universo. Os receptores das transmissões são da quinta série, o quinto seconafim primário a ser criado e cada sétimo depois dele.

28:4:13 3101 6. As Personalidades de Transporte. Esses são os seconafins que carregam os peregrinos do tempo, dos mundos-sedes dos superuniversos, para os círculos externos de Havona. Eles formam os corpos de transporte dos superuniversos, operando para dentro, rumo ao Paraíso, e, para fora, até os mundos dos seus respectivos setores. Esse corpo é composto do sexto seconafim primário e de todos os sétimos subseqüentemente criados.

28:4:14 3102 7. O Corpo de Reserva. Um grupo muito grande de seconafins, a série dos sétimos primários, é mantido em reserva, para os deveres não classificados e os compromissos de emergência dos reinos. Não sendo altamente especializados, eles podem funcionar bastante bem em qualquer das funções dos seus diversos companheiros, mas um trabalho especializado é feito apenas nas emergências. As suas tarefas usuais consistem na realização dos deveres generalizados, em um superuniverso, que não são parte do serviço dos anjos de compromissos específicos.

5. OS SECONAFINS SECUNDÁRIOS


28:5:1 3103 Os seconafins da ordem secundária não são menos refletivos do que os seus companheiros primários. Ser classificado como primário, secundário ou terciário não indica qualquer diferença de status ou função, no caso dos seconafins; denota meramente as ordens de procedimento. Qualidades idênticas são demonstradas por todos os três grupos nas suas atividades.

28:5:2 3104 Os sete tipos refletivos de seconafins secundários são designados para os serviços dos colaboradores coordenados, originários da Trindade, dos Anciães dos Dias, como segue:

28:5:3 3105 Para os Perfeccionadores da Sabedoria: as Vozes da Sabedoria, as Almas da Filosofia e as Uniões das Almas.

28:5:4 3106 Para os Conselheiros Divinos: os Corações de Conselho, os Regozijos da Existência e as Satisfações de Serviço.

28:5:5 3107 Para os Censores Universais: os Discernidores dos Espíritos.

28:5:6 3108 Como a ordem primária, esse grupo é criado em série; isto é, o primeiro a nascer foi uma Voz da Sabedoria; e o sétimo depois dele foi um semelhante, e assim é com os seis outros tipos desses anjos refletivos.

28:5:7 3109 1. A Voz da Sabedoria. Alguns destes seconafins estão em ligação perpétua com as bibliotecas vivas do Paraíso, os custódios do conhecimento pertencentes aos supernafins primários. Para os serviços refletivos especializados, as Vozes da Sabedoria são concentrações e enfoques vivos, correntes, repletos e profundamente confiáveis da sabedoria coordenada do universo dos universos. Em relação ao volume quase infinito de informação que circula nos circuitos mestres dos superuniversos, esses seres extraordinários são tão refletivos e seletivos, tão sensíveis, que se tornam capazes de separar e receber a essência da sabedoria e transmitir, sem erro, essas jóias da mentalização aos seus superiores, os Perfeccionadores da Sabedoria. E elas funcionam tão bem que os Perfeccionadores da Sabedoria não apenas escutam as expressões factuais originais dessa sabedoria, como também, refletivamente, vêem os próprios seres, de alta ou de baixa origem, que deram voz a eles.

28:5:8 31010 Está escrito: “Se a algum homem faltar sabedoria, que ele pergunte”. Em Uversa, quando se torna necessário chegar a decisões de sabedoria, nas situações embaraçosas dos assuntos complexos do governo do superuniverso, quando tanto a sabedoria da perfeição quanto a da prática devem ser postas em ação, os Perfeccionadores da Sabedoria convocam um batalhão das Vozes da Sabedoria e, por meio da habilidade consumada dessa ordem, sintonizam e direcionam esses receptores vivos para a sabedoria da mente, que circula no universo dos universos, e de tal modo que, muito rapidamente, dessas vozes secoráficas é emitida uma corrente da sabedoria da divindade, vinda do universo acima; bem como um fluxo da sabedoria da prática, que vem das mais altas mentes dos universos abaixo.

28:5:9 3111 Se alguma confusão surge, na harmonização dessas duas versões da sabedoria, um apelo imediato é feito aos Conselheiros Divinos, que decidem, em seguida, quanto à combinação adequada de procedimentos. Se existir alguma dúvida quanto à autenticidade de algo que venha de reinos onde a rebelião se haja instalado, um apelo é feito aos Censores, que, com os seus Discernidores de Espíritos, são capazes de decidir imediatamente quanto a “que tipo de espírito” teria atuado sobre tal conselheiro. Assim, a sabedoria das idades e o intelecto do momento estão sempre presentes junto aos Anciães dos Dias, como um livro aberto diante do seu olhar benevolente.

28:5:10 3112 Vós podeis compreender apenas vagamente o que tudo isso significa para aqueles que são responsáveis pela condução dos governos do superuniverso. A imensidão e a abrangência dessas transações estão bem além da concepção finita. Quando vós vos colocardes, como eu tenho repetidamente feito, nas câmaras especiais de recepção do templo da sabedoria, em Uversa, e virdes tudo isso de fato em operação, vós sereis levados à adoração pela perfeição da complexidade, e pela segurança do funcionamento das comunicações interplanetárias dos universos. Vós ireis prestar uma homenagem à sabedoria divina e à bondade dos Deuses que planejam e executam com uma técnica tão extraordinária. E essas coisas de fato acontecem exatamente como eu as descrevi.

28:5:11 3113 2. A Alma da Filosofia. Estas mestras maravilhosas estão também ligadas aos Perfeccionadores da Sabedoria e, quando não direcionadas de outro modo, permanecem focalizadas em sincronia com os Mestres da filosofia no Paraíso. Pensais estar diante de um imenso espelho vivo, por assim dizer, mas, em vez de estardes diante da imagem do vosso eu material e finito, ireis aperceber-vos do reflexo da sabedoria da divindade e da filosofia do Paraíso. E caso se torne desejável “encarnar” essa filosofia da perfeição, de modo a diluí-la, para torná-la prática, para a aplicação e para a assimilação dos seres mais baixos dos mundos inferiores, esses espelhos vivos têm apenas que voltar as suas faces para baixo e refletir os modelos e as necessidades de um outro mundo ou universo.

28:5:12 3114 Por meio dessas mesmas técnicas, os Perfeccionadores da Sabedoria adaptam as decisões e as recomendações às necessidades reais e ao estado factual dos povos e mundos em questão; e, sempre, agem em consenso com os Conselheiros Divinos e os Censores Universais. Contudo, a complexidade sublime dessas transações está além mesmo da minha capacidade de compreensão.

28:5:13 3115 3. A União das Almas. Completando o quadro trino da assessoria dos Perfeccionadores da Sabedoria estão estas refletoras dos ideais e do status das relações éticas. Entre todos os problemas no universo que requerem um exercício de consumada sabedoria da experiência e da adaptabilidade, nenhum é mais importante do que aqueles que brotam dos relacionamentos e das interligações de seres inteligentes. Seja em ligações humanas de comércio e negócios, amizade e casamento, seja nas ligações das hostes angélicas, vão continuar a surgir pequenos atritos, desentendimentos menores, demasiado triviais para ocupar a atenção de Conciliadores, mas irritantes e perturbadores o suficiente para estorvar o decorrer tranqüilo das coisas, no universo, caso se permita que se multipliquem e continuem. Por isso, os Perfeccionadores da Sabedoria colocam a experiência sábia da sua ordem à disposição, como o “óleo da reconciliação”, de um superuniverso inteiro. Em todo esse trabalho, os sábios dos superuniversos encontram-se competentemente secundados pelas suas colaboradoras refletivas, as Uniões das Almas, que tornam disponíveis as informações atuais a respeito do status do universo e, ao mesmo tempo, descrevem o ideal, do ponto de vista do Paraíso, para o melhor ajuste nessas questões cheias de perplexidades. Quando não direcionados especificamente para um outro local, esses seconafins permanecem em ligação refletiva com os intérpretes da ética no Paraíso.

28:5:14 3121 Esses são os anjos que facilitam e promovem o trabalho de equipe em todo o Orvonton. Uma das lições mais importantes a serem aprendidas, durante a vossa carreira mortal, é o trabalho em equipe. As esferas da perfeição são povoadas por aqueles que já têm a mestria dessa arte de trabalhar com outros seres. Poucos são os deveres no universo para os Servidores isolados. Quanto mais para o alto vós ascenderdes, mais isolados vós vos tornareis, quando temporariamente privados do relacionamento com os vossos semelhantes.

28:5:15 3122 4. O Coração de Conselho. Este é o primeiro grupo desses gênios refletivos a ser colocado sob a supervisão dos Conselheiros Divinos. Os seconafins desse tipo estão de posse dos fatos do espaço, sendo seletivos em relação a esses dados, nos circuitos do tempo. E são especialmente refletivos dos coordenadores superáficos da informação, mas são também refletivos seletivamente do conselho de todos os seres, sejam de alto ou de baixo nível. Sempre que os Conselheiros Divinos são convocados para dar aconselhamentos ou para tomadas importantes de decisão, eles imediatamente requisitam um conjunto de Corações de Conselho; e, em seguida, é-lhes passada uma ordem que, de fato, incorpora em si a sabedoria coordenada e o aconselhamento das mentes mais competentes do superuniverso inteiro, e tudo isso tendo sido já censurado e revisto à luz do conselho das mentes elevadas de Havona e mesmo do Paraíso.

28:5:16 3123 5. O Júbilo da Existência. Por natureza, estes seres estão refletivamente sintonizados com os supervisores superáficos da harmonia acima e com alguns dos serafins abaixo, mas torna-se difícil explicar, exatamente, aquilo que os membros desse interessante grupo realmente fazem. As suas atividades principais são dirigidas para promover reações de regozijo entre as várias ordens de hostes angélicas e criaturas inferiores dotadas de vontade. Os Conselheiros Divinos, a quem eles estão agregados, raramente usam-nos para detectar especificamente a alegria. De um modo mais geral, e em colaboração com os diretores de retrospecção, eles funcionam como centros de distribuição das alegrias, procurando realçar as reações de prazer nos reinos, tentando melhorar o gosto pelo humor, para desenvolver o super-humor entre os mortais e os anjos. Eles tentam demonstrar que há alegria inerente, na existência com livre-arbítrio, independentemente de todas as influências externas; e eles têm razão, ainda que encontrem grandes dificuldades em inculcar essa verdade nas mentes dos homens primitivos. As personalidades de espíritos mais elevados e os anjos respondem mais rapidamente a esses esforços educacionais.

28:5:17 3124 6. A Satisfação do Serviço. Estes são anjos altamente refletivos da atitude dos diretores da conduta no Paraíso e, funcionando muito como os Regozijos da Existência, eles tentam enaltecer o valor do serviço e aumentar as satisfações que derivam deste. Eles muito fizeram para iluminar as recompensas desprezadas, inerentes ao serviço não egoísta, o serviço que visa à expansão do reino da verdade.

28:5:18 3125 Os Conselheiros Divinos, aos quais essa ordem está agregada, utilizam-na para refletir, de um mundo para outro, os benefícios que são obtidos do serviço espiritual. E, aproveitando as atuações dos melhores, para inspirar e encorajar os medíocres, esses seconafins contribuem imensamente para a qualidade do serviço devotado, nos superuniversos. Um uso eficiente do espírito de competitividade fraternal é feito mediante a circulação, em qualquer mundo, da informação sobre o que os outros estiverem fazendo, particularmente os melhores. Uma rivalidade restauradora e benéfica é promovida, até mesmo entre as hostes seráficas.

28:5:19 3131 7. O Discernidor de Espíritos. Uma ligação especial existe entre os assessores e os conselheiros do segundo círculo de Havona e estes anjos refletivos. Eles são os únicos seconafins agregados aos Censores Universais; mas, provavelmente, são os mais exclusivamente especializados entre todos os seus companheiros. Seja qual for a fonte, ou o canal de informação; não importando quão pequena possa ser a evidência à mão; quando submetida ao escrutínio refletivo deles, esses discernidores irão informar-nos, em seguida, quanto ao verdadeiro motivo, o propósito factual e a real natureza da sua origem. Maravilho-me com a excelência do funcionamento desses anjos, que tão inequivocamente refletem de fato o caráter moral e espiritual de qualquer indivíduo, posto sob a sua observação focalizada.

28:5:20 3132 Os Discernidores de Espíritos executam esses serviços complexos pela virtude de um “discernimento espiritual” inerente, se é que eu posso usar tais palavras com a intenção de transmitir à mente humana o pensamento de que esses anjos refletivos funcionam, assim, intuitivamente, de modo inerente e sem cometerem equívocos. Quando os Censores Universais se vêem diante dessas apresentações, eles ficam face a face com a alma nua do indivíduo refletido; e essa certeza e perfeição mesmas do reflexo explicam, em parte, por que os Censores podem sempre funcionar de modo tão justo, na sua retidão de juízes. Os discernidores sempre acompanham os Censores, em qualquer missão longe de Uversa; e eles são tão eficientes nos universos afora, quanto nas suas sedes centrais em Uversa.

28:5:21 3133 Asseguro-vos de que todas essas transações do mundo do espírito são reais; de que elas acontecem de acordo com os usos estabelecidos e em harmonia com as leis imutáveis dos domínios universais. Os seres de toda ordem recém-criada, imediatamente, ao receberem o sopro da vida, de modo instantâneo, são refletidos para o alto; um retrato vivo da natureza da criatura, e do seu potencial, é transmitido à sede central do superuniverso. Assim, por meio dos Discernidores, os Censores tornam-se conhecedores plenos de “qual tipo de espírito”, exatamente, acabou de nascer nos mundos do espaço.

28:5:22 3134 E assim é com o homem mortal: o Espírito Materno de Salvington vos conhece plenamente, pois o Espírito Santo no vosso mundo “investiga todas as coisas”, e qualquer dado que o Espírito divino tenha, sobre vós, torna-se imediatamente disponível toda vez que os Discernidores secoráficos refletem, com o Espírito, sobre o conhecimento que o Espírito possa ter sobre vós. Deveria, contudo, ser mencionado que o conhecimento, e os planos, dos fragmentos do Pai, não são refletíveis. Os Discernidores podem refletir, e refletem, a presença dos Ajustadores (e os Censores consideram-nos divinos), mas eles não podem decifrar o conteúdo da mente dos Monitores Misteriosos.

6. OS SECONAFINS TERCIÁRIOS


28:6:1 3135 Da mesma maneira que os seus companheiros, estes anjos são criados em série e em sete tipos refletivos, mas esses tipos não são designados individualmente aos serviços separados dos administradores do superuniverso. Todos os seconafins terciários são coletivamente designados para os Filhos Trinitarizados das Designações, e esses filhos ascendentes usam-nos de uma maneira intercambiável; isto é, os Mensageiros Poderosos podem utilizar qualquer dos tipos terciários, e o fazem, como também os seus coordenados, Aqueles Elevados em Autoridade e Aqueles Sem Nome Nem Número. Esses sete tipos de seconafins terciários são:

28:6:2 3141 1. O Significado das Origens. Os Filhos ascendentes Trinitarizados do governo de um superuniverso estão encarregados da responsabilidade de lidar com todas as questões que advêm da origem de qualquer indivíduo, raça, ou mundo; e o significado da origem é a questão mais importante, em todos os nossos planos de avanço cósmico, para as criaturas vivas dos reinos. Todos os relacionamentos e aplicações da ética surgem dos fatos fundamentais da origem. A origem é a base da reação ao relacionamento com os Deuses. Sempre, o Agente Conjunto “toma nota sobre o homem, da forma que ele nasceu”.

28:6:3 3142 No caso dos seres descendentes mais elevados, a origem é simplesmente um fato a ser admitido; mas com os seres ascendentes, incluindo as ordens inferiores de anjos, a natureza e as circunstâncias de origem não são sempre assim tão claras, ainda que sejam de importância igualmente vital a quase todo momento nos assuntos universais – daí o valor de se ter à nossa disposição uma série de seconafins refletivos que possam instantaneamente retratar qualquer coisa que seja pedida, a respeito da gênese de qualquer ser, seja do universo central, seja de qualquer parte do reino de um superuniverso.

28:6:4 3143 Os Significados das Origens são as genealogias vivas para a referência imediata das vastas hostes de seres – homens, anjos e outros – que habitam os sete superuniversos. Eles estão sempre prontos para fornecer aos seus superiores uma estimativa atualizada, completa e confiável, dos fatores ancestrais e do estado factual presente de qualquer indivíduo em qualquer mundo dos seus respectivos superuniversos; e a computação dos fatos em seu poder é sempre detalhada até o nível dos minutos.

28:6:5 3144 2. A Memória da Misericórdia. Estes são os registros reais, plenos, repletos e vivos da misericórdia que tem sido estendida aos indivíduos e raças, por meio das ministrações ternas dos recursos do Espírito Infinito, na missão de adaptar a justiça da retidão ao status dos reinos, tal como está revelado nas descrições dos Significados das Origens. A Memória da Misericórdia revela o débito moral dos filhos da misericórdia: as suas dívidas espirituais a serem contrabalançadas pelos aos seus quadros de créditos provisionais estabelecidos pelos Filhos de Deus. Ao revelar a misericórdia preexistente do Pai, os Filhos de Deus estabelecem o crédito necessário para assegurar a sobrevivência de cada um. E então, de acordo com o que é achado pelos Significados das Origens, um crédito de misericórdia é estabelecido para a sobrevivência de cada criatura racional, um crédito de proporções generosas e de graça suficientes para assegurar a sobrevivência de toda alma que realmente deseje a cidadania divina.

28:6:6 3145 A Memória da Misericórdia é uma balança de julgamento vivo, um extrato atualizado da vossa conta com as forças sobrenaturais dos reinos. São esses os registros vivos da ministração da misericórdia, para serem lidos no testemunho das cortes de Uversa, quando o direito de cada indivíduo à vida interminável vem a julgamento; quando “os tronos são elevados e os Anciães dos Dias sentam-se. As transmissões de Uversa são emitidas e surgem diante deles; milhares e milhares ministram a eles, e dez mil vezes dez mil postam-se diante deles. O julgamento fica preparado, e os livros são abertos”. E os livros que são abertos em tais ocasiões importantes, são os registros vivos dos seconafins terciários dos superuniversos. Os registros formais estão nos arquivos para corroborar o testemunho das Memórias da Misericórdia, caso isso seja necessário.

28:6:7 3146 A Memória da Misericórdia deve mostrar que o crédito da poupança salvadora, estabelecido pelos Filhos de Deus, foi pago, inteira e fielmente, pela ministração amorosa das personalidades pacientes da Terceira Fonte e Centro. Todavia, quando a misericórdia é exaurida, quando a “memória” dela atesta o seu esgotamento, então deve a justiça prevalecer e a retidão deve passar a decretar. Pois a misericórdia não é para ser impingida àqueles que a desprezam; a misericórdia não é um dom a ser pisoteado pelos rebeldes persistentes no tempo. Entretanto, ainda que a misericórdia seja assim preciosa e tão caramente outorgada, os vossos créditos de saque individual ficam sempre muito além da vossa capacidade de exaurir a reserva, se fordes sinceros de propósito e honestos de coração.

28:6:8 3151 Os refletores da misericórdia, com os seus companheiros terciários, estão empenhados em inúmeras ministrações no superuniverso, incluindo o ensino às criaturas ascendentes. Entre outras tantas coisas, os Significados das Origens ensinam àqueles seres ascendentes como aplicar a ética espiritual e, seguindo esse aperfeiçoamento, as Memórias da Misericórdia ensinam a eles como serem verdadeiramente misericordiosos. Ainda que as técnicas espirituais de ministração da misericórdia estejam fora do alcance da vossa conceituação, vós deveríeis, ainda agora, entender que a misericórdia é uma qualidade de crescimento. Vós deveríeis compreender que há uma grande recompensa de satisfação pessoal em ser justo, em primeiro lugar; em seguida, equânime e, depois, paciente; e, então, gentilmente bondoso. E, posteriormente, sobre essa fundação, se vós a escolherdes e a tiverdes no vosso coração, podereis dar o próximo passo e realmente demonstrar misericórdia; mas vós não podeis exibir a misericórdia por si mesma. Esses passos devem ser dados um a um; de outro modo, não pode haver misericórdia genuína. Pode haver a paternalização, a condescendência ou a caridade – a piedade, até mesmo –, mas não a misericórdia. A verdadeira misericórdia vem apenas como um belo ápice para esses adjuntos precedentes da compreensão grupal, da apreciação mútua, do companheirismo fraternal, da comunhão espiritual e da harmonia divina.

28:6:9 3152 3. A Importância do Tempo. O tempo é o único dom universal de todas as criaturas volitivas; é o “único talento” confiado a todos os seres inteligentes. Todos vós tendes tempo para assegurar a vossa sobrevivência; e o tempo só é fatalmente desperdiçado e enterrado na negligência quando falhardes em utilizá-lo de modo a assegurar a sobrevivência da vossa alma. O fracasso em aproveitar o vosso tempo, do modo mais extenso possível, não impõe penalidades fatais; apenas atrasa o peregrino do tempo, na sua jornada de ascensão. Se a sobrevivência é conquistada, todas as outras perdas podem ser resgatadas.

28:6:10 3153 Nas designações de responsabilidades, o aconselhamento das Importâncias do Tempo não tem preço. O tempo é um fator vital em tudo, deste lado de Havona e do Paraíso. No julgamento final, perante os Anciães dos Dias, o tempo é um elemento de evidência. As Importâncias do Tempo devem sempre proporcionar um testemunho que mostre que cada indivíduo teve suficiente amplidão de tempo para tomar as suas decisões e realizar a escolha.

28:6:11 3154 Essas avaliadoras do tempo são também o segredo da profecia; elas retratam o elemento do tempo que será necessário para completar qualquer empreendimento, e, como indicadoras, são tão confiáveis quanto os frandalanques e cronoldeques de outras ordens viventes. Os Deuses prevêem e, portanto, conhecem com antecipação; mas as autoridades ascendentes, dos universos do tempo, devem consultar as Importâncias do Tempo, para fazerem-se capazes de prever os acontecimentos do futuro.

28:6:12 3155 Vós ireis encontrar esses seres, primeiro nos mundos das mansões, e ali eles irão instruir-vos no uso vantajoso daquilo a que vós chamais de “tempo”; tanto em seu uso positivo, o trabalho, quanto em seu emprego negativo, o descanso. Ambos os usos do tempo são importantes.

28:6:13 3156 4. A Solenidade da Confiança. A confiança é o teste crucial para as criaturas volitivas. A confiabilidade é a verdadeira medida da automestria sobre o próprio caráter. Esses seconafins realizam um propósito duplo, na economia dos superuniversos: eles retratam, para todas as criaturas de vontade, o sentido da obrigação, do sagrado e da solenidade da confiança. Ao mesmo tempo, eles refletem, sem equívocos, para as autoridades governantes, a exata medida da confiabilidade de qualquer candidato à confiança ou à responsabilidade.

28:6:14 3161 Em Urântia, grotescamente, vós ensaiais como ler o caráter e estimar as capacidades específicas, mas, em Uversa, nós fazemos factualmente essas coisas com perfeição. Esses seconafins pesam a confiabilidade nas balanças vivas de uma avaliação sem erro do caráter e, depois que eles houverem olhado para dentro de vós, temos apenas que olhar para eles, a fim de conhecermos as limitações da vossa capacidade de absorver a responsabilidade, de executar confiavelmente e de cumprir as missões. O vosso ativo de confiabilidade está claramente estabelecido, ao lado dos vossos débitos por possíveis falhas ou traições.

28:6:15 3162 É plano dos vossos superiores fazer-vos avançar, aumentando as vossas responsabilidades, tão rapidamente quanto se desenvolve o vosso caráter; de modo que ele esteja desenvolvido o suficiente para que possa suportar, com airosidade, as responsabilidades crescentes; mas sobrecarregar o indivíduo apenas causa o desastre e assegura a decepção. E o erro de dar responsabilidade prematuramente, seja ao homem, seja ao anjo, pode ser evitado com a utilização da ministração desses avaliadores infalíveis da capacidade de confiabilidade dos indivíduos do tempo e do espaço. Esses seconafins acompanham sempre Aqueles Elevados Em Autoridade; e nunca esses executivos assumem compromissos, até que os seus candidatos tenham sido pesados nas balanças secoráficas e até que seja pronunciado o “nada a desejar”.

28:6:16 3163 5. A Santidade do Serviço. O privilégio do serviço segue imediatamente à descoberta da confiabilidade. Nada pode estar interposto entre vós e a oportunidade crescente de serviço, exceto a vossa própria inconfiabilidade, a vossa falta de capacidade de apreciação da solenidade da confiança.

28:6:17 3164 O serviço – o serviço voluntário, não a escravatura – produz a mais alta satisfação e expressa a dignidade mais divina. O serviço – mais serviço, serviço acrescido, serviço difícil, serviço arriscado e, enfim, serviço divino e perfeito – é a meta do tempo e o destino do espaço. Contudo, sempre os ciclos de recreação do tempo alternar-se-ão com os ciclos do serviço para o progresso. E, após o serviço do tempo, segue-se o supra-serviço da eternidade. Durante o jogo no tempo, vós deveríeis visualizar o trabalho da eternidade; do mesmo modo que, durante o serviço na eternidade, vós tereis reminiscências do recreio do tempo.

28:6:18 3165 A economia universal é baseada no consumir e no produzir; na carreira eterna, vós jamais encontrareis a monotonia da inação ou estagnação da personalidade. O progresso torna-se possível pelo movimento inerente, e o avanço advém da capacidade divina para a ação; e a realização é filha da aventura imaginativa. Inerente, porém, a essa capacidade de realização, é a responsabilidade da ética, a necessidade de reconhecer que o mundo e o universo estão repletos com uma multidão de tipos diferentes de seres. Essa criação magnífica, que inclui a vós próprios, foi feita toda não apenas para vós. Esse não é um universo egocêntrico. Os Deuses decretaram: “Mais abençoado é dar do que receber”. E disse o vosso Filho Mestre: “Aquele que quiser ser o maior entre vós, que seja um servidor de todos”.

28:6:19 3166 A natureza real de qualquer serviço, seja ele prestado pelo homem ou pelo anjo, é plenamente revelada nas faces dessas indicadoras secoráficas de serviço, as Santidades do Serviço. A análise plena do verdadeiro motivo, e dos motivos ocultos, é claramente mostrada. Esses anjos são, de fato, leitores da mente, investigadores do coração e reveladores da alma, em todo o universo. Os mortais podem usar as palavras para ocultar os seus pensamentos, mas esses altos seconafins deixam a nu os motivos profundos do coração humano e da mente angélica.

28:6:20 3171 6 e 7. O Segredo da Grandeza e a Alma da Bondade. Tendo despertado para a importância do tempo, os peregrinos ascendentes têm seu caminho preparado para a compreensão da solenidade da confiança e a apreciação da santidade do serviço. Embora sejam esses os elementos morais da grandeza, há também os segredos da grandeza. Quando os testes espirituais de grandeza são aplicados, os elementos morais não são desconsiderados; mas a qualidade do altruísmo, revelada no trabalho desinteressado, para o bem-estar dos próprios companheiros terrenos e, particularmente, para os seres merecedores, pela sua necessidade e pelo seu sofrimento, essa é a medida real da grandeza planetária. E a manifestação da grandeza, em um mundo como Urântia, é a demonstração do autocontrole. O grande homem não é aquele que “conquista uma cidade” ou que “domina uma nação”, mas antes “aquele que subjuga a própria língua”.

28:6:21 3172 Grandeza é sinônimo de divindade. Deus é supremamente grande e bom. A grandeza e a bondade simplesmente não podem estar divorciadas uma da outra. Elas foram, para sempre, tornadas unas em Deus. Essa verdade é ilustrada, literal e definitivamente, pela interdependência refletiva, entre o Segredo da Grandeza e a Alma da Bondade, pois um não pode funcionar sem outro. Ao refletir as outras qualidades da divindade, os seconafins do superuniverso podem atuar isoladamente, e fazem-no; mas os avaliadores refletivos, da grandeza e da bondade, parecem ser inseparáveis. Conseqüentemente, em qualquer mundo e qualquer universo, esses refletores da grandeza e da bondade devem trabalhar juntos; dando sempre uma mostra, dual e mutuamente interdependente, de cada ser sobre quem eles se focalizarem. A grandeza não pode ser avaliada sem que se saiba o seu conteúdo de bondade e, ao mesmo tempo, a bondade não pode ser retratada sem demonstrar a sua grandeza inerente e divina.

28:6:22 3173 A estimativa da grandeza varia de esfera para esfera. Ser grande é ser como Deus. E, uma vez que a qualidade da grandeza seja integralmente determinada pelo seu conteúdo de bondade, segue-se que, mesmo no vosso estado atual de humanos, se por meio da graça vós puderdes tornar-vos bons, vós estareis conseqüentemente tornando-vos grandes. Quanto mais firme e constantemente contemplardes os conceitos da divina bondade e quanto mais persistentemente os perseguirdes, mais seguramente crescereis em grandeza e na verdadeira magnitude do caráter genuíno da sobrevivência.

7. A MINISTRAÇÃO DOS SECONAFINS


28:7:1 3174 Os seconafins têm a sua origem e as suas sedes centrais nas capitais dos superuniversos; mas, com os seus companheiros de ligação, eles cuidam de todos os lugares, das margens do Paraíso aos mundos evolucionários do espaço. Eles servem como valiosos assistentes para os membros das assembléias deliberativas dos supergovernos e são de grande ajuda para as colônias de cortesia de Uversa: estudantes de astronomia, turistas milenares, observadores celestes e toda uma hoste de outros seres, inclusive seres ascendentes à espera de transporte para Havona. Os Anciães dos Dias têm prazer em designar alguns dos seconafins primários para assistir as criaturas ascendentes, domiciliadas nos quatrocentos e noventa mundos de estudo que rodeiam Uversa; e aqui, também, muitos daqueles das ordens secundárias e terciárias servem como instrutores. Esses satélites de Uversa são as escolas finais dos universos do tempo, que apresentam o curso preparatório para a universidade de Havona e seus sete-circuitos.

28:7:2 3175 Das três ordens de seconafins, é o grupo dos terciários, agregado às autoridades ascendentes, que ministra em escala mais ampla às criaturas ascendentes do tempo. Vós tereis a ocasião de conhecê-los, logo depois da vossa partida de Urântia; se bem que não ireis livremente fazer uso dos serviços deles, até alcançardes os mundos de estada de Orvonton. Vós ireis desfrutar da companhia deles, depois que vós vos tornardes inteiramente ambientados com eles durante a vossa permanência nos mundos-escola de Uversa.

28:7:3 3181 Esses seconafins terciários são os poupadores de tempo, os abreviadores do espaço, os detectores de erros, os instrutores fiéis e os marcos-guia sempiternos – sinais vivos da certeza divina – colocados, por misericórdia, nas encruzilhadas do tempo, para guiar os passos dos peregrinos ansiosos, nos momentos de grande perplexidade e incerteza espiritual. Muito antes de alcançardes os portais da perfeição, vós começareis a ganhar acesso aos instrumentos da divindade e a ter contato com as técnicas da Deidade. Da época em que chegardes ao mundo inicial das mansões, crescentemente, até fechardes os vossos olhos, no sono preparatório de Havona, para o vosso trânsito ao Paraíso, vós ireis desfrutar da ajuda de emergência desses seres maravilhosos, que tão plena e livremente são refletivos do conhecimento seguro e da sabedoria certa daqueles peregrinos idôneos e confiáveis que vos precederam na longa jornada até os portais da perfeição.

28:7:4 3182 É-nos negado o privilégio completo que seria utilizar desses anjos da ordem refletiva, em Urântia. Eles são visitantes freqüentes em vosso mundo; vêm acompanhar as personalidades designadas para cá; mas aqui eles não podem funcionar livremente. Esta esfera ainda está sob quarentena espiritual parcial, e, alguns dos circuitos essenciais ao seu serviço, não passam por aqui atualmente. Quando este vosso mundo estiver, novamente, restabelecido nos circuitos refletivos a que nos referimos, muito do trabalho, da comunicação interplanetária e interuniversos, será grandemente simplificado e acelerado. Os trabalhadores celestes, em Urântia, encontram muitas dificuldades por causa dessa redução funcional dos seus colaboradores refletivos. Nós, porém, continuamos conduzindo, com alegria, os nossos assuntos, com as instrumentalidades disponíveis, apesar de estarmos, atual e localmente, privados de muitos dos serviços desses seres maravilhosos, espelhos vivos do espaço e projetores da presença no tempo.

28:7:5 3183 [Auspiciado por um Mensageiro Poderoso de Uversa.]

DOCUMENTO 29

OS DIRETORES DE POTÊNCIA DO UNIVERSO
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De todas as personalidades do universo empenhadas na regularização dos assuntos interplanetários e interuniversais, os diretores de potência e seus colaboradores têm sido os menos compreendidos em Urântia. Ainda que as vossas raças há muito tenham tomado conhecimento da existência de anjos e de outras ordens semelhantes de seres celestes, pouca informação vos foi passada, alguma vez, a respeito dos controladores e reguladores do domínio físico. Mesmo agora tenho a permissão para revelar-vos apenas o último dos três grupos seguintes de seres vivos, ligados ao controle da força e à regulagem da energia no universo-mestre:

3192 Os Mestres Derivantes Primários Organizadores da Força.

3193 Os Mestres Associados Organizadores de Força Transcendentais.

3194 Os Diretores do Poder do Universo.

29:0:2 3195 Embora eu considere impossível descrever a individualidade dos vários grupos de diretores, centros e controladores do poder no universo, espero ser capaz de explicar algo sobre o domínio das atividades deles. Eles são um grupo singular de seres vivos que têm a ver com a regularização inteligente da energia em todo o grande universo. Incluindo os diretores supremos, eles abrangem as seguintes divisões maiores:

3196 1. Os Sete Diretores Supremos de Potência.

3197 2. Os Centros Supremos de Potência.

3198 3. Os Mestres Controladores Físicos.

3199 4. Os Supervisores do Poder Moroncial.

29:0:3 31910 Os Diretores e Centros Supremos de Potência têm existido quase que desde os tempos da eternidade e, até onde sabemos, não foram criados mais seres dessas ordens. Os Sete Diretores Supremos tendo sido personalizados pelos Sete Espíritos Mestres, então colaboraram com os seus pais na produção de mais de dez bilhões de colaboradores. Antes da época dos diretores de potência, os circuitos de energia do espaço, fora do universo central, ficavam sob a supervisão inteligente dos Mestres Organizadores da Força do Paraíso.

29:0:4 31911 Com o vosso conhecimento de criaturas materiais, vós tendes, ao menos por contraste, uma concepção dos seres espirituais; mas é muito difícil para a mente mortal visualizar os diretores de potência. No esquema da progressão ascendente até os níveis mais elevados de existência, vós não tendes nada a ver, diretamente, seja com os diretores supremos, seja com os centros de potência. Em algumas ocasiões raras, vós ireis lidar com os controladores físicos, e vós ireis trabalhar livremente com os supervisores do poder moroncial, ao chegardes aos mundos das mansões. Esses Supervisores do Poder Moroncial funcionam tão exclusivamente no regime moroncial das criações locais que é considerado mais apropriado descrever as suas atividades nas seções que tratam do universo local.

1. OS SETE DIRETORES SUPREMOS DE POTÊNCIA


29:1:1 3201 Os Sete Diretores Supremos de Potência são os reguladores da energia-física do grande universo. A sua criação, feita pelos Sete Espíritos Mestres, é o primeiro exemplo registrado de uma progênie semimaterial, com antepassados verdadeiramente espirituais. Quando os Sete Espíritos Mestres criam individualmente, eles dão origem a personalidades altamente espirituais da ordem angélica; todavia, quando eles criam coletivamente, algumas vezes, eles geram esses seres semimateriais de tipos elevados. Mesmo esses seres quase-físicos, porém, seriam invisíveis para a visão de pouco alcance dos mortais de Urântia.

29:1:2 3202 Os Diretores Supremos de Potência são sete em número, sendo idênticos na sua aparência e na sua função. Um não pode ser distinguido do outro, exceto por aquele Espírito Mestre com quem cada um deles está em ligação imediata, ou em completa subserviência funcional. Cada um dos Espíritos Mestres, assim, está em união eterna com um dos da sua progênie coletiva. O mesmo diretor está sempre em ligação com o mesmo Espírito, e essa sua parceria de trabalho resulta em uma associação singular de energias físicas e espirituais, de um ser semifísico e uma personalidade espiritual.

29:1:3 3203 Os Sete Diretores Supremos de Potência estão estacionados no Paraíso periférico, onde as suas presenças, circulando lentamente, indicam os paradeiros das sedes centrais dos focos de força dos Espíritos Mestres. Esses diretores de potência funcionam individualmente na regulagem do poder da energia dos superuniversos; mas funcionam coletivamente na administração da criação central. Eles operam do Paraíso, mas mantêm-se como centros efetivos de potência em todas as divisões do grande universo.

29:1:4 3204 Esses seres poderosos são os ancestrais físicos da vasta hoste de centros de potência e, por meio destes últimos, também o são dos controladores físicos, espalhados pelos sete superuniversos. Esses organismos subordinados, de controle físico, são basicamente uniformes, idênticos, exceto pelo matiz distinto de cada um dos diferentes corpos dos superuniversos. A fim de modificar o superuniverso de seu serviço, bastaria que retornassem ao Paraíso para um acerto na sua tonalidade. A administração da criação física é fundamentalmente uniforme.

2. OS CENTROS SUPREMOS DE POTÊNCIA


29:2:1 3205 Os Sete Diretores Supremos de Potência não são capazes, individualmente, de reproduzir-se; mas, coletivamente, e em associação com os Sete Espíritos Mestres, eles podem reproduzir-se – criarem – outros seres como eles próprios. Essa é a origem dos Centros Supremos de Potência do grande universo, que funcionam nos sete seguintes grupos:

3206 1. Supervisores Supremos dos Centros.

3207 2. Centros de Havona.

3208 3. Centros dos Superuniversos.

3209 4. Centros dos Universos Locais.

32010 5. Centros das Constelações.

32012 6. Centros dos Sistemas.

32013 7. Centros Não Classificados.

29:2:2 3211 Esses centros de potência, junto com os Diretores Supremos de Potência, são seres de alta vontade para a liberdade e para a ação. Todos eles são dotados com a personalidade da Terceira Fonte e demonstram a capacidade volitiva inquestionável de uma ordem elevada. Esses centros diretores do sistema de força do universo são possuidores de dons raros de inteligência; eles são o intelecto do sistema de poder do grande universo e o segredo da técnica de controle da mente de toda a vasta rede das múltiplas funções dos Mestres Controladores Físicos e dos Supervisores do Poder Moroncial.

29:2:3 3212 1. Os Supervisores Supremos dos Centros. Estes sete coordenados e coligados dos Diretores Supremos de Potência são os reguladores dos circuitos mestres de energia do grande universo. Cada supervisor de centro tem a sua sede central em um dos mundos especiais dos Sete Executivos Supremos, e eles trabalham em associação estreita com esses coordenadores dos assuntos gerais do universo.

29:2:4 3213 Os Diretores Supremos de Potência e os Supervisores Supremos dos Centros funcionam, tanto conjuntamente quanto como indivíduos, em todos os fenômenos cósmicos que interferem com os níveis da “energia de gravidade”. Atuando em coligação esses quatorze seres são, para o poder no universo, o que os Sete Executivos Supremos são para os assuntos gerais no universo e o que os Sete Espíritos Mestres são para a mente cósmica.

29:2:5 3214 2. Os Centros de Havona. Antes da criação dos universos do tempo e do espaço, os centros de potência não eram necessários em Havona, mas, desde esses tempos já muito longínquos, um milhão deles vem funcionando na criação central; cada centro sendo encarregado da supervisão de mil mundos de Havona. Ali, no universo divino, existe a perfeição no controle da energia, uma condição que não existe em nenhum outro local. A perfeição da regulagem da energia é a meta última de todos os centros de potência e dos controladores físicos do espaço.

29:2:6 3215 3. Os Centros dos Superuniversos. Ocupando uma enorme área na esfera capital de cada um dos sete superuniversos, há mil centros de potência de terceira ordem. Três correntes de energia primária, cada uma com dez segregações, entram nesses centros de potência, e sete circuitos de potência, especializados e bem direcionados, ainda que imperfeitamente controlados, saem das suas sedes de ação unida. Essa é a organização eletrônica do poder no universo.

29:2:7 3216 Toda a energia está ligada ao circuito do ciclo do Paraíso, mas os Diretores de Potência no Universo dirigem as energias-força do Paraíso inferior do modo como as encontram, modificadas, nas funções espaciais do universo central e dos superuniversos, convertendo e direcionando essas energias para os canais de aplicação útil e construtiva. Há uma diferença entre a energia de Havona e as energias dos superuniversos. A carga de potência de um superuniverso consiste em três fases de energia, cada uma com dez segregações diferentes. Essa carga tríplice de energia espalha-se pelo espaço do grande universo; é como um imenso oceano de energia em movimento, que envolve e banha inteiramente cada uma das sete supercriações.

29:2:8 3217 A organização eletrônica do poder no universo funciona em sete fases, e tem respostas variáveis à gravidade local ou linear. Esse circuito sétuplo provém dos centros de potência dos superuniversos e penetra cada supercriação. Essas correntes especializadas, do tempo e do espaço, são movimentos definidos e localizados de energia, iniciados e direcionados para propósitos específicos, de modo muito semelhante ao da Corrente do Golfo, que funciona como um fenômeno circunscrito no meio do oceano Atlântico.

29:2:9 3218 4. Os Centros dos Universos Locais. Nas sedes centrais de cada universo local, estão estacionados cem centros de potência da quarta ordem. Eles funcionam para rebaixar e também para modificar, de outros modos, os sete circuitos de potência que emanam das sedes centrais dos superuniversos, tornando-os, assim, apropriados aos serviços das constelações e dos sistemas. As catástrofes astronômicas locais do espaço são uma preocupação passageira para esses centros de potência; eles estão empenhados no despacho ordenado efetivo de energia às constelações e aos sistemas subsidiários. Eles são de grande ajuda para os Filhos Criadores, durante a fase final de organização do universo e de mobilização da energia. Esses centros são capazes de prover canais intensificados de energia, úteis à comunicação interplanetária entre pontos habitados importantes. Uma linha ou canal de energia como esse, algumas vezes também chamado de trajeto de energia, é um circuito direto de energia que vem de um centro de potência para outro centro de potência, ou de um controlador físico para outro controlador. É uma corrente individualizada de potência, que, em pausa contrasta com os movimentos, no espaço livre, das energias indiferenciadas.

29:2:10 3221 5. Os Centros das Constelações. Dez desses centros vivos de potência estão estacionados em cada constelação, funcionando como projetores de energia para os cem sistemas tributários locais. Desses seres saem as linhas de potência para a comunicação e o transporte, bem como para a energização daquelas criaturas vivas que dependem de certas formas de energia física para a manutenção da vida. Todavia, nem os centros de potência, nem os controladores físicos subordinados, de modo algum, estão ocupados com a vida como uma organização funcional.

29:2:11 3222 6. Os Centros dos Sistemas. Um Centro Supremo de Potência é permanentemente designado para cada sistema local. Esses centros de sistemas despacham os circuitos de potência para os mundos habitados do tempo e do espaço. Eles coordenam as atividades dos controladores físicos subordinados e funcionam também para assegurar uma distribuição satisfatória do poder nos sistemas locais. O relé de ligação do circuito entre os planetas depende da coordenação perfeita de certas energias materiais e das regulagens eficientes do poder físico.

29:2:12 3223 7. Os Centros Não Classificados. Estes centros são os que funcionam em situações locais especiais, mas não nos planetas habitados. Os mundos individuais estão a cargo dos Mestres Controladores Físicos e recebem as linhas de força em circuitos despachados pelos centros de potência dos seus sistemas. Apenas aquelas esferas de relações energéticas mais extraordinárias têm centros de potência, da sétima ordem, atuando como volantes equilibradores universais ou dirigentes da energia. Em cada fase da atividade, esses centros de potência são completamente iguais àqueles que funcionam nas unidades mais altas de controle, mas nem um corpo espacial, entre um milhão, abriga tal organização de poder vivente.

3. O DOMÍNIO DOS CENTROS DE POTÊNCIA


29:3:1 3224 Os Centros Supremos de Potência distribuídos pelos superuniversos, com os seus colaboradores e subordinados, ultrapassam o número de dez bilhões. E eles todos estão em sincronia perfeita e ligação completa com os seus progenitores do Paraíso, os Sete Diretores Supremos de Potência. O controle de poder do grande universo, assim, está confiado à guarda e direção dos Sete Espíritos Mestres criadores dos Sete Diretores Supremos de Potência.

29:3:2 3225 Os Diretores Supremos de Potência e todos os seus colaboradores, assistentes e subordinados estão para sempre eximidos de apreensões ou de interferências, da parte de todos os tribunais de todo o espaço; e também não estão sujeitos, seja à direção administrativa do governo dos Anciães dos Dias no superuniverso, seja à administração dos Filhos Criadores no universo local.

29:3:3 3231 Esses centros e diretores de potência são trazidos à existência pelos filhos do Espírito Infinito. Eles não pertencem à administração dos Filhos de Deus, embora se afiliem aos Filhos Criadores, durante as épocas finais da organização material do universo. Contudo, os centros de potência estão, de algum modo, estreitamente associados ao supracontrole cósmico do Ser Supremo.

29:3:4 3232 Os centros de potência e os controladores físicos não se submetem a nenhum aperfeiçoamento; eles são todos criados na perfeição e são inerentemente perfeitos na ação. Nunca passam de uma função para outra; eles servem sempre no compromisso originalmente determinado. Não há evolução nas suas fileiras; e isto é verdadeiro para todas as sete divisões de ambas as ordens.

29:3:5 3233 Sem nenhum passado ascendente para recordar-se, na sua memória, os centros de potência e os controladores físicos nunca têm recreios; eles são caprichosamente sérios em todas as suas ações. Eles estão sempre em função; não há dispositivos no esquema universal para interrupções das linhas físicas de energia; nunca, sequer por uma fração de segundo, podem esses seres abandonar a sua supervisão direta dos circuitos de energia do tempo e do espaço.

29:3:6 3234 Os diretores, os centros e os controladores de potência não têm nada a ver com coisa alguma em toda a criação, exceto com a energia do poder, material ou semifísico; eles não a originam, mas modificam, manipulam e direcionam essa energia. Também não têm nada a ver com a gravidade física, exceto para resistir à sua força de atração. A sua relação com a gravidade é inteiramente negativa.

29:3:7 3235 Os centros de potência utilizam-se de imensos mecanismos e coordenações, de ordem material, em ligação com os mecanismos vivos das várias concentrações separadas de energia. Cada centro de potência individual é constituído exatamente de um milhão de unidades de controle funcional, e essas unidades modificadoras da energia não são estacionárias como os órgãos vitais do corpo físico do homem; esses “órgãos vitais” de regulagem do poder são móveis e verdadeiramente caleidoscópicos, pelas suas possibilidades associativas.

29:3:8 3236 Está muito além da minha capacidade, explicar a maneira pela qual esses seres vivos englobam a manipulação e a regulagem dos circuitos mestres da energia do universo. Assumir informar-vos ainda mais sobre o tamanho e a função desses centros gigantescos, e quase perfeitamente eficientes, de potência, apenas iria causar-vos mais confusão e consternação. Eles não apenas são vivos e “pessoais”, como estão além da vossa compreensão.

29:3:9 3237 Fora de Havona, os Centros Supremos de Potência funcionam apenas em esferas especialmente construídas (arquitetônicas) ou em corpos espaciais adequadamente constituídos. Os mundos arquitetônicos são construídos de um modo tal que os centros vivos de potência possam atuar como interruptores seletivos, que direcionam, modificam e concentram as energias do espaço, à medida que elas são vertidas sobre essas esferas. Eles não poderiam funcionar, assim, em um sol ou num planeta evolucionário comum. Alguns grupos atendem também às necessidades de aquecimento e a outras necessidades materiais desses mundos-sede centrais especiais. E, embora esteja fora do escopo do conhecimento em Urântia, posso dizer que essas ordens de personalidades vivas de potência muito têm a ver com a distribuição da luz que brilha sem calor. Elas não produzem esse fenômeno, mas ocupam-se da sua disseminação e direcionamento.

29:3:10 3238 Os centros de potência e os seus controladores subordinados são designados para os trabalhos com todas as energias físicas do espaço organizado. Eles trabalham com três correntes básicas de dez energias cada. Essa é a carga de energia do espaço organizado; e o espaço organizado é o domínio deles. Os Diretores de Potência no Universo nada têm a ver com essas ações imensamente grandes de força que agora estão acontecendo fora das fronteiras atuais dos sete superuniversos.

29:3:11 3241 Os centros de potência e os controladores exercem um controle perfeito apenas sobre sete das dez formas de energia contidas em cada corrente básica dos universos; e as formas que estão parcial ou totalmente fora do seu controle devem representar os reinos imprevisíveis de manifestação de energia dominados pelo Absoluto Inqualificável. Se eles exercem uma influência sobre as forças primordiais desse Absoluto, não somos conhecedores de tais funções; embora haja uma ligeira evidência a garantir a opinião de que alguns dos controladores físicos sejam, algumas vezes, automaticamente sensíveis a certos impulsos do Absoluto Universal.

29:3:12 3242 Esses mecanismos vivos de potência não estão relacionados conscientemente ao supracontrole do Absoluto Inqualificável da energia no universo-mestre; mas supomos que todo o seu esquema, quase perfeito, de direção de potência seja, de uma maneira desconhecida, subordinado a tal presença da supragravidade. Sobre qualquer situação da energia local, os centros e os controladores exercem uma quase-supremacia, mas eles estão sempre conscientes da presença da supra-energia e da atuação não identificável do Absoluto Inqualificável.

4. OS MESTRES CONTROLADORES FÍSICOS


29:4:1 3243 Estes seres são os subordinados móveis dos Centros Supremos de Potência. Os controladores físicos são dotados com uma tal capacidade de metamorfosear-se, na sua individualidade, que podem engajar-se em uma diversidade notável de autotransportes, sendo capazes de atravessar o espaço local a velocidades que se aproximam das do vôo dos Mensageiros Solitários. Todavia, como todos os outros cruzadores do espaço, eles necessitam da assistência, tanto dos seus companheiros como de alguns outros tipos de seres, para vencer a ação da gravidade e a resistência da inércia, ao partirem de uma esfera material.

29:4:2 3244 Os Mestres Controladores Físicos servem em todo o grande universo. Eles são governados diretamente do Paraíso, pelos Sete Diretores Supremos de Potência, até as sedes centrais dos superuniversos, de onde eles são direcionados e distribuídos pelo Conselho do Equilíbrio, os altos comissionados do poder despachados pelos Sete Espíritos Mestres a partir do pessoal dos Mestres Organizadores Associados da Força. Esses altos comissionados têm o poder de interpretar as leituras e os registros dos mestres frandalanques, estes que são os instrumentos vivos a indicar a pressão da força e a carga de energia de um superuniverso inteiro.

29:4:3 3245 Embora a presença das Deidades do Paraíso englobe o grande universo e abranja o círculo da eternidade, a influência de qualquer um dos Sete Espíritos Mestres é limitada a um único superuniverso. Há uma distinção clara na seleção da energia e uma separação nos circuitos de potência entre cada uma das sete supercriações; e, daí, a necessidade de prevalecerem, como efetivamente prevalecem, os métodos de controles individualizados.

29:4:4 3246 Os Mestres Controladores Físicos são uma progênie direta dos Centros Supremos de Potência, e as suas fileiras incluem:

3248 1. Diretores Adjuntos de Potência.

3249 2. Controladores Mecânicos.

32410 3. Transformadores de Energia.

3251 4. Transmissores de Energia.

3252 5. Associadores Primários.

3253 6. Dissociadores Secundários.

3254 7. Frandalanques e Cronoldeques.

29:4:5 3255 Nem todas essas ordens são pessoas, no sentido de possuírem o poder individual da escolha. Especialmente os quatro últimos, que parecem ser seres totalmente automáticos e mecânicos nas respostas aos impulsos dos seus superiores, e nas reações a condições existentes de energia. Contudo, ainda que tal resposta pareça ser totalmente maquinal, não o é; eles podem parecer autômatos, mas todos eles demonstram ter a função diferencial da inteligência.

29:4:6 3256 A personalidade não é necessariamente uma concomitância da mente. A mente pode pensar mesmo quando desprovida de todo poder de escolha, como acontece com inúmeros dos tipos mais baixos de animais e com alguns desses controladores físicos subordinados. Muitos desses reguladores mais automáticos do poder físico não são pessoas, em quaisquer sentidos dessa palavra. Eles não são dotados de vontade e independência de decisão, sendo totalmente subservientes à perfeição mecânica do projeto, nas tarefas a eles designadas. Contudo, todos eles são seres altamente inteligentes.

29:4:7 3257 Os controladores físicos ocupam-se principalmente com o ajustamento de energias básicas, ainda não descobertas em Urântia. Essas energias desconhecidas são essenciais ao sistema interplanetário de transporte e a algumas técnicas de comunicação. Quando estabelecemos as linhas de energia com o propósito de transportar os equivalentes do som ou de ampliar a visão, essas formas não descobertas de energia são utilizadas pelos controladores físicos vivos e pelos seus agregados. Essas mesmas energias também, conforme a ocasião, são utilizadas pelas criaturas intermediárias nos seus trabalhos rotineiros.

29:4:8 3258 1. Diretores Adjuntos de Potência. Estes seres maravilhosamente eficientes são incumbidos da designação e despacho de todas as ordens dos Mestres Controladores Físicos, de acordo com as sempre mutáveis necessidades do status energético nos reinos. São mantidas, nos mundos-sede centrais dos setores menores, imensas reservas de controladores físicos e, desses pontos de concentração, eles são periodicamente despachados, pelos diretores adjuntos de potência, para as sedes centrais dos universos, as constelações, os sistemas e os planetas individuais. Sendo designados assim, os controladores físicos ficam provisoriamente sujeitos às ordens dos executores divinos das comissões de conciliação; mas, não sendo assim, ficam submetidos apenas aos seus diretores adjuntos e Centros Supremos de Potência.

29:4:9 3259 Três milhões de diretores adjuntos de potência são designados para cada um dos setores menores de Orvonton, perfazendo uma cota total, para o superuniverso, de três bilhões desses seres surpreendentemente versáteis. As próprias reservas deles são mantidas nesses mesmos mundos do setor menor, onde eles servem também como instrutores para todos aqueles que estudam as ciências das técnicas de controle e transmutação inteligente da energia.

29:4:10 32510 Esses diretores alternam períodos de serviço executivo, nos setores menores, com períodos iguais de serviço de inspeção, nos reinos do espaço. Ao menos um inspetor atuante está sempre presente em cada sistema local, mantendo a sua sede central na própria esfera capital. Eles conservam toda a vasta agregação de energia viva em sincronia harmoniosa.

29:4:11 32511 2. Controladores Mecânicos. Estes são os assistentes extremamente versáteis e móveis dos diretores adjuntos de potência. Trilhões e trilhões deles encarregam-se de missões em Ensa, o vosso setor menor. Esses seres são chamados de controladores mecânicos, porque eles são completamente dominados pelos seus superiores, porque são plenamente subservientes à vontade dos diretores adjuntos de potência. Eles próprios, contudo, são muito inteligentes, e o seu trabalho, ainda que mecânico e preso ao factual, pela sua natureza, é habilmente efetuado.

29:4:12 3261 De todos os Mestres Controladores Físicos designados para os mundos habitados, os controladores mecânicos são, de longe, os mais poderosos. Possuindo o dom vivo da antigravidade, que excede em muito ao de todos os outros seres, cada controlador tem uma resistência à gravidade apenas igualada por esferas enormes que giram a altas velocidades. Dez desses controladores estão agora estacionados em Urântia, e uma das suas atividades planetárias mais importantes é a de facilitar a partida dos transportes seráficos. Funcionando assim, todos os dez controladores mecânicos atuam em uníssono enquanto uma bateria de mil transmissores de energia fornece o momento-de-força inicial para a partida seráfica.

29:4:13 3262 Os controladores mecânicos são competentes para direcionar o fluxo de energia e para facilitar a sua concentração nas correntes especializadas, ou circuitos. Esses seres poderosos muito têm a ver com a seleção, o direcionamento e a intensificação das energias físicas e com a equalização das pressões entre os circuitos interplanetários. Eles são especialistas na manipulação de vinte e uma das trinta energias físicas do espaço, que constituem a carga de potência de um superuniverso. Eles são também capazes de realizar muito para a gestão e controle de seis dentre as nove formas mais sutis de energia física. Colocando esses controladores em uma relação técnica adequada uns com os outros, e com alguns dos centros de potência, os diretores adjuntos de potência tornam-se capacitados para efetuar mudanças inacreditáveis no ajustamento do poder e no controle da energia.

29:4:14 3263 Os Mestres Controladores Físicos funcionam, muitas vezes, em baterias de cem, de mil e até mesmo de milhões e, fazendo variar as suas posições e formações, tornam-se hábeis para efetuar o controle da energia, em uma capacidade coletiva assim como individual. Segundo variam as necessidades, eles podem aumentar e acelerar o volume e o movimento da energia e, mesmo, deter, condensar e retardar as correntes de energia. Eles têm influência nas transformações da energia e poder, de um modo semelhante ao dos chamados agentes catalisadores que implementam as reações químicas. Eles funcionam por uma capacidade inerente e em cooperação com os Centros Supremos de Potência.

29:4:15 3264 3. Transformadores de Energia. O número destes seres, em um superuniverso, é inacreditável. Há quase um milhão deles apenas em Satânia, e a cota costumeira é de cem por mundo habitado.

29:4:16 3265 Os transformadores de energia são uma criação conjunta dos Sete Diretores Supremos de Potência e dos Sete Supervisores Centrais. Eles estão entre as ordens mais pessoais de controladores físicos e, exceto quando um diretor adjunto de potência está presente em um mundo habitado, os transformadores ficam no comando. Eles são os inspetores planetários de todos os transportes seráficos que partem. Todas as classes de vida celeste podem utilizar-se das ordens menos pessoais de controladores físicos, apenas por meio de uma ligação com as ordens mais pessoais dos diretores adjuntos e dos transformadores de energia.

29:4:17 3266 Esses transformadores são interruptores vivos, poderosos e efetivos, sendo capazes de colocar a si próprios a favor de uma dada disposição ou direcionamento de potência ou contra estes. Eles também são hábeis nos seus esforços para isolar os planetas contra as poderosas correntes de energia que passam entre gigantescos vizinhos planetários e estelares. Os seus atributos transmutadores de energia tornam-nos muito úteis na importante tarefa de manter o equilíbrio energético universal, ou o equilíbrio de potência. Num momento eles parecem consumir ou armazenar energia; em outros momentos, eles parecem exsudar ou liberar a energia. Os transformadores são capazes de aumentar ou reduzir o potencial das “baterias de estoque”, das energias vivas e mortas, dos seus respectivos reinos. Mas eles lidam apenas com as energias físicas e semimateriais, eles não funcionam diretamente no domínio da vida, nem mudam as formas dos seres vivos.

29:4:18 3271 Sob alguns aspectos, os transformadores de energia são as mais notáveis e mais misteriosas entre todas as criaturas vivas semimateriais. Eles são fisicamente diferenciados, de um modo desconhecido, e, fazendo variar as suas formas de ligação, são capazes de exercer uma profunda influência sobre a energia que corre através das suas presenças associadas. O status dos reinos físicos parece passar por uma transformação sob a sua hábil manipulação. Eles não apenas podem transformar, como transformam, a forma física das energias do espaço. Com a ajuda dos seus companheiros controladores, eles são de fato capazes de mudar a forma e o potencial de vinte e sete das trinta energias físicas da carga de potência (força) do superuniverso. Que três dessas energias estejam além do seu controle comprova que eles não são instrumentalidades do Absoluto Inqualificável.

29:4:19 3272 Os outros quatro grupos de Mestres Controladores Físicos dificilmente podem ser considerados pessoas, dentro de qualquer definição aceitável dessa palavra. Esses transmissores, associadores, dissociadores e frandalanques são integralmente automáticos nas suas reações, não obstante sejam, em todos os sentidos, inteligentes. Somos muito limitados no nosso conhecimento dessas entidades maravilhosas, porque não podemos comunicar-nos com elas. Elas parecem entender a linguagem do reino, mas não podem comunicar-se conosco. Parecem plenamente capazes de receber as nossas comunicações, mas são inteiramente incapazes de responder.

29:4:20 3273 4. Transmissores de Energia. Estes seres funcionam, principalmente, se bem que não totalmente, na sua aptidão intraplanetária. Eles são despachadores maravilhosos da energia, tal como esta se manifesta nos mundos individuais.

29:4:21 3274 Quando a energia tem de ser enviada a um novo circuito, os transmissores dispõem a si próprios em uma linha, ao longo do caminho desejado para a energia, e, em virtude dos seus atributos singulares de atração da energia, eles podem, de fato, induzir um crescimento no fluxo da energia numa direção desejada. E isso eles fazem tão literalmente quanto certos circuitos metálicos que direcionam o fluxo de certas formas de energia elétrica; e eles são supercondutores vivos para mais da metade das trinta formas de energia física.

29:4:22 3275 Os transmissores formam ligações eficientes, que são hábeis na reabilitação de correntes enfraquecidas da energia especializada que passa de planeta para planeta; e de estação para estação, em um mesmo planeta qualquer. Eles podem detectar correntes que são fracas demais para serem reconhecidas por qualquer outro tipo de ser vivo, e, assim, podem aumentar essas energias, de modo tal que a mensagem que as acompanha torne-se perfeitamente inteligível. Os seus serviços são inestimáveis para os receptores de difusões.

29:4:23 3276 Os transmissores de energia podem funcionar com todas as formas de percepção comunicável; podem tornar “visível” uma cena afastada, e “audível” um som distante. Eles fornecem as linhas de emergência de comunicação nos sistemas locais e planetas individuais. Esses serviços devem ser usados praticamente por todas as criaturas, com o propósito de efetuar comunicações fora dos circuitos regularmente estabelecidos.

29:4:24 3277 Junto com os transformadores de energia, esses seres são indispensáveis à manutenção da existência mortal nos mundos que têm uma atmosfera empobrecida, e são uma parte integrante da técnica de vida nos planetas em que os seres não respiram.

29:4:25 3281 5. Associadores Primários. Estas entidades interessantes e inestimáveis são conservadoras e custódias magistrais da energia. Do mesmo modo que uma planta armazena a luz solar, também esses organismos vivos estocam a energia durante os tempos em que as suas manifestações são abundantes. Eles trabalham em uma escala gigantesca, convertendo as energias do espaço em um estado físico não conhecido em Urântia. Eles são capazes também de levar adiante essas transformações, a ponto de produzir algumas das unidades primitivas de existência material. Esses seres agem pela sua simples presença. De nenhum modo eles se exaurem, nem decaem nessa função; eles atuam como agentes catalíticos vivos.

29:4:26 3282 Durante as estações de manifestações deficitárias, eles têm o poder de liberar essas energias acumuladas. Mas o vosso conhecimento da energia e da matéria não é avançado suficientemente para que seja possível explicar a técnica dessa fase do trabalho deles. Eles sempre operam, no cumprimento da lei universal, manejando e manipulando átomos, elétrons e ultímatons, de um modo semelhante ao que vós manobrais os tipos ajustáveis para fazer com que os mesmos símbolos alfabéticos contem histórias muito diferentes.

29:4:27 3283 Os associadores são o primeiro grupo de vida a surgir em uma esfera em organização material, e podem funcionar sob temperaturas físicas que vós consideraríeis como absolutamente incompatíveis com a existência de seres vivos. Eles representam uma ordem de vida que está simplesmente além do alcance da imaginação humana. Junto com os seus colaboradores, os dissociadores, eles são as mais servis de todas as criaturas inteligentes.

29:4:28 3284 6. Dissociadores Secundários. Comparados com os associadores primários, esses seres de imensas faculdades antigravitacionais são trabalhadores de funções inversas. Nunca há perigo algum de que as formas especiais ou modificadas de energia física, nos mundos ou nos sistemas locais, se esgotem, pois essas organizações vivas são dotadas com o poder único de desenvolver suprimentos ilimitados de energia. Eles ocupam-se principalmente com a evolução de uma forma de energia que dificilmente é conhecida em Urântia, a partir de uma forma de matéria que é ainda menos conhecida. Eles são verdadeiramente os alquimistas do espaço e elaboradores de maravilhas do tempo. Mas em todas as maravilhas que operam, eles jamais transgridem os mandatos da Supremacia Cósmica.

29:4:29 3285 7. Frandalanques. Estes seres são uma criação conjunta de todas as três ordens de seres controladores de energia: os organizadores primários e secundários da força e os diretores de potência. Os frandalanques são os mais numerosos de todos os Mestres Controladores Físicos; só em Satânia, o número deles está além dos vossos conceitos numéricos. Eles estão estacionados em todos os mundos habitados e encontram-se sempre agregados às mais elevadas ordens de controladores físicos. Eles funcionam de modo intercambiável no universo central, nos superuniversos e nos domínios do espaço exterior.

29:4:30 3286 Os frandalanques são criados em trinta divisões, uma para cada forma de força básica do universo; e funcionam exclusivamente como indicadores viventes e automáticos de pressões e de velocidades. Esses barômetros vivos estão empenhados unicamente em registros automáticos e infalíveis do status de todas as formas de energia-força. Eles são para o universo físico o que o amplo mecanismo de refletividade é para o universo da mente. Os frandalanques que registram o tempo, além da presença quantitativa e qualitativa da energia, são chamados de cronoldeques.

29:4:31 3287 Reconheço que os frandalanques são inteligentes, mas não posso classificá-los senão como máquinas vivas. O único modo pelo qual eu posso ajudar-vos a compreender esses mecanismos vivos é comparando-os aos vossos próprios dispositivos mecânicos que operam com uma precisão e uma exatidão quase inteligentes. E então, se quiserdes conceber esses seres, fazei um apelo à vossa imaginação, indo a ponto de reconhecer que, no grande universo, de fato nós temos mecanismos vivos e inteligentes (entidades) capazes de efetuar as tarefas mais intrincadas possíveis envolvendo computações também prodigiosas e com uma delicadeza de precisão tão grande que chega mesmo à ultimidade da precisão.

5. OS MESTRES ORGANIZADORES DA FORÇA


29:5:1 3291 Os organizadores da força residem no Paraíso, mas funcionam em todo o universo-mestre, mais particularmente nos domínios do espaço não organizado. Estes seres extraordinários não são nem criadores nem criaturas, e compreendem duas grandes divisões de serviço:

3292 1. Mestres Derivantes Primários Organizadores da Força.

3293 2. Mestres Associados Transcendentais Organizadores da Força.

29:5:2 3294 Estas duas poderosas ordens de manipuladores da força-primordial operam, exclusivamente, sob a supervisão dos Arquitetos do Universo-Mestre e, na época presente, não funcionam em grande escala dentro das fronteiras do grande universo.

29:5:3 3296 Os Mestres Organizadores Primários da Força são os manipuladores das forças primordiais ou básicas do Absoluto Inqualificável no espaço; eles são criadores de nebulosas. Eles são os instigadores vivos dos ciclones de energia do espaço e os primeiros organizadores e direcionadores dessas manifestações gigantescas. Esses organizadores da força transmutam a força primordial (a pré-energia, não responsiva à gravidade direta do Paraíso) em energia primária ou energia potencial, a energia que se transmuta saindo da atração exclusiva do Absoluto Inqualificável, para a atração da gravidade da Ilha do Paraíso. Eles são, a partir daí, sucedidos pelos organizadores associados da força, que continuam o processo de transmutação da energia, desde as primárias até as secundárias, ou o estágio gravidade-energia.

29:5:4 3297 Quando os planos da criação de um universo local se completam, coisa que é assinalada pela chegada de um Filho Criador, os Mestres Organizadores Associados da Força dão lugar às ordens dos diretores de potência que atuam no superuniverso da jurisdição astronômica. Todavia, na ausência desses planos, os organizadores associados da força continuam, indefinidamente, encarregados dessas criações materiais, do mesmo modo como elas operam agora no espaço exterior.

29:5:5 3298 Os Mestres Organizadores da Força suportam temperaturas e funcionam sob condições físicas que seriam intoleráveis até mesmo para os versáteis centros de potência e para os controladores físicos de Orvonton. Os únicos outros tipos de seres revelados capazes de operar nesses reinos do espaço exterior são os Mensageiros Solitários e os Espíritos Inspirados da Trindade.

29:5:6 3299 [Auspiciado por um Censor Universal, agindo com a autoridade dos Anciães dos Dias de Uversa.]

DOCUMENTO 30

PERSONALIDADES DO GRANDE UNIVERSO
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As personalidades e outras entidades, além das pessoais, atualmente em função no Paraíso e no grande universo, constituem um número quase ilimitado de seres vivos. Até mesmo o número das ordens e tipos principais deixaria atônita a imaginação humana, sem falar dos incontáveis subtipos e variações. É desejável, contudo, apresentar algo de duas das classificações básicas de seres vivos – uma sugestão sobre a classificação do Paraíso e um resumo do Registro das Personalidades de Uversa.

30:0:2 3302 Não é possível formular classificações abrangentes e inteiramente consistentes das personalidades do grande universo, porque nem todos os grupos foram revelados. Seriam necessários inúmeros documentos mais para abranger uma continuidade, na revelação, suficiente para classificar sistematicamente todos os grupos. Muito dificilmente tal expansão de conceitos seria desejável, pois iria privar os mortais pensantes, durante os próximos mil anos, daquele estímulo à reflexão criativa que é proporcionado pelos conceitos assim parcialmente revelados. É melhor que o homem não tenha uma dose excessiva de revelação; já que isso oblitera a imaginação.

1. A CLASSIFICAÇÃO, DO PARAÍSO, PARA OS SERES VIVOS


30:1:1 3303 Os seres vivos, no Paraíso, são classificados segundo a relação inerente e a relação alcançada por eles com as Deidades do Paraíso. Durante as grandes reuniões no universo central e nos superuniversos, aqueles que estão presentes são agrupados, freqüentemente, de acordo com a origem: os de origem trina, ou que alcançaram a Trindade; os de origem dual; e aqueles de uma origem única. Difícil torna-se interpretar, para a mente mortal, a classificação feita no Paraíso dos seres vivos, mas estamos autorizados a apresentar o seguinte:

30:1:2 3304 I. OS SERES DE ORIGEM TRINA. Seres criados por todas as três Deidades do Paraíso, como pessoas, ou como Trindade, junto com o Corpo Trinitarizado, designação esta que se refere a todos os grupos de seres trinitarizados, revelados e não revelados.

30:1:3 3305 A. Os Espíritos Supremos.

3306 1. Os Sete Espíritos Mestres.

3307 2. Os Sete Executivos Supremos.

3308 3. As Sete Ordens de Espíritos Refletivos.

30:1:4 3309 B. Os Filhos Estacionários da Trindade.

33010 1. Os Segredos Trinitarizados da Supremacia.

33011 2. Os Eternos dos Dias.

33012 3. Os Anciães dos Dias.

33013 4. Os Perfeições dos Dias.

3311 5. Os Recentes dos Dias.

3312 6. Os Uniões dos Dias.

3313 7. Os Fiéis dos Dias.

3314 8. Os Perfeccionadores da Sabedoria.

3315 9. Os Conselheiros Divinos.

3316 10. Os Censores Universais.

30:1:5 3317 C. Os Seres de Origem Trinitária e os Seres Trinitarizados.

3318 1. Os Filhos Instrutores da Trindade.

3319 2. Os Espíritos Inspirados da Trindade.

33110 3. Os Nativos de Havona.

33111 4. Os Cidadãos do Paraíso.

33112 5. Os Seres Não Revelados de Origem Trinitária.

33113 6. Os Seres Não Revelados Trinitarizados pelas Deidades.

33114 7. Os Filhos Trinitarizados de Realização.

33115 8. Os Filhos Trinitarizados de Seleção.

33116 9. Os Filhos Trinitarizados de Perfeição.

33117 10. Os Filhos Trinitarizados pelas Criaturas.

30:1:6 33118 II. OS SERES DE ORIGEM DUAL. Aqueles seres originários de duas quaisquer das Deidades do Paraíso, ou criados de outro modo por quaisquer outros dois seres de descendência direta ou indireta das Deidades do Paraíso.

30:1:7 33119 A. As Ordens Descendentes.

33120 1. Os Filhos Criadores.

33121 2. Os Filhos Magisteriais.

33122 3. Os Brilhantes Estrelas Matutinas.

33123 4. Os Pais Melquisedeques.

33124 5. Os Melquisedeques.

33125 6. Os Vorondadeques.

33126 7. Os Lanonandeques.

33127 8. Os Brilhantes Estrelas Vespertinos.

33128 9. Os Arcanjos.

33129 10. Os Portadores da Vida.

33130 11. Os Ajudantes Não Revelados do Universo.

33131 12. Os Filhos Não Revelados de Deus.

30:1:8 33132 B. As Ordens Estacionárias.

33133 1. Os Abandonteiros.

33134 2. Os Susátias.

33135 3. Os Univitátias.

33136 4. Os Espirongas.

33137 5. Os Seres Não Revelados de Origem Dual.

30:1:9 33138 C. As Ordens Ascendentes.

33139 1. Os Mortais Fusionados ao Ajustador.

33140 2. Os Mortais Fusionados ao Filho.

33141 3. Os Mortais Fusionados ao Espírito.

33142 4. Os Intermediários Transladados.

33143 5. Os Ascendentes não Revelados.

30:1:10 3321 III. OS SERES DE UMA ORIGEM ÚNICA. Aqueles que têm a sua origem em uma única das Deidades do Paraíso; ou que foram criados, de outro modo, por qualquer ser de descendência direta ou indireta das Deidades do Paraíso.

30:1:11 3322 A. Os Espíritos Supremos.

3323 1. Os Mensageiros por Gravidade.

3324 2. Os Sete Espíritos dos Circuitos de Havona.

3325 3. Os Auxiliares Duodecáplos dos Circuitos de Havona.

3326 4. Os Ajudantes Refletivos de Imagens.

3327 5. Os Espíritos Maternos do Universo.

3328 6. Os Espíritos Sétuplos Ajudantes da Mente.

3329 7. Os Seres Não Revelados Originários da Deidade.

30:1:12 33210 B . As Ordens Ascendentes.

33211 1. Os Ajustadores Personalizados.

33212 2. Os Filhos Materiais Ascendentes.

33213 3. Os Serafins Evolucionários.

33214 4. Os Querubins Evolucionários.

33215 5. Os Ascendentes Não Revelados.

30:1:13 33216 C. A Família do Espírito Infinito.

33217 1. Os Mensageiros Solitários.

33218 2. Os Supervisores dos Circuitos do Universo.

33219 3. Os Diretores de Censo.

33220 4. Os Ajudantes Pessoais do Espírito Infinito.

33221 5. Os Inspetores Associados.

33222 6. As Sentinelas Designadas.

33223 7. Os Guias dos Graduados.

33224 8. Os Servidores de Havona.

33225 9. Os Conciliadores Universais.

33226 10. Os Companheiros Moronciais.

33227 11. Os Supernafins.

33228 12. Os Seconafins.

33229 13. Os Tertiafins.

33230 14. Os Omniafins.

33231 15. Os Serafins.

33232 16. Os Querubins e os Sanobins.

33233 17. Os Seres Não Revelados Originários do Espírito.

33234 18. Os Sete Diretores Supremos de Potência.

33235 19. Os Centros Supremos de Potência.

33236 20. Os Mestres Controladores Físicos.

33237 21. Os Supervisores do Poder Moroncial.

30:1:14 33238 IV. OS SERES TRANSCENDENTAIS DERIVANTES. No Paraíso é encontrada uma vasta hoste de seres transcendentais, cuja origem não é ordinariamente desvelada aos universos do tempo e do espaço, antes que eles estejam estabelecidos em luz e vida. Esses Transcendentores não são nem criadores nem criaturas; eles são os filhos derivantes da divindade, da ultimidade e da eternidade. Esses “derivantes” não são finitos nem infinitos – eles são absonitos; e a absonitude não é nem a infinitude nem a absolutez.

30:1:15 3331 Estes não criadores, incriados, sempre são leais à Trindade do Paraíso e obedientes ao Último. Eles existem em quatro níveis últimos de atividade da personalidade e funcionam, nos sete níveis do absonito, em doze grandes divisões que consistem em mil grupos maiores de operação, sendo de sete classes cada um. Esses seres derivantes incluem as ordens seguintes:

3332 1. Os Arquitetos do Universo-Mestre.

3333 2. Os Registradores Transcendentais.

3334 3. Os Outros Transcendentores.

3335 4. Os Mestres Derivantes Primários Organizadores da Força.

3336 5. Os Mestres Trancendentais Associados Organizadores da Força.

30:1:16 3337 Deus, enquanto suprapessoa, manifesta; Deus, enquanto pessoa, cria; Deus, enquanto pré-pessoa, fragmenta-se; e esse fragmento Ajustador, Dele próprio, faz a alma espiritual evoluir na mente material e mortal, de acordo com a escolha feita em livre-arbítrio pela personalidade que foi outorgada à criatura mortal, pelo ato paterno de Deus, como Pai.

30:1:17 3338 V. AS ENTIDADES FRAGMENTADAS DA DEIDADE. Essa ordem de existência vivente, originando-se do Pai Universal, tem o seu melhor tipo representativo nos Ajustadores do Pensamento, embora essas entidades não sejam de modo algum as únicas fragmentações da realidade pré-pessoal da Primeira Fonte e Centro. As funções dos outros fragmentos, além dos Ajustadores, são múltiplas, mas pouco conhecidas. A fusão com um Ajustador, ou com um outro desses fragmentos, faz da criatura um ser fusionado ao Pai.

30:1:18 3339 As fragmentações do espírito da pré-mente da Terceira Fonte e Centro, ainda que dificilmente comparáveis aos fragmentos do Pai, devem ser aqui registradas. Essas entidades diferem bastante dos Ajustadores; elas não residem, como aquelas, em Spiritington, nem, como estas, atravessam os circuitos da gravidade da mente; nem residem nas criaturas mortais durante a sua vida na carne. Elas não são pré-pessoais, no sentido em que os Ajustadores o são, mas tais fragmentos do espírito da pré-mente são outorgados a alguns dos mortais sobreviventes e essa fusão faz deles os mortais fusionados ao Espírito, que são distintos dos mortais fusionados ao Ajustador.

30:1:19 33310 Ainda mais difícil de descrever é o espírito individualizado de um Filho Criador; e a união com ele faz da criatura um mortal fusionado ao Filho. E há ainda outras fragmentações da Deidade.

30:1:20 33311 VI. OS SERES SUPRAPESSOAIS. Há uma vasta hoste de seres outros, além dos pessoais, de origem divina, e que prestam múltiplos serviços no universo dos universos. Alguns desses seres residem nos mundos do Filho, no Paraíso; outros, como os representantes suprapessoais do Filho Eterno, são encontrados em locais diferentes. A maior parte deles não é mencionada nestas narrativas e seria inteiramente irrelevante tentar descrevê-los para as criaturas pessoais.

30:1:21 33312 VII. AS ORDENS NÃO CLASSIFICADAS NEM REVELADAS. Durante a atual idade do universo, não seria possível colocar todos os seres, os pessoais e os outros, em classificações pertinentes à presente idade do universo; nem foram reveladas todas as categorias nestas narrativas; assim, inúmeras ordens foram omitidas nestas listas. Considerai as seguintes:

33313 O Consumador do Destino do Universo.

33314 Os Vice-Regentes Qualificados do Último.

3341 Os Supervisores Inqualificáveis do Supremo.

3342 As Agências Criativas Não Reveladas dos Anciães dos Dias.

3343 Majeston do Paraíso.

3344 As Ligações Refletivadoras Inominadas de Majeston.

3345 As Ordens Midsonitas dos Universos Locais.

30:1:22 3346 Nenhum significado especial deve ser atribuído a essa lista de ordens agrupadas anteriormente, exceto pelo fato de que nenhuma delas aparece na classificação do Paraíso, do modo como é revelado nestes documentos. Estas são as poucas não classificadas; vós tendes ainda de aprender sobre as muitas não reveladas.

30:1:23 3347 Há os espíritos: entidades espirituais, presenças espirituais, espíritos pessoais, espíritos pré-pessoais, espíritos suprapessoais, existências espirituais, personalidades espirituais – mas nem a linguagem mortal, nem o intelecto mortal são adequados para descrevê-los. No entanto, podemos afirmar que não há personalidades constituídas de “mente pura”; nenhuma entidade tem personalidade, a menos que tenha sido dotada com ela por Deus, que é espírito. Qualquer entidade mental que não esteja associada a uma energia espiritual ou física não é uma personalidade. Porém, do mesmo modo, existem personalidades espirituais que têm mente, há personalidades mentais que têm espírito. Majeston e os seus colaboradores são uma ilustração bastante boa de seres dominados pela mente, mas há ilustrações melhores desse tipo de personalidade, desconhecidas para vós. Há, mesmo, ordens inteiras não reveladas de tais personalidades mentais, mas elas estão sempre ligadas ao espírito. Algumas outras criaturas não reveladas são o que poderíamos chamar de personalidades-de-energia-mental-e-física. Os seres desse tipo não são sensíveis à gravidade espiritual, no entanto, são personalidades verdadeiras – estão no circuito do Pai.

30:1:24 3348 Estes documentos nem sequer tentam – nem poderiam – esgotar a história das criaturas vivas, dos criadores, dos derivantes, ainda, dos seres que existem por outros modos, que vivem e adoram e servem nos universos pululantes do tempo e no universo central da eternidade. Vós, mortais, sois pessoas; e por isso é que podemos descrever para vós os seres que são personalizados, mas como poderia um ser absonitizado ser jamais explanado para vós?

2. O REGISTRO DAS PERSONALIDADES, EM UVERSA


30:2:1 3349 A família divina dos seres vivos está registrada, em Uversa, sob sete grandes divisões:

33410 1. As Deidades do Paraíso.

33411 2. Os Espíritos Supremos.

33412 3. Os Seres Originários da Trindade.

33413 4. Os Filhos de Deus.

33414 5. As Personalidades do Espírito Infinito.

33415 6. Os Diretores de Potência do Universo.

33416 7. O Corpo de Cidadania Permanente.

30:2:2 33417 Esses grupos de Deidades e de criaturas volitivas estão divididos em numerosas classes e subdivisões menores. A apresentação dessa classificação das personalidades do grande universo está, contudo, empenhada principalmente em enunciar aquelas ordens de seres inteligentes reveladas nestas narrativas; a maioria das quais será encontrada na experiência ascendente dos mortais do tempo, na sua escalada progressiva ao Paraíso. As listas seguintes não fazem nenhuma menção às vastas ordens de seres do universo que prosseguem com o seu trabalho totalmente à parte do esquema de ascensão dos mortais.

30:2:3 3351 I. AS DEIDADES DO PARAÍSO.

3352 1. O Pai Universal.

3353 2. O Filho Eterno.

3354 3. O Espírito Infinito.

30:2:4 3355 II. OS ESPÍRITOS SUPREMOS.

3356 1. Os Sete Espíritos Mestres.

3357 2. Os Sete Executivos Supremos.

3358 3. Os Sete Grupos de Espíritos Refletivos.

3359 4. Os Ajudantes Refletivos de Imagens.

33510 5. Os Sete Espíritos dos Circuitos.

33511 6. Os Espíritos Criativos do Universo Local.

33512 7. Os Espíritos Ajudantes da Mente.

30:2:5 33513 III. THE TRINITY-ORIGIN BEINGS.

33514 1. Os Segredos Trinitarizados da Supremacia.

33515 2. Os Eternos dos Dias.

33516 3. Os Anciães dos Dias.

33517 4. Os Perfeições dos Dias.

33518 5. Os Recentes dos Dias.

33519 6. Os Uniões dos Dias.

33520 7. Os Fiéis dos Dias.

33521 8. Os Filhos Instrutores da Trindade.

33522 9. Os Perfeccionadores da Sabedoria.

33523 10. Os Conselheiros Divinos.

33524 11. Os Censores Universais.

33525 12. Os Espíritos Inspirados da Trindade.

33526 13. Os Nativos de Havona.

33527 14. Os Cidadãos do Paraíso.

30:2:6 33528 IV. OS FILHOS DE DEUS.

30:2:7 33529 A. Os Filhos Descendentes.

33530 1. Os Filhos Criadores – Os Michaéis.

33531 2. Os Filhos Magisteriais – Os Avonais.

33532 3. Os Filhos Instrutores da Trindade – Os Diainais.

33533 4. Os Filhos Melquisedeques.

33534 5. Os Filhos Vorondadeques.

33535 6. Os Filhos Lanonandeques.

33536 7. Os Portadores da Vida.

30:2:8 33537 B. Os Filhos Ascendentes.

33538 1. Os Mortais Fusionados ao Pai.

33539 2. Os Mortais Fusionados ao Filho.

33540 3. Os Mortais Fusionados ao Espírito.

33541 4. Os Serafins Evolucionários.

33542 5. Os Filhos Materiais Ascendentes.

33543 6. Os Intermediários Transladados.

33544 7. Os Ajustadores Personalizados.

30:2:9 3361 C. Os Filhos Trinitarizados.

3362 1. Os Mensageiros Poderosos.

3363 2. Aqueles Elevados Em Autoridade.

3364 3. Aqueles Sem Nome Nem Número.

3365 4. Os Custódios Trinitarizados.

3366 5. Os Embaixadores Trinitarizados.

3367 6. Os Guardiães Celestes.

3368 7. Os Assistentes dos Filhos Elevados.

3369 8. Os Filhos Trinitarizados pelos Ascendentes.

33610 9. Os Filhos Trinitarizados do Paraíso-Havona.

33611 10. Os Filhos Trinitarizados do Destino.

30:2:10 33612 V. AS PERSONALIDADES DO ESPÍRITO INFINITO.

30:2:11 33613 A. As Personalidades Mais Elevadas do Espírito Infinito.

33614 1. Os Mensageiros Solitários.

33615 2. Os Supervisores dos Circuitos do Universo.

33616 3. Os Diretores de Censo.

33617 4. Os Ajudantes Pessoais do Espírito Infinito.

33618 5. Os Inspetores Associados.

33619 6. As Sentinelas Designadas.

33620 7. Os Guias dos Graduados.

30:2:12 33621 B. As Hostes de Mensageiros do Espaço.

33622 1. Os Servidores de Havona.

33623 2. Os Conciliadores Universais.

33624 3. Os Conselheiros Técnicos.

33625 4. Os Custódios dos Arquivos no Paraíso.

33626 5. Os Registradores Celestes.

33627 6. Os Companheiros Moronciais.

33628 7. Os Companheiros do Paraíso.

30:2:13 33629 C. Os Espíritos Ministradores.

33630 1. Os Supernafins.

33631 2. Os Seconafins.

33632 3. Os Tertiafins.

33633 4. Os Omniafins.

33634 5. Os Serafins.

33635 6. Os Querubins e os Sanobins.

33636 7. Os Intermediários.

30:2:14 33637 VI. OS DIRETORES DE POTÊNCIA DO UNIVERSO.

30:2:15 33638 A. Os Sete Diretores Supremos de Potência.

30:2:16 33639 B. Os Centros Supremos de Potência.

33640 1. Os Supervisores Supremos dos Centros.

33641 2. Os Centros de Havona.

33642 3. Os Centros dos Superuniversos.

33643 4. Os Centros dos Universos Locais.

33644 5. Os Centros das Constelações.

33645 6. Os Centros dos Sistemas.

33646 7. Os Centros Não Classificados.

30:2:17 3371 C. Os Mestres Controladores Físicos.

3372 1. Os Diretores Associados de Potência.

3373 2. Os Controladores Mecânicos.

3374 3. Os Transformadores de Energia.

3375 4. Os Transmissores de Energia.

3376 5. Os Associadores Primários.

3377 6. Os Dissociadores Secundários.

3378 7. Os Frandalanques e os Cronoldeques.

30:2:18 3379 D. Os Supervisores do Poder Moroncial.

33710 1. Os Reguladores dos Circuitos.

33711 2. Os Coordenadores dos Sistemas.

33712 3. Os Custódios Planetários.

33713 4. Os Controladores Combinados.

33714 5. Os Estabilizadores das Ligações.

33715 6. Os Classificadores Seletivos.

33716 7. Os Registradores Associados.

30:2:19 33717 VII. O CORPO DE CIDADANIA PERMANENTE.

33718 1. Os Intermediários Planetários.

33719 2. Os Filhos Adâmicos dos Sistemas.

33720 3. Os Univitátias das Constelações.

33721 4. Os Susátias do Universo Local.

33722 5. Os Mortais Fusionados ao Espírito dos Universos Locais.

33723 6. Os Abandonteiros dos Superuniversos.

33724 7. Os Mortais Fusionados ao Filho dos Superuniversos.

33725 8. Os Nativos de Havona.

33726 9. Os Nativos das Esferas do Espírito do Paraíso.

33727 10. Os Nativos das Esferas do Pai no Paraíso.

33728 11. Os Cidadãos Criados do Paraíso.

33729 12. Os Cidadãos Mortais do Paraíso Fusionados aos Ajustadores.

30:2:20 33730 Essa é a classificação segundo a função das personalidades dos universos, tais como estão registradas no mundo-sede de Uversa.

30:2:21 33731 OS GRUPOS DE PERSONALIDADES COMPOSTAS. Há, em Uversa, registros de inúmeros outros grupos, de seres inteligentes, seres que estão também intimamente relacionados à organização e à administração do grande universo. Entre tais ordens, estão os três seguintes grupos de personalidades compostas:

30:2:22 33732 A. O Corpo de Finalidade do Paraíso.

33733 1. O Corpo de Finalitores Mortais.

33734 2. O Corpo de Finalitores do Paraíso.

33735 3. O Corpo de Finalitores Trinitarizados.

33736 4. O Corpo de Finalitores Trinitarizados Conjuntos.

33737 5. O Corpo de Finalitores de Havona.

33738 6. O Corpo de Finalitores Transcendentais.

33739 7. O Corpo dos Filhos Não Revelados do Destino.

30:2:23 33740 O Corpo de Finalidade dos Mortais é tratado no próximo documento, que é o final desta série.

30:2:24 3381 B. Os Ajudantes do Universo.

3382 1. Os Brilhantes Estrelas Matutinas.

3383 2. Os Brilhantes Estrelas Vespertinos.

3384 3. Os Arcanjos.

3385 4. Os Assistentes Mais Elevados.

3386 5. Os Altos Comissários.

3387 6. Os Supervisores Celestes.

3388 7. Os Educadores dos Mundos das Mansões.

30:2:25 3389 Em todos os mundos-sede centrais, tanto dos universos locais quanto dos superuniversos, são tomadas as providências em favor desses seres que estão engajados em missões específicas para os Filhos Criadores, os governantes do universo local. Nós damos as boas-vindas a esses Ajudantes do Universo em Uversa, mas não temos nenhuma jurisdição sobre eles. Esses emissários prosseguem no seu trabalho e fazem as suas observações sob a autoridade dos Filhos Criadores. As suas atividades são descritas de um modo mais completo nas narrativas referentes ao vosso universo local.

30:2:26 33810 C. As Sete Colônias de Cortesia.

33811 1. Os Estudantes das Estrelas.

33812 2. Os Artesãos Celestes.

33813 3. Os Diretores de Retrospecção.

33814 4. Os Instrutores das Escolas de Extensão.

33815 5. Os Vários Corpos de Reserva.

33816 6. Os Estudantes Visitantes.

33817 7. Os Peregrinos Ascendentes.

30:2:27 33818 Esses sete grupos de seres serão encontrados, assim organizados e governados, em todos os mundos-sede centrais, desde os sistemas locais até as capitais dos superuniversos, particularmente nessas últimas. As capitais dos sete superuniversos são os locais de reunião para quase todas as classes e ordens de seres inteligentes. Nessas capitais locais, as criaturas de vontade, de todas as fases da existência, podem ser observadas e estudadas, à exceção de numerosos grupos de havonianos do Paraíso.

3. AS COLÔNIAS DE CORTESIA


30:3:1 33819 As sete colônias de cortesia permanecem por um tempo maior ou menor nas esferas arquitetônicas, enquanto se ocupam em completar as suas missões e em cumprir as funções das suas designações especiais. O seu trabalho pode ser descrito como se segue:

30:3:2 33820 1. Os Estudantes de Astronomia, os astrônomos celestes, escolhem trabalhar em esferas como Uversa, porque tais mundos especialmente construídos são favoráveis de um modo inusitado às suas observações e cálculos. Uversa está favoravelmente situada para o trabalho dessa colônia, não apenas por causa da sua localização central, mas também porque não há sóis gigantes, vivos ou mortos, próximos a ponto de perturbar as correntes de energia. Esses estudantes não estão de modo algum conectados, organicamente, aos assuntos do superuniverso; eles são meramente hóspedes.

30:3:3 33821 A colônia astronômica de Uversa tem indivíduos de muitos reinos próximos, do universo central, e até mesmo de Norlatiadeque. Qualquer ser em qualquer mundo, de qualquer sistema e de qualquer universo, pode tornar-se um estudante das estrelas, pode aspirar a juntar-se a algum corpo de astrônomos celestes. Os únicos pré-requisitos são: continuar a viver e ter um conhecimento suficiente dos mundos do espaço, especialmente das suas leis físicas de evolução e de controle. Aos estudantes das estrelas não se faz necessário que sirvam eternamente nesse corpo, mas ninguém que seja admitido nesse grupo pode retirar-se antes de um milênio do tempo de Uversa.

30:3:4 3391 A colônia de observadores das estrelas, de Uversa, conta atualmente com mais de um milhão de seres. Esses astrônomos vêm e vão, embora alguns permaneçam por períodos relativamente longos. Eles prosseguem no seu trabalho com a ajuda de uma profusão de instrumentos mecânicos e de aparelhos físicos; eles são também assistidos, de um modo amplo, pelos Mensageiros Solitários e outros exploradores espirituais. Esses astrônomos celestes fazem uso constante dos transformadores e transmissores vivos de energia, bem como das personalidades refletivas, no seu trabalho de estudo das estrelas e de pesquisa do espaço. Eles estudam todas as formas e fases do material do espaço e as manifestações da energia, estando interessados na função da força tanto quanto nos fenômenos estelares; nada em todo o espaço escapa do seu escrutínio.

30:3:5 3392 Colônias semelhantes de astrônomos podem ser encontradas nos mundos-sedes dos setores do superuniverso, bem como nas capitais arquitetônicas dos universos locais e suas subdivisões administrativas. Exceto no Paraíso, o conhecimento não é inerente; a compreensão do universo físico depende, em larga medida, da observação e da pesquisa.

30:3:6 3393 2. Os Artesãos Celestes servem em todos os sete superuniversos. Os mortais ascendentes têm seu contato inicial com esses grupos durante a carreira moroncial do universo local, e quando estudarmos esta última é que os artesãos serão analisados de um modo mais abrangente.

30:3:7 3394 3. Os Diretores de Retrospecção são os promotores do relaxamento e do humor – a retrospecção das memórias do passado. Eles prestam um grande serviço na operação prática do esquema ascendente da progressão dos mortais, especialmente durante as fases iniciais da transição moroncial e da experiência espiritual. A história deles pertence à narrativa da carreira mortal, no universo local.

30:3:8 3395 4. Os Instrutores das Escolas de Extensão. O mundo residencial seguinte, mais elevado, na carreira ascendente, sempre mantém um forte corpo de instrutores no mundo imediatamente abaixo, uma espécie de escola preparatória para os residentes em progressão daquela esfera; essa é uma fase, do esquema ascendente, para o avanço dos peregrinos do tempo. Essas escolas e os seus métodos de instrução e exames são totalmente diferentes de qualquer coisa que vós tentais fazer em Urântia.

30:3:9 3396 Todo o plano ascendente de progressão dos mortais é caracterizado pela prática de comunicar a outros seres novas verdades e experiências, tão logo adquiridas. Vós fazeis vosso caminho pela longa escola de realização, no Paraíso, servindo de mestres diante dos alunos que estão imediatamente atrás de vós na escala da progressão.

30:3:10 3397 5. Os Vários Corpos de Reserva. Vastas reservas de seres estão mobilizadas em Uversa, não sob a nossa supervisão imediata, como a colônia dos corpos de reservas. Há setenta divisões primárias dessa colônia em Uversa, e faz parte de uma educação liberal ampliadora de horizontes permitir que se passe uma temporada com essas personalidades extraordinárias. Reservas gerais semelhantes são mantidas em Salvington e outras capitais do universo; elas são despachadas para o serviço ativo, sob a requisição dos seus respectivos diretores de grupo.

30:3:11 3398 6. Os Estudantes Visitantes. Vindos de todo o universo em uma corrente contínua, os visitantes celestes fluem para todos os vários mundos-sedes. Como indivíduos e como classe, esses vários tipos de seres acorrem a nós como observadores e alunos de intercâmbio e estudantes ajudantes. Em Uversa, no presente, há mais de um bilhão de pessoas nessa colônia de cortesia. Alguns desses visitantes podem demorar um dia, outros podem permanecer um ano, tudo dependendo da natureza das suas missões. Essa colônia contém quase todas as classes de seres do universo, exceto as personalidades Criadoras e os mortais moronciais.

30:3:12 3401 Os mortais moronciais são estudantes visitantes apenas dentro dos confins do universo local da sua origem. Eles só podem fazer visitas, em função superuniversal, depois de haverem alcançado o status de seres espirituais. Mais da metade da nossa colônia de visitantes consiste em “passagens provisórias” de seres a caminho de algum outro local, os quais param para visitar a capital de Orvonton. Essas personalidades podem estar cumprindo um compromisso no universo, ou podem estar desfrutando de um período de lazer – de liberdade de compromissos. O privilégio da viagem intra-universo e da observação é uma parte da carreira de todos os seres em ascensão. O desejo humano de viajar e de observar novos povos e mundos será plenamente gratificado durante a longa e movimentada escalada ao Paraíso, passando pelo universo local, pelo superuniverso e pelo universo central.

30:3:13 3402 7. Os Peregrinos Ascendentes. À medida que os peregrinos ascendentes são designados para os vários serviços ligados à sua progressão até o Paraíso, eles ficam domiciliados, como colônia de cortesia, nas várias esferas-sede centrais. Enquanto funcionam aqui e ali, em um superuniverso, tais grupos são amplamente autogovernados. Eles são uma colônia sempre em mudança, que abrange todas as ordens de mortais evolucionários e os seus aliados ascendentes.

4. OS MORTAIS ASCENDENTES


30:4:1 3403 Os sobreviventes mortais do tempo e do espaço são denominados peregrinos ascendentes, quando se tornam acreditados para a ascensão progressiva ao Paraíso. E essas criaturas evolucionárias ocupam, nas nossas narrativas, um lugar tão importante que nós aqui desejamos apresentar uma sinopse dos sete estágios seguintes da carreira ascendente no universo:

3404 1. Mortais Planetários.

3405 2. Sobreviventes Adormecidos.

3406 3. Estudantes dos Mundos das Mansões.

3407 4. Progressores Moronciais.

3408 5. Pupilos do Superuniverso.

3409 6. Peregrinos de Havona.

34010 7. Os que Chegam ao Paraíso.

30:4:2 34011 A narrativa seguinte apresenta a carreira de um mortal residido por um Ajustador no universo. Os mortais fusionados ao Filho e ao Espírito compartilham de partes dessa carreira; mas escolhemos contar a história que é a do mortal fusionado ao Ajustador, pois esse destino é o que se antecipa para todas as raças humanas de Urântia.

30:4:3 34012 1. Mortais Planetários. Os mortais são todos seres evolucionários, de origem animal, com potencial ascendente. Pela sua origem, natureza e destino, esses vários grupos e tipos de seres humanos não são totalmente diferentes dos povos de Urântia. As raças humanas, de todos os mundos, recebem a mesma ministração dos Filhos de Deus e gozam da presença dos espíritos ministradores do tempo. Depois da morte natural, todos os tipos de ascendentes confraternizam-se como uma única família moroncial nos mundos das mansões.

30:4:4 3411 2. Sobreviventes Adormecidos. Todos os mortais com status de sobreviventes, sob a custódia de guardiães pessoais do destino, passam pelos portais da morte natural e, no terceiro período, personalizam-se nos mundos das mansões. Os seres acreditados que, por qualquer razão, não foram capazes de alcançar o nível de mestria sobre a inteligência e o dom da espiritualidade, que lhes daria o direito de ter guardiães pessoais, não podem, assim, imediata e diretamente, tomar o rumo dos mundos das mansões. Essas almas sobreviventes devem descansar, em sono inconsciente, até o dia do julgamento de uma nova época, de uma nova dispensação, esperando pela vinda do Filho de Deus, que chame as listas da idade e que julgue o reino, e essa é a prática geral em todo o Nebadon. Foi dito de Cristo Michael que, quando ele ascendeu às alturas, depois da conclusão do seu trabalho na Terra: “Ele retirou uma grande multidão do cativeiro”. E esses cativos eram os sobreviventes adormecidos, desde os dias de Adão até os dias da ressurreição do Mestre em Urântia.

30:4:5 3412 O passar do tempo não tem a menor importância para os mortais adormecidos; eles estão totalmente inconscientes e esquecidos da duração do seu repouso. Quando têm a sua personalidade reconstituída, no fim de uma idade, aqueles que houverem dormido cinco mil anos não reagem de um modo diferente do daqueles que descansaram cinco dias. À parte o atraso do tempo, esses sobreviventes passam ao regime de ascensão de um modo idêntico ao daqueles que evitam o sono, mais longo ou menos longo, da morte.

30:4:6 3413 Essas classes dispensacionais, de peregrinos do mundo, são utilizadas para atividades moronciais grupais no trabalho dos universos locais. Há uma grande vantagem na mobilização de grupos tão enormes; desse modo, eles são mantidos juntos por longos períodos de serviço efetivo.

30:4:7 3414 3. Estudantes dos Mundos das Mansões. Todos os mortais sobreviventes que despertam nos mundos das mansões pertencem a essa classe.

30:4:8 3415 O corpo físico, de carne mortal, não é uma parte da reconstituição dos sobreviventes adormecidos; o corpo físico voltou ao pó. O serafim designado auspicia o novo corpo, a forma moroncial, que é o novo veículo de vida para a alma imortal e para a residência do Ajustador que retorna. O Ajustador é o custódio da transcrição espiritual da mente do sobrevivente adormecido. O serafim designado é o guardião da identidade sobrevivente – a alma imortal – até o ponto em que ela evoluiu. E quando estes dois, o Ajustador e o serafim, reúnem as partes da personalidade a eles confiadas, o novo indivíduo é a ressurreição da antiga personalidade, a sobrevivência da identidade moroncial, em evolução, da alma. Essa reassociação da alma e do Ajustador, muito apropriadamente chamada de ressurreição, é uma reconstituição dos fatores da personalidade; mas mesmo isso não explica inteiramente o reaparecimento da personalidade sobrevivente. Embora provavelmente vós nunca vades entender o fato dessa transação tão inexplicável, ireis, em algum momento, conhecer experiencialmente a verdade dela, se vós não rejeitardes o plano de sobrevivência dos mortais.

30:4:9 3416 O plano de retenção inicial dos mortais nos sete mundos de aperfeiçoamento progressivo é quase universal em Orvonton. Em cada sistema local, de aproximadamente mil planetas habitados, há sete mundos das mansões, em geral satélites ou subsatélites da capital do sistema. São os mundos que recebem a maioria dos mortais ascendentes.

30:4:10 3417 Algumas vezes, todos os mundos de ensino, de residência dos mortais, são chamados de “mansões” do universo, e foi a essas esferas que Jesus aludiu quando disse: “Na casa do meu Pai há muitas moradas”. A partir daí, dentro de um dado grupo de esferas semelhantes aos mundos das mansões, os ascendentes progredirão individualmente, de uma esfera para a outra, e de uma fase da vida até a outra, mas eles sempre avançarão, de um estágio de estudo, no universo, para o próximo, em agrupamentos ou classes.

30:4:11 3421 4. Progressores Moronciais. Durante a sua elevação, desde os mundos das mansões até as esferas do sistema, da constelação e do universo, os mortais são classificados como progressores moronciais; eles estão passando pelas esferas de transição, da ascensão dos mortais. À medida que os mortais ascendentes progridem dos mundos moronciais inferiores até os mais elevados, servem em compromissos incontáveis, em conjunto com os seus instrutores e na companhia dos seus irmãos mais experientes e mais avançados.

30:4:12 3422 A progressão moroncial constitui parte do avanço contínuo do intelecto, do espírito e da forma da personalidade. Os sobreviventes são ainda seres de natureza tríplice. Durante toda a experiência moroncial, eles são pupilos do universo local. O regime do superuniverso não funciona antes que se inicie a carreira do espírito.

30:4:13 3423 Os mortais adquirem uma identidade espiritual real um pouco antes de deixarem a sede central do universo local e de irem para os mundos de recepção dos setores menores do superuniverso. Passar do estado moroncial final para o primeiro status de espírito, ou o mais baixo, não é senão uma transição ligeira. A mente, a personalidade e o caráter permanecem imutáveis durante esse avanço; apenas a forma passa por uma modificação. Mas a forma do espírito é tão real quanto o corpo moroncial, e é igualmente discernível.

30:4:14 3424 Antes de partirem dos seus universos locais de nascimento, para os mundos de recepção do superuniverso, os mortais do tempo recebem uma confirmação espiritual do Filho Criador e do Espírito Materno do universo local. Desse ponto em diante, o status de mortal ascendente para sempre fica estabelecido. Não se conhece nenhum caso de desvio dos pupilos do superuniverso. Os serafins ascendentes também avançam, no seu status angélico, no momento em que partem dos universos locais.

30:4:15 3425 5. Pupilos do Superuniverso. Todos os ascendentes que chegam aos mundos de aperfeiçoamento dos superuniversos tornam-se pupilos dos Anciães dos Dias; eles passaram pela vida moroncial do universo local e agora são acreditados como espíritos. Como espíritos jovens, eles começam a ascensão dentro do sistema de educação e de cultura do superuniverso, que se estende das esferas de recepção dos seus setores menores, passando pelos mundos de estudo dos dez setores maiores e daí para as esferas culturais mais elevadas das sedes centrais dos superuniversos.

30:4:16 3426 Há três ordens de espíritos estudantes, segundo a sua permanência nos mundos de progressão espiritual, dos setores menores, setores maiores e sedes centrais dos superuniversos. Do mesmo modo que os ascendentes moronciais estudaram e trabalharam nos mundos do universo local, os espíritos ascendentes continuam obtendo a mestria de novos mundos, enquanto praticam, distribuindo a outros, aquilo que absorveram nas fontes experienciais da sabedoria. Todavia, ir à escola como um ser espiritual, na carreira do superuniverso, é muito diferente de qualquer coisa que jamais haja ocorrido até mesmo nos domínios da imaginação da mente material do homem.

30:4:17 3427 Antes de deixar o superuniverso para seguir até Havona, esses espíritos ascendentes recebem a mesma instrução completa, sobre a administração do superuniverso, que lhes foi dada durante a sua experiência moroncial, sobre a supervisão do universo local. Antes que esses mortais, já espiritualizados, alcancem Havona, o seu principal estudo, mas não sua ocupação exclusiva, é o da mestria da administração do universo local e do superuniverso. A razão para toda essa experiência não se mostra ainda totalmente; porém, esse aperfeiçoamento é sábio e necessário, sem dúvida, tendo em vista o seu possível destino futuro, como membros do Corpo de Finalidade.

30:4:18 3431 O regime do superuniverso não é o mesmo para todos os mortais ascendentes. Eles recebem a mesma educação geral, mas grupos e classes especiais passam por cursos especiais de instrução e são submetidos a cursos de aperfeiçoamento específico.

30:4:19 3432 6. Peregrinos de Havona. Quando o desenvolvimento do espírito está completo, ainda que não esteja repleto, o mortal sobrevivente prepara-se para o longo vôo até Havona, o ancoradouro dos espíritos evolucionários. Na Terra vós fostes criaturas de carne e sangue; ao passardes pelo universo local, fostes seres moronciais; ao cruzardes o superuniverso, fostes espíritos em evolução; com a vossa chegada aos mundos de recepção de Havona, a vossa educação espiritual na realidade começa a sério; e o vosso surgimento final no Paraíso será como espíritos perfeccionados.

30:4:20 3433 A vossa jornada, da sede central do superuniverso para as esferas de recepção de Havona, vós sempre a fazeis a sós. De agora em diante, não mais vos serão ministradas instruções em classes ou grupos. Vós terminastes o vosso aperfeiçoamento técnico e administrativo dos mundos evolucionários do tempo e do espaço. Agora começa a vossa educação pessoal, a vossa educação espiritual individual. Do princípio ao fim, através de toda Havona, a instrução é pessoal e tem uma natureza tríplice: intelectual, espiritual e experiencial.

30:4:21 3434 O primeiro ato da vossa carreira em Havona será reconhecer e agradecer, ao vosso seconafim de transporte, pela viagem longa e segura. Em seguida, sereis apresentados àqueles seres que irão promover as vossas primeiras atividades em Havona. Depois vós ireis registrar a vossa chegada e preparar a vossa mensagem de agradecimento e de adoração, que será despachada para o Filho Criador do vosso universo local, o Pai do universo o qual tornou possível a vossa carreira de filiação. Com isso, ficam concluídas as formalidades da chegada a Havona; e vos será concedido um longo período de lazer para a observação livre, e isso vos dá uma oportunidade para que procureis os vossos amigos, companheiros e colaboradores da vossa longa experiência de ascensão. Vós podeis também consultar as transmissões, para vos certificardes sobre quais, dentre os vossos companheiros peregrinos, já partiram para Havona, desde a época em que deixastes Uversa.

30:4:22 3435 A ocasião da vossa chegada aos mundos de recepção de Havona será devidamente transmitida à sede central do vosso universo local e pessoalmente comunicada ao vosso guardião seráfico, onde quer que esse serafim possa estar.

30:4:23 3436 Os mortais ascendentes foram minuciosamente instruídos sobre os assuntos dos mundos evolucionários do espaço; agora, eles começam o seu longo e proveitoso contato com as esferas criadas de perfeição. Que preparação para um trabalho futuro é proporcionada por essa experiência combinada, única e extraordinária! Mas nada posso eu dizer-vos sobre Havona; vós tereis de ver esses mundos para apreciar a sua glória e compreender a sua grandeza.

30:4:24 3437 7. Os que Chegam ao Paraíso. Ao chegardes ao Paraíso com status residencial, vós começais o curso progressivo sobre a divindade e a absonitude. A vossa residência no Paraíso significa que vós encontrastes Deus, e que deveis ser incorporados ao Corpo Mortal de Finalidade. De todas as criaturas do grande universo, apenas aquelas que se encontram fusionadas ao Pai são incorporadas ao Corpo Mortal de Finalidade. Apenas tais indivíduos fazem o juramento dos finalitores. Outros seres de Perfeição do Paraíso, ou que hajam alcançado o Paraíso, podem estar temporariamente ligados a esse corpo de finalidade, mas não são de designação eterna para a missão desconhecida e irrevelada dessa hoste acumuladora de veteranos evolucionários e perfeccionados do tempo e do espaço.

30:4:25 3438 É concedido um período de liberdade, para os que chegam ao Paraíso, depois do qual eles começam as suas associações com os sete grupos dos supernafins primários. Eles são designados como graduados do Paraíso ao concluírem o seu curso com os condutores da adoração, e então, como finalitores, passam a ser designados para o serviço de observação e cooperação nos confins da vasta criação. Contudo, parece ainda não haver um emprego específico ou estabelecido para o Corpo Mortal de Finalitores, embora eles sirvam, em muitas funções, nos mundos estabelecidos em luz e vida.

30:4:26 3441 Ainda que não houvesse nenhum destino futuro não revelado, para o Corpo Mortal de Finalidade, a designação presente desses seres ascendentes já seria adequada e gloriosa. O destino atual deles justifica plenamente o plano universal de ascensão evolucionária. Mas as idades futuras da evolução das esferas do espaço exterior, sem dúvida, passarão a elaborar ainda mais e mais completa e divinamente iluminarão a sabedoria e o amor-bondade dos Deuses, para a execução do seu plano divino de sobrevivência humana e ascensão dos mortais.

30:4:27 3442 Esta narrativa, juntamente com o que vos tem sido revelado e com o que podeis aprender com as instruções do vosso próprio mundo, representa, em linhas gerais, a carreira de um mortal ascendente. A História varia consideravelmente nos diferentes superuniversos, mas esta exposição proporciona uma visão do plano comum de progressão dos mortais, do modo como se tornou operativo no universo local de Nebadon e no sétimo segmento do grande universo, o superuniverso de Orvonton.

30:4:28 3443 [Auspiciado por um Mensageiro Poderoso de Uversa.]

DOCUMENTO 31

O CORPO DE FINALIDADE
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O Corpo de Finalitores Mortais representa o destino atualmente conhecido dos mortais ascendentes do tempo que se fusionaram ao Ajustador. Há, no entanto, outros grupos de seres que são também designados para esse corpo. O corpo primário de finalitores é composto do seguinte:

3452 1. Nativos de Havona.

3453 2. Mensageiros por Gravidade.

3454 3. Mortais Glorificados.

3455 4. Serafins Adotados.

3456 5. Filhos Materiais Glorificados.

3457 6. Criaturas Intermediárias Glorificadas.

31:0:2 3458 Os seis grupos acima, de seres glorificados, compõem esse corpo singular de destino eterno. Supomos conhecer o seu trabalho futuro, mas não temos certeza disso. Embora o Corpo dos Finalitores Mortais esteja sendo mobilizado no Paraíso, e, se bem que ministrem presentemente em ampla escala aos universos do espaço e administrem os mundos estabelecidos em luz e vida, o seu destino futuro deve ser os universos do espaço exterior ora em organização. Ou, pelo menos, é essa a conjectura que se faz em Uversa.

31:0:3 3459 Esse corpo é organizado de acordo com as agregações para o serviço aos mundos do espaço e em concordância com a experiência associativa adquirida na longa e movimentada carreira ascendente. Todas as criaturas ascendentes admitidas nesse corpo são recebidas com igualdade, mas essa excelsa igualdade, não anula, de nenhum modo, a individualidade nem destrói a identidade pessoal. Podemos discernir imediatamente, ao comunicar-nos com um finalitor, se é ele um ascendente mortal, um nativo de Havona, um serafim adotado, uma criatura intermediária ou um Filho Material.

31:0:4 34510 Durante a idade atual do universo, os finalitores retornam para servir nos universos do tempo. Eles são designados para trabalhar sucessivamente nos diferentes superuniversos e nunca nos seus superuniversos de nascimento, até que tenham servido em todas as outras seis supercriações. Desse modo, eles podem alcançar o conceito sétuplo do Ser Supremo.

31:0:5 34511 Uma ou mais companhias de finalitores mortais estão constantemente a serviço em Urântia. Não há domínio de serviço no universo para o qual eles não sejam designados; eles funcionam universalmente e em períodos iguais, mas alternados, ora de tarefa designada, ora de serviço livre.

31:0:6 34512 Não temos idéia da natureza da organização futura desse grupo extraordinário, mas os finalitores são agora um corpo integralmente autogovernado. Eles escolhem os seus próprios líderes e diretores, permanentes ou periódicos, bem como os líderes de missões. Nenhuma influência externa pode jamais ser levada a exercer pressão sobre as suas políticas; e o seu juramento de lealdade é prestado apenas à Trindade do Paraíso.

31:0:7 3461 Os finalitores mantêm a sua própria sede central no Paraíso, nos superuniversos, nos universos locais e em todas as capitais divisionais. Eles são uma ordem separada da criação evolucionária. Nós não os dirigimos, nem os controlamos diretamente, e, ainda assim, eles são absolutamente leais e sempre cooperativos em relação a todos os nossos planos. Eles são de fato as almas cumulativamente provadas e verdadeiras do tempo e do espaço – o sal evolucionário do universo – e, para sempre, estão à prova do mal e a salvo do pecado.

1. NATIVOS DE HAVONA


31:1:1 3462 Muitos dos nativos de Havona, que servem como mestres nas escolas de capacitação para os peregrinos do universo central, desenvolvem uma relação íntima com os mortais ascendentes e, com isso, sentem-se ainda mais curiosos quanto ao trabalho futuro e ao destino do Corpo dos Finalitores Mortais. No Paraíso, na sede central administrativa desse corpo, é mantido um registro para os voluntários de Havona, que é presidido pelo colaborador de Grandfanda. E, hoje, nessa lista de espera, vós encontrais milhões e milhões de nativos de Havona. Esses seres perfeitos de criação direta e divina são de muita ajuda para o Corpo de Finalidade Mortal, e prestarão indubitavelmente um serviço ainda maior em um futuro mais distante. Eles proporcionam o ponto de vista daqueles que nasceram na perfeição e na plenitude divinas. Os finalitores, assim, abrangem ambas as fases da existência experiencial – a perfeita e a perfeccionada.

31:1:2 3463 Os nativos de Havona devem alcançar certos desenvolvimentos experienciais, nas ligações com os seres evolucionários, para criar a capacidade de recepção do outorgamento de um fragmento do espírito do Pai Universal. O Corpo dos Finalitores Mortais tem como membros permanentes, apenas aqueles seres que já se hajam fusionado com o espírito da Primeira Fonte e Centro, ou aqueles que, como os Mensageiros por Gravidade, inatamente incorporam esse espírito de Deus, o Pai.

31:1:3 3464 Os habitantes do universo central são recebidos no corpo à razão de um para mil – ou uma companhia de finalitores. O corpo é organizado para o serviço temporário em companhias de mil seres, sendo 997 criaturas ascendentes, com um nativo de Havona e um Mensageiro por Gravidade. Os finalitores são, assim, mobilizados em companhias, mas o juramento de finalidade é administrado individualmente. É um juramento de implicações enormes e de importância eterna. Os nativos de Havona fazem o mesmo juramento e tornam-se para sempre ligados ao corpo.

31:1:4 3465 Os recrutas de Havona seguem a companhia do seu compromisso; onde quer que o grupo vá, eles vão. E vós deveríeis ver o entusiasmo deles com o novo trabalho dos finalitores. A possibilidade de chegar ao Corpo de Finalidade é uma das emoções esplêndidas de Havona; a possibilidade de tornar-se um finalitor é uma das aventuras supremas para essas raças perfeitas.

31:1:5 3466 Os nativos de Havona também são recebidos, na mesma proporção, no Corpo de Finalitores Conjuntos Trinitarizados em Vicegerington e no Corpo de Finalitores Transcendentais no Paraíso. Os cidadãos de Havona consideram esses três destinos como constituintes das metas supremas das suas carreiras supernas, junto com a sua possível admissão no Corpo de Finalitores de Havona.

2. MENSAGEIROS POR GRAVIDADE


31:2:1 3467 Onde e quando os Mensageiros por Gravidade encontrarem-se em operação, os finalitores sempre estarão no comando. Todos os Mensageiros por Gravidade ficam sob a jurisdição exclusiva de Grandfanda, e são designados apenas para o Corpo primário de Finalidade. Eles são de muita valia para os finalitores, mesmo agora, e serão bastante úteis no futuro eterno. Nenhum outro grupo de criaturas inteligentes possui um corpo semelhante de mensageiros personalizados capaz de transcender ao tempo e ao espaço. Tipos semelhantes de mensageiros-registradores, agregados a outros corpos de finalitores, não são personalizados e sim absonitizados.

31:2:2 3471 Os Mensageiros por Gravidade provêm de Divinington; eles são Ajustadores modificados e personalizados, mas ninguém dentro do nosso grupo de Uversa se empenhará em explicar a natureza de um desses mensageiros. Sabemos que eles são seres altamente personalizados, divinos, inteligentes e comovedoramente compreensivos, mas não podemos entender a sua técnica de atravessar o espaço sem limitações temporais. Eles parecem ser competentes para utilizar toda e qualquer energia, circuito e, até mesmo, gravidade. Os finalitores do corpo mortal não podem desafiar o tempo e o espaço, mas têm, associadas a eles e sujeitas ao seu comando, personalidades espirituais praticamente infinitas que podem fazê-lo. Presumimos chamar os Mensageiros por Gravidade de personalidades, mas na realidade eles são seres supra-espirituais, personalidades ilimitadas e sem fronteiras. Eles são de uma ordem inteiramente diferente de personalidade, se comparados aos Mensageiros Solitários.

31:2:3 3472 Os Mensageiros por Gravidade podem estar agregados a uma companhia de finalitores em números ilimitados, mas apenas um deles, o dirigente dos seus companheiros, é incorporado ao Corpo de Finalidade Mortal. Esse dirigente, contudo, tem designada para si uma assessoria permanente de 999 companheiros mensageiros e, conforme exija a ocasião, ele pode convocar assistentes, nas reservas da ordem, em números ilimitados.

31:2:4 3473 Os Mensageiros por Gravidade e os finalitores mortais glorificados atingem uma afeição mútua tocante e profunda; eles têm muito em comum: Um é a personalização direta de um fragmento do Pai Universal; o outro, uma personalidade criatura existente na alma imortal sobrevivente, fusionada com um fragmento do mesmo Pai Universal, o espírito Ajustador do Pensamento.

3. MORTAIS GLORIFICADOS


31:3:1 3474 Os mortais ascendentes fusionados ao Ajustador compõem a maior parte do Corpo primário de Finalidade. Junto com os serafins adotados e glorificados, eles normalmente constituem 990 membros de cada companhia de finalitores. A proporção de mortais e anjos em qualquer grupo varia, se bem que o número de mortais ultrapasse em muito o de serafins. O número de nativos de Havona, Filhos Materiais glorificados, criaturas intermediárias glorificadas, Mensageiros por Gravidade, membros desconhecidos e ausentes, perfaz apenas um por cento do total do corpo; cada companhia de mil finalitores tem lugar apenas para dez dessas personalidades não mortais e não seráficas.

31:3:2 3475 Nós, de Uversa, não sabemos o “destino de finalidade” dos mortais ascendentes do tempo. No presente, eles residem no Paraíso e temporariamente servem ao Corpo de Luz e Vida, mas um curso tão extraordinário de aperfeiçoamento ascendente e uma disciplina universal tão prolongada devem ter sido programados visando qualificá-los para provas de confiança ainda maiores e para serviços de responsabilidades mais sublimes.

31:3:3 3476 Embora esses mortais ascendentes hajam alcançado o Paraíso, hajam sido admitidos no Corpo de Finalidade e hajam sido enviados de volta em grandes números para participar na condução de universos locais e dar assistência na administração dos assuntos do superuniverso – em relação mesmo a esse destino aparente–, persiste o fato significativo de que eles estão registrados apenas como espíritos do sexto estágio. Sem dúvida, resta mais um passo na carreira dos Mortais do Corpo de Finalidade. Não conhecemos a natureza desse passo, mas temos o conhecimento de três fatos para os quais chamamos a atenção:

31:3:4 3481 1. Por meio dos registros, sabemos que os mortais são espíritos da primeira ordem durante a sua permanência nos setores menores; que eles avançam para a segunda ordem quando transladados para os setores maiores; e, para a terceira, quando eles vão adiante até os mundos centrais de aperfeiçoamento do superuniverso. Os mortais tornam-se espíritos quaternários, ou graduados, depois que atingem o sexto círculo de Havona, e tornam-se espíritos da quinta ordem quando encontram o Pai Universal. Depois disso, eles atingem o sexto estágio de existência do espírito, ao fazerem o juramento que os admite para sempre no compromisso eterno do Corpo de Finalidade Mortal.

31:3:5 3482 Observamos que a classificação do espírito, ou a sua designação, tem sido determinada pelo avanço factual de um reino de serviço no universo para outro reino de serviço no universo, ou de um universo para outro universo; e supomos que o outorgamento da graduação, dado aos mortais do Corpo de Finalidade, como sétimo espírito, será simultâneo ao seu avanço no compromisso eterno de serviço, em esferas até então não registradas nem reveladas, e concomitante com o seu alcance de Deus, o Supremo. Mas à parte essa conjectura ousada, realmente não sabemos muito mais do que vós sobre isso; o nosso conhecimento sobre a carreira mortal não vai adiante do seu destino atual no Paraíso.

31:3:6 3483 2. Os finalitores mortais cumpriram plenamente as exigências dos tempos: “Sede perfeitos”. Eles ascenderam pelo caminho universal da realização mortal; eles encontraram a Deus, e foram devidamente aceitos no Corpo de Finalidade. Esses seres alcançaram o limite atual da progressão espiritual, mas não a finalidade do último status do espírito. Eles alcançaram o limite atual da perfeição da criatura, mas não a finalidade do serviço da criatura. Eles experienciaram a plenitude da adoração da Deidade, mas não a finalidade da realização da Deidade experiencial.

31:3:7 3484 3. Os mortais glorificados do Corpo de Finalidade do Paraíso são seres ascendentes que têm a posse do conhecimento experiencial de cada passo na factualização e na filosofia da vida mais plena possível da existência inteligente, pois durante as idades dessa ascensão, desde os mundos materiais mais baixos até as alturas espirituais do Paraíso, essas criaturas sobreviventes foram treinadas até o limite das suas capacidades, no que diz respeito a cada detalhe de todos os princípios divinos da administração justa e eficiente, bem como misericordiosa e paciente, de toda a criação universal do tempo e do espaço.

31:3:8 3485 Consideramos que os seres humanos tenham direito de compartilhar das nossas opiniões; e que vós sois livres para conjecturar junto conosco a respeito do mistério do destino último do Corpo de Finalidade do Paraíso. Parece-nos evidente que as designações atuais das criaturas evolucionárias perfeccionadas sejam parte da natureza dos cursos de pos-graduação, na compreensão do universo e na administração do superuniverso; e todos nós perguntamos: “Por que estariam os Deuses assim empenhados em treinar, de modo tão aprofundado, os mortais sobreviventes nas técnicas de governo do universo?”

4. SERAFINS ADOTADOS


31:4:1 3486 A muitos dos fiéis guardiães seráficos dos mortais é permitido continuar suas carreiras ascendentes com seus pupilos humanos, e muitos desses anjos guardiães, depois de tornar-se fusionados ao Pai, reúnem-se com os seus pupilos, fazendo com eles o juramento de finalitor da eternidade e aceitando, para sempre, o mesmo destino dos seus companheiros mortais. Os anjos que passam pela experiência ascendente dos seres mortais podem compartilhar do destino da natureza humana; eles podem igual e eternamente integrar-se a esse Corpo de Finalidade. Grandes números de serafins adotados e glorificados são designados para os vários corpos não mortais de finalitores.

5. FILHOS MATERIAIS GLORIFICADOS


31:5:1 3491 Há disposições, nos universos do tempo e do espaço, por meio das quais os cidadãos adâmicos dos sistemas locais podem, quando há uma longa demora em receber as designações planetárias, iniciar uma petição para liberar-se do seu status de cidadania permanente. E se isso lhes for concedido, eles juntam-se aos peregrinos ascendentes nas capitais do universo e, de lá, prosseguem até o Paraíso e até o Corpo de Finalidade.

31:5:2 3492 Quando um mundo evolucionário avançado atinge as eras mais maduras da idade de luz e vida, os Filhos Materiais, o Adão e a Eva Planetários, podem escolher humanizar-se, receber Ajustadores e embarcar no curso evolucionário da ascensão no universo, que leva ao Corpo Mortal de Finalitores. Alguns desses Filhos Materiais têm fracassado parcialmente, ou falhado tecnicamente, na sua missão de aceleradores biológicos, como sucedeu com Adão em Urântia; e então eles são obrigados a retomar o curso natural dos povos do reino, receber Ajustadores, passar pela morte e progredir pela fé, no regime ascendente, alcançando posteriormente o Paraíso e o Corpo de Finalidade.

31:5:3 3493 Esses Filhos Materiais não são encontrados em muitas companhias de finalitores. A sua presença empresta a esse grupo um grande potencial de possibilidades de serviço elevado, e eles são escolhidos invariavelmente como os seus líderes. Se ambos os integrantes do par Edênico forem agregados ao mesmo grupo, a eles usualmente ser-lhes-á permitido funcionar em conjunto, como uma única personalidade. Esses pares ascendentes têm muito mais êxito na aventura da trinitarização do que os mortais ascendentes.

6. CRIATURAS INTERMEDIÁRIAS GLORIFICADAS


31:6:1 3494 Em muitos planetas, as criaturas intermediárias são produzidas em grande número, mas elas raramente permanecem no seu mundo nativo depois do seu estabelecimento em luz e vida. Assim logo, ou um pouco depois, elas são liberadas do seu status de cidadania permanente e iniciam a ascensão até o Paraíso, passando pelos mundos moronciais, pelo superuniverso e por Havona, em companhia dos mortais do tempo e do espaço.

31:6:2 3495 As criaturas intermediárias de vários universos diferem muito entre si, pela origem e pela natureza; mas todas elas destinam-se a um ou a outro dos corpos de finalidade do Paraíso. As criaturas intermediárias secundárias, todas, finalmente, fusionam-se com o Ajustador e integram-se ao corpo mortal. Muitas companhias de finalitores têm um desses seres glorificados nos seus grupos.

7. EVANGELHOS DE LUZ


31:7:1 3496 Na época atual, cada companhia de finalitores enumera 999 personalidades em status de juramento, como membros permanentes. O lugar vago é ocupado pelo dirigente agregado dos Evangelhos de Luz, designado para alguma missão singular. Mas estes seres são apenas membros transitórios do corpo.

31:7:2 3497 Qualquer personalidade celeste designada para o serviço de algum corpo de finalitores é denominada Evangelho de Luz. Esses seres não fazem o juramento dos finalitores e, ainda que sujeitos à organização do corpo, eles não são de designação permanente. Tal grupo de seres pode abranger Mensageiros Solitários, supernafins, seconafins, Cidadãos do Paraíso, ou a sua progênie trinitarizada – qualquer ser necessário ao cumprimento de um compromisso finalitor transitório. Se o corpo deve ter ou não esses seres agregados para as missões eternas, não sabemos. Na conclusão do compromisso, esses Evangelhos de Luz retomam o seu status anterior.

31:7:3 3501 Do modo como o Corpo de Finalidade Mortal está constituído atualmente, existem apenas seis classes de membros permanentes. Os finalitores, como era de se esperar, fazem muitas suposições sobre a identidade dos seus futuros camaradas, mas há pouco consenso entre eles.

31:7:4 3502 Nós de Uversa conjecturamos freqüentemente sobre a identidade do sétimo grupo de finalitores. Temos muitas idéias que abrangem os compromissos possíveis de alguns dos corpos cumulativos dos inúmeros grupos trinitarizados no Paraíso, em Vicegerington e no circuito mais interno de Havona. Também se conjectura que ao Corpo de Finalidade pode ser permitido trinitarizar muitos dos seus assistentes no trabalho da administração do universo, no caso em que eles se destinem ao serviço dos universos atualmente em formação.

31:7:5 3503 Um de nós tem a opinião de que esse lugar vago no Corpo de Finalidade será ocupado por algum tipo de ser originado no novo universo do seu futuro serviço; os outros inclinam-se a crer que esse lugar será ocupado por algum tipo de personalidade do Paraíso, ainda não criada, manifestada ou trinitarizada. Mas, muito provavelmente, teremos que esperar pelo ingresso dos finalitores no seu sétimo estágio de realização espiritual, antes de sabermos realmente.

8. TRANSCENDENTORES


31:8:1 3504 Parte da experiência dos mortais perfeccionados no Paraíso, como finalitores, consiste no esforço para alcançar a compreensão da natureza e da função de mais de mil grupos de supracidadãos transcendentais do Paraíso, seres derivados, de atributos absonitos. Na sua associação com essas suprapersonalidades, os finalitores ascendentes recebem uma grande ajuda, de guiamento útil, das inúmeras ordens de ministradores transcendentais que são designados para a tarefa de apresentar os finalitores evoluídos aos seus novos irmãos do Paraíso. A ordem inteira dos Transcendentores vive na região ocidental do Paraíso, em uma área imensa que eles ocupam com exclusividade.

31:8:2 3505 Na exposição sobre os Transcendentores estamos restringidos, não apenas pelas limitações da compreensão humana, mas também pelos termos do mandato que governa as revelações sobre as personalidades do Paraíso. Esses seres não estão, de nenhum modo, ligados à ascensão dos mortais até Havona. A imensa hoste de Transcendentores do Paraíso nada tem a ver com os assuntos de Havona nem com os dos sete superuniversos, estando empenhados apenas na supra-administração dos assuntos do universo-mestre.

31:8:3 3506 Vós, sendo criaturas, podeis conceber um Criador, mas dificilmente podeis compreender que exista uma agregação enorme e diversificada de seres inteligentes que não sejam nem Criadores nem criaturas. Esses Transcendentores não criam nenhum ser, e também nunca foram criados. Ao falar da sua origem, com o intuito de evitarmos usar um novo termo – uma designação arbitrária e sem sentido –, parece-nos melhor dizer que os Transcendentores simplesmente derivam- se ou manifestam -se. O Absoluto da Deidade pode muito bem se ter ocupado da origem deles e pode estar implicado no seu destino, mas esses seres únicos não se encontram agora sob o domínio do Absoluto da Deidade. Eles estão sujeitos a Deus, o Último, e a sua atual permanência no Paraíso é, sob todos os aspectos, supervisionada e dirigida pela Trindade.

31:8:4 3511 Embora todos os mortais que alcançam o Paraíso confraternizem-se freqüentemente com os Transcendentores, como o fazem com os Cidadãos do Paraíso, o primeiro contato sério de um humano com um Transcendentor ocorre naquela ocasião memorável em que, como membro de um novo grupo de finalitores, o mortal ascendente está no círculo de recepção dos finalitores, enquanto o juramento de eternidade à Trindade é administrado pelo dirigente dos Transcendentores, aquele que preside aos Arquitetos do Universo-Mestre.

9. ARQUITETOS DO UNIVERSO-MESTRE


31:9:1 3512 Os Arquitetos do Universo-Mestre são o corpo governante dos Transcendentores do Paraíso. Esse corpo governante tem 28 011 personalidades, seres absonitos supernos dotados de mentes mestras e magníficos espíritos. O presidente desse corpo magnífico, o Arquiteto Mestre sênior, é o dirigente coordenador de todas as inteligências do Paraíso, abaixo do nível da Deidade.

31:9:2 3513 A décima-sexta prescrição do mandato que autoriza estas narrativas diz: “Caso seja considerado prudente, a existência dos Arquitetos do Universo-Mestre e dos seres interassociados a eles poderá ser revelada, mas a sua origem, a natureza e o destino não poderão ser plenamente revelados”. Contudo, nós podemos informar-vos de que esses Arquitetos Mestres existem em sete níveis do absonito. Esses sete grupos são classificados do modo seguinte:

31:9:3 3514 1. O Nível do Paraíso. Apenas o Arquiteto sênior ou o primeiro que foi manifestado funciona nesse nível mais elevado do absonito. Essa personalidade última – nem Criador nem criatura – foi um evento do alvorecer da eternidade e funciona agora como um coordenador raro do Paraíso e dos seus vinte e um mundos de atividades interligadas.

31:9:4 3515 2. O Nível de Havona. A segunda manifestação dos Arquitetos produziu três mestres planejadores e administradores absonitos, que sempre se consagraram à coordenação das esferas perfeitas, em número de um bilhão, do universo central. A tradição do Paraíso afirma que esses três Arquitetos, sob o conselho do Arquiteto sênior, manifestado em um evento anterior, contribuíram para o planejamento de Havona, mas na realidade de nada sabemos.

31:9:5 3516 3. O Nível dos Superuniversos. O terceiro nível absonito abrange os sete Arquitetos Mestres dos sete superuniversos, que agora, como um grupo, passam um tempo igual em companhia dos Sete Espíritos Mestres no Paraíso e com os Sete Executivos Supremos nos sete mundos especiais do Espírito Infinito. Eles são os supercoordenadores do grande universo.

31:9:6 3517 4. O Nível Espacial Primário. Este grupo tem setenta Arquitetos, e nós supomos que eles se ocupem com os planos últimos do primeiro universo do espaço exterior, que está sendo agora mobilizado além das fronteiras dos sete superuniversos existentes atualmente.

31:9:7 3518 5. O Nível Espacial Secundário. Este quinto corpo de Arquitetos tem 490 membros e, novamente, supomos que eles devam ocupar-se com o segundo universo do espaço exterior, onde os nossos físicos já detectaram mobilizações definidas de energia.

31:9:8 3521 6. O Nível Espacial Terciário. Este sexto grupo de Arquitetos Mestres tem 3 430 membros, e nós inferimos que, do mesmo modo, possam eles estar se ocupando com os planos gigantescos para o terceiro universo do espaço exterior.

31:9:9 3522 7. O Nível Espacial Quaternário. Este , o último e maior dos corpos, consiste em 24 010 Arquitetos Mestres e, se as nossas suposições anteriores forem válidas, deve relacionar-se ao quarto e último dos universos, sempre crescentes em tamanho, do espaço exterior.

31:9:10 3523 Esses sete grupos de Arquitetos Mestres totalizam 28 011 planejadores do universo. No Paraíso há uma tradição de que, muito remotamente, na eternidade, houve uma tentativa de derivação do Arquiteto Mestre de número 28 012, mas este ser fracassou em absonitizar-se, experienciando o seqüestro da sua personalidade pelo Absoluto Universal. É possível que a série ascendente dos Arquitetos Mestres haja alcançado o limite de absonitude no Arquiteto de número 28 011 e que a tentativa de número 28 012 haja encontrado o nível matemático da presença do Absoluto. Em outras palavras, no nível de derivação de número 28 012, a qualidade da absonitude já equivalia ao nível do Universal, tendo, pois, atingido o valor do Absoluto.

31:9:11 3524 Na sua organização funcional, os três Arquitetos supervisores de Havona atuam como assistentes associados do Arquiteto solitário do Paraíso. Os sete Arquitetos dos superuniversos atuam como coordenados dos três supervisores de Havona. Os setenta planejadores dos universos do nível primário do espaço exterior atualmente encontram-se no serviço de assistentes associados dos sete Arquitetos dos sete superuniversos.

31:9:12 3525 Os Arquitetos do Universo-Mestre têm à sua disposição inúmeros grupos de assistentes e ajudantes, incluindo duas ordens, com imensos números, de organizadores da força: a dos derivantes primários e a dos associados transcendentais. Esses Organizadores Mestres de Força não devem ser confundidos com os diretores de potência, que são próprios do grande universo.

31:9:13 3526 Todos os seres criados pela união dos filhos do tempo e da eternidade, como a progênie trinitarizada dos finalitores e dos Cidadãos do Paraíso, tornam-se pupilos dos Arquitetos Mestres. Todavia, de todas as outras criaturas ou entidades reveladas funcionando nos universos atualmente organizados, apenas os Mensageiros Solitários e os Espíritos Inspirados da Trindade mantêm alguma associação orgânica com os Transcendentores e com os Arquitetos do Universo-Mestre.

31:9:14 3527 Os Arquitetos Mestres contribuem com a sua aprovação técnica nas designações dos Filhos Criadores para as suas obras, no espaço, de organização dos universos locais. Há uma estreita ligação entre os Arquitetos Mestres e os Filhos Criadores do Paraíso; e ainda que essa relação não seja revelada, vós fostes informados sobre a associação dos Arquitetos com os Criadores Supremos do grande universo, na relação com a primeira Trindade experiencial. Esses dois grupos, junto com o Ser Supremo experiencial e em evolução, constituem a Última Trindade dos valores e dos significados transcendentais do universo-mestre.

10. A AVENTURA DO ÚLTIMO


31:10:1 3528 O Arquiteto Mestre sênior tem a supervisão dos sete Corpos de Finalidade, que são:

3529 1. O Corpo dos Finalitores Mortais.

35210 2. O Corpo dos Finalitores do Paraíso.

35211 3. O Corpo dos Finalitores Trinitarizados.

3531 4. O Corpo dos Finalitores Conjuntamente Trinitarizados.

3532 5. O Corpo dos Finalitores de Havona.

3533 6. O Corpo dos Finalitores Transcendentais.

3534 7. O Corpo dos Filhos Não Revelados do Destino.

31:10:2 3535 Cada um desses corpos de destino tem um dirigente presidindo-o; e os sete chefes constituem o Supremo Conselho de Destino no Paraíso; e, durante a idade atual do universo, Grandfanda é quem dirige esse corpo supremo, de designações, para os filhos do destino último, no universo.

31:10:3 3536 A reunião desses sete corpos de finalitores significa uma mobilização da realidade dos potenciais, personalidades, mentes, espíritos, absonitos e factualidades experienciais as quais provavelmente transcendem até mesmo às funções do Ser Supremo no universo-mestre futuro. Esses sete corpos de finalitores significam provavelmente a atividade atual da Trindade Última, engajada na incorporação de forças do finito e do absonito na preparação de desenvolvimentos inimagináveis nos universos do espaço exterior. Nada que se assemelhe a essa mobilização ocorreu desde tempos próximos à eternidade, quando, então, a Trindade do Paraíso, de modo semelhante, mobilizou as personalidades existentes do Paraíso e Havona, incumbindo-as da função de administradoras e governantes dos sete superuniversos projetados, do tempo e do espaço. Os sete corpos de finalitores representam a resposta da divindade, no grande universo, às necessidades futuras dos potenciais não desenvolvidos nos universos exteriores de atividades futuro-eternas.

31:10:4 3537 Aventuramo-nos a prognosticar futuros universos exteriores ainda maiores, de mundos habitados; novas esferas povoadas com novas ordens de seres raros e únicos, um universo material sublime na sua ultimidade, uma vasta criação carente apenas de um único detalhe de importância – a presença da experiência finita factual na vida universal de existência ascendente. Esse universo virá à existência sob uma limitação experiencial formidável: será privado da participação na evolução do Supremo Todo-Poderoso. Esses universos exteriores irão todos desfrutar do ministério incomparável e do supracontrole superno do Ser Supremo; no entanto, o próprio fato de tal presença ativa do Supremo exclui a participação deles na atualização da Deidade Suprema.

31:10:5 3538 Durante a idade presente do universo, as personalidades em evolução do grande universo padecem de muitas dificuldades, devido à factualização incompleta da soberania de Deus, o Supremo; mas nós estamos todos compartilhando da experiência única da evolução dele. Nós evoluímos nele e ele evolui em nós. Em algum momento do futuro eterno, a evolução da Deidade Suprema tornar-se-á um fato completo na história do universo; e a oportunidade de participar dessa experiência maravilhosa terá ultrapassado o seu momento de ação cósmica.

31:10:6 3539 Contudo aqueles dentre nós que houverem adquirido essa experiência única, durante a juventude do universo, poderão guardá-la como um tesouro por toda a eternidade futura. E muitos de nós supomos que administrar esses universos exteriores, por meio de um esforço que compense as deficiências experienciais daqueles que não houverem participado da evolução, no espaço-tempo, do Ser Supremo, pode ser a missão das reservas gradualmente acumuladas de mortais ascendentes e perfeccionados do Corpo de Finalidade, em associação com os outros seis corpos, os quais, de um modo semelhante, recrutam seres.

31:10:7 35310 Essas deficiências são inevitáveis em todos os níveis da existência no universo. Durante a idade presente do universo, nós, dos níveis mais elevados de existências espirituais, agora descemos para administrar os universos evolucionários e para ministrar aos mortais ascendentes, tratando, assim, de compensar suas deficiências nas realidades da experiência espiritual mais elevada.

31:10:8 3541 Ainda que realmente nada saibamos sobre os planos dos Arquitetos do Universo-Mestre, quanto a essas criações exteriores, estamos certos sobre três coisas:

31:10:9 3542 1. Há, de fato, um sistema vasto e novo de universos, em organização gradual, nos domínios do espaço exterior. Novas ordens de criações físicas, de círculos enormes e gigantescos, de universos e mais universos acumulando-se, para além das fronteiras atuais das criações povoadas e organizadas, são visíveis já por meio dos vossos telescópios. Atualmente, essas criações exteriores são totalmente físicas; aparentemente estão desabitadas e parecem estar desprovidas da administração de criaturas.

31:10:10 3543 2. Durante idades e idades, a mobilização, inexplicável e completamente misteriosa, em direção ao Paraíso, por parte dos seres perfeccionados e ascendentes do tempo e do espaço, interassociados a seis outros corpos de finalitores, tem tido continuidade.

31:10:11 3544 3. Concomitantemente com essas transações, a Pessoa Suprema da Deidade está aumentando o seu poder como soberana todo-poderosa das supercriações.

31:10:12 3545 Do modo como encaramos esse desenvolvimento trino, abrangendo criaturas, universos e a Deidade, será que poderíamos ser criticados por anteciparmos que algo novo e não revelado está alcançando a sua culminância no universo-mestre? Não é natural que devêssemos associar essa mobilização, de toda uma idade, bem como essa organização de universos físicos, em uma escala até então desconhecida, e também o surgimento da personalidade do Ser Supremo com esse esquema estupendo, que visa a elevar os mortais do tempo até a perfeição divina, e com a sua mobilização posterior, no Paraíso, até os Corpos de Finalidade – designação e destino estes envolvidos em mistério universal? É uma crença crescente, em toda a Uversa, que os Corpos de Finalidade, ora sendo reunidos, se destinem a um serviço futuro nos universos do espaço exterior; onde já estamos sendo capazes de identificar agrupamentos de, pelo menos, setenta mil agregações de matéria, cada uma delas maior do que qualquer um dos superuniversos atuais.

31:10:13 3546 Os mortais evolucionários nascem nos planetas do espaço, passam pelos mundos moronciais, ascendem até os universos do espírito, atravessam as esferas de Havona, encontram Deus, alcançam o Paraíso e são integrados ao Corpo primário de Finalidade, para aguardar ali pelo próximo compromisso de serviço no universo. Há seis outros corpos de finalidade em formação; e Grandfanda, o primeiro mortal ascendente, como dirigente, no Paraíso, preside a todas as ordens de finalitores. E, ao contemplarmos esse espetáculo sublime, todos nós exclamamos: Que destino glorioso, para os filhos do tempo, de origem animal, os filhos materiais do espaço!

31:10:14 3547 [Auspiciado conjuntamente por um Conselheiro Divino e por Um Sem Nome nem Número, autorizados a funcionarem assim pelos Anciães dos Dias de Uversa.]

31:10:15 3548 Estes trinta e um documentos, que descrevem a natureza da Deidade, a realidade do Paraíso, a organização e o funcionamento do universo central e dos superuniversos, as personalidades do grande universo e o alto destino dos mortais evolucionários, foram auspiciados, formulados e colocados em inglês por uma alta comissão constituída por vinte e quatro administradores de Orvonton; atuando todos de acordo com um mandato emitido pelos Anciães dos Dias de Uversa, que especifica que deveríamos fazer isso em Urântia, 606 de Satânia, em Norlatiadeque de Nebadon, no ano de 1934 d. C.

DOCUMENTO 32

A EVOLUÇÃO DOS UNIVERSOS LOCAIS
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Um universo local é a obra pessoal de um Filho Criador do Paraíso, da ordem dos Michaéis. Consta de cem constelações, das quais cada uma abrange cem sistemas de mundos habitados. Cada sistema conterá, afinal, aproximadamente mil esferas habitadas.

32:0:2 3572 Esses universos do tempo e do espaço são todos evolucionários. O plano criador dos Michaéis do Paraíso segue sempre o caminho da evolução gradual e do desenvolvimento progressivo das naturezas e capacidades físicas, intelectuais e espirituais das múltiplas criaturas que habitam a ordem variada de esferas compreendidas em um universo local.

32:0:3 3573 Urântia pertence a um universo local cujo soberano é o Deus-homem de Nebadon, Jesus de Nazaré e Michael de Salvington. E todos os planos de Michael para esse universo local foram integralmente aprovados pela Trindade do Paraíso, antes que ele embarcasse na suprema aventura do espaço.

32:0:4 3574 Os Filhos de Deus podem escolher os domínios das suas atividades de criador, mas essas criações materiais foram originalmente projetadas e planejadas pelos Arquitetos do Universo-Mestre do Paraíso.

1. O SURGIMENTO FÍSICO DOS UNIVERSOS


32:1:1 3575 As manipulações pré-universais da força-espaço e das energias primordiais são um trabalho dos Mestres Organizadores da Força do Paraíso; mas, nos domínios do superuniverso, quando as energias emergentes tornam-se sensíveis à gravidade linear ou local, os Organizadores da Força retiram-se, deixando a obra nas mãos dos diretores de potência do superuniverso envolvido.

32:1:2 3576 Esses diretores de potência funcionam, isoladamente, nas fases pré-materiais e nas fases pós-força da criação de um universo local. Um Filho Criador não tem a possibilidade de iniciar a organização do universo antes que os diretores de potência hajam efetuado a mobilização de energias-de-espaço suficientes para proporcionar uma base material – sóis reais e esferas materiais – ao universo que emerge.

32:1:3 3577 Os universos locais têm, todos, aproximadamente, o mesmo potencial de energia, embora as suas dimensões físicas possam diferir grandemente e ter, de tempos em tempos, variado o seu conteúdo de matéria visível. A carga de potência e a dotação de matéria em potencial, de um universo local, são determinadas pelas manipulações dos diretores de potência e seus predecessores, bem como pelas atividades do Filho Criador e pela dotação de controle físico inerente que os seus colaboradores criativos possuam.

32:1:4 3581 A carga de energia de um universo local é de aproximadamente uma centésima milésima parte da dotação de força do seu superuniverso. No caso de Nebadon, o vosso universo local, a materialização da massa é ligeiramente menor do que isso. Em termos físicos, Nebadon possui todas as dotações físicas de energia e de matéria que podem ser encontradas em qualquer das criações locais de Orvonton. A única limitação física à expansão do desenvolvimento do universo de Nebadon consiste na carga quantitativa de energia-de-espaço mantida cativa pelo controle da gravidade dos poderes conjugados e personalidades do mecanismo combinado do universo.

32:1:5 3582 Quando a matéria-energia houver atingido um certo estágio de materialização de massa, um Filho Criador do Paraíso surge em cena, acompanhado por uma Filha Criativa do Espírito Infinito. Simultaneamente com a chegada do Filho Criador, começa o trabalho na esfera arquitetônica que está para transformar-se no mundo-sede central desse universo local projetado. Por longas idades, essa criação local evolui; sóis tornam-se estabilizados, planetas formam-se e entram nas suas órbitas, enquanto continua o trabalho de criar os mundos arquitetônicos que irão servir como sedes centrais das constelações e capitais de sistema.

2. A ORGANIZAÇÃO DO UNIVERSO


32:2:1 3583 Os Filhos Criadores são precedidos, na organização do universo, pelos diretores de potência e por outros seres originários da Terceira Fonte e Centro. Das energias do espaço, assim previamente organizadas, Michael, o vosso Filho Criador, estabeleceu os reinos habitados do universo de Nebadon e, desde então, tem estado diligentemente devotado à administração desses reinos. Da energia preexistente, esses Filhos divinos materializam a matéria visível, projetam as criaturas vivas e, com a cooperação da presença do Espírito Infinito no universo, criam um corpo diversificado de personalidades espirituais.

32:2:2 3584 Esses diretores de potência e controladores de energia, que em muito antecederam ao Filho Criador, nos trabalhos físicos preliminares de organização do universo, servem, mais tarde, em uma ligação magnífica com esse Filho do Universo, permanecendo, para sempre, no controle conjunto das energias que eles originalmente organizaram e colocaram em circuito. Em Salvington, funcionam agora os mesmos cem centros de potência que cooperaram com o vosso Filho Criador na formação original deste universo local.

32:2:3 3585 O primeiro ato completo de criação física em Nebadon consistiu na organização do mundo-sede central, a esfera arquitetônica de Salvington, com os seus satélites. Desde a época dos passos iniciais dos centros de potência e dos controladores físicos até a chegada, nas esferas terminadas e completas de Salvington, do corpo vivente de assessoramento, houve um intervalo de um pouco mais de um bilhão de anos do vosso tempo atual planetário. A construção de Salvington foi imediatamente seguida da criação de cem mundos-sede centrais das constelações projetadas e das dez mil esferas-sedes dos sistemas locais projetados, de controle planetário e de administração, junto com os seus satélites arquitetônicos. Esses mundos arquitetônicos são destinados a acomodar tanto as personalidades físicas quanto as personalidades espirituais, bem como os seres em estados moronciais intermediários ou em estágios de transição.

32:2:4 3591 Salvington, a sede central de Nebadon, está situada no centro exato da massa-energia do universo local. O vosso universo local, contudo, não é um sistema astronômico simples e, no seu centro físico, existe ainda um sistema imenso.

32:2:5 3592 Salvington é a sede central pessoal de Michael de Nebadon, mas ele não será encontrado sempre ali. Embora o funcionamento harmonioso do vosso universo local não requisite mais a presença fixa do Filho Criador na sua esfera-capital, não foi assim nas épocas anteriores de organização física. Um Filho Criador não pode deixar o seu mundo-sede central até o momento em que a estabilização gravitacional do reino haja sido efetivada, por intermédio da materialização de energia suficiente para capacitar os vários circuitos e sistemas a se contrabalançarem entre si, por atração material mútua.

32:2:6 3593 Em breve o plano físico de um universo está completo, e o Filho Criador, em associação com o Espírito Criativo Materno, projeta o seu plano de criação da vida; e, conseqüentemente, essa representante do Espírito Infinito começa a sua função no universo, como uma personalidade criativa distinta. Quando o primeiro ato criativo é formulado e executado, vem à existência o Brilhante Estrela Matutino, a personificação desse conceito inicial criativo de identidade e ideal de divindade. Este é o comandante executivo do universo, o colaborador pessoal do Filho Criador; que é uno com ele em todos os aspectos do caráter, ainda que nitidamente limitado nos atributos de divindade.

32:2:7 3594 E agora que está providenciado o braço direito, o dirigente executivo do Filho Criador, segue-se a vinda à existência de um vasto e maravilhoso conjunto de criaturas diversas. Os filhos e as filhas do universo local vão surgindo e, logo em seguida, é provido o governo para essa criação, que se estende desde os conselhos supremos do universo aos pais das constelações e aos soberanos dos sistemas locais – que são agregações daqueles mundos destinados a se transformar depois nas moradas das várias raças mortais, das criaturas de vontade; e a cada um desses mundos presidirá um Príncipe Planetário.

32:2:8 3595 E então, quando esse universo houver sido assim tão completamente organizado e tão plenamente povoado, o Filho Criador inicia a proposta do Pai de criar o homem mortal à sua imagem e semelhança divina.

32:2:9 3596 A organização das moradas planetárias ainda está em andamento em Nebadon, pois este universo é, de fato, um agrupamento jovem nos reinos estelares e planetários de Orvonton. No último registro, havia em Nebadon 3 840 101 planetas habitados, e Satânia, o sistema local do vosso mundo, é claramente típico de outros sistemas.

32:2:10 3597 Satânia não é um sistema fisicamente uniforme, nem uma unidade ou organização astronômica simples. Os seus 619 mundos habitados estão localizados em mais de quinhentos sistemas físicos diferentes. Apenas cinco têm mais do que dois mundos habitados e, destes, apenas um tem quatro planetas habitados, enquanto há quarenta e seis que têm dois mundos habitados.

32:2:11 3598 O sistema de Satânia, de mundos habitados, está muito afastado de Uversa e daquele grande agrupamento de sóis que funciona como centro físico ou astronômico do sétimo superuniverso. De Jerusém, sede central de Satânia, até o centro físico do superuniverso de Orvonton, que está longe, muito longe mesmo, no diâmetro denso da Via Láctea, são mais de duzentos mil anos-luz. Satânia está na periferia do universo local; e Nebadon está, agora, bem para fora, na direção da extremidade de Orvonton. Do sistema mais exterior de mundos habitados, até o centro do superuniverso, há um pouco menos do que duzentos e cinqüenta mil anos luz.

32:2:12 3601 O universo de Nebadon agora se move para o extremo sul e leste, no circuito do superuniverso de Orvonton. Os universos vizinhos mais próximos são: Avalon, Henselon, Sanselon, Portalon, Wolvering, Fanoving e Alvoring.

32:2:13 3602 Todavia a evolução de um universo local é uma longa narrativa. Documentos tratando do superuniverso apresentam o assunto, como os desta seção, tratando das criações locais, e continuam-no; enquanto os que se seguem, abordando a História e o destino de Urântia, completam a narrativa. Vós, porém, só podereis compreender adequadamente o destino dos mortais de tal criação local se fizerdes uma leitura profunda das narrativas da vida e dos ensinamentos do vosso Filho Criador, de quando ele certa vez viveu a vida como um homem, à semelhança da carne mortal, no vosso próprio mundo evolucionário.

3. A IDÉIA EVOLUCIONÁRIA


32:3:1 3603 A única criação que está perfeitamente estabelecida é Havona, o universo central, que foi feito diretamente pelo pensamento do Pai Universal e o verbo do Filho Eterno. Havona é um universo existencial perfeito e completo, que está em torno da morada das Deidades eternas: o centro de todas as coisas. As criações dos sete superuniversos são finitas, evolucionárias e coerentemente progressivas.

32:3:2 3604 Os sistemas físicos do tempo e do espaço são todos de origem evolucionária. Eles não estão estabilizados nem mesmo fisicamente, não até que entrem nos circuitos estabelecidos dos seus superuniversos. E um universo local também só se estabelece em luz e vida depois que as suas possibilidades físicas de expansão e de desenvolvimento se hajam esgotado, e até que o status espiritual de todos os seus mundos habitados haja sido, para sempre, estabelecido e estabilizado.

32:3:3 3605 Exceto no universo central, a perfeição é alcançada progressivamente. Na criação central, temos um modelo de perfeição, mas todos os outros reinos devem alcançar essa perfeição pelos métodos estabelecidos, em particular, para o avanço desses mundos ou universos. E uma variedade quase infinita caracteriza os planos dos Filhos Criadores para organizar, fazer evoluir, disciplinar e estabelecer os seus respectivos universos locais.

32:3:4 3606 À exceção da presença da deidade do Pai, cada universo local é, em um certo sentido, uma duplicação da organização administrativa da criação central ou modelo. Embora o Pai Universal esteja pessoalmente presente no Seu universo de residência, Ele não reside nas mentes dos seres que se originam naquele universo Dele, do modo como Ele literalmente reside nas almas dos mortais do tempo e do espaço. Parece haver uma compensação infinitamente sábia no ajustamento e na regulamentação dos assuntos espirituais da imensa criação. No universo central, o Pai está pessoalmente presente, como tal, mas está ausente nas mentes dos filhos daquela criação perfeita. Nos universos do espaço, a pessoa do Pai está ausente, sendo representada pelos seus Filhos Soberanos; todavia, Ele está intimamente presente nas mentes dos Seus filhos mortais, sendo representado, espiritualmente, pela presença pré-pessoal dos Monitores Misteriosos, os quais residem nas mentes das criaturas de vontade.

32:3:5 3607 Nas sedes centrais de um universo local, residem todas as personalidades criadoras e criativas que representam a autoridade administrativa independente e autônoma, excetuando-se a presença pessoal do Pai Universal. No universo local, pode-se encontrar algo de cada um e alguém de quase todas as classes de seres inteligentes que existem no universo central, excetuando-se o Pai Universal. Ainda que o Pai Universal não esteja pessoalmente presente em um universo local, Ele está representado pessoalmente pelo Seu Filho Criador, que é, por algum tempo, o vice-regente de Deus e, em seguida, o governante soberano e supremo por direito próprio.

32:3:6 3611 Quanto mais a fundo descermos, na escala da vida, mais difícil torna-se localizar o Pai invisível, com o olho da fé. As criaturas inferiores – e algumas vezes até mesmo as personalidades mais elevadas – acham sempre difícil visualizar o Pai Universal nos seus Filhos Criadores. E assim, até chegar o momento da sua exaltação espiritual, quando então a perfeição do desenvolvimento irá capacitá-las a ver Deus em pessoa, elas ficam cansadas, na progressão, alimentam dúvidas espirituais, caem em confusão isolando-se, assim, das metas espirituais progressivas do seu tempo e universo. Dessa maneira, elas perdem a capacidade de ver o Pai, quando contemplam o Filho Criador. A salvaguarda mais segura, para a criatura, na longa luta a fim de alcançar o Pai, durante a época em que as condições inerentes tornam esse alcance de realização impossível, é agarrar-se, com tenacidade, ao fato da verdade da presença do Pai nos seus Filhos. Literal e figurativamente, espiritual e pessoalmente, o Pai e os Filhos são Um. É um fato: aquele que houver visto um Filho Criador terá visto o Pai.

32:3:7 3612 As personalidades de um dado universo são estabelecidas e confiáveis, no princípio, apenas de acordo com o seu grau de afinidade com a Deidade. Quando a origem da criatura está bastante distante das Fontes divinas e originais, seja dos Filhos de Deus, seja das criaturas de ministração que pertencem ao Espírito Infinito, mais possibilidade há de desarmonia, de confusão e, algumas vezes, de rebelião – de pecado.

32:3:8 3613 Excetuando-se os seres perfeitos, originários da Deidade, todas as criaturas de vontade, nos superuniversos, são de natureza evolucionária; começam pelo estado inferior e escalam sempre para cima, na realidade, para dentro. Mesmo as personalidades altamente espirituais continuam a ascender na escala da vida, por meio de translações progressivas, de vida a vida, e de esfera para esfera. E, no caso daqueles que acolhem os Monitores Misteriosos, não há de fato limites às alturas possíveis para a sua ascensão espiritual e para a sua realização no universo.

32:3:9 3614 A perfeição das criaturas do tempo, quando finalmente alcançada, é integralmente uma conquista e uma posse da personalidade de boa-fé. Se bem que os elementos da graça sejam ministrados livremente, ainda assim as realizações das criaturas são resultado dos seus esforços individuais, das suas vivências reais e da reação da personalidade ao ambiente existente.

32:3:10 3615 O fato de a origem evolucionária ser animal não constitui estigma para qualquer personalidade, aos olhos do universo, pois é esse o método exclusivo de produzir-se um dos dois tipos básicos de criaturas volitivas de inteligência finita. Quando as alturas da perfeição e da eternidade são alcançadas, mais honras haverá, então, para aqueles que começaram mais por baixo e que escalaram, com alegria, os degraus da vida, de luta em luta; e tais seres, ao alcançar as alturas da glória, haverão adquirido uma experiência pessoal que incorpora um conhecimento factual de cada fase da vida, desde o ponto mais baixo até o mais alto.

32:3:11 3616 Em tudo isso é mostrada a sabedoria dos Criadores. Seria igualmente fácil para o Pai Universal gerar todos os mortais como seres perfeitos; concedendo-lhes a perfeição pela sua palavra divina. Mas isso os privaria da experiência maravilhosa, da aventura, da educação e do aperfeiçoamento, associados à longa e gradual ascensão para o interior; experiência esta a ser provada apenas por aqueles afortunados que começam do ponto mais baixo possível na existência vivente.

32:3:12 3621 Os universos que giram em torno de Havona foram providos com um número de criaturas perfeitas o suficiente apenas para fazer face à necessidade de guias instrutores, modelos para aqueles que estão ascendendo na escala evolucionária da vida. A natureza experimental do tipo evolucionário de personalidade é o complemento cósmico natural para as naturezas sempre perfeitas das criaturas do Paraíso-Havona. Na realidade, tanto as criaturas perfeitas quanto as perfeccionadas são incompletas no que diz respeito à totalidade finita. Contudo, na associação complementar das criaturas existencialmente perfeitas, do sistema Paraíso-Havona, com os finalitores experiencialmente perfeccionados, os quais ascenderam dos universos evolucionários, ambos os tipos encontram liberação das suas limitações inerentes, e assim podem conjuntamente tentar alcançar as alturas sublimes do status último da criatura.

32:3:13 3622 Essas transações entre as criaturas são repercussões, no universo, de ações e de reações, dentro da Deidade Sétupla, na qual a eterna divindade da Trindade do Paraíso é conjugada com a divindade em evolução dos Criadores Supremos dos universos do espaço-tempo por meio do poder de realização da Deidade do Ser Supremo, realizável nela e por meio dela.

32:3:14 3623 As criaturas divinamente perfeitas e as criaturas evolucionariamente perfeccionadas são iguais, em grau de potencialidade de divindade, mas diferem em espécie. Cada uma deve depender da outra para alcançar a supremacia no serviço. Os superuniversos evolucionários dependem do universo perfeito de Havona, para proverem o aperfeiçoamento final aos seus cidadãos ascendentes; e, por sua vez, também o universo central perfeito necessita da existência dos superuniversos que se perfeccionam, para prover o desenvolvimento integral aos seus habitantes descendentes.

32:3:15 3624 As duas manifestações primordiais de realidade finita, a perfeição inata e a perfeição vinda da evolução, sejam elas de personalidades ou de universos, são coordenadas, interdependentes e integradas. Cada uma necessita da outra para completar-se, na função, no serviço e no destino.

4. GOD'S RELATION TO A LOCAL UNIVERSE




32:4:1 3625 Pelo fato de o Pai Universal ter delegado tanto de Si próprio e do Seu poder a outros, não alimenteis a idéia de que Ele seja um membro silencioso ou inativo na associação das Deidades. À parte os domínios da personalidade e o outorgamento do Ajustador, aparentemente, Ele é a menos ativa das Deidades do Paraíso, pois Ele permite aos seus coordenados na Deidade, aos seus Filhos e às inúmeras inteligências criadas atuarem tão amplamente na execução do Seu propósito eterno. Ele é o membro silencioso do Trio criador, mas apenas no sentido de que Ele jamais faz nada daquilo que qualquer dos colaboradores coordenados ou subordinados pode fazer.

32:4:2 3626 Deus tem pleno entendimento da necessidade que cada criatura inteligente tem, de funcionar e experimentar e, portanto, em todas as situações, sejam elas ligadas ao destino de um universo ou ao bem-estar da mais humilde das Suas criaturas, Deus abstém-se de atividade, para que a galáxia das personalidades criadas e Criadoras possa atuar, e elas, inerentemente, intervêm entre Ele próprio e qualquer situação ou evento criativo no universo. Todavia, apesar dessa abstenção, dessa exibição de coordenação infinita, há, da parte de Deus, uma participação factual, real e pessoal, nesses eventos, por meio de tantas agências e personalidades ordenadas, e nelas. O Pai está trabalhando em todos esses canais, e por meio deles, para o bem-estar de toda a Sua vastíssima criação.

32:4:3 3631 No que concerne às políticas, condução e administração de um universo local, o Pai Universal atua na pessoa do seu Filho Criador. O Pai não interfere jamais, seja na inter-relação entre os Filhos de Deus, seja nas associações grupais das personalidades com origem na Terceira Fonte e Centro, ou seja, ainda, na relação entre quaisquer outras criaturas, como os seres humanos. A lei do Filho Criador, o governo dos Pais da Constelação, dos Soberanos dos Sistemas e dos Príncipes Planetários – as políticas e os procedimentos ordenados para tal universo – sempre prevalecem. Não há divisão na autoridade; nunca há nenhum conflito entre o poder e o propósito divino. As Deidades estão em unanimidade perfeita e eterna.

32:4:4 3632 O governo do Filho Criador é supremo em todas as questões ligadas a associações éticas, nas relações entre quaisquer grupos de criaturas ou entre dois ou mais indivíduos, de qualquer grupo particular; mas um plano como esse não significa que o Pai Universal não possa intervir, à sua maneira própria, e fazer o que satisfizer à mente divina para qualquer criatura individual, em toda a criação, de acordo com o status atual de tal indivíduo ou com as suas perspectivas futuras, e conforme o plano eterno do Pai e Seu propósito infinito.

32:4:5 3633 Nas criaturas mortais volitivas, o Pai está efetivamente presente no Ajustador residente, um fragmento do Seu espírito pré-pessoal; e o Pai é também a fonte da personalidade dessa criatura volitiva mortal.

32:4:6 3634 Esses Ajustadores do Pensamento, dádivas do Pai Universal, estão relativamente isolados; eles residem nas mentes humanas, mas não têm nenhuma relação discernível com os assuntos éticos de uma criação local. Eles não estão diretamente coordenados ao serviço seráfico, nem à administração dos sistemas, constelações ou um universo local, nem mesmo ao governo de um Filho Criador, cuja vontade é a lei suprema do seu universo.

32:4:7 3635 Os Ajustadores residentes são uma das formas isoladas, mas unificadas, do contato de Deus com as criaturas da sua criação quase infinita. Assim, Ele, que é invisível aos mortais, manifesta a Sua presença e, pudesse Ele, mostrar-Se-ia a nós de outros modos ainda, mas essa outra revelação não é divinamente possível.

32:4:8 3636 Nós podemos perceber e entender o mecanismo pelo qual os Filhos desfrutam de um conhecimento íntimo e completo sobre os universos da sua jurisdição; mas não podemos compreender plenamente os métodos por meio dos quais Deus se mantém tão plena e pessoalmente familiarizado com os detalhes do universo dos universos, embora possamos ao menos reconhecer a via por meio da qual o Pai Universal pode receber informações a respeito dos seres da Sua imensa criação e manifestar-lhes a Sua presença. Por intermédio do circuito da personalidade, o Pai torna-se sabedor – tem conhecimento pessoal – de todos os pensamentos e atos de todos os seres, em todos os sistemas, de todos os universos, em toda a criação. Embora não possamos compreender totalmente essa técnica da comunhão de Deus com os Seus filhos, a nossa certeza de que o “Senhor conhece os Seus filhos” acaba sempre fortalecida, como também a de que, sobre cada um de nós, “Ele toma nota de onde nascemos”.

32:4:9 3637 No vosso universo e no vosso coração, o Pai Universal está presente, espiritualmente falando, por meio de um dos Sete Espíritos Mestres da morada central e, especificamente, por meio do Ajustador divino que vive, opera e aguarda nas profundezas da mente mortal.

32:4:10 3638 Deus não é uma personalidade autocentrada; o Pai distribui-Se livremente a Si próprio à Sua criação e às Suas criaturas. Ele vive e atua, não apenas nas Deidades, mas também nos Seus Filhos, a quem Ele confia que tudo façam que lhes seja divinamente possível fazer. O Pai Universal verdadeiramente despojou-se de todas as funções que possam ser executadas por um outro ser. E isso é tão verdadeiro para o homem mortal quanto o é para o Filho Criador que governa no lugar de Deus, nas sedes centrais de um universo local. E assim contemplamos os efeitos do amor ideal e infinito do Pai Universal.

32:4:11 3641 Por essa outorga universal de Si próprio, temos provas abundantes, tanto da magnitude, quanto da magnanimidade da natureza divina do Pai. Se Deus se houver abstido de dar algo de Si mesmo à criação universal, então, desse resíduo, Ele está generosamente concedendo os Ajustadores do Pensamento aos mortais dos reinos, os Monitores Misteriosos do tempo, que tão pacientemente residem nos candidatos mortais para a vida eterna.

32:4:12 3642 O Pai Universal disseminou a Si próprio, por assim dizer, para enriquecer toda a criação com a posse de personalidade e com o potencial de alcance espiritual. Deus deu-Se a Si próprio a nós, para que possamos ser como Ele, e o que Ele reservou a Si próprio, de poder e de glória, foi apenas aquilo que é necessário para a manutenção daquelas coisas por cujo amor, assim, Ele despojou-Se de tudo o mais.

5. O PROPÓSITO ETERNO E DIVINO


32:5:1 3643 Há um propósito grande e glorioso na marcha dos universos pelo espaço. Toda a vossa luta mortal não é em vão. Somos todos uma parte de um plano colossal, de uma obra gigantesca; e é a vastidão desse empreendimento que torna impossível ver grande parte dele de uma só vez e durante qualquer das vidas. Somos todos uma parte de um projeto eterno que os Deuses estão supervisionando e executando. Todo o mecanismo maravilhoso e universal move-se majestosamente no espaço, ao compasso da música do pensamento infinito e do propósito eterno da Primeira Grande Fonte e Centro.

32:5:2 3644 O propósito eterno do Deus eterno é um ideal espiritual muito elevado. Os acontecimentos do tempo e as lutas da existência material não são senão um andaime transitório, a fazer uma ponte para o outro lado, para a terra prometida da realidade espiritual e da existência superna. Evidentemente, vós, mortais, achais difícil compreender a idéia de um propósito eterno; vós sois virtualmente incapazes de compreender o pensamento da eternidade, algo que nunca começa e que nunca acaba. Tudo aquilo que vos é familiar tem um final.

32:5:3 3645 Quanto a uma vida individual, à duração de um reino, ou à cronologia de qualquer série de eventos relacionados, pareceria que estamos lidando com um trecho isolado do tempo; tudo parece ter um começo e um fim. E pareceria que tal série de experiências, de vidas, de idades ou de épocas, quando arranjadas sucessivamente, constituiriam um caminho direto, um evento isolado no tempo que passa momentaneamente, como um relâmpago diante da face infinita da eternidade. Mas, quando olhamos para tudo isso por detrás dos bastidores, uma visão mais abrangente e uma compreensão mais completa sugerem que essa explicação seja inadequada, disparatada, e completamente inapropriada para explicar, com propriedade, e também para correlacionar as transações do tempo aos propósitos fundamentais e às reações básicas da eternidade.

32:5:4 3646 A mim me parece mais adequado, aos propósitos de uma explicação à mente mortal, conceber a eternidade como um ciclo, e o propósito eterno, como um círculo sem fim; o ciclo de eternidade, de algum modo sincronizado com os ciclos materiais transitórios do tempo. No que diz respeito aos setores do tempo ligados ao ciclo da eternidade e formando uma parte dela, somos forçados a reconhecer que essas épocas temporárias nascem, vivem e passam exatamente como os seres temporários do tempo nascem, vivem e morrem. A maior parte dos seres humanos morre porque, não tendo conseguido alcançar o nível espiritual para a fusão com o Ajustador, a metamorfose da morte passa a ser o único procedimento possível por meio do qual eles podem escapar das correntes do tempo e das amarras da criação material, tornando-se, assim, capacitados a dar o passo espiritual junto com a procissão progressiva da eternidade. Tendo sobrevivido à vida de provas do tempo e da existência material, torna-se possível, para vós, continuardes em contato com a eternidade e, mesmo, como parte dela, girando para sempre com os mundos do espaço em torno do ciclo das idades eternas.

32:5:5 3651 Os setores do tempo são como lampejos da personalidade, na forma temporal; aparecem por uma estação e então se perdem da vista humana, apenas para ressurgirem como agentes e fatores novos da continuidade na vida mais elevada, no giro sem fim em volta do círculo eterno. A eternidade dificilmente pode ser concebida como um percurso em linha reta, por causa da nossa crença em um universo delimitado que se move em um círculo imenso e alongado em torno do local central, a morada do Pai Universal.

32:5:6 3652 Francamente, a eternidade é incompreensível à mente finita do tempo. Vós simplesmente não a podeis captar; vós não a podeis compreender. Eu não a visualizo completamente e, ainda que o fizesse, a mim me seria impossível transmitir o meu conceito à mente humana. Contudo, fiz o melhor que podia para retratar alguma coisa do nosso ponto de vista, para contar-vos algo do nosso entendimento das coisas eternas. Estou tentando ajudar-vos na cristalização dos vossos pensamentos sobre tais valores de natureza infinita e de importância eterna.

32:5:7 3653 Há, na mente de Deus, um plano que abraça a cada criatura de todos os seus imensos domínios; e esse plano é um propósito eterno de oportunidades sem fronteiras, de progresso ilimitado e de vida eterna. E os tesouros infinitos dessa carreira sem par lá estão, para recompensar a vossa luta!

32:5:8 3654 A meta da eternidade está adiante! A aventura de alcançar a divindade está diante de vós! A corrida da perfeição está em curso! Todo aquele desejoso de participar poderá fazê-lo, e uma vitória certa irá coroar os esforços de todo ser humano, nessa corrida de fé e confiança, dependente em cada passo, do caminho, da orientação do Ajustador residente e do guiamento do espírito bom do Filho do Universo, que tão generosamente foi vertido sobre toda a carne.

32:5:9 3655 [Apresentado por um Mensageiro Poderoso, temporariamente agregado ao Conselho Supremo de Nebadon e designado para esta missão por Gabriel de Salvington.]

DOCUMENTO 33

A ADMINISTRAÇÃO DO UNIVERSO LOCAL
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Embora o Pai Universal governe, muito certamente, a Sua vasta criação, Ele funciona, na administração de um universo local, por intermédio da pessoa do Filho Criador. O Pai não atua pessoalmente, de outro modo, nos assuntos administrativos de um universo local. Esses assuntos são confiados ao Filho Criador e ao Espírito Materno do universo local e aos múltiplos filhos deles. Os planos, as políticas e os atos administrativos do universo local são formados e executados por esse Filho, que, conjuntamente com o seu Espírito Materno coligado, delega o poder executivo a Gabriel e a autoridade da jurisdição aos Pais da Constelação, aos Soberanos dos Sistemas e aos Príncipes Planetários.

1. MICHAEL DE NEBADON


33:1:1 3662 O nosso Filho Criador é a personificação do conceito original de número 611 121 da identidade infinita, com origem simultânea no Pai Universal e no Filho Eterno. O Michael de Nebadon é o “Filho único” que personaliza este 611. 121º conceito universal de divindade e infinitude. A sua sede central está na tríplice mansão de luz em Salvington. E essa morada acha-se disposta assim porque Michael experienciou viver em todas as três fases de existência da criatura inteligente: a espiritual, a moroncial e a material. Por causa do nome associado à sua auto-outorga sétima e final, em Urântia, algumas vezes ele é chamado de Cristo Michael.

33:1:2 3663 O nosso Filho Criador não é o Filho Eterno, o coligado existencial no Paraíso, do Pai Universal e do Espírito Infinito. Michael de Nebadon não é um membro da Trindade do Paraíso. Entretanto, o nosso Filho Mestre possui, no seu reino, todos os atributos e poderes divinos que o Filho Eterno, Ele próprio, manifestaria estivesse Ele efetivamente presente em Salvington e funcionando em Nebadon. Michael possui, ainda, um poder e uma autoridade adicionais, pois ele não apenas personifica o Filho Eterno, como também representa plenamente o Pai Universal; e, efetivamente, incorpora a presença da personalidade d’Ele para, e em todo, este universo local. Além disso, ele representa o Pai-Filho. Esses relacionamentos fazem de um Filho Criador o mais poderoso, versátil e influente entre todos os seres divinos capazes de exercer administração direta sobre os universos evolucionários e de ter um contato de personalidade com os seres imaturos criados.

33:1:3 3664 O nosso Filho Criador exerce o mesmo poder de atração espiritual, a mesma gravidade espiritual, a partir da sede central do universo local, que o Filho Eterno do Paraíso exerceria se Ele estivesse pessoalmente presente em Salvington, e mais, este Filho do Universo é também a personificação do Pai Universal para o universo de Nebadon. Os Filhos Criadores são centros de personalidade para as forças espirituais de Pai-e-Filho do Paraíso. Os Filhos Criadores são as focalizações finais do poder de personalidade, dos poderosos atributos, no espaço-tempo, de Deus, o Sétuplo.

33:1:4 3671 O Filho Criador personaliza o vice-regente do Pai Universal, o coordenado divino do Filho Eterno e o coligado criativo do Espírito Infinito. Para o nosso universo, e para todos os seus mundos habitados, o Filho Soberano é, para todos os intentos e propósitos práticos, Deus. Ele personifica todas as Deidades do Paraíso que os mortais em evolução podem compreender com discernimento. Este Filho e o seu Espírito Materno coligado são os vossos pais criadores. Para vós, Michael, o Filho Criador, é a personalidade suprema; para vós, o Filho Eterno é supra-supremo – uma personalidade de Deidade infinita.

33:1:5 3672 Na pessoa do Filho Criador, nós temos um governante e um pai divino, que é tão poderoso, eficaz e benéfico, quanto o seriam o Pai Universal e o Filho Eterno, se ambos estivessem presentes em Salvington, e engajados na administração dos assuntos do universo de Nebadon.

2. O SOBERANO DE NEBADON


33:2:1 3673 A observação dos Filhos Criadores revela que alguns se parecem mais com o Pai, alguns com o Filho, enquanto outros são a mistura de ambos os seus Pais infinitos. O nosso Filho Criador manifesta, muito definidamente, traços e atributos que mais se assemelham ao Filho Eterno.

33:2:2 3674 Michael escolheu organizar este universo local; e agora ele é o seu soberano em supremacia. O seu poder pessoal é limitado pelos circuitos de gravidade preexistentes, centrados no Paraíso, e pela reserva feita a si pelos Anciães dos Dias, no governo do superuniverso, de efetuar todos os julgamentos executivos finais referentes à extinção das personalidades. A personalidade é uma dádiva do Pai, unicamente, mas os Filhos Criadores, com a aprovação do Filho Eterno, iniciam novos projetos de criaturas e, com a cooperação de trabalho dos seus Espíritos Maternos coligados, eles podem intentar novas transformações de matéria-energia.

33:2:3 3675 Michael é a personificação do Pai-Filho do Paraíso para o, e no, universo local de Nebadon; e, portanto, quando o Espírito Criativo Materno, representante do Espírito Infinito no universo local, subordinou-se a Cristo Michael, quando do retorno da sua auto-outorga final em Urântia, o Filho Mestre, em conseqüência, conquistou a soberania sobre a sua jurisdição com “todo o poder no céu e na Terra”.

33:2:4 3676 Essa subordinação das Ministras Divinas aos Filhos Criadores dos universos locais faz de tais Filhos Mestres os depositários pessoais da divindade finitamente manifestável de Pai, Filho e Espírito; enquanto as experiências dos Michaéis em auto-outorgas, como criaturas, qualificam-nos para representar a divindade experiencial do Ser Supremo. Não há outros seres, nos universos, que hajam exaurido assim, pessoalmente, o potencial da experiência presente finita; e não há outros seres, nos universos, que possuam tais qualificações para a soberania solitária.

33:2:5 3677 Embora a sede central de Michael esteja oficialmente localizada em Salvington, capital de Nebadon, ele passa muito do seu tempo visitando as sedes centrais das constelações, sistemas e, até mesmo, planetas, individualmente. Periodicamente ele viaja ao Paraíso e freqüentemente para Uversa, onde se aconselha com os Anciães dos Dias. Quando ele está fora de Salvington, o seu posto é assumido por Gabriel, que, então, funciona como regente do universo de Nebadon.

3. O FILHO E O ESPÍRITO DO UNIVERSO


33:3:1 3681 Embora penetre todos os universos do tempo e do espaço, o Espírito Infinito funciona a partir da sede central de cada universo local, na forma de uma focalização especializada, adquirindo qualidades de plena personalidade, por meio da técnica da cooperação criativa com o Filho Criador. No que concerne a um universo local, a autoridade administrativa de um Filho Criador é suprema; o Espírito Infinito, representado pela Ministra Divina, é integralmente cooperativo, embora perfeitamente coordenado.

33:3:2 3682 O Espírito Materno do Universo de Salvington, coligado a Michael no controle e na administração de Nebadon, pertence ao sexto grupo de Espíritos Supremos, sendo o de número 611 121 dessa ordem. Ela fez-se voluntária para acompanhar Michael na ocasião em que ele se liberou das suas obrigações no Paraíso e, desde então, tem funcionado junto com Michael na criação e no governo do universo dele.

33:3:3 3683 O Filho Mestre Criador é o soberano pessoal do seu universo, todavia, em todos os detalhes dessa administração, o Espírito Materno do Universo é co-diretor com o Filho. Ao mesmo tempo em que o Espírito Materno sempre reconhece o Filho como soberano e governante, o Filho sempre concede ao Espírito uma posição coordenada e a igualdade de autoridade em todos os assuntos do reino. Em todo o seu trabalho, de amor e de outorgamento da vida, o Filho Criador está sempre perfeitamente respaldado, bem como contínua e habilmente assistido, de modo capaz, pela todo-sábia e sempre fiel, Espírito Materno do Universo, e também por todo o seu corpo diversificado de assessores de personalidades angélicas. Essa Ministra Divina, na realidade, é a mãe dos espíritos e das personalidades espirituais, é a sempre presente, e todo-sábia, conselheira do Filho Criador, manifestação fiel e verdadeira que é do Espírito Infinito do Paraíso.

33:3:4 3684 O Filho funciona como um pai, no seu universo local. O Espírito, como as criaturas mortais entenderiam, faz o papel de uma mãe, assistindo sempre o Filho e sendo perpetuamente indispensável à administração do universo. Na circunstância de uma insurreição, apenas o Filho e os seus Filhos coligados podem funcionar como libertadores. O Espírito não pode nunca contestar a rebelião, nem defender a autoridade; mas o Espírito deve sempre apoiar o Filho em tudo, de tudo aquilo que possa ser necessário a ele experimentar, e nos seus esforços para estabilizar o governo e manter a autoridade nos mundos contaminados pelo mal ou dominados pelo pecado. Apenas um Filho pode restabelecer o trabalho da sua criação conjunta, contudo, nenhum Filho poderia esperar o êxito final sem a cooperação contínua da Ministra Divina e seu vasto conjunto de colaboradoras espirituais, as filhas de Deus, que tão fiel e valentemente lutam pelo bem-estar dos homens mortais e pela glória dos seus pais divinos.

33:3:5 3685 Quando o Filho Criador completa a sua sétima e última auto-outorga como criatura, as incertezas do isolamento periódico terminam para a Ministra Divina e, então, a ajudante do Filho no universo torna-se, para sempre, estabelecida na segurança e no controle. É no momento da entronização do Filho Criador, como um Filho Mestre, no jubileu dos jubileus, que o Espírito Materno do Universo, perante as hostes reunidas, faz, pública e universalmente, pela primeira vez, o seu reconhecimento de subordinação ao Filho, prometendo fidelidade e obediência. Esse acontecimento ocorreu em Nebadon, na época do retorno de Michael a Salvington, depois da auto-outorga em Urântia. Nunca, antes dessa memorável ocasião, havia o Espírito Materno do Universo reconhecido a sua subordinação ao Filho do Universo; e, só depois desse abandono voluntário de poder e autoridade, da parte do Espírito, é que verdadeiramente poderia ser proclamado sobre o Filho que “todo o poder no céu e na Terra foi entregue nas suas mãos”.

33:3:6 3691 Após esse voto de subordinação da parte do Espírito Criativo Materno, Michael de Nebadon nobremente reconheceu a sua eterna dependência da sua companheira, Espírito Materno, constituindo-a como o Espírito co-governante dos domínios do seu universo e requisitando de todas as suas criaturas que prometessem ao Espírito a mesma lealdade prometida ao Filho; e a “Proclamação da Igualdade” final foi emitida e tornada pública. Embora seja ele o soberano deste universo local, o Filho tornou público, para os mundos, o fato da igualdade entre ele e o Espírito, em todos os dons de personalidade e atributos de caráter divino. E isso se transforma no modelo transcendental da organização da família, e do governo mesmo, para as criaturas inferiores dos mundos do espaço. Isso é, de fato e de verdade, o alto ideal da família e da instituição humana do casamento voluntário.

33:3:7 3692 O Filho e o Espírito-Mãe agora presidem ao universo de uma forma muito semelhante àquela pela qual um pai e uma mãe velam pela sua família de filhos e filhas, e suprem-na. Não é inteiramente fora de propósito referir-se ao Espírito Materno do Universo, a Ministra Divina, como a companheira criativa do Filho Criador, e considerar as criaturas dos reinos como os seus filhos e filhas – uma grande e gloriosa família, cujas responsabilidades todavia são incalculáveis e cuja vigilância é infindável.

33:3:8 3693 O Filho inicia a criação de alguns dos filhos do universo, enquanto o Espírito Materno somente é responsável por trazer à existência as inúmeras ordens de personalidades ministradoras do espírito, as quais servem sob a direção e guia desse mesmo Espírito Materno. Na criação de outros tipos de personalidade do universo, ambos, o Filho e o Espírito, funcionam juntos e, para qualquer ato criativo, um deles nada faz sem o conselho e a aprovação do outro.

4. GABRIEL – O COMANDANTE EXECUTIVO


33:4:1 3694 O Brilhante Estrela Matutino é a personalização do primeiro conceito de identidade e ideal de personalidade concebido pelo Filho Criador, e a manifestação, no universo local, do Espírito Infinito. Retrocedendo aos dias iniciais do universo local, antes da união do Filho Criador e o Espírito Materno nos laços da associação criativa, de volta aos tempos de antes do começo da criação da versátil família de filhos e filhas deles, o primeiro ato conjunto da associação livre, nos seus primórdios, dessas duas pessoas divinas, resulta na criação do Brilhante Estrela Matutino, a personalidade espiritual mais elevada do Filho e do Espírito.

33:4:2 3695 Apenas um desses seres de sabedoria e majestade é trazido à existência em cada universo local. O Pai Universal e o Filho Eterno podem, de fato, criar um número ilimitado de Filhos Criadores, iguais a eles próprios em divindade, e eles o fazem; mas esses Filhos, em união com as Filhas do Espírito Infinito, podem criar apenas um Brilhante Estrela Matutino em cada universo, um ser como eles próprios, que compartilha livremente das naturezas combinadas deles, mas não das suas prerrogativas criativas. Gabriel de Salvington é como o Filho do Universo em divindade de natureza, embora consideravelmente limitado em atributos de Deidade.

33:4:3 3696 Esse primogênito dos pais de um universo novo é uma personalidade única que possui muitas características maravilhosas, não presentes visivelmente em nenhum dos seus ancestrais, um ser de versatilidade sem precedentes e brilho inimaginado. Essa personalidade superna reúne a vontade divina do Filho, combinada à imaginação criativa do Espírito Materno. Os pensamentos e atos do Brilhante Estrela Matutino serão sempre plenamente representativos de ambos, Filho Criador e Espírito Criativo Materno. Esse ser é capaz também de uma ampla compreensão das hostes seráficas espirituais, bem como das criaturas materiais evolucionárias, e de ter um contato compassivo com ambas.

33:4:4 3701 O Brilhante Estrela Matutino não é um criador, mas ele é um administrador maravilhoso, sendo o representante administrativo pessoal do Filho Criador. Afora a criação e a transmissão da vida, o Filho e o Espírito Materno nunca deliberam sobre procedimentos importantes no universo sem a presença de Gabriel.

33:4:5 3702 Gabriel de Salvington é o comandante executivo do universo de Nebadon e o árbitro de todos os apelos executivos que dizem respeito à sua administração. Esse executivo do universo foi criado com dons plenos apropriados para o seu trabalho, e outrossim ele adquiriu experiência com o crescimento e a evolução da nossa criação local.

33:4:6 3703 Gabriel é o principal executivo no cumprimento de mandatos do superuniverso relacionados a assuntos não pessoais no universo local. A maioria dos assuntos pertinentes ao julgamento em massa e às ressurreições dispensacionais, já decididos pelos Anciães dos Dias, é também delegada a Gabriel, e à sua assessoria, para execução. Gabriel é, desse modo, o comandante executivo combinado, tanto dos governantes do universo local, quanto do superuniverso. Ele tem sob o seu comando um corpo capacitado de assistentes administrativos, criados para esses trabalhos especiais, que não são revelados aos mortais evolucionários. Além desses assistentes, Gabriel pode empregar toda e qualquer das ordens de seres celestes que funcionam em Nebadon; e ele é também o comandante principal dos “exércitos dos céus” – as hostes celestes.

33:4:7 3704 Gabriel e a sua equipe não são instrutores, eles são administradores. Nunca se soube que eles tivessem deixado o seu trabalho regular, excetuando-se quando Michael esteve encarnado em uma auto-outorga, como criatura. Durante essas auto-outorgas, Gabriel esteve sempre atento à vontade do Filho encarnado e, com a colaboração do União dos Dias, tornou-se o diretor de fato dos assuntos do universo, nessas últimas auto-outorgas. Gabriel tem sido identificado intimamente com a história e o desenvolvimento de Urântia, desde a auto-outorga mortal de Michael.

33:4:8 3705 À parte o contato que têm com Gabriel, nos mundos de auto-outorga, e nas épocas de chamadas para as ressurreições gerais e especiais, os mortais raramente irão encontrá-lo ao ascenderem no universo local, antes de serem admitidos no trabalho administrativo da criação local. Como administradores, de qualquer ordem ou grau, vós ireis estar sob a direção de Gabriel.

5. OS EMBAIXADORES DA TRINDADE


33:5:1 3706 A administração das personalidades originárias da Trindade termina no governo dos superuniversos. Os universos locais são caracterizados pela supervisão dual; o que é fonte e origem do conceito pai-mãe. O pai do universo é o Filho Criador; a mãe do universo é a Ministra Divina, o Espírito Criativo do universo local. Cada universo local é, contudo, abençoado com a presença de certas personalidades do universo central e do Paraíso. À frente desse grupo do Paraíso, em Nebadon, está o embaixador da Trindade do Paraíso – Emanuel de Salvington –, o União dos Dias designado para o universo local de Nebadon. Num certo sentido, este elevado Filho da Trindade é também o representante pessoal do Pai Universal para a corte do Filho Criador; e daí o seu nome ser Emanuel.

33:5:2 3707 Emanuel de Salvington, cujo número é 611 121 da sexta ordem de Personalidades Supremas da Trindade, é um ser de dignidade sublime e de uma condescendência tão soberana a ponto de fazê-lo recusar o culto e a adoração de todas as criaturas vivas. Ele traz a distinção de ser a única personalidade, em todo o Nebadon, que nunca se reconheceu como subordinada ao seu irmão Michael. Ele funciona como conselheiro do Filho Soberano, mas apenas o aconselha a pedido. Na ausência do Filho Criador, ele pode presidir a qualquer alto conselho do universo, mas não participaria de outro modo nos assuntos executivos do universo, exceto quando solicitado.

33:5:3 3711 Esse embaixador do Paraíso, em Nebadon, não está sujeito à jurisdição do governo do universo local. E ele também não exerce jurisdição de autoridade nos assuntos executivos de um universo local em evolução, exceto para supervisionar os seus irmãos de ligação, os Fiéis dos Dias, que servem na sede central das constelações.

33:5:4 3712 Os Fiéis dos Dias, tanto quanto os Uniões dos Dias, nunca dão os seus conselhos, nem oferecem a sua assistência aos governantes das constelações, a menos que isso lhes seja solicitado. Esses embaixadores do Paraíso nas constelações representam a presença pessoal final dos Filhos Estacionários da Trindade, funcionando no papel de conselheiros no universo local. As constelações estão mais estreitamente relacionadas à administração do superuniverso do que os sistemas locais, os quais são administrados exclusivamente por personalidades nativas do universo local.

6. A ADMINISTRAÇÃO GERAL


33:6:1 3713 Gabriel é o executivo principal e o verdadeiro administrador de Nebadon. A ausência de Michael, de Salvington, de nenhum modo interfere na conduta ordenada dos assuntos do universo. Durante a ausência de Michael, como ocorreu recentemente, na missão da reunião dos Filhos Mestres de Orvonton no Paraíso, Gabriel é o regente do universo. Nessas ocasiões, Gabriel sempre procura o conselho de Emanuel de Salvington para todos os problemas maiores.

33:6:2 3714 O Pai Melquisedeque é o primeiro assistente de Gabriel. Quando o Brilhante Estrela Matutino está ausente de Salvington, as suas responsabilidades são assumidas por este que é o Filho Melquisedeque original.

33:6:3 3715 As várias subadministrações do universo têm alguns domínios especiais de responsabilidade atribuídos a elas. Enquanto, em geral, o governo de um sistema procura o bem-estar dos seus planetas, está mais particularmente preocupado com o status físico dos seres vivos, com os problemas biológicos. Por sua vez, os governantes de uma constelação dedicam atenção especial às condições sociais e governamentais que prevalecem nos diferentes sistemas e planetas. O governo de uma constelação atua principalmente na unificação e na estabilização. E, mais acima ainda, os governantes do universo estão mais ocupados com o status espiritual dos reinos.

33:6:4 3716 Os Embaixadores são destacados por decreto judicial e representam os universos em outros universos. Os Cônsules são representantes das constelações, umas para as outras, e para a sede central do universo; são apontados por decreto do legislativo e funcionam apenas dentro dos confins do universo local. Os Observadores, por decreto executivo de um Soberano de Sistema, são incumbidos de representar aquele sistema junto a outros sistemas e junto à capital da constelação, e funcionam também apenas dentro dos confins do universo local.

33:6:5 3717 De Salvington, as transmissões são simultaneamente dirigidas para a sede central da constelação, para a sede central do sistema e para os planetas, individualmente. Todas as ordens mais elevadas de seres celestes são capazes de utilizar esse serviço para a comunicação com os seus companheiros espalhados por todo o universo. A teledifusão do universo estende-se a todos os mundos habitados, independentemente do seu status espiritual. A intercomunicação planetária é negada apenas àqueles mundos sob quarentena espiritual.

33:6:6 3721 As teledifusões das constelações são periodicamente enviadas, da sede central da constelação, pelo dirigente dos Pais da Constelação.

33:6:7 3722 A cronologia é reconhecida, computada e retificada por um grupo especial de seres em Salvington. O dia-padrão de Nebadon é igual a dezoito dias e seis horas do tempo de Urântia, mais dois minutos e meio. O ano de Nebadon consiste em um segmento do tempo da rotação do universo em relação ao circuito de Uversa, e é igual a cem dias do tempo padrão do universo, cerca de cinco anos do tempo de Urântia.

33:6:8 3723 A hora de Nebadon, teledifundida de Salvington, é o padrão para todas as constelações e sistemas neste universo local. Cada constelação conduz os seus assuntos segundo a hora de Nebadon, mas os sistemas mantêm a sua própria cronologia, como o fazem os planetas individualmente.

33:6:9 3724 O dia em Satânia, como é reconhecido em Jerusém, é um pouco menor (1 hora, 4 minutos e 15 segundos) do que três dias do tempo de Urântia. Esses tempos são geralmente conhecidos como o tempo de Salvington ou o tempo do universo, e o tempo de Satânia ou o tempo do sistema. O tempo-padrão é o tempo do universo.

7. OS TRIBUNAIS DE NEBADON


33:7:1 3725 O Filho Mestre, Michael, não está supremamente ocupado senão com três coisas: a criação, a sustentação e a ministração. Ele não participa pessoalmente do trabalho judicial do universo. Os Criadores nunca se assentam para o julgamento das suas criaturas; isso é função exclusiva das criaturas com um alto aperfeiçoamento e, de fato, com experiência em criaturas.

33:7:2 3726 Todo o mecanismo judicial de Nebadon está sob a supervisão de Gabriel. Os altos tribunais, localizados em Salvington, estão ocupados com os problemas de importância geral para o universo e com os casos de apelação que vêm dos tribunais dos sistemas. Há setenta ramificações dessas cortes no universo; e elas funcionam em sete divisões de dez seções cada. Uma magistratura dual, consistindo em um juiz com antecedência de perfeição e um magistrado de experiência ascendente, preside a todas as questões de julgamento.

33:7:3 3727 Com respeito à jurisdição, os tribunais do universo local são limitados às seguintes questões:

33:7:4 3728 1. A administração do universo local ocupa-se com a criação, evolução, manutenção e ministração. Aos tribunais do universo é, por isso, negado o direito de julgar os casos que envolvam a questão da vida e da morte eternas. Isso nada tem a ver com a morte natural, do modo como prevalece em Urântia; se a questão do direito de existência continuada, da vida eterna, todavia, vier a julgamento, deve ser remetida aos tribunais de Orvonton e, caso a decisão seja adversa ao indivíduo, são executadas todas as sentenças de extinção sob as ordens dos dirigentes do supergoverno e por intermédio das suas agências.

33:7:5 3729 2. Uma falta ou deserção de qualquer dos Filhos de Deus do Universo Local, que ponha em risco o status e a autoridade deles como Filhos, nunca é julgada nos tribunais de um Filho; tal mal-entendido seria imediatamente levado aos tribunais do superuniverso.

33:7:6 37210 3. A questão da readmissão de qualquer parte constituinte de um universo local – como, por exemplo, um sistema local – na irmandade, com o status espiritual pleno, na criação local, depois do isolamento espiritual, deve ser feita em conformidade com a alta assembléia do superuniverso.

33:7:7 3731 Para todas as outras questões, os tribunais de Salvington são definitivos e supremos. Não há apelação, nem escapatória, das suas decisões e decretos.

33:7:8 3732 Embora possa parecer que algumas contendas humanas, às vezes, são julgadas de modo injusto em Urântia, de fato, a justiça e a eqüidade divinas prevalecem no universo. Vós estais vivendo em um universo bem ordenado e, mais cedo ou mais tarde, podeis confiar que sereis tratados com justiça e até mesmo com misericórdia.

8. AS FUNÇÕES DO LEGISLATIVO E DO EXECUTIVO


33:8:1 3733 Em Salvington, sede central de Nebadon, não há verdadeiramente corpos legislativos. Os mundos-sede do universo ocupam-se mais amplamente com julgamentos. As assembléias legislativas do universo local estão localizadas nas sedes centrais das cem constelações. Os sistemas ocupam-se, principalmente, do trabalho executivo e administrativo, nas criações locais. Os Soberanos dos Sistemas e os seus colaboradores fazem cumprir os mandatos legislativos dos governantes da constelação e executam os decretos judiciais das altas cortes do universo.

33:8:2 3734 Ainda que a verdadeira legislação não seja interpretada na sede central do universo, em Salvington, funciona uma variedade de assembléias de pesquisa e de consulta, constituídas diversamente e conduzidas segundo o seu âmbito e o seu propósito. Algumas são permanentes; outras se dispersam depois de realizarem o seu objetivo.

33:8:3 3735 O conselho supremo do universo local é composto de três membros de cada sistema e de sete representantes de cada constelação. Os Sistemas em isolamento não têm representação nessa assembléia, mas é-lhes permitido enviar observadores que presenciam todas as suas deliberações e as estudam.

33:8:4 3736 A centena de conselhos de sanção suprema situa-se também em Salvington. Os presidentes desses conselhos constituem o gabinete de trabalho imediato de Gabriel.

33:8:5 3737 Todas as constatações feitas pelos altos conselhos de assessoria do universo são comunicadas ou aos corpos judiciais de Salvington ou às assembléias legislativas das constelações. Esses altos conselhos não têm nem autoridade nem poder para colocar em vigor as próprias recomendações. Se o seu conselho for baseado nas leis fundamentais do universo, os tribunais de Nebadon emitem as ordens de execução; todavia, se as suas recomendações tiverem a ver com as condições locais ou emergenciais, devem passar pelas assembléias legislativas das constelações, para serem promulgadas deliberativamente, e então, para as autoridades do sistema, a fim de cumprirem a sua execução. Esses altos conselhos são, na realidade, as superlegislaturas do universo, mas funcionam sem a autoridade de promulgação e sem o poder de execução.

33:8:6 3738 Quando nós falamos da administração do universo em termos de “tribunais” e de “assembléias”, deve ficar entendido que essas transações espirituais são muito diferentes das atividades em Urântia, mais primitivas e materiais, que levam nomes correspondentes.

33:8:7 3739 [Apresentado pelo Comandante dos Arcanjos de Nebadon.]

DOCUMENTO 34

O ESPÍRITO MATERNO DO UNIVERSO LOCAL
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Quando um Filho Criador é personalizado pelo Pai Universal e pelo Filho Eterno, o Espírito Infinito individualiza uma nova e única representação dele próprio para acompanhar esse Filho Criador aos reinos do espaço, e ali ser a sua companheira, inicialmente na organização física e, mais tarde, na criação e no ministério às criaturas do universo recém-projetado.

34:0:2 3742 Um Espírito Criativo reage tanto às realidades físicas quanto às espirituais; como o faz também um Filho Criador; e eles, assim, se associam e coordenam-se na administração de um universo local do tempo e do espaço.

34:0:3 3743 Essas Filhas do Espírito têm a essência do Espírito Infinito, mas não podem atuar, simultaneamente, no trabalho de criação física e de ministração espiritual. Na criação física, o Filho do Universo provê o modelo original, enquanto o Espírito Materno do Universo inicia a materialização das realidades físicas. O Filho opera nos projetos do poder, enquanto o Espírito transforma essas criações de energias em substâncias físicas. Embora seja um pouco difícil descrever essa presença inicial do Espírito Infinito no universo, como uma pessoa, ainda assim, para o Filho Criador, a sua coligada do Espírito é pessoal e tem funcionado sempre como uma individualidade separada.

1. A PERSONALIZAÇÃO DO ESPÍRITO CRIATIVO


34:1:1 3744 Após o término da organização física de um conjunto de estrelas e planetas e do estabelecimento dos circuitos de energia pelos centros de potência do superuniverso, após esse trabalho preliminar de criação, por intermédio das agências do Espírito Infinito que operam sob a sua direção e por meio da sua focalização criativa, no universo local, segue-se a proclamação do Filho Michael, de que a vida está próxima de ser projetada no universo recém-organizado. Quando o Paraíso reconhece essa declaração de intenção, ocorre uma reação de aprovação por parte da Trindade do Paraíso, que é seguida do desaparecimento, no brilho das Deidades, do Espírito Mestre em cujo superuniverso essa nova criação está sendo organizada. Nesse meio tempo os outros Espíritos Mestres se aproximam desse espaço central das Deidades do Paraíso e, em seguida, quando o Espírito Mestre, abraçado pela Deidade, emerge para o reconhecimento dos seus iguais, ocorre aquilo que é conhecido como a “erupção primeira”. Esta se dá como um clarão espiritual extraordinário, um fenômeno claramente discernível até tão longinquamente quanto estiver a sede central do superuniverso em questão; e, simultaneamente a essa manifestação, pouco compreendida, da Trindade, ocorre uma mudança marcante na natureza da presença e no poder do espírito criativo do Espírito Infinito residente no universo local em questão. Em resposta a esses fenômenos do Paraíso, é personalizada imediatamente, na própria presença do Filho Criador, uma nova representação pessoal do Espírito Infinito. Esta é a Ministra Divina, ou Espírito Criativo, a ajudante individualizada do Filho Criador, que se tornou a sua coligada criativa pessoal, o Espírito Materno do universo local.

34:1:2 3751 Dessa nova criação pessoal do Criador Conjunto, e por meio dela, procedem as correntes estabelecidas e os circuitos ordenados do poder do espírito e da influência espiritual, destinados a impregnar todos os mundos e seres daquele universo local. Na realidade, essa presença nova e pessoal, é apenas uma transformação da coligada preexistente, menos pessoal, do Filho, no seu trabalho anterior de organização física do universo.

34:1:3 3752 Este é o relato, em poucas palavras, de uma ação estupenda; que, todavia, representa quase tudo o que pode ser contado a respeito dessas relevantes transações. Elas são instantâneas, inescrutáveis e incompreensíveis; o segredo da sua técnica e do seu procedimento reside no seio da Trindade do Paraíso. De uma coisa apenas estamos certos: a presença do Espírito, no universo local, durante o tempo da sua criação puramente física ou da sua organização, estava diferenciada de um modo ainda incompleto do espírito do Espírito Infinito do Paraíso; ao passo que, após o reaparecimento do Espírito Mestre supervisor, vindo do abraço secreto dos Deuses e após o clarão da energia espiritual, a manifestação, no universo local, do Espírito Infinito, súbita e completamente, modifica-se, passando à semelhança pessoal daquele Espírito Mestre que estava em ligação de transmutação com o Espírito Infinito. O Espírito Materno do universo local adquire, assim, uma natureza pessoal matizada pela natureza do Espírito Mestre do superuniverso daquela jurisdição astronômica.

34:1:4 3753 Essa presença personalizada do Espírito Infinito, o Espírito Criativo Materno do universo local, é conhecida em Satânia como a Ministra Divina. Para todos os efeitos práticos e para todos os propósitos espirituais, essa manifestação da Deidade é um indivíduo divino, uma pessoa espiritual. E ela é reconhecida e considerada assim pelo Filho Criador. É por intermédio dessa localização e personalização da Terceira Fonte e Centro, no nosso universo local, que o Espírito poderia depois se tornar tão plenamente sujeito ao Filho Criador, de uma forma tal que, em verdade, possa ser dito deste Filho: “Todo o poder nos céus e na Terra foi confiado a ele”.

2. A NATUREZA DA MINISTRA DIVINA


34:2:1 3754 Tendo-se submetido a marcantes metamorfoses de personalidade no tempo da criação da vida, a Ministra Divina, depois disso, funciona como uma pessoa e coopera de um modo muito pessoal com o Filho Criador, no planejamento e direção dos assuntos extensos da criação local de ambos. Para muitos tipos de seres do universo, essa representação mesma do Espírito Infinito pode parecer não ser plenamente pessoal durante as idades que precedem à auto-outorga final de Michael; mas, depois da elevação do Filho Criador à autoridade soberana de Filho Mestre, o Espírito Criativo Materno tem as suas qualidades pessoais tão ampliadas que se torna pessoalmente reconhecido por todos os indivíduos com os quais entra em contato.

34:2:2 3755 Desde a sua mais antiga ligação com o Filho Criador, o Espírito do Universo possui todos os atributos de controles físicos do Espírito Infinito, incluindo o do dom pleno da antigravidade. Ao atingir o status pessoal, o Espírito do Universo exerce um controle tão pleno e completo da gravidade da mente, no universo local, quanto exerceria o Espírito Infinito, se estivesse pessoalmente presente.

34:2:3 3756 Em cada universo local, a Ministra Divina funciona de acordo com a natureza e as características inerentes do Espírito Infinito, como corporificado em um dos Sete Espíritos Mestres do Paraíso. Embora haja uma uniformidade básica de caráter em todos os Espíritos do Universo, há também uma diversidade de função, determinada na sua origem por meio de um dos Sete Espíritos Mestres. Essa diferença de origem é a causa de técnicas diversificadas na atuação dos Espíritos Maternos Criativos dos universos locais, em superuniversos distintos. Em todos os atributos espirituais essenciais, contudo, tais Espíritos são idênticos, igualmente espirituais e totalmente divinos, não importando a diferenciação dos superuniversos.

34:2:4 3761 O Espírito Criativo é co-responsável, junto com o Filho Criador, pela produção das criaturas dos mundos, e o Filho sempre empenha todos os seus esforços para manter e conservar essas criações. A vida é ministrada e mantida por intermédio da agência do Espírito Criativo. “Vós enviais o Vosso Espírito, e eles são criados. Vós renovais a face da Terra. ”

34:2:5 3762 Na criação de um universo de criaturas inteligentes, o Espírito Criativo Materno atua, primeiro, no âmbito da perfeição do universo, colaborando com o Filho na criação do Brilhante Estrela Matutino. Em seguida, a progênie do Espírito aproxima-se cada vez mais da ordem dos seres criados nos planetas, assim como os Filhos vão descendo, desde os Melquisedeques até os Filhos Materiais, os quais efetivamente entram em contato com os mortais dos reinos. Na evolução posterior das criaturas mortais, os Filhos Portadores da Vida provêem o corpo físico, fabricado com o material organizado existente no reino, enquanto o Espírito Materno do Universo contribui com o “sopro da vida”.

34:2:6 3763 Ainda que, sob muitos pontos de vista, o sétimo segmento do grande universo possa estar atrasado no seu desenvolvimento, os estudantes que se aprofundam nos nossos problemas antecipam a evolução de uma criação extraordinariamente bem equilibrada, nas idades que estão por vir. Podemos antever esse alto grau de simetria em Orvonton, porque o Espírito que preside a este superuniverso é quem dirige os Espíritos Mestres, nas alturas, sendo uma inteligência espiritual que incorpora a união equilibrada e a perfeita coordenação de traços e caráter de todas as Três Deidades eternas. Estamos atrasados e tardios em comparação a outros setores, mas, sem dúvida, aguardam-nos um desenvolvimento transcendente e uma realização sem precedentes, em alguma época, nas idades eternas do futuro.

3. O FILHO E O ESPÍRITO NO TEMPO E NO ESPAÇO


34:3:1 3764 Nem o Filho Eterno, nem o Espírito Infinito são limitados ou condicionados, seja pelo tempo, seja pelo espaço, no entanto a maior parte da sua descendência é.

34:3:2 3765 O Espírito Infinito impregna todo o espaço e habita o círculo da eternidade. Contudo, no seu contato pessoal com os filhos do tempo, as personalidades do Espírito Infinito devem lidar freqüentemente com os elementos temporais, embora nem tanto com o espaço. Muitas das ministrações da mente ignoram o espaço, mas sofrem um retardamento, no tempo, ao efetuar a coordenação dos diversos níveis de realidade do universo. Um Mensageiro Solitário é virtualmente independente do espaço, exceto pelo tempo que é realmente necessário para ele transportar-se de uma localização até outra; e há entidades similares desconhecidas para vós.

34:3:3 3766 Nas suas prerrogativas pessoais, um Espírito Criativo é, total e completamente, independente do espaço, mas não do tempo. Não há nenhuma presença pessoal especializada desse Espírito do Universo, nas sedes centrais das constelações nem dos sistemas. Ela está presente, igual e difusamente, em todo o seu universo local e, portanto, está tão literal e pessoalmente presente em um mundo como em outro qualquer.

34:3:4 3767 Apenas no que diz respeito ao elemento tempo é que um Espírito Criativo é limitado nas suas ministrações ao universo. Um Filho Criador age instantaneamente em todo o seu universo; o Espírito Criativo, no entanto, deve depender do tempo para a ministração da mente universal, exceto quando ela se prevalece, consciente e definidamente, das prerrogativas pessoais do Filho do Universo. Na função do puro espírito, o Espírito Criativo também atua independentemente do tempo, bem como na sua colaboração com a função misteriosa da refletividade do universo.

34:3:5 3771 Embora o circuito da gravidade do espírito do Filho Eterno opere independentemente tanto do tempo quanto do espaço, as funções dos Filhos Criadores não estão todas eximidas de limitações espaciais. Afora as transações dos mundos evolucionários, esses Filhos Michaéis parecem ser capazes de operar com relativa independência do tempo. Um Filho Criador não é limitado pelo tempo, mas é condicionado pelo espaço; ele não pode pessoalmente estar em dois lugares no mesmo momento. Michael de Nebadon atua fora do tempo, dentro do seu próprio universo, e por refletividade, praticamente, também no superuniverso. Ele comunica-se, fora do tempo, diretamente com o Filho Eterno.

34:3:6 3772 A Ministra Divina é a ajudante compreensiva do Filho Criador, capacitando-o a vencer e a compensar as suas limitações inerentes com relação ao espaço, pois, quando ambos funcionam em união administrativa, eles ficam praticamente independentes do tempo e do espaço, dentro dos confins da sua criação local. Portanto, como é observado na prática, em todo um universo local, o Filho Criador e o Espírito Criativo em geral atuam independentemente tanto do tempo quanto do espaço; posto que há sempre, à disposição de um, a liberação do tempo, e do espaço, para o outro.

34:3:7 3773 Apenas os seres absolutos são independentes do tempo e do espaço, no sentido absoluto. A maioria das pessoas subordinadas, seja ao Filho Eterno, seja ao Espírito Infinito, estão sujeitas tanto ao tempo quanto ao espaço.

34:3:8 3774 Quando um Espírito Criativo torna-se “consciente do espaço”, ele está-se preparando para reconhecer como seu um “domínio espacial” circunscrito, um reino no qual será livre de espaço, em contraposição a todo o restante do espaço ao qual ele estaria condicionado. Apenas se é livre para escolher, e atuar, dentro do reino da própria consciência.

4. OS CIRCUITOS DO UNIVERSO LOCAL


34:4:1 3775 Há três circuitos distintos do espírito no universo local de Nebadon:

3776 1. O circuito do espírito efundido do Filho Criador, o Confortador, o Espírito da Verdade.

3777 2. O circuito do espírito da Ministra Divina, o Espírito Santo.

3778 3. O circuito da ministração da inteligência, que inclui as atividades mais ou menos unificadas, porém com funções diversificadas, dos sete espíritos ajudantes da mente.

34:4:2 37710 Os Filhos Criadores são dotados com um espírito de presença no universo, que, de muitos modos, é análogo ao dos Sete Espíritos Mestres do Paraíso. Esse é o Espírito da Verdade, que é efundido em um mundo por um Filho de auto-outorga depois que ele recebe o título espiritual nessa esfera. Esse Confortador outorgado é a força espiritual que sempre atrai todos os buscadores da verdade para Ele, que é a personificação da verdade no universo local. Esse espírito é um dom inerente ao Filho Criador, que emerge da sua natureza divina do mesmo modo que os circuitos mestres do grande universo derivam das presenças das personalidades das Deidades do Paraíso.

34:4:3 37711 O Filho Criador pode ir e vir; a sua presença pessoal pode estar no universo local ou em outro lugar; mesmo assim, contudo, o Espírito da Verdade funciona sem perturbações, pois esta presença divina, ainda que sendo derivada da personalidade do Filho Criador, é funcionalmente centrada na pessoa da Ministra Divina.

34:4:4 3781 O Espírito Materno do Universo, entretanto, nunca deixa o mundo-sede do universo local. O espírito do Filho Criador pode atuar independentemente da presença pessoal do Filho, mas isso não se dá com o espírito pessoal daquela. O Espírito Santo, da Ministra Divina, tornar-se-ia sem função se a presença pessoal dela fosse removida de Salvington. A presença do espírito dela parece estar fixada no mundo-sede do universo, e é esse fato mesmo que capacita o espírito do Filho Criador a funcionar independentemente do paradeiro do Filho. O Espírito Materno do Universo atua como o foco e o centro, no universo, do Espírito da Verdade, bem como o centro da sua própria influência pessoal, o Espírito Santo.

34:4:5 3782 O Filho-Pai Criador e o Espírito Criativo Materno, ambos, contribuem de modo variado para a dotação de mente aos filhos do seu universo local. Contudo, o Espírito Criativo não outorga a mente antes de receber, ela própria, o dom das prerrogativas pessoais.

34:4:6 3783 As ordens superevolucionárias de personalidades, em um universo local, são dotadas com o tipo de mente desse universo, cujo modelo é a mente do superuniverso. As ordens humanas e subhumanas de vida evolucionária são dotadas com os tipos de ministração de mente dos espíritos ajudantes.

34:4:7 3784 Os sete espíritos ajudantes da mente são uma criação da Ministra Divina de um universo local. Esses espíritos-mente são semelhantes em caráter, mas diferentes em poder, e todos compartilham da mesma forma da natureza do Espírito Materno do Universo; embora eles dificilmente possam ser encarados como personalidades à parte da sua Mãe Criadora. Aos sete ajudantes têm sido dados os nomes seguintes: espírito da sabedoria, espírito da adoração, espírito do conselho, espírito do conhecimento, espírito da coragem, espírito da compreensão, espírito da intuição – da percepção rápida.

34:4:8 3785 Esses são os “sete espíritos de Deus”, “como lâmpadas queimando diante do trono”, que o profeta enxergou nos símbolos de uma visão. Mas ele não viu os assentos dos quatro e mais vinte sentinelas em volta desses sete espíritos ajudantes da mente. Esse registro representa a confusão de duas apresentações; uma pertinente à sede central do universo, e a outra, à capital do sistema. Os assentos dos quatro e mais vinte Anciães estão em Jerusém, sede central do vosso sistema local de mundos habitados.

34:4:9 3786 Mas foi sobre Salvington que João escreveu: “E do trono saíram relâmpagos, trovões e vozes” – as teledifusões do universo para os sistemas locais. Ele também visualizou as criaturas de controle direcional do universo local, as bússolas vivas do mundo-sede. Esse controle direcional, em Nebadon, é mantido pelas quatro criaturas de controle em Salvington, as quais operam sobre as correntes do universo e são competentemente assistidas pelo espírito ajudante da mente, o ajudante da intuição, o que funciona primeiro, o espírito da “compreensão rápida”. Mas a descrição dessas quatro criaturas – chamadas de bestas – tem sido tristemente mal interpretada; são de beleza sem paralelo e de forma pura.

34:4:10 3787 Os quatro pontos da bússola são universais e inerentes à vida de Nebadon. Todas as criaturas vivas possuem unidades corpóreas que são sensíveis e reagem a essas correntes direcionais. Essas criações de criaturas são duplicadas no sentido descendente no universo até os planetas individuais e, em conjunção com as forças magnéticas dos mundos, elas ativam as hostes de corpos microscópicos no organismo animal, de modo que as células de direção sempre apontam para o norte e para o sul. Assim, para sempre, fica o sentido da orientação fixado nos seres vivos no universo. A humanidade não está totalmente desprovida da posse consciente desse sentido. Esses corpúsculos foram observados inicialmente, em Urântia, por volta da época desta narrativa.

5. A MINISTRAÇÃO DO ESPÍRITO


34:5:1 3791 A Ministra Divina coopera com o Filho Criador na formulação da vida e na criação de novas ordens de seres, até a época da sétima auto-outorga dele e, depois da elevação dele à soberania plena do universo, ela continua a colaborar com o Filho e com o espírito outorgado pelo Filho, no trabalho posterior de ministração ao mundo e de progressão planetária.

34:5:2 3792 Nos mundos habitados, o Espírito inicia o trabalho da progressão evolucionária, começando com o material sem vida do reino, dotando-o primeiro com a vida vegetal, em seguida, com os organismos animais e, depois, com as primeiras ordens da existência humana; e cada concessão sucessiva contribui para o desdobramento posterior do potencial evolucionário da vida planetária, desde os estágios iniciais e primitivos até o surgimento das criaturas de vontade. Esse trabalho do Espírito Materno é efetuado grandemente por meio dos sete ajudantes, os espíritos da promessa, as mentes-espírito unificadoras e coordenadoras dos planetas em evolução, em união contínua, levando sempre as raças dos homens para idéias mais elevadas e para ideais espirituais.

34:5:3 3793 O homem mortal primeiro tem a experiência da ministração do Espírito-Mãe, em conjunção com a mente, quando a mente puramente animal da criatura evolucionária desenvolve a capacidade de recepção dos ajudantes da adoração e da sabedoria. Essa ministração do sexto e do sétimo ajudantes indica que a evolução da mente atravessa o umbral da ministração espiritual. E essas mentes, já com as funções da adoração – e da sabedoria –, imediatamente são incorporadas aos circuitos espirituais da Ministra Divina.

34:5:4 3794 Quando a mente é dotada, desse modo, pela ministração do Espírito Santo, ela possui a capacidade para escolher (consciente ou inconscientemente) a presença espiritual do Pai Universal – o Ajustador do Pensamento. Mas apenas quando um Filho de auto-outorga houver liberado o Espírito da Verdade para a ministração planetária a todos os mortais é que todas as mentes normais ficarão automaticamente preparadas para receber os Ajustadores do Pensamento. O Espírito da Verdade trabalha em uníssono com a presença do espírito da Ministra Divina. Essa ligação espiritual dual paira sobre os mundos, procurando ensinar a verdade e iluminar espiritualmente as mentes dos homens, inspirando as almas das criaturas das raças ascendentes, e conduzindo os povos que habitam os planetas evolucionários sempre na direção da sua meta de destino divino no Paraíso.

34:5:5 3795 Embora o Espírito da Verdade haja sido vertido sobre toda a carne, esse espírito do Filho é quase totalmente limitado, em função e em poder, pela recepção pessoal que o homem faz daquilo que constitui a soma e a essência da missão do Filho que se auto-outorga. O Espírito Santo é parcialmente independente da atitude humana e parcialmente condicionado pelas decisões e pela cooperação da vontade do homem. A ministração do Espírito Santo, entretanto, torna-se crescentemente eficaz na santificação e na espiritualização da vida interior daqueles mortais que, mais plenamente , obedecem aos guiamentos divinos.

34:5:6 3796 Como indivíduos, vós não possuís pessoalmente uma porção separada ou entidade do espírito do Filho-Pai Criador, nem do Espírito Criativo Materno; essas ministrações não contatam, nem habitam, os centros de pensamento da mente do indivíduo, como o fazem os Monitores Misteriosos. Os Ajustadores do Pensamento são individualizações definidas da realidade pré-pessoal do Pai Universal, que residem realmente na mente mortal, como uma parte mesma dessa mente, e eles sempre trabalham em harmonia perfeita com os espíritos combinados do Filho Criador e do Espírito Criativo.

34:5:7 3801 A presença do Espírito Santo, vindo da Filha do Universo do Espírito Infinito, a presença do Espírito da Verdade, do Filho do Filho Eterno, no Universo, e a presença do espírito-Ajustador do Pai do Paraíso, em um mortal evolucionário ou com ele, denotam a simetria de dom espiritual e de ministração, e qualificam tal mortal a compreender e conscientemente tornar o fato-fé da filiação a Deus uma realidade.

6. O ESPÍRITO NO HOMEM


34:6:1 3802 Com o avanço da evolução de um planeta habitado e a posterior espiritualização dos seus habitantes, outras influências espirituais podem ser recebidas por essas personalidades amadurecidas. À medida que os mortais progridem no controle da mente e na percepção do espírito, essas ministrações espirituais múltiplas têm uma atuação cada vez mais coordenada; elas tornam-se crescentemente harmonizadas com a superministração da Trindade do Paraíso.

34:6:2 3803 Embora a Divindade possa ser plural em manifestação, na experiência humana, a Deidade é singular, é sempre única. E, também, o ministério espiritual não é plural na experiência humana. Independentemente da pluralidade de origem, todas as influências espirituais são unas, na sua atuação. De fato, elas são uma, sendo a ministração do espírito de Deus, o Sétuplo, nas criaturas do grande universo e para elas; e, à medida que as criaturas crescem na apreciação e na receptividade dessa ministração unificadora do espírito, ela torna-se, na experiência delas, a ministração de Deus, o Supremo.

34:6:3 3804 Das alturas da glória eterna, o Espírito divino desce, em uma longa série de passos, para encontrar-vos tais como estais e onde quer que estejais e, então, no compartilhamento da fé, abraça amorosamente a alma de origem mortal, para que ela embarque no caminho da re-ascensão certa e segura, retomando aqueles passos da condescendência, e nunca parando até que a alma evolucionária esteja a salvo, e elevada, nas alturas mesmas da bênção da qual o Espírito divino originalmente saíra nessa missão de ministração e misericórdia.

34:6:4 3805 As forças espirituais infalivelmente procuram e encontram os seus próprios níveis originais. Tendo saído do Eterno, é certo que elas retornem para lá, levando consigo todos aqueles filhos do tempo e do espaço que esposaram a orientação e os ensinamentos do Ajustador residente; aqueles que são verdadeiramente “nascidos do Espírito”, os filhos de Deus pela fé.

34:6:5 3806 O Espírito Divino é uma fonte contínua de ministério e de encorajamento para os filhos dos homens. O vosso poder e o vosso êxito estão “de acordo com a misericórdia dele, mediante a renovação do Espírito”. A vida espiritual, como a energia física, consome-se. O esforço espiritual resulta em relativo esgotamento espiritual. Toda a experiência ascendente tanto é real quanto é espiritual; e por isso, está em verdade escrito: “É o Espírito que vivifica”, “O Espírito dá a vida”.

34:6:6 3807 A teoria morta, mesmo a das mais elevadas doutrinas religiosas, é impotente para transformar o caráter humano ou para controlar o comportamento dos mortais. O que o mundo de hoje necessita é da verdade que o vosso mestre de outrora declarou: “Não apenas em palavras, mas também em poder e no Espírito Santo”. A semente da verdade teórica torna-se morta, os mais elevados conceitos morais tornam-se sem efeito, a menos que, e até que, o Espírito divino sopre sobre as formas da verdade e vivifique as fórmulas da retidão.

34:6:7 3811 Aqueles que houverem recebido e reconhecido a presença de Deus, residente neles, são nascidos do Espírito. “Vós sois o templo de Deus, e o espírito de Deus reside em vós. ” Não é suficiente que este espírito seja vertido sobre vós; tal Espírito divino deve dominar e controlar cada etapa da experiência humana.

34:6:8 3812 É a presença do Espírito divino, a água da vida, que põe fim à sede devoradora do descontentamento mortal e àquela indescritível fome da mente humana não espiritualizada. Os seres motivados pelo Espírito “nunca têm sede, pois essa água espiritual será neles um manancial de satisfação, brotando permanentemente para a vida eterna”. As almas regadas pela água divina são todas como que independentes do ambiente material, quanto às alegrias do viver e às satisfações da existência terrena. Elas estão espiritualmente iluminadas e refrescadas, moralmente fortalecidas e dotadas.

34:6:9 3813 Em cada mortal, existe uma natureza dual: a herança das tendências animais e o elevado impulso do dom do espírito. Durante o curto período em que viveis em Urântia, esses dois impulsos diversos e opostos raramente podem ser conciliados por completo; eles dificilmente podem ser harmonizados e unificados; mas, durante o vosso tempo de vida, o Espírito solidário e combinado está sempre ministrando, no sentido de ajudar-vos a submeter, mais e mais, a carne ao guiamento deste Espírito. Ainda que devais viver a vossa vida material até o fim, ainda que não possais escapar do corpo e das necessidades dele, não obstante, em propósito e ideais, estareis, cada vez mais, fortalecidos em poder, para submeter a natureza animal ao domínio do Espírito. Existe, realmente, dentro de vós uma conspiração de forças espirituais, uma confederação de poderes divinos, cujo propósito exclusivo é efetivar a vossa libertação da escravidão material e das limitações finitas.

34:6:10 3814 O propósito de toda essa ministração é: “Que possais estar fortalecidos em poder, por meio do espírito Dele, que vive dentro, no lado interno do homem”. E tudo isso não representa senão passos preliminares para a realização final na perfeição da fé e do serviço, aquela experiência na qual vós estareis “preenchidos da plenitude de Deus”, “pois todos os que são guiados pelo espírito de Deus são filhos de Deus”.

34:6:11 3815 O Espírito nunca constrange, apenas guia. Se fores um aprendiz de vontade forte, se quiseres atingir o nível do espiritual e alcançar as alturas divinas, se desejares sinceramente alcançar a meta eterna, então o Espírito divino guiar-te-á, suave e amorosamente, na trajetória da filiação e do progresso espiritual. Todo passo que deres deve ser o da tua boa vontade, de cooperação inteligente e alegre. O predomínio do Espírito jamais é matizado pela coação, nem comprometido pela compulsão.

34:6:12 3816 E, quando essa vida de guiamento do espírito é livre e inteligentemente aceita, desenvolve-se gradativamente, dentro da mente humana, uma consciência positiva de contato divino e de segurança na comunhão com o espírito; mais cedo ou mais tarde, “o Espírito dá testemunho com o vosso espírito (o Ajustador) de que vós sois um filho de Deus”. E o vosso próprio Ajustador do Pensamento já indicou o vosso parentesco com Deus, e as escrituras confirmam que o Espírito testemunha “ por meio do vosso espírito”; e não para o vosso espírito.

34:6:13 3817 A consciência da predominância do espírito em uma vida humana, atualmente, é alcançada por uma demonstração sempre maior das características do Espírito, nas reações vitais desse mortal guiado pelo espírito, “pois os frutos do espírito são o amor, alegria, paz, resignação, doçura, bondade, fé, mansidão e temperança”. Tais mortais, guiados pelo espírito e divinamente iluminados, embora ainda trilhando os caminhos baixos do sofrimento e cumprindo, na fidelidade humana, os deveres dos compromissos terrenos, já começaram a discernir as luzes da vida eterna que centelham nas margens longínquas de um outro mundo; já começaram a compreender a realidade daquela verdade inspiradora e confortante: “O Reino de Deus não é comida e bebida, mas é a retidão, paz e alegria no Espírito Santo”. E, durante cada provação, e na presença de cada dificuldade, as almas nascidas do espírito são sustentadas por aquela esperança que transcende todo o medo, pois o amor de Deus está amplamente disseminado em todos os corações, na presença do Espírito divino.

7. O ESPÍRITO E A CARNE


34:7:1 3821 A carne, a natureza inerente derivada das raças de origem animal, não traz naturalmente em si os frutos do Espírito divino. Quando a natureza mortal houver sido elevada pela adição da natureza dos Filhos Materiais de Deus, como as raças de Urântia avançaram, em uma certa medida, pela outorga de Adão, então o caminho fica mais bem preparado para que o Espírito da Verdade possa cooperar com o Ajustador residente, no sentido de fazer surgir a maravilhosa colheita dos frutos do caráter do espírito. Se vós não rejeitardes esse espírito, ainda que uma eternidade possa tornar-se necessária para que cumprais a vossa missão, “ele vos guiará até toda a verdade”.

34:7:2 3822 Os mortais evolucionários que habitam os mundos de progresso espiritual normal não experimentam conflitos tão agudos, entre o espírito e a carne, como os que caracterizam as raças atuais de Urântia. Mesmo nos planetas mais ideais, contudo, o homem pré-Adâmico deve fazer esforços positivos para ascender, do plano de existência da manifestação puramente animalista, até os sucessivos níveis de significados cada vez mais intelectuais e de valores espirituais mais elevados.

34:7:3 3823 Os mortais de um mundo normal não experimentam a constante luta entre a sua natureza física e a sua natureza espiritual. Eles confrontam-se com a necessidade de escalar, desde os níveis animais de existência até os planos mais elevados da vida espiritual, mas essa ascensão é mais como se submeter a um aperfeiçoamento educacional, quando comparada aos conflitos intensos que os mortais de Urântia enfrentam, nesse reino de tantas divergências entre a natureza material e a espiritual.

34:7:4 3824 Na sua tarefa de realização planetária espiritual progressiva, os povos de Urântia sofrem as conseqüências de estarem duplamente privados de ajuda. A insurreição de Caligástia precipitou uma confusão de amplitude mundial e roubou de todas as gerações subseqüentes a assistência moral que uma sociedade bem ordenada lhes teria proporcionado. E, ainda mais desastrosa foi a falta Adâmica, pois impediu às raças que alcançassem o tipo superior de natureza física que teria sido mais adequado às aspirações espirituais.

34:7:5 3825 Os mortais de Urântia estão obrigados a passar por essas lutas pronunciadas entre o espírito e a carne, pelo fato de que os seus ancestrais remotos não hajam sido mais completamente adamizados pela outorga Edênica. De acordo com o plano divino as raças mortais de Urântia deveriam ter tido naturezas físicas mais naturalmente sensíveis ao espírito.

34:7:6 3826 Apesar desse desastre duplo, para a natureza do homem e para o seu ambiente, os mortais dos dias presentes, poderiam experimentar menos dessas lutas aparentes entre a carne e o espírito caso eles queiram entrar no Reino do espírito, no qual os filhos de Deus, pela fé, desfrutam de uma relativa libertação da servidão da carne, por meio da iluminação do serviço sincero liberador e da devoção, de todo o coração, ao cumprimento da vontade do Pai nos céus. Jesus mostrou à humanidade o novo caminho da vida mortal, por meio do qual os seres humanos podem escapar, quase totalmente, das espantosas conseqüências da rebelião de Caligástia e compensar-se mais efetivamente das privações resultantes da falta Adâmica. “O espírito da vida de Cristo Jesus tornou-nos livres da lei do viver animal e das tentações do mal e do pecado. ” “Essa é a vitória sobre a carne; e é uma vitória da vossa própria fé. ”

34:7:7 3831 Aqueles homens e mulheres que são conscientes de Deus e que nasceram da experiência do Espírito não entram em conflito com as suas naturezas mortais mais do que o fazem os habitantes dos mais normais dos mundos, planetas que nunca foram maculados pelo pecado nem tocados pela rebelião. Os filhos da fé trabalham em níveis intelectuais e vivem em planos espirituais muito acima dos conflitos produzidos pelos desejos físicos desenfreados ou pouco naturais. As necessidades normais dos seres animais, os apetites e os impulsos naturais de ordem física não estão em conflito, nem mesmo com as realizações espirituais mais elevadas, exceto nas mentes de pessoas ignorantes, mal instruídas ou infelizmente tomadas por escrúpulos extremados.

34:7:8 3832 Havendo começado o caminho da vida eterna, tendo aceito o compromisso e recebido as vossas ordens de avançar, não temais os perigos do esquecimento humano e da inconstância mortal, não vos perturbeis pelo temor ao fracasso, nem pela confusão da perplexidade, não hesiteis, nem questioneis sobre a vossa situação e posição, pois em todas as horas escuras, em todas as encruzilhadas da luta para ir à frente, o Espírito da Verdade falará sempre, declarando: “Este é o caminho”.

34:7:9 3833 [Apresentado por um Mensageiro Poderoso temporariamente designado para o serviço em Urântia.]

DOCUMENTO 35

OS FILHOS DE DEUS DO UNIVERSO LOCAL
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Os Filhos de Deus, apresentados anteriormente, têm origem no Paraíso. Eles são descendentes dos Governantes divinos dos domínios universais. Da primeira ordem de filiação do Paraíso, a dos Filhos Criadores, em Nebadon, há apenas um, Michael, o pai e soberano do vosso universo. Da segunda ordem de filiação do Paraíso, a dos Filhos Avonais ou Magisteriais, Nebadon tem a sua cota completa – 1062 Filhos. E esses “Cristos menores” são tão eficientes e Todo-Poderosos, nas suas auto-outorgas planetárias, quanto o foi o Filho Criador e Filho Mestre, em Urântia. A terceira ordem, tendo a sua origem na Trindade, não é registrada em um universo local, mas eu estimo que, em Nebadon, haja entre quinze e vinte mil Filhos Instrutores da Trindade, à parte os 9 642 assistentes registrados, trinitarizados por criaturas. Esses Diainais do Paraíso não são nem magistrados nem administradores, eles são superinstrutores.

35:0:2 3842 Os tipos de Filhos a serem considerados neste documento têm a sua origem no universo local; são a progênie do Filho Criador do Paraíso, em enlaces variados com o seu complemento, a Ministra Divina, ou o Espírito Materno do Universo. As ordens de filiação do universo local que encontram menção nestas narrativas são:

3843 1. Os Filhos Melquisedeques.

3844 2. Os Filhos Vorondadeques.

3845 3. Os Filhos Lanonandeques.

3846 4. Os Filhos Portadores da Vida.

35:0:3 3847 A Deidade Trina do Paraíso funciona para a criação de três ordens de filiação: os Michaéis, os Avonais e os Diainais. No universo local, a Deidade dual, de Filho e Espírito, funciona do mesmo modo, na criação de três ordens elevadas de Filhos: os Melquisedeques, Vorondadeques e Lanonandeques; e, tendo realizado essa expressão tripla, ela colabora com o próximo nível de Deus, o Sétuplo, na produção da ordem versátil dos Portadores da Vida. Esses seres estão classificados junto com os Filhos descendentes de Deus, mas eles são, no universo, uma forma única e original de vida. O estudo deles ocupará, por inteiro, o próximo documento.

1. O PAI MELQUISEDEQUE


35:1:1 3848 Após trazer à existência os seres de ajuda pessoal, tais como o Brilhante Estrela Matutino e as outras personalidades administrativas, de acordo com o propósito divino e os planos criativos de um dado universo, ocorre uma nova forma de união criativa entre o Filho Criador e o Espírito Criativo, a Filha do Espírito Infinito no universo local. A progênie a surgir, como resultado dessa associação criadora, é a personalidade do Melquisedeque original – o Pai Melquisedeque –, aquele ser único que posteriormente colabora com o Filho Criador e o Espírito Criativo, para trazer à existência todo o grupo com esse nome.

35:1:2 3851 No universo de Nebadon, o Pai Melquisedeque atua como o primeiro aliado executivo do Brilhante Estrela Matutino. Gabriel ocupa-se mais com as políticas do universo, e Melquisedeque com os procedimentos práticos. Gabriel preside aos tribunais e aos conselhos regularmente constituídos de Nebadon, e Melquisedeque preside às comissões e aos corpos de aconselhamento especiais, extraordinários e de emergência. Gabriel e o Pai Melquisedeque nunca se afastam de Salvington ao mesmo tempo, pois, na ausência de Gabriel, o Pai Melquisedeque atua como o comandante executivo de Nebadon.

35:1:3 3852 Os Melquisedeques do nosso universo foram todos criados dentro de um período de um milênio, do tempo-padrão, pelo Filho Criador e pelo Espírito Criativo, em enlace com o Pai Melquisedeque. Sendo uma ordem de filiação na qual um dos seus próprios membros funcionou como um criador coordenado, os Melquisedeques são, pois, de constituição parcialmente auto-originária, sendo, portanto, candidatos à realização de um tipo superno de autogoverno. Eles elegem periodicamente o seu próprio dirigente administrativo por um mandato de sete anos do tempo padrão e, em outras circunstâncias, funcionam como uma ordem auto-regida, embora o Melquisedeque original tenha certas prerrogativas inerentes à co-paternidade. De tempos em tempos, este Pai Melquisedeque designa certos indivíduos da sua ordem para funcionar como Portadores da Vida especiais nos mundos midsonitas, um tipo de planeta habitado que até agora ainda não foi revelado para Urântia.

35:1:4 3853 Os Melquisedeques não atuam extensivamente fora do universo local, exceto quando são convocados como testemunhas, em questões pendentes, perante os tribunais do superuniverso; e quando são designados como embaixadores especiais, como o são algumas vezes, representando o seu universo junto a algum outro, dentro do mesmo superuniverso. O Melquisedeque original, ou o primogênito de cada universo, tem sempre a liberdade de viajar aos universos da vizinhança, ou ao Paraíso, em missões que têm a ver com os interesses e deveres da sua ordem.

2. THE MELCHIZEDEK SONS




35:2:1 3854 Os Melquisedeques são a primeira ordem de Filhos divinos a aproximar-se perto o bastante da vida da criatura inferior, a ponto de serem capazes de funcionar diretamente no ministério da elevação dos mortais e de servir às raças evolucionárias sem ter a necessidade de encarnar-se. Esses Filhos estão, naturalmente, no ponto médio da grande escala descendente das personalidades, encontrando-se, por origem, a meio caminho entre a mais alta Divindade e a mais baixa criatura viva, dotada de vontade. Eles tornam-se, assim, os intermediários naturais entre os níveis divinos mais elevados de existência vivente e as mais baixas formas de vida, a material mesmo, nos mundos evolucionários. As ordens seráficas, os anjos, deliciam-se em trabalhar com os Melquisedeques; de fato, todas as formas de vida inteligente têm, nesses Filhos, amigos compreensivos, mestres compassivos e conselheiros sábios.

35:2:2 3855 Os Melquisedeques são uma ordem autogovernada. Nesse grupo singular, encontramos a primeira tentativa de autodeterminação da parte dos seres do universo local e observamos o mais elevado tipo de autogoverno verdadeiro. Esses Filhos organizam o seu próprio mecanismo de administração para o seu próprio grupo e para o seu planeta-lar, bem como para as seis esferas interligadas e os seus mundos tributários. E deve ficar registrado que eles nunca abusaram das suas prerrogativas; nem por uma vez, em todo o superuniverso de Orvonton, esses Filhos Melquisedeques traíram a confiança neles depositada. Eles são a esperança de todos os grupos do universo que aspiram ao autogoverno; eles são o modelo e os professores do autogovernar para todas as esferas de Nebadon. Todas as ordens de seres inteligentes, os superiores acima e os subordinados abaixo, são sinceras nas suas louvações ao governo dos Melquisedeques.

35:2:3 3861 A ordem Melquisedeque de filiação ocupa a posição e assume a responsabilidade do filho mais velho em uma grande família. A maior parte do seu trabalho é regular e rotineira, de certa forma, mas, em grande parte, é voluntária e inteiramente auto-imposta. A maioria das assembléias especiais que se reúne em Salvington, de tempos em tempos, é convocada por moção dos Melquisedeques. Pela sua própria iniciativa, esses Filhos vigiam o seu universo nativo. Eles mantêm uma organização autônoma, devotada à informação sobre o universo, fazendo relatos periódicos ao Filho Criador, independentemente de todas as informações que possam vir até a sede central do universo, por meio das agências regulares que tratam de cuidar da administração de rotina do reino. Eles são, por natureza, observadores sem preconceitos; eles têm a confiança total de todas as classes de seres inteligentes.

35:2:4 3862 Os Melquisedeques funcionam como cortes itinerantes para a revisão e a assessoria aos reinos; esses Filhos do universo vão até os mundos, em pequenos grupos, para servir em comissões de aconselhamento, tomar depoimentos, receber sugestões e atuar como conselheiros, ajudando, assim, a vencer as maiores dificuldades e resolver as divergências mais sérias que surgem, de tempos em tempos, nos assuntos dos domínios evolucionários.

35:2:5 3863 Esses Filhos mais velhos de um universo são os principais assistentes do Brilhante Estrela Matutino, no cumprimento dos mandados do Filho Criador. Quando um Melquisedeque vai a um mundo remoto, em nome de Gabriel, ele pode, para os propósitos dessa missão em particular, ter poderes delegados a si, em nome daquele que o envia e, nessa ocasião, surgir, no planeta da sua missão, com a autoridade plena do Brilhante Estrela Matutino. E isso é verdadeiro, especialmente para aquelas esferas em que um Filho mais elevado ainda não haja aparecido, na semelhança das criaturas daquele reino.

35:2:6 3864 Quando um Filho Criador ingressa na carreira de auto-outorga, em um mundo evolucionário, ele vai sozinho; mas, quando um dos seus irmãos do Paraíso, um Filho Avonal, entra em uma auto-outorga, ele é acompanhado pelos Melquisedeques de apoio, em número de doze, que contribuem com imensa eficiência para o êxito da missão de auto-outorga. Eles também dão apoio aos Avonais do Paraíso nas missões magisteriais nos mundos habitados, e, nesses compromissos, os Melquisedeques são visíveis aos olhos dos mortais se o Filho Avonal estiver também manifestado assim.

35:2:7 3865 Não há nenhuma fase da necessidade espiritual planetária à qual eles não ministrem. Eles são os mestres que conquistam, muito freqüentemente, mundos inteiros de vida avançada, levando-os ao pleno reconhecimento do Filho Criador e do seu Pai no Paraíso.

35:2:8 3866 Os Melquisedeques são quase perfeitos em sabedoria, mas eles não são infalíveis no julgamento. Quando destacados e sozinhos, em missões planetárias, eles têm, algumas vezes, errado em questões menores, quer dizer, eles têm decidido fazer determinadas coisas que os seus supervisores não aprovaram posteriormente. Um erro assim de julgamento desqualifica temporariamente um Melquisedeque, até que ele vá a Salvington e, em audiência com o Filho Criador, receba aquela instrução que efetivamente o purga da desarmonia que causou o desacordo com os seus congêneres; e então, depois do repouso correcional, é reincorporado ao serviço, ao terceiro dia. Mas essas pequenas inadequações, na função de um Melquisedeque, têm ocorrido muito raramente em Nebadon.

35:2:9 3871 Esses Filhos não formam uma ordem que cresça; o seu número é estacionário, embora varie em cada universo local. O número de Melquisedeques em registro no planeta-sede central deles, em Nebadon, ultrapassa dez milhões.

3. OS MUNDOS MELQUISEDEQUES


35:3:1 3872 Os Melquisedeques ocupam um mundo que lhes é próprio, perto de Salvington, a sede central do universo. Esta esfera, que traz o nome de Melquisedeque, é o mundo-piloto do circuito de Salvington, de setenta esferas primárias, cada uma das quais tendo, à sua volta, seis esferas tributárias devotadas a atividades especializadas. Essas esferas maravilhosas – setenta primárias e 420 tributárias – são muito freqüentemente chamadas de Universidades Melquisedeques. Os mortais ascendentes de todas as constelações de Nebadon passam por aperfeiçoamentos, em todos os 490 mundos, para adquirirem o status de residência em Salvington. Mas a educação dos seres ascendentes é apenas uma fase das múltiplas atividades que têm lugar no conjunto das esferas arquitetônicas de Salvington.

35:3:2 3873 As 490 esferas, do circuito de Salvington, são divididas em dez grupos, cada um contendo sete esferas primárias e quarenta e duas tributárias. Cada um desses grupos está sob a supervisão geral de uma dentre as ordens maiores de vida do universo. O primeiro grupo, abrangendo o mundo-piloto e as próximas seis esferas primárias, na procissão planetária circundante, está sob a supervisão dos Melquisedeques. Esses mundos Melquisedeques são:

3874 1. O mundo-piloto – o mundo-lar dos Filhos Melquisedeques.

3875 2. O mundo das escolas de vida-física e dos laboratórios de energias vivas.

3876 3. O mundo da vida moroncial.

3877 4. A esfera da vida espiritual inicial.

3878 5. O mundo da vida espiritual intermediária.

3879 6. A esfera da vida espiritual já avançada.

38710 7. O mundo domínio da auto-realização coordenada e suprema.

35:3:3 38711 Os seis mundos tributários de cada uma dessas esferas Melquisedeques são devotados a atividades próprias do trabalho da esfera primária interligada.

35:3:4 38712 O mundo-piloto, a esfera Melquisedeque, é o ponto comum de reunião de todos os seres que estão envolvidos na educação e na espiritualização dos mortais ascendentes do tempo e do espaço. Para um ascendente, este é, provavelmente, o mundo mais interessante de todo o Nebadon. Todos os mortais evolucionários que se graduam em aperfeiçoamentos, nas suas constelações, estão destinados a aterrissar no mundo Melquisedeque; e, nele, são iniciados no regime das disciplinas e da progressão espiritual do sistema educacional de Salvington. E vós nunca vos esquecereis das vossas reações do primeiro dia de vida nesse mundo único, nem mesmo depois que houverdes alcançado o vosso destino no Paraíso.

35:3:5 38713 Os mortais ascendentes mantêm residência no mundo Melquisedeque, enquanto estão seguindo o seu aperfeiçoamento nos seis planetas circunvizinhos de educação especializada. E esse mesmo método é adotado em toda a sua estada nos setenta mundos culturais, as primeiras esferas do circuito de Salvington.

35:3:6 38714 Muitas atividades diversificadas ocupam o tempo dos inúmeros seres que residem nos seis mundos tributários da esfera Melquisedeque; mas, no que concerne aos mortais ascendentes, esses satélites são devotados às seguintes fases especiais de estudo:

35:3:7 3881 1. A esfera de número um ocupa-se da revisão da vida planetária inicial dos mortais ascendentes. Esse trabalho é feito em classes, compostas daqueles que provêm de um determinado mundo de origem mortal. Aqueles que são provenientes de Urântia fazem juntos essa revisão de experiências.

35:3:8 3882 2. O trabalho especial da esfera de número dois consiste em uma revisão semelhante à das experiências pelas quais se passou nos mundos das mansões circunvizinhas do primeiro satélite da sede central do sistema local.

35:3:9 3883 3. As revisões nessa esfera são pertinentes à permanência na capital do sistema local; e abrangem as atividades nos mundos arquitetônicos restantes do conjunto do sistema da sede central.

35:3:10 3884 4. A quarta esfera ocupa-se de uma revisão das experiências vividas nos setenta mundos tributários da constelação e nas esferas a eles interligadas.

35:3:11 3885 5. Na quinta esfera, é feita a revisão das estadas dos ascendentes no mundo-sede central da constelação.

35:3:12 3886 6. O tempo na esfera de número seis é devotado ao intento de correlacionar essas cinco épocas; e de efetuar a coordenação preparatória da experiência, para se entrar nas principais escolas Melquisedeques de instrução sobre o universo.

35:3:13 3887 As escolas de administração do universo e de sabedoria espiritual estão localizadas no mundo-lar Melquisedeque, onde também podem ser encontradas as escolas dedicadas a uma única linha de pesquisa, como a da energia, matéria, organização, comunicação, arquivos, ética e estudos comparativos das existências das criaturas.

35:3:14 3888 Na Faculdade Melquisedeque de Dotação Espiritual, todas as ordens de Filhos de Deus – mesmo as ordens do Paraíso – cooperam com os Melquisedeques e com os educadores seráficos no aperfeiçoamento das hostes enviadas como evangelizadoras do destino, e que proclamam a liberdade espiritual e a filiação divina até mesmo aos mundos remotos do universo. Essa escola especial da Universidade Melquisedeque é uma instituição exclusiva no universo, e nela os estudantes visitantes de outros reinos não são aceitos.

35:3:15 3889 O mais elevado curso de ensino de administração do universo é ministrado pelos Melquisedeques no seu mundo-lar. A essa Faculdade de Ética Superior preside o Pai Melquisedeque original. É para essas escolas que os vários universos enviam estudantes de intercâmbio. Embora o jovem universo de Nebadon esteja abaixo na escala dos universos, no que diz respeito ao alcance da realização espiritual e desenvolvimento ético elevado, os nossos problemas administrativos fizeram de todo o nosso universo algo como uma imensa clínica, da qual fazem uso as criações vizinhas; e de um modo tal que as Faculdades Melquisedeques ficam repletas de estudantes visitantes e de observadores de outros reinos. Além do grupo imenso de matrículas para os seres locais, há sempre mais de cem mil estudantes de fora aguardando para entrar nas Faculdades Melquisedeques; pois a ordem Melquisedeque de Nebadon é renomada em todo o Splandon.

4. SPECIAL WORK OF THE MELCHIZEDEKS




35:4:1 38810 Um ramo altamente especializado das atividades dos Melquisedeques tem a ver com a supervisão da carreira moroncial progressiva dos mortais ascendentes. Grande parte desse aperfeiçoamento é conduzida pelos sábios e pacientes ministros seráficos, assistidos pelos mortais que ascenderam até os níveis relativamente mais elevados da sua realização no universo; mas todo esse trabalho educacional fica sob a supervisão geral dos Melquisedeques, em conjunto com os Filhos Instrutores da Trindade.

35:4:2 3891 Embora as ordens Melquisedeques estejam principalmente dedicadas ao vastíssimo sistema educacional e ao regime de educação experiencial do universo local, elas atuam também nos compromissos singulares e sob circunstâncias inusitadas. Num universo em evolução que acabará abrangendo aproximadamente dez milhões de mundos habitados, muitas coisas fora do comum estão destinadas a acontecer; e é em tais emergências que os Melquisedeques atuam. Em Edêntia, a sede central da vossa constelação, eles são conhecidos como os Filhos das emergências. Eles estão sempre prontos para servir sob quaisquer exigências – físicas, intelectuais ou espirituais –, seja em um planeta, sistema, constelação ou no universo. Sempre, e em quaisquer circunstâncias em que uma ajuda especial se fizer necessária, vós encontrareis ali um ou mais Filhos Melquisedeques.

35:4:3 3892 Quando um aspecto do plano do Filho Criador é ameaçado de falhar, imediatamente, um Melquisedeque estará pronto para prestar a sua assistência. Raramente, todavia, são chamados a atuar diante de uma rebelião pecaminosa como a que ocorreu em Satânia.

35:4:4 3893 Os Melquisedeques são os primeiros a atuar em todas as emergências de qualquer natureza, em todos os mundos onde habitarem criaturas volitivas. Algumas vezes, eles atuam como custódios temporários, em planetas agitados, servindo como depositários de um governo planetário desviado. Numa crise planetária, esses Filhos Melquisedeques servem em muitas funções singulares. É facilmente possível a esses Filhos fazerem-se visíveis para os seres mortais, e algumas vezes um ser dessa ordem encarnou-se mesmo à semelhança da carne mortal. Por sete vezes, em Nebadon, um Melquisedeque serviu em um mundo evolucionário, na similaridade da carne mortal; e, em numerosas ocasiões, esses Filhos surgiram na semelhança de outras ordens de criaturas do universo. Eles são, de fato, os ministros versáteis e voluntários da emergência, para todas as ordens de inteligências do universo e para todos os mundos e sistemas de mundos.

35:4:5 3894 O Melquisedeque que viveu em Urântia durante a época de Abraão ficou conhecido localmente como o Príncipe de Salém, porque ele presidia a uma pequena colônia de buscadores da verdade residindo em um local chamado Salém. Ele fez-se voluntário para encarnar na semelhança da carne mortal; e assim o fez, com a aprovação dos administradores provisórios Melquisedeques do planeta, pois eles temiam que a luz da vida se extinguisse durante aquele período de escuridão espiritual crescente. E fomentou a verdade naqueles dias, transmitindo-a em segurança a Abraão e aos que estavam ligados a ele.

5. THE VORONDADEK SONS


35:5:1 3895 Após a criação dos ajudantes pessoais e do primeiro grupo de versáteis Melquisedeques, o Filho Criador e o Espírito Criativo do universo local planejaram e trouxeram à existência a segunda grande e diversa ordem de filiação do universo, a dos Vorondadeques. Mais geralmente, eles são conhecidos como os Pais da Constelação, porque um Filho dessa ordem é, invariavelmente, encontrado à frente do governo de cada constelação em todo o universo local.

35:5:2 3896 O número dos Vorondadeques varia com o universo local, sendo exatamente de um milhão o número registrado em Nebadon. Esses Filhos, como os seus pares, os Melquisedeques, não possuem poder de reprodução. Não existe nenhum método conhecido por meio do qual eles próprios possam aumentar o seu número.

35:5:3 3897 Sob muitos aspectos, esses Filhos são um corpo que se autogoverna; como indivíduos e como grupo, como um todo mesmo, eles são amplamente autodeterminados, do mesmo modo que os Melquisedeques o são; mas os Vorondadeques não funcionam em atividades tão variadas. Eles não se igualam aos seus irmãos Melquisedeques quanto ao brilho da versatilidade, no entanto eles são ainda mais confiáveis e eficientes como governantes, sendo administradores de grande visão. E não são também, exatamente, os pares administrativos dos seus subordinados, os Lanonandeques, Soberanos dos Sistemas; eles superam, sim, todas as ordens de filiação do universo, em estabilidade de propósito e em divindade de julgamento.

35:5:4 3901 Ainda que as decisões e os comandos dessa ordem de Filhos estejam sempre de acordo com o espírito da filiação divina e em harmonia com a política do Filho Criador, eles têm sido citados por erros para com o Filho Criador e, quanto aos detalhes técnicos, as suas decisões foram, algumas vezes, revogadas por meio de apelos aos tribunais superiores do universo. Mas esses Filhos raramente incorrem no erro e nunca se envolveram em rebeliões. Em toda a História de Nebadon, jamais se presenciou um Vorondadeque em desacato ao governo do universo.

35:5:5 3902 O serviço dos Vorondadeques nos universos locais é amplo e variado. Eles servem como embaixadores, para outros universos, e como cônsules, representando as constelações dentro do seu universo nativo. De todas as ordens de filiação do universo local, é àqueles dessa ordem que mais freqüentemente se confia a delegação plena dos poderes de soberano, para serem exercidos nas situações críticas do universo.

35:5:6 3903 Um observador Vorondadeque está presente, via de regra, naqueles mundos segregados e em escuridão espiritual, naquelas esferas submetidas ao isolamento planetário, por causa da rebelião e do erro; até a restauração do estado normal desse mundo. Em certas emergências, esse observador Altíssimo poderia exercer a autoridade absoluta e arbitrária sobre cada ser celeste designado para aquele planeta. Consta, nos anais de Salvington, que os Vorondadeques algumas vezes exerceram esse tipo de autoridade, como regentes Altíssimos de planetas. E isso tem sido verdade, também, mesmo para os mundos habitados que não foram atingidos pela rebelião.

35:5:7 3904 Geralmente, um corpo de doze ou mais Filhos Vorondadeques constitui uma alta corte de revisão e apelo, para os casos especiais envolvendo o status de um planeta ou sistema. Contudo, o trabalho deles é mais amplamente pertinente às funções legislativas inerentes aos governos das constelações. Como resultado de todos esses serviços, os Filhos Vorondadeques tornaram-se os historiadores dos universos locais; são pessoalmente conhecedores de todas as lutas políticas e turbulências sociais dos mundos habitados.

6. THE CONSTELLATION FATHERS




35:6:1 3905 Pelo menos três Vorondadeques são designados para o governo de cada uma das cem constelações de um universo local. Esses Filhos são selecionados pelo Filho Criador e são indicados por Gabriel como Altíssimos das constelações, para servirem durante um decamilênio – 10 000 anos padrão, cerca de 50 000 anos do tempo de Urântia. O Altíssimo que reina, o Pai da Constelação, tem dois colaboradores: um sênior e um júnior. A cada mudança da administração, o integrante sênior torna-se o líder do governo e o auxiliar júnior assume os deveres do sênior, enquanto os Vorondadeques residentes não compromissados nos mundos de Salvington indicam um, dentre eles, como candidato à seleção e para assumir as responsabilidades do colaborador júnior. Assim, cada um dos governantes Altíssimos, de acordo com essa política, tem um período de serviço nas sedes centrais de uma constelação por três decamilênios, cerca de 150 000 dos anos de Urântia.

35:6:2 3906 Os cem Pais da Constelação, os dirigentes reais dos governos das constelações, constituem o gabinete supremo de conselho do Filho Criador. Esse conselho reúne-se freqüentemente na sede central do universo e é ilimitado pelo escopo e pelo alcance das suas deliberações, mas volta-se principalmente para o bem-estar das constelações e para a unificação da administração de todo o universo local.

35:6:3 3911 Quando um Pai da Constelação estiver cumprindo deveres junto à sede central do universo, como freqüentemente acontece, o colaborador sênior assume a direção dos assuntos da constelação. A função normal desse colaborador sênior é a supervisão dos assuntos espirituais, enquanto o colaborador júnior ocupa-se pessoalmente do bem-estar físico da constelação. Nenhuma política maior, contudo, jamais é levada adiante em uma constelação, a menos que todos os três Altíssimos estejam de acordo em todos os detalhes da sua execução.

35:6:4 3912 Todo o mecanismo da informação espiritual e dos canais de comunicação está à disposição dos Altíssimos das constelações. Eles mantêm-se em perfeito contato com os seus superiores em Salvington e com os seus subordinados diretos, os soberanos dos sistemas locais. E freqüentemente se reúnem em conselho com os Soberanos dos Sistemas, para deliberar sobre o estado da constelação.

35:6:5 3913 Os Altíssimos cercam-se de um corpo de conselheiros, cujo contingente varia em número e pessoal, de tempos em tempos, de acordo com a presença de vários grupos na sede central da constelação, e também à medida que variam as necessidades locais. Durante um período de tensão extrema, eles podem solicitar Filhos adicionais da ordem Vorondadeque, para ajudá-los no trabalho de administração, e prontamente os receberão. No momento, Norlatiadeque, a vossa própria constelação, está sendo administrada por doze Filhos Vorondadeques.

7. THE VORONDADEK WORLDS


35:7:1 3914 O segundo grupo de sete mundos no circuito das setenta esferas primárias em volta de Salvington, compreende os planetas Vorondadeques. Cada uma dessas esferas, com os seus seis satélites circundantes, dedica-se a uma fase especial das atividades dos Vorondadeques. Nesses quarenta e nove reinos, os mortais ascendentes atingem o apogeu da sua educação sobre a legislação do universo.

35:7:2 3915 Os mortais ascendentes têm observado como funcionam as assembléias legislativas nos mundos-sede centrais das constelações; mas aqui, nesses mundos Vorondadeques, eles participam do estabelecimento promulgado, da legislação efetiva geral do universo local, sob a tutela dos Vorondadeques mais experientes. Esses estabelecimentos estão destinados a coordenar os vários pronunciamentos das assembléias legislativas autônomas das cem constelações. A instrução que se recebe nas escolas Vorondadeques não é ultrapassada nem mesmo em Uversa. Esse aperfeiçoamento é progressivo, estendendo-se desde a primeira esfera, com trabalhos suplementares nos seus seis satélites, até as seis esferas primárias remanescentes e seus grupos de satélites filiados.

35:7:3 3916 Os peregrinos ascendentes entrarão em contato com inúmeras atividades novas nesses mundos de estudo e de trabalhos práticos. Não somos proibidos de incumbir-nos da revelação dessas novas e inimagináveis buscas, mas não temos a esperança de sermos capazes de descrever esses empreendimentos para a mente material dos seres mortais. Não temos palavras com que comunicar os significados dessas atividades supernas; e não há atividades humanas análogas para serem usadas como ilustrações dessas novas ocupações dos mortais ascendentes que fazem os seus estudos nesses quarenta e nove mundos. E muitas outras atividades, não integrantes do regime ascendente, estão centralizadas nesses mundos Vorondadeques do circuito de Salvington.



8. THE LANONANDEK SONS


35:8:1 3921 Após a criação dos Vorondadeques, o Filho Criador e o Espírito Materno do Universo unem-se no propósito de trazer à existência a terceira ordem de filiação do universo, a dos Lanonandeques. Ainda que ocupados com várias das tarefas ligadas às administrações dos sistemas, esses Filhos são mais conhecidos como Soberanos dos Sistemas, os governantes dos sistemas locais, e como Príncipes planetários, os governantes da administração dos mundos habitados.

35:8:2 3922 Como a última e a mais baixa ordem de filiação na criação – no que concerne ao seu nível divino –, foi exigido desses seres que passassem, nos mundos Melquisedeques, por certos cursos de aperfeiçoamento na preparação para o serviço subseqüente. Sendo os primeiros estudantes na Universidade Melquisedeque, foram classificados e confirmados pelos seus mestres e examinadores Melquisedeques de acordo com a sua aptidão, a personalidade e o alcance das suas realizações.

35:8:3 3923 O universo de Nebadon começou a sua existência exatamente com doze milhões de Lanonandeques e, quando eles passaram pela esfera Melquisedeque, foram divididos, depois dos testes finais, em três classes:

35:8:4 3924 1. A dos Lanonandeques Primários. Na categoria mais alta, ficaram 709 841 Filhos. Estes são os Filhos designados como Soberanos dos Sistemas e assistentes dos conselhos supremos das constelações, ou como conselheiros no trabalho administrativo mais elevado do universo.

35:8:5 3925 2. A dos Lanonandeques Secundários. Desta ordem, saíram 10 234 601 da escola Melquisedeque. Foram designados como Príncipes Planetários e como reservas dessa ordem.

35:8:6 3926 3. A dos Lanonandeques Terciários. Deste grupo, constaram 1 055 558 Filhos. Estes Filhos funcionam como assistentes subordinados, mensageiros, custódios, encarregados, observadores; e cumprem os deveres variados de um sistema e dos seus mundos componentes.

35:8:7 3927 Não é possível a esses Filhos, como é para os seres evolucionários, progredir de um grupo para outro. Após haverem sido submetidos aos aperfeiçoamentos dos Melquisedeques e depois de testados e classificados, os Lanonandeques servem continuamente na categoria designada. E esses Filhos também não podem reproduzir-se; o seu número no universo é estacionário.

35:8:8 3928 Em números redondos, a ordem dos Filhos Lanonandeques é classificada em Salvington da seguinte maneira:

3929 Coordenadores do Universo e Conselheiros da Constelação. . 100 000

39210 Soberanos de Sistemas e Assistentes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 600 000

39211 Príncipes Planetários e Reservas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 000 000

39212 Corpo de Mensageiros. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 400 000

39213 Custódios e Registradores. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100 000

39214 Corpo de Reserva. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 800 000

35:8:9 39215 Como a ordem Lanonandeque é uma ordem de filiação um pouco mais baixa do que a Melquisedeque e a Vorondadeque, os Filhos Lanonandeques prestam um serviço maior nas unidades subordinadas do universo, pois eles são capazes de aproximar-se mais da criação inferior das raças inteligentes. Eles também correm grandes riscos de desviar-se, de sair da técnica aceitável de governo do universo. Todavia os Lanonandeques, especialmente os da ordem primária, são os mais capazes e versáteis de todos os administradores do universo local. Em habilidade executiva, eles podem ser superados apenas por Gabriel e os seus colaboradores não revelados.

9. OS GOVERNANTES LANONANDEQUES


35:9:1 3931 Os Lanonandeques são os governantes permanentes dos planetas e os soberanos rotativos dos sistemas. Um destes Filhos governa agora em Jerusém, a sede central do vosso sistema local de mundos habitados.

35:9:2 3932 Os Soberanos dos Sistemas governam em comissões de dois ou três, na sede central de cada sistema de mundos habitados. O Pai da Constelação nomeia um desses Lanonandeques como dirigente, a cada decamilênio. Algumas vezes, não é feita nenhuma mudança no comando do trio; sendo a questão inteiramente opcional para os governantes das constelações. Os governos dos sistemas não têm o seu pessoal substituído subitamente, a menos que ocorra alguma espécie de tragédia.

35:9:3 3933 Quando os Soberanos dos Sistemas ou os seus assistentes são revogados, os seus lugares são ocupados por uma seleção feita pelo conselho supremo, localizado na sede central da constelação, dentre os da reserva daquela ordem; e, em Edêntia, esse grupo de reserva é maior do que a média indicada.

35:9:4 3934 Os conselhos supremos dos Lanonandeques estão estacionados nas várias esferas-sede das constelações. A esse corpo preside o Altíssimo colaborador sênior do Pai da Constelação, enquanto o colaborador júnior supervisiona as reservas da ordem secundária.

35:9:5 3935 Os Soberanos dos Sistemas fazem jus ao seu nome; eles são quase como soberanos nos assuntos locais dos mundos habitados. E agem de forma quase paternal ao dirigir os Príncipes Planetários, os Filhos Materiais e os espíritos ministradores. O domínio pessoal do soberano é praticamente completo. Esses governantes não são supervisionados pelos observadores da Trindade, provenientes do universo central. Eles são a divisão executiva do universo local e, como custódios encarregados da promulgação dos mandados legislativos ou como executivos que aplicam os veredictos judiciais, eles representam o único escalão, em toda a administração do universo, no qual a deslealdade pessoal para com a vontade do Filho Michael poderia, fácil e prontamente, instalar-se e tratar de se afirmar.

35:9:6 3936 O nosso universo local tem sido desafortunado, pois mais de setecentos Filhos da ordem Lanonandeque rebelaram-se contra a direção do universo, precipitando, assim, a confusão em vários sistemas e em numerosos planetas. De todo esse número de fracassos, apenas três eram Soberanos de Sistemas; praticamente todos esses Filhos pertenciam à segunda e à terceira ordens, a dos Príncipes Planetários e a dos Lanonandeques terciários.

35:9:7 3937 Desses filhos, o elevado número que caiu do alto da sua integridade não indica nenhuma falha na sua criação. Eles poderiam ter sido criados divinamente perfeitos, mas foram feitos de um modo tal que pudessem melhor entender as criaturas evolucionárias, que vivem nos mundos do tempo e do espaço e, assim, aproximar-se mais delas.

35:9:8 3938 De todos os universos locais de Orvonton, exceção feita a Henselon, foi o nosso universo o que perdeu o maior número dessa ordem de Filhos. Em Uversa, é do consenso geral pensar que tivemos tanta complicação administrativa assim, em Nebadon, porque os nossos Filhos da ordem Lanonandeque foram criados com um grau muito alto de liberdade pessoal para escolher e planejar. Eu não faço essa observação como uma forma de crítica. O Criador do nosso universo tem plena autoridade e poder para fazer isso. É sustentado pelos nossos altos governantes que, mesmo que os Filhos com um tal livre-arbítrio possam causar problemas excessivos em idades iniciais do universo, quando as coisas afinal estiverem completamente sob controle e finalmente estabelecidas, os ganhos vindos de uma lealdade mais elevada e de um serviço mais voluntário, da parte daqueles Filhos profundamente testados, farão mais do que compensar a confusão e as atribulações dos primeiros tempos.

35:9:9 3941 No caso de rebelião na sede central de um sistema, um novo soberano é colocado, usualmente, em um espaço de tempo relativamente curto, mas não é assim nos planetas individuais. Eles são as unidades componentes da criação material, e o livre-arbítrio da criatura é um fator para o julgamento final de todos esses problemas. Os Príncipes Planetários sucessores são designados para os mundos isolados, os planetas cujos príncipes possam ter-se desviado em autoridade; mas eles não assumem o governo ativo de tais mundos até que os resultados da insurreição sejam parcialmente superados e removidos, pelas medidas reparadoras adotadas pelos Melquisedeques e pelas outras personalidades ministrantes. A rebelião, da parte de um Príncipe Planetário, instantaneamente isola o seu planeta; os circuitos espirituais locais são imediatamente cortados. Apenas um Filho de auto-outorga pode restabelecer as linhas interplanetárias de comunicação com um mundo espiritualmente isolado.

35:9:10 3942 Existe um plano para salvar esses Filhos Lanonandeques indóceis e pouco sábios; e muitos já se valeram desse aprovisionamento de misericórdia; eles, entretanto, nunca poderão de novo funcionar nas posições em que falharam. Após a reabilitação, eles são designados para tarefas de custódia e para os departamentos de administração física.

10. THE LANONANDEK WORLDS


35:10:1 3943 O terceiro grupo de sete mundos do circuito dos setenta planetas de Salvington, com os seus respectivos quarenta e dois satélites, constitui o grupo Lanonandeque de esferas administrativas. Nesses reinos, os Lanonandeques experientes, do corpo de ex-Soberanos de Sistemas, oficiam como mestres administradores dos peregrinos ascendentes e das hostes seráficas. Os mortais evolucionários observam os administradores dos sistemas trabalhando nas capitais dos sistemas, mas ali eles participam na coordenação factual dos pronunciamentos administrativos dos dez mil sistemas locais.

35:10:2 3944 Essas escolas administrativas do universo local são supervisionadas por um corpo de Filhos Lanonandeques que tiveram longa experiência como Soberanos de sistemas e como conselheiros de constelações. Esses colégios executivos são superados apenas pelas escolas administrativas de Ensa.

35:10:3 3945 Ao mesmo tempo em que servem de esferas de aperfeiçoamento para os mortais ascendentes, os mundos Lanonandeques são os centros de empreendimentos extensivos que têm a ver com as operações normais de rotina do universo. No caminho interno até o Paraíso, os peregrinos ascendentes prosseguem nos seus estudos, nas escolas práticas de conhecimento aplicado – o treino factual de realmente fazer as coisas que lhes estão sendo ensinadas. O sistema educacional do universo promovido pelos Melquisedeques é prático, progressivo, significativo e experimental. Abrange o aperfeiçoamento com as coisas materiais, intelectuais, moronciais e espirituais.

35:10:4 3946 Vinculadas a essas esferas administrativas dos Lanonandeques é que a maioria dos Filhos redimidos dessa ordem serve como custódios e diretores de assuntos planetários. E esses Príncipes Planetários faltosos e os que se associaram a eles, em rebelião, e que escolheram aceitar a reabilitação proposta, continuarão a servir nessas funções de rotina, pelo menos até que o universo de Nebadon esteja estabelecido em luz e vida.

35:10:5 3951 Muitos dos Filhos Lanonandeques, nos sistemas mais antigos, contudo, têm estabelecido registros magníficos de serviço, de administração e de realização espiritual. Eles são um grupo nobre, fiel e leal; não obstante a sua tendência de cair no erro dos sofismas da liberdade pessoal e das ficções de autodeterminação.

35:10:6 3952 [Auspiciado por um Comandante de Arcanjos, atuando por autoridade de Gabriel de Salvington.]

DOCUMENTO 36

OS PORTADORES DA VIDA
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A vida não se origina espontaneamente. A vida é construída de acordo com os planos formulados pelos Arquitetos do Ser (não revelados) e surge nos planetas habitados, seja por importação direta, seja como resultado das operações dos Portadores da Vida dos universos locais. Esses seres que portam a vida estão entre as mais interessantes e versáteis das diversas famílias de Filhos do universo. Eles são encarregados de elaborar a vida das criaturas e de levá-la às esferas planetárias. E depois de implantar a vida nesses novos mundos, permanecem neles, por períodos longos, para fomentar o seu desenvolvimento.

1. A ORIGEM E NATUREZA DOS PORTADORES DA VIDA


36:1:1 3962 Embora os Portadores da Vida pertençam à família de filiação divina, eles são um tipo peculiar e diferente de Filhos do universo, sendo o único grupo de vida inteligente, em um universo local, na criação dos quais participam os governantes do superuniverso. Os Portadores da Vida são a progênie de três personalidades preexistentes: o Filho Criador, o Espírito Materno do Universo e, por designação, um dos três Anciães dos Dias que presidem aos destinos do superuniverso envolvido. Esses Anciães dos Dias, os únicos que podem decretar a extinção da vida inteligente, participam da criação dos Portadores da Vida, aos quais é confiado o estabelecimento da vida física nos mundos em evolução.

36:1:2 3963 No universo de Nebadon, há o registro da criação de uma centena de milhões de Portadores da Vida. Esse eficiente corpo de disseminadores da vida não é um grupo que se autogoverna verdadeiramente. Eles são dirigidos pelo trio determinador da vida, que consiste em Gabriel, o Pai Melquisedeque e Nâmbia, o Portador da Vida original e primogênito de Nebadon. Em todas as fases da sua administração divisional, contudo, eles são autogovernados.

36:1:3 3964 Os Portadores da Vida são classificados em três grandes divisões. A primeira divisão é a dos Portadores da Vida mais experientes, a segunda, a dos assistentes, e a terceira, a dos custódios. A primeira divisão é subdividida em doze grupos de especialistas nas várias formas de manifestação da vida. Essa separação em três divisões foi efetivada pelos Melquisedeques, que conduziram os testes, com esses propósitos, nas esferas-sede dos Portadores da Vida. Os Melquisedeques, desde então, têm estado intimamente associados aos Portadores da Vida e sempre os acompanham quando eles saem para estabelecer a vida em um planeta novo.

36:1:4 3965 Quando um planeta evolucionário é finalmente estabelecido em luz e vida, os Portadores da Vida são organizados em corpos deliberativos mais elevados, com a função de aconselhamento, para ajudar na futura administração e desenvolvimento do mundo e dos seus seres glorificados. Nas idades posteriores e estabelecidas de um universo em evolução, a esses Portadores da Vida são confiados muitos deveres novos.

2. OS MUNDOS DOS PORTADORES DA VIDA


36:2:1 3971 Os Melquisedeques mantêm a supervisão geral do quarto grupo das sete esferas primárias do circuito de Salvington. Esses mundos dos Portadores da Vida são designados do modo seguinte:

3972 1. A sede-central dos Portadores da Vida.

3973 2. A esfera do planejamento da vida.

3974 3. A esfera da conservação da vida.

3975 4. A esfera da evolução da vida.

3976 5. A esfera da vida ligada à mente.

3977 6. A esfera da mente e do espírito nos seres vivos.

3978 7. A esfera da vida não revelada.

36:2:2 3979 Cada uma dessas esferas primárias é cercada por seis satélites, nos quais estão centradas as fases especiais de todas as atividades dos Portadores da Vida no universo.

36:2:3 39710 O Mundo Número Um é a esfera-sede que, junto com os seus seis satélites tributários, é devotada ao estudo da vida universal, a vida em todas as suas fases conhecidas de manifestação. Ali está localizado o colégio do planejamento da vida, onde funcionam os mestres e conselheiros de Uversa e de Havona, e mesmo os do Paraíso. E é-me permitido revelar que os sete posicionamentos centrais dos espíritos ajudantes da mente situam-se nesse mundo dos Portadores da Vida.

36:2:4 39711 O número dez – o sistema decimal – é inerente ao universo físico, mas não ao espiritual. O domínio da vida é caracterizado pelo três, o sete e o doze, ou pelos múltiplos e as combinações desses números básicos. Há três planos primordiais de vida, essencialmente diferentes, segundo a ordem das três Fontes e Centros do Paraíso, e, no universo de Nebadon, essas três formas básicas de vida estão separadas em três tipos diferentes de planetas. Havia, originalmente, doze conceitos distintos e divinos de vida transmissível. Esse número doze, com as suas subdivisões e múltiplos, perfaz todos os modelos básicos de vida, em todos os sete superuniversos. Há também sete tipos arquitetônicos de projetos de vida, arranjos fundamentais das configurações de reprodução da matéria viva. Os modelos de vida de Orvonton estão configurados por doze portadores de hereditariedade. As ordens diferentes de criaturas de vontade estão configuradas segundo os números 12, 24, 48, 96, 192, 384, e 768. Em Urântia, há quarenta e oito unidades de controle de modelos – determinadores das características – nas células sexuais da reprodução humana.

36:2:5 39712 O Mundo Número Dois é a esfera de projetos da vida; nele todos os novos modos de organização da vida são elaborados. Se bem que os projetos originais de vida sejam providos pelo Filho Criador, o desenvolvimento efetivo desses planos é confiado aos Portadores da Vida e aos seus colaboradores. Quando os planos gerais da vida para um novo mundo são formulados, eles são transmitidos às esferas-sede, onde são minuciosamente estudados pelo conselho supremo dos Portadores da Vida mais experientes, em colaboração com um corpo de Melquisedeques consultores. Ainda que os planos partam de fórmulas previamente aceitas, é necessário que sejam passados ao Filho Criador e sejam endossados por ele. O dirigente dos Melquisedeques, freqüentemente, representa o Filho Criador nessas deliberações.

36:2:6 39713 As vidas planetárias, portanto, ainda que semelhantes, sob alguns pontos de vista, são diferentes de várias maneiras em cada mundo evolucionário. Mesmo em uma série uniforme de vida, em uma única família de mundos, a vida não é exatamente a mesma em dois planetas quaisquer; há sempre um tipo planetário, pois os Portadores da Vida trabalham constantemente em um esforço de aperfeiçoar as fórmulas vitais que são confiadas à sua guarda.

36:2:7 3981 Há mais de um milhão de fórmulas químicas fundamentais, ou cósmicas, que constituem os modelos parentais e as inúmeras variações funcionais básicas das manifestações de vida. O satélite de número um da esfera de planejamento da vida é o reino dos físicos e dos eletroquímicos do universo, que servem como assistentes técnicos dos Portadores da Vida, no trabalho de captar, organizar e manipular as unidades essenciais de energia empregadas na elaboração dos veículos materiais para a transmissão da vida, o chamado plasma germinador.

36:2:8 3982 Os laboratórios planetários de planejamento da vida estão situados no segundo satélite desse mundo, o de número dois. Nesses laboratórios, os Portadores da Vida, e todos os seus parceiros, colaboram com os Melquisedeques no esforço de modificar e possivelmente aperfeiçoar a vida projetada, para a implantação nos planetas decimais de Nebadon. A vida, que agora evolui em Urântia, foi planejada e parcialmente elaborada nesse mesmo mundo, pois Urântia é um planeta decimal, um mundo experimental de vida. Num mundo, em cada dez, é permitida uma variação maior, em relação ao projeto modelo de vida, do que nos outros mundos (os não experimentais).

36:2:9 3983 O Mundo Número Três é devotado à conservação da vida. Nele, vários modos de proteção e preservação da vida são estudados e desenvolvidos pelos assistentes e custódios do corpo dos Portadores da Vida. Os planos de vida, para cada mundo novo, sempre providenciam o estabelecimento, logo de início, da comissão de conservação da vida, que consiste em custódios especialistas na manipulação especializada dos modelos básicos da vida. Em Urântia, vinte e quatro desses custódios ficaram encarregados de missões, dois para cada modelo fundamental ou parental da organização arquitetônica do material da vida. Em planetas como o vosso, a forma de vida mais elevada é reproduzida por um feixe portador de vida que possui vinte e quatro unidades modelo. (E já que a vida intelectual se desenvolve a partir dos fundamentos da vida física, e neles baseia-se, assim, vêm à existência as vinte e quatro ordens básicas de organização psíquica. )

36:2:10 3984 A Esfera Número Quatro e os seus satélites tributários são devotados ao estudo da evolução da vida da criatura em geral e aos antecedentes evolucionários de qualquer nível de vida em particular. O plasma original da vida de um mundo evolucionário deve conter o potencial pleno para todas as variações futuras de desenvolvimento e para todas as modificações e mudanças evolucionárias subseqüentes. O provisionamento para esses projetos de metamorfose da vida, em longo alcance, pode requerer o aparecimento de muitas formas, aparentemente inúteis, de vida animal e vegetal. Esses subprodutos da evolução planetária, previstos ou imprevistos, surgem em um estágio de ação para apenas desaparecer; pois, no decorrer e ao longo de todo esse extenso processo, tem continuidade a trama da formulação sábia e inteligente dos elaboradores originais do plano da vida planetária e do esquema das espécies. Os múltiplos subprodutos da evolução biológica são todos essenciais à função plena e final das formas de vida de inteligência mais elevada, não obstante possa prevalecer, temporariamente, uma grande desarmonia exterior na longa luta de ascensão das criaturas mais elevadas para adquirir a mestria das formas inferiores de vida; e muitas destas são, algumas vezes, opostas à paz e ao conforto das criaturas em evolução dotadas de vontade.

36:2:11 3985 O Mundo Número Cinco ocupa-se totalmente com a vida associada à mente. Cada um dos seus satélites é devotado ao estudo de uma única fase da mente da criatura, correlacionada com a vida da criatura. A mente, tal como a compreende o homem, é uma dotação dos sete espíritos ajudantes da mente, sobreposta aos níveis não ensináveis ou mecânicos da mente, feita pelas agências do Espírito Infinito. Os modelos de vida reagem de formas variáveis a esses ajudantes e às diferentes ministrações espirituais que operam em todos os universos do tempo e do espaço. A capacidade das criaturas materiais de reagir espiritualmente depende por completo da dotação associada de mente, a qual, por sua vez, orientou o curso da evolução biológica dessas mesmas criaturas mortais.

36:2:12 3991 O Mundo de Número Seis dedica-se à correlação da mente com o espírito, do modo como eles encontram-se associados às formas vivas e aos organismos. Esse mundo e os seus seis satélites tributários abrangem as escolas de coordenação das criaturas, nas quais os mestres, tanto do universo central quanto do superuniverso, colaboram com os instrutores de Nebadon na apresentação dos níveis mais elevados de alcance da criatura no tempo e no espaço.

36:2:13 3992 A Sétima Esfera dos Portadores da Vida dedica-se aos domínios não revelados da vida da criatura evolucionária, no que ela se relaciona à filosofia cósmica da factualização expansiva do Ser Supremo.

3. O TRANSPLANTE DA VIDA


36:3:1 3993 A vida não aparece espontaneamente nos universos; os Portadores da Vida devem iniciá-la nos planetas até então estéreis. Eles são os portadores, disseminadores e guardiães da vida como esta surge nos mundos evolucionários do espaço. Toda a vida das ordens e das formas conhecidas em Urântia surge com esses Filhos, se bem que nem todas as formas de vida planetária existam em Urântia.

36:3:2 3994 O corpo de Portadores da Vida, designado para implantar a vida em um novo mundo, consiste, usualmente, em uma centena de portadores mais experientes, cem assistentes e mil custódios. Os Portadores da Vida freqüentemente levam o plasma real da vida para um novo mundo, mas nem sempre. Algumas vezes, eles organizam os modelos de vida depois de chegarem ao planeta de designação, de acordo com fórmulas previamente aprovadas para uma nova aventura de estabelecimento da vida. Essa foi a origem da vida planetária de Urântia.

36:3:3 3995 Uma vez providos os modelos físicos, de acordo com as fórmulas aprovadas, então, os Portadores da Vida catalisam esse material sem vida, comunicando-lhe, por meio das suas pessoas, a centelha da vida do espírito; e daí em diante o modelo inerte torna-se matéria viva.

36:3:4 3996 A centelha vital – o mistério da vida – é conferida por intermédio dos Portadores da Vida, não por eles. Eles, na verdade, supervisionam essas operações, formulam o próprio plasma da vida, mas é o Espírito Materno do Universo que provê o fator essencial do plasma da vida. Da Filha Criativa do Espírito Infinito vem aquela centelha de energia que anima o corpo e que é o presságio da mente.

36:3:5 3997 Na outorga da vida, os Portadores da Vida não transmitem nada das suas naturezas pessoais, nem mesmo nas esferas em que novas ordens de vida são projetadas. Nessas ocasiões, eles simplesmente iniciam e transmitem a centelha da vida, começam as revoluções necessárias à matéria, de acordo com as especificações físicas, químicas e elétricas dos planos e dos modelos determinados. Os Portadores da Vida são presenças vivas catalíticas que agitam, organizam e vitalizam os elementos, até então inertes, da ordem material de existência.

36:3:6 4001 Aos Portadores da Vida de um corpo planetário é dado um certo período para estabelecer a vida em um mundo novo, aproximadamente meio milhão de anos do tempo daquele planeta. Ao final desse período, indicado por um certo alcance no desenvolvimento da vida planetária, eles cessam os esforços de implantação e nada podem acrescentar de novo ou de suplementar, subseqüentemente, à vida daquele planeta.

36:3:7 4002 Durante as idades que se interpõem entre o estabelecimento da vida e o surgimento das criaturas humanas de status moral, aos Portadores da Vida é permitido manipular o ambiente da vida e, de outras maneiras, direcionar favoravelmente o curso da evolução biológica. E eles fazem isso durante longos períodos de tempo.

36:3:8 4003 Uma vez que os Portadores da Vida que operam em um mundo novo tenham tido êxito na produção de um ser com vontade, com os poderes de decisão moral e escolha espiritual, então, nesse ponto, a sua tarefa termina – eles completaram a sua obra e não podem mais manipular a evolução da vida. Desse ponto em diante, a evolução das coisas vivas deve continuar de acordo com o dom da natureza inerente e das tendências que já hajam sido conferidas a elas e estabelecidas nas fórmulas e modelos da vida planetária. Aos Portadores da Vida não é permitido experimentar ou interferir na vontade; a eles não é permitido dominar ou arbitrariamente influenciar as criaturas morais.

36:3:9 4004 Com a chegada de um Príncipe Planetário, eles preparam-se para partir, embora dois dos portadores mais experientes e doze custódios possam apresentar-se como voluntários, fazendo votos de renúncia temporária, a fim de permanecerem indefinidamente no planeta como conselheiros para as questões do desenvolvimento posterior e a conservação do plasma da vida. Dois desses Filhos e seus doze colaboradores estão agora servindo em Urântia.

4. OS PORTADORES MELQUISEDEQUES DA VIDA


36:4:1 4005 Em cada um dos sistemas locais de mundos habitados em Nebadon, há uma única esfera em que os Melquisedeques têm funcionado como portadores da vida. Essas moradas são conhecidas como os mundos midsonitas do sistema, e, em cada um desses mundos, um Filho Melquisedeque, materialmente modificado, acasalou-se com uma Filha escolhida da ordem material de filiação. As Mães-Evas desses mundos midsonitas são enviadas do centro-sede do sistema da jurisdição, tendo sido escolhidas pelo portador da vida Melquisedeque designado, dentre as inúmeras voluntárias que responderam ao chamado do Soberano do Sistema dirigido às Filhas Materiais da sua esfera.

36:4:2 4006 A progênie de um portador Melquisedeque da vida e de uma Filha Material é conhecida como midsonitas. O pai Melquisedeque dessa raça de criaturas supernas finalmente deixa o planeta da sua função única de vida, e a Mãe-Eva dessa ordem especial de seres do universo também parte, quando do aparecimento da sétima geração da sua progênie planetária. A direção desse mundo então passa para o seu filho mais velho.

36:4:3 4007 As criaturas midsonitas vivem e funcionam como seres reprodutores nos seus magníficos mundos até que cheguem aos mil anos-padrão; quando então são transladadas por transporte seráfico. Os midsonitas são seres que não se reproduzem mais, daí em diante, porque a técnica de desmaterialização, pela qual eles passam, na sua preparação para enserafinar-se, priva-os, para sempre, das prerrogativas de reprodução.

36:4:4 4008 O status atual desses seres dificilmente pode ser qualificado, como mortal ou como imortal, eles nem podem ser definitivamente classificados como humanos, ou como divinos. Essas criaturas não são resididas por Ajustadores e, portanto, dificilmente seriam imortais. Mas elas também não parecem ser mortais; nenhum midsonita alguma vez experienciou a morte. Todos os midsonitas nascidos em Nebadon até hoje estão vivos, funcionando nos seus mundos de nascimento, em alguma esfera intermediária, ou na esfera midsonita de Salvington, nos grupos de mundos dos finalitores.

36:4:5 4011 Os Mundos dos Finalitores de Salvington. Os portadores Melquisedeques da vida, bem como as Mães-Evas agregadas, partem das esferas midsonitas do sistema em direção aos mundos dos finalitores do circuito de Salvington, onde a sua progênie também está destinada a se reunir.

36:4:6 4012 Com relação a isso, deve ser explicado que o quinto grupo dos sete mundos primários, nos circuitos de Salvington, são os mundos dos finalitores de Nebadon. Os filhos dos portadores Melquisedeques da vida e das Filhas Materiais são domiciliados no sétimo mundo dos finalitores, a esfera midsonita de Salvington.

36:4:7 4013 Os satélites dos sete mundos primários dos finalitores são o ponto de encontro das personalidades do superuniverso e do universo central, e podem estar cumprindo missões em Nebadon. Embora os mortais ascendentes transitem livremente em todos os mundos culturais e esferas de aperfeiçoamento dos 490 mundos que compreendem a Universidade Melquisedeque, há certas escolas especiais, e inúmeras zonas de restrição, nas quais eles não têm permissão de entrar. Isto é verdadeiro especialmente com relação às quarenta e nove esferas sob a jurisdição dos finalitores.

36:4:8 4014 O propósito das criaturas midsonitas não é conhecido no momento, mas aparentemente essas personalidades estão-se reunindo no sétimo mundo dos finalitores, em preparação para alguma eventualidade futura na evolução do universo. As nossas indagações a respeito das raças midsonitas sempre são referidas aos finalitores, e estes sem cessar recusam-se a discutir o destino dos seus pupilos. Independentemente da nossa incerteza quanto ao futuro dos midsonitas, sabemos que todos os universos locais de Orvonton abrigam um corpo, em acumulação crescente, desses seres misteriosos. É crença dos portadores Melquisedeques da vida que os seus filhos midsonitas sejam dotados, por Deus, o Último, com o espírito transcendental e eterno da absonitude.

5. OS SETE ESPÍRITOS AJUDANTES DA MENTE


36:5:1 4015 É a presença dos sete espíritos ajudantes da mente, nos mundos primitivos, que condiciona o curso da evolução orgânica; isso explica por que a evolução é proposital e não acidental. Estes ajudantes representam aquela função de ministração da mente feita pelo Espírito Infinito, que se estende às ordens mais baixas de vida inteligente por meio das operações do Espírito Materno de um Universo local. Estes ajudantes são uma progênie do Espírito Materno do Universo e constituem a sua ministração pessoal às mentes materiais dos reinos. Quaisquer que sejam o local e o tempo em que essa mente se manifeste, ali, esses espíritos estarão funcionando de modos diversos.

36:5:2 4016 Os sete espíritos ajudantes da mente são chamados por nomes equivalentes às designações seguintes: intuição, compreensão, coragem, conhecimento, conselho, adoração e sabedoria. Esses espíritos-mente fazem sentir a sua influência em todos os mundos habitados como um impulso diferencial, cada um buscando a capacidade de receptividade para a sua manifestação, em graus distintos e à parte daquilo que os seus companheiros possam encontrar em termos de receptividade e de oportunidade de atuação.

36:5:3 4017 As posições centrais dos espíritos ajudantes, nos mundos-sede dos Portadores da Vida, indicam a esses supervisores o alcance e a qualidade da função da mente de tais ajudantes, em qualquer mundo e em qualquer organismo vivo de status intelectual. Essas colocações de mente-vida são indicadoras perfeitas da função da mente viva, para os primeiros cinco ajudantes. Todavia, com respeito ao sexto e ao sétimo espíritos ajudantes – o da adoração e o da sabedoria –, essas posições centrais registram apenas uma função qualitativa. A atividade quantitativa do ajudante da adoração e do ajudante da sabedoria ficam registradas na presença imediata da Ministra Divina em Salvington, sendo uma experiência pessoal do Espírito Materno do Universo.

36:5:4 4021 Os sete espíritos ajudantes da mente sempre acompanham os Portadores da Vida a um novo planeta, mas eles não devem ser encarados como entidades; eles são mais semelhantes a circuitos. Os espíritos desses sete ajudantes do universo não funcionam como personalidades separadas da presença da Ministra Divina no universo; eles são, de fato, um nível de consciência da Ministra Divina, e estão sempre subordinados à ação e presença da sua mãe criativa.

36:5:5 4022 Faltam-nos as palavras adequadas para melhor definir esses sete espíritos ajudantes da mente. Eles são os ministros para os níveis mais baixos da mente experiencial e podem ser descritos, na seqüência das realizações evolucionárias, do modo seguinte:

36:5:6 4023 1. O espírito da intuição – a percepção rápida, os instintos físicos primitivos e os reflexos inerentes, o dom da direção e outros dons autopreservadores ativos de todas as criações possuidoras de mente; o único dos ajudantes a funcionar tão amplamente nas ordens mais baixas da vida animal e o único a fazer um contato funcional amplo com os níveis não ensináveis da mente mecânica.

36:5:7 4024 2. O espírito da compreensão – o impulso da coordenação, a associação de idéias espontânea e aparentemente automática. Essa é a dádiva da coordenação do conhecimento adquirido, o fenômeno do raciocínio rápido, do julgamento rápido e da decisão pronta.

36:5:8 4025 3. O espírito da coragem – o dom da fidelidade – nos seres pessoais, a base da aquisição do caráter e a raiz intelectual da fibra moral e da bravura espiritual. Quando iluminado pelos fatos e inspirado pela verdade, isso se torna o segredo do impulso da ascensão evolucionária pelos canais do autodirecionamento inteligente e consciente.

36:5:9 4026 4. O espírito do conhecimento – a curiosidade – a mãe da aventura e da descoberta, o espírito científico; o guia e o colaborador fiel dos espíritos da coragem e do conselho; o impulso de direcionar os dons da coragem para os caminhos úteis e progressivos do crescimento.

36:5:10 4027 5. O espírito do conselho – o impulso social, o dom da cooperação com a espécie; a capacidade das criaturas volitivas de harmonizar com os seus companheiros; a origem do instinto gregário entre as criaturas inferiores.

36:5:11 4028 6. O espírito da adoração – o impulso religioso, o primeiro anseio diferencial a separar as criaturas dotadas de mente em duas classes básicas de existência mortal. O espírito da adoração distingue, para sempre, o animal, ao qual está associado, das criaturas sem alma, no entanto com dotação mental. A adoração é a insígnia da candidatura à ascensão espiritual.

36:5:12 4029 7. O espírito da sabedoria – a tendência inerente de todas as criaturas morais para o avanço evolucionário ordenado e progressivo. Este é o mais elevado dos ajudantes, o espírito coordenador e articulador do trabalho de todos os outros. Este espírito é o segredo daquele impulso inato das criaturas de mente, o qual inicia e mantém o programa prático e efetivo da escala ascendente da existência; aquela dádiva das coisas vivas que responde pela sua capacidade inexplicável de sobreviver e, na sobrevivência, de utilizar a coordenação de toda a sua experiência passada e das oportunidades presentes para a aquisição da totalidade, em tudo o que todos os outros seis ministros mentais possam mobilizar na mente do organismo em questão. A sabedoria é o apogeu da atuação intelectual. A sabedoria é a meta de uma existência puramente mental e moral.

36:5:13 4031 Os espíritos ajudantes da mente crescem pela experiência, no entanto nunca se tornam pessoais. Eles evoluem em função, e as funções dos primeiros cinco nas ordens animais são, em uma certa medida, essenciais para que todos os sete funcionem no intelecto humano. Essa relação com os animais faz com que os ajudantes sejam mais eficazes na prática como mente humana; assim, os animais são, de uma certa forma, indispensáveis à evolução intelectual do homem, bem como à sua evolução física.

36:5:14 4032 Esses ajudantes da mente de um Espírito Materno do universo local estão relacionados à vida da criatura com status de inteligência, de uma maneira análoga à ligação que os centros de potência e os controladores físicos têm com as forças não viventes do universo. Eles prestam um serviço inestimável aos circuitos da mente nos mundos habitados e são colaboradores eficazes dos Mestres Controladores Físicos, que também servem como controladores e diretores dos níveis pré-ajudantes da mente, os níveis mentais não ensináveis ou mecânicos.

36:5:15 4033 A mente viva, antes do aparecimento da capacidade de aprender pela experiência, é domínio da ministração dos Mestres Controladores Físicos. A mente da criatura, antes de adquirir a capacidade de reconhecer a divindade e de adorar a Deidade, é domínio exclusivo dos espíritos ajudantes. Com o surgimento da sensibilidade espiritual, no intelecto da criatura, essas mentes criadas imediatamente tornam-se supramentais, sendo instantaneamente incorporadas ao circuito dos ciclos espirituais do Espírito Materno do universo local.

36:5:16 4034 Os espíritos ajudantes da mente não estão relacionados de nenhum modo diretamente à função diversificada e altamente espiritual do espírito da presença pessoal da Ministra Divina, o Espírito Santo dos mundos habitados; mas eles são antecedentes funcionais e preparatórios para o surgimento desse mesmo espírito no homem evolucionário. Os ajudantes proporcionam ao Espírito Materno do Universo um contato variado com as criaturas materiais viventes de um universo local, e um controle sobre elas; contudo, quando atuam nos níveis da pré-personalidade, eles não têm repercussão no Ser Supremo.

36:5:17 4035 A mente não espiritual ou é uma manifestação da energia do espírito ou um fenômeno de energia física. Mesmo a mente humana, mente pessoal, não tem qualidades de sobrevivência fora da identificação com o espírito. A mente é uma outorga da divindade, mas não é imortal quando funciona sem o discernimento espiritual interno e quando é desprovida da capacidade de adorar e de aspirar à sobrevivência.

6. AS FORÇAS VIVAS


36:6:1 4036 A vida é tanto mecânica quanto vital – material e espiritualmente. Os físicos e os químicos de Urântia progredirão constantemente no seu entendimento das formas protoplasmáticas da vida vegetal e animal, mas nunca se tornarão capazes de produzir organismos vivos. A vida é algo diferente de todas as manifestações de energia; mesmo a vida material das criaturas físicas não é inerente à matéria.

36:6:2 4037 As coisas materiais podem desfrutar de uma existência independente, mas a vida brota apenas da vida. A mente só pode ser derivada da mente preexistente. O espírito tem origem apenas em ancestrais espirituais. A criatura pode produzir as formas da vida, mas só uma personalidade criadora, ou uma força criativa, pode proporcionar a centelha ativadora da vida.

36:6:3 4041 Os Portadores da Vida podem organizar as formas materiais, ou os modelos físicos para os seres vivos, mas o Espírito provê a centelha inicial da vida e outorga o dom da mente. Mesmo as formas vivas da vida experimental, que os Portadores da Vida organizam nos seus mundos, em Salvington, são sempre desprovidas de poderes de reprodução. Quando as fórmulas da vida e os modelos vitais estão corretamente reunidos, e organizados adequadamente, a presença de um Portador da Vida é suficiente para iniciar a vida, mas todos esses organismos vivos carecem de dois atributos essenciais – o dom da mente e os poderes da reprodução. A mente animal e a mente humana são dádivas do Espírito Materno do universo local, funcionando por meio dos sete espíritos ajudantes da mente, ao passo que a capacidade que a criatura tem de reproduzir é uma dádiva, pessoal e específica, do Espírito do Universo, ao plasma ancestral da vida inaugurado pelos Portadores da Vida.

36:6:4 4042 Uma vez que os Portadores da Vida hajam elaborado os modelos da vida, após haverem organizado os sistemas de energia, deve ocorrer um fenômeno complementar; o “sopro da vida” deve ser comunicado a essas formas sem vida. Os Filhos de Deus podem construir as formas da vida, mas é o Espírito de Deus quem realmente contribui com a centelha vital. E quando a vida assim transmitida é consumida, então de novo o corpo material remanescente torna-se matéria morta. Quando a vida outorgada se exaure, o corpo retorna para o seio do universo material, do qual foi tomado emprestado pelos Portadores da Vida, para servir como um veículo transitório àquela dotação de vida que haviam transmitido a tal associação visível de matéria-energia.

36:6:5 4043 A vida conferida às plantas e aos animais, pelos Portadores da Vida, não retorna para os Portadores da Vida, quando da morte da planta ou do animal. A vida que abandona uma coisa viva não possui nem identidade, nem personalidade; ela não sobrevive individualmente à morte. Durante a sua existência, e no tempo da sua permanência no corpo de matéria, ela passou por uma mudança; ela passou por uma evolução de energia e sobrevive apenas como uma parte das forças cósmicas do universo; não sobrevive como vida individual. A sobrevivência das criaturas mortais é totalmente baseada na evolução de uma alma imortal dentro da mente mortal.

36:6:6 4044 Falamos da vida como “energia” e como “força”, mas realmente ela não é nem uma nem a outra. A energia-força é sensível de modo variável à gravidade; a vida não o é. O modelo original também não é sensível à gravidade, sendo uma configuração de energias que já perfez todas as suas obrigações de resposta à gravidade. A vida, como tal, constitui a animação de um sistema de energias – material, mental ou espiritual – segundo algum modelo configurado, ou de algum outro modo selecionado.

36:6:7 4045 Há algumas coisas ligadas à elaboração da vida nos planetas evolucionários que não estão de todo claras para nós. Compreendemos plenamente a organização física das fórmulas eletroquímicas dos Portadores da Vida, mas não compreendemos totalmente a natureza e a fonte da centelha de ativação da vida. Sabemos que a vida flui do Pai através do Filho e pelo Espírito. É mais do que possível que os Espíritos Mestres sejam o canal sétuplo do rio da vida que é vertido sobre toda a criação. Porém, não compreendemos a técnica pela qual o Espírito Mestre supervisor participa do episódio inicial de outorga da vida em um planeta novo. Acreditamos que os Anciães dos Dias também tenham algum papel nessa inauguração da vida em um novo mundo, mas somos totalmente ignorantes sobre a natureza desse papel. Sabemos que o Espírito Materno do Universo, de fato, vitaliza os modelos sem vida e concede a esses plasmas ativados as prerrogativas da reprodução dos organismos. Observamos que três são os níveis de Deus, o Sétuplo, algumas vezes designados como os Criadores Supremos do tempo e do espaço, mas, fora disso, sabemos pouco mais do que os mortais de Urântia – simplesmente que a concepção é inerente ao Pai; a expressão, ao Filho; e a realização da vida, ao Espírito.

36:6:8 4051 [Ditado por um Filho Vorondadeque estacionado em Urântia, como um observador; e atuando nessa função a pedido do Dirigente Melquisedeque do Corpo de Supervisão da Revelação.]

DOCUMENTO 37

AS PERSONALIDADES DO UNIVERSO LOCAL
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À frente de todas as personalidades de Nebadon, está o Filho Criador e Mestre, Michael, o pai do universo e o seu soberano. Coordenada em divindade, e complementar pelos seus atributos criativos, está a Ministra Divina de Salvington, Espírito Materno do universo local. E esses criadores são, em um sentido muito literal, o Pai-Filho e a Mãe-Espírito de todas as criaturas nativas de Nebadon.

37:0:2 4062 Os documentos precedentes trataram das ordens criadas de filiação; as narrativas seguintes retratarão os espíritos que ministram e as ordens ascendentes de filiação. O presente documento ocupa-se, principalmente, de um grupo intermediário, o dos Ajudantes do Universo, mas faz também uma breve consideração sobre alguns dentre os espíritos mais elevados estacionados em Nebadon e sobre algumas das ordens de cidadania permanente no universo local.

1. OS AJUDANTES DO UNIVERSO


37:1:1 4063 Muitas, dentre as ordens singulares, geralmente agrupadas nessa categoria, não são reveladas, mas, do modo como tudo é apresentado nestes documentos, os Ajudantes do Universo incluem as sete ordens seguintes:

4064 1. Brilhantes Estrelas Matutinas.

4065 2. Brilhantes Estrelas Vespertinos.

4066 3. Arcanjos.

4067 4. Assistentes Mais Elevados.

4068 5. Altos Comissários.

4069 6. Supervisores Celestes.

40610 7. Educadores dos Mundos das Mansões.

37:1:2 40611 Da primeira ordem de Ajudantes do Universo, a dos Brilhantes Estrelas Matutinas, só há um ser em cada universo local, e ele é o primogênito entre todas as criaturas nativas de um universo local. O Brilhante Estrela Matutino do nosso universo é conhecido como Gabriel de Salvington. Ele é o comandante executivo de todo o Nebadon, atuando como representante pessoal do Filho Soberano e como porta-voz da sua consorte criativa.

37:1:3 40612 Durante os primeiros tempos de Nebadon, Gabriel trabalhou completamente sozinho com Michael e o Espírito Criativo. À medida que o universo cresceu e os problemas administrativos multiplicaram-se, ele foi provido com um quadro pessoal de assistentes não revelados e, finalmente, esse grupo cresceu com a criação do corpo dos Estrelas Vespertinos de Nebadon.

2. OS BRILHANTES ESTRELAS VESPERTINOS


37:2:1 4071 Estas brilhantes criaturas foram projetadas pelos Melquisedeques, tendo sido, então, trazidas à existência pelo Filho Criador e pelo Espírito Criativo. Eles servem em muitas funções; mas, principalmente, como oficiais de ligação de Gabriel, o comandante executivo do universo local. Um ou mais desses seres funcionam como os seus representantes na capital de cada constelação e de cada sistema em Nebadon.

37:2:2 4072 Como comandante executivo de Nebadon, Gabriel é o presidente ex officio, ou o observador, da maior parte dos conclaves de Salvington, e acontece que até mil desses conclaves estão, muitas vezes, em sessão simultaneamente. Os Brilhantes Estrelas Vespertinos representam Gabriel em tais ocasiões; ele não pode estar em dois lugares ao mesmo tempo, e esses superanjos compensam essa limitação. Eles prestam um serviço análogo ao corpo dos Filhos Instrutores da Trindade.

37:2:3 4073 Ainda que pessoalmente ocupado com os deveres administrativos, Gabriel mantém contato com todas as outras fases da vida e com os assuntos do universo por intermédio dos Brilhantes Estrelas Vespertinos. Eles sempre o acompanham nas suas viagens planetárias e vão, freqüentemente, em missões especiais, a planetas individuais como representantes pessoais dele. Nesses compromissos, algumas vezes eles têm sido conhecidos como “o anjo do Senhor”. Eles vão a Uversa com freqüência, para representar o Brilhante Estrela Matutino perante as cortes e assembléias dos Anciães dos Dias, mas raramente viajam além dos confins de Orvonton.

37:2:4 4074 Os Brilhantes Estrelas Vespertinos são uma ordem dual excepcional, da qual alguns fazem parte por dignidade de criação, e outros, por serviços prestados. O corpo de Nebadon atualmente conta com 13 641 desses superanjos. Há 4 832 com a dignidade de criação, enquanto 8 809 são espíritos ascendentes que alcançaram essa meta por serviços elevados. Muitos desses Estrelas Vespertinos ascendentes começaram as suas carreiras no universo como serafins; outros ascenderam de níveis de vida irrevelados da criatura. Como meta a ser alcançada, esse alto corpo nunca está fechado para os candidatos à ascensão, desde que um universo não esteja estabelecido em luz e vida.

37:2:5 4075 Ambos os tipos de Brilhantes Estrelas Vespertinos são facilmente visíveis para as personalidades moronciais e para certos tipos de seres materiais supramortais. Os seres criados dessa interessante e versátil ordem possuem uma força de espírito que se pode manifestar independentemente da sua presença pessoal.

37:2:6 4076 O comandante desses superanjos é Gavália, primogênito dessa ordem em Nebadon. Desde que Cristo Michael retornou da sua auto-outorga triunfante em Urântia, Gavália tem sido designado para ministrar aos mortais ascendentes e, nos últimos mil e novecentos anos de Urântia, o seu colaborador, Galântia, tem mantido a sede central em Jerusém, onde passa cerca da metade do seu tempo. Galântia é o primeiro dos superanjos ascendentes a alcançar esse alto status.

37:2:7 4077 Nenhuma organização de grupo ou companhia dos Brilhantes Estrelas Vespertinos existe, além da sua associação costumeira, em pares, para muitas missões. Eles não são extensivamente designados para missões ligadas à carreira ascendente dos mortais, mas, quando em compromissos desse tipo, nunca funcionam a sós. Eles sempre trabalham aos pares – um, o ser criado, e o outro, um Estrela Vespertino ascendente.

37:2:8 4078 Um dos altos deveres dos Estrelas Vespertinos é acompanhar os Filhos Avonais de auto-outorga nas suas missões planetárias, do mesmo modo que Gabriel acompanhou Michael na sua auto-outorga em Urântia. Os dois superanjos acompanhantes são as personalidades superiores em tais missões, servindo como comandantes adjuntos dos arcanjos e de todos os outros designados para essas tarefas. É o mais experiente desses superanjos, no comando, que, no tempo e na idade oportunos, diz ao Filho Avonal auto-outorgado: “Cuida dos assuntos do teu irmão”.

37:2:9 4081 Pares semelhantes desses superanjos são designados para o corpo planetário de Filhos Instrutores da Trindade, que funciona para estabelecer a idade de pós-outorga ou do amanhecer espiritual em um mundo habitado. Nesses compromissos os Estrelas Vespertinos servem como ligação entre os mortais do reino e os corpos invisíveis de Filhos Instrutores.

37:2:10 4082 Os Mundos dos Estrelas Vespertinos. O sexto grupo dos sete mundos de Salvington e os seus quarenta e dois satélites tributários estão entregues à administração dos Brilhantes Estrelas Vespertinos. Aos sete mundos primários presidem as ordens criadas desses superanjos, enquanto os satélites tributários são administrados pelos Estrelas Vespertinos ascendentes.

37:2:11 4083 Os satélites dos primeiros três mundos são devotados às escolas dos Filhos Instrutores e dos Estrelas Vespertinos, dedicadas às personalidades espirituais do universo local. Os próximos três grupos são ocupados por escolas conjuntas similares, devotadas ao aperfeiçoamento dos mortais ascendentes. Os satélites do sétimo mundo são reservados para as deliberações trinas dos Filhos Instrutores, dos Estrelas Vespertinos e dos finalitores. Em tempos recentes, esses superanjos identificaram-se intimamente com o trabalho, no universo local, do Corpo de Finalidade, e, há muito, têm-se associado aos Filhos Instrutores. Existe uma ligação de enorme poder e importância entre os Estrelas Vespertinos e os Mensageiros por Gravidade, ligados aos grupos de trabalho dos finalitores. O sétimo mundo primário está, ele próprio, reservado àquelas questões não reveladas e pertinentes às futuras relações que se estabelecerão entre os Filhos Instrutores, os finalitores e os Estrelas Vespertinos, como conseqüência da emergência completa da manifestação, no superuniverso, da personalidade de Deus, o Supremo.

3. OS ARCANJOS


37:3:1 4084 Os Arcanjos são uma progênie do Filho Criador e do Espírito Materno do Universo. Eles são o tipo mais elevado de altos seres espirituais, produzidos em grandes números, em um universo local; e, na época do último registro, havia quase oitocentos mil em Nebadon.

37:3:2 4085 Os Arcanjos são um dos poucos grupos de personalidades do universo local que não se encontram normalmente sob a jurisdição de Gabriel. Eles não estão de modo algum ligados à administração rotineira do universo, permanecendo dedicados ao trabalho de sobrevivência da criatura e à continuidade da carreira ascendente dos mortais do tempo e do espaço. Embora não estejam ordinariamente sujeitos à direção do Brilhante Estrela Matutino, os arcanjos, algumas vezes, atuam sob a autoridade dele. Eles também colaboram com outros Ajudantes do Universo, como os Estrelas Vespertinos, conforme ilustrado em certas transações descritas na narrativa do transplante da vida para o vosso mundo.

37:3:3 4086 O corpo de arcanjos de Nebadon é dirigido pelo primogênito dessa ordem. Em tempos mais recentes, uma sede divisional dos arcanjos tem sido mantida em Urântia. É esse fato inusitado que logo chama a atenção dos estudantes visitantes vindos de fora de Nebadon e, entre as suas observações iniciais de transações no intra-universo, está a descoberta de que muitas das atividades ascendentes dos Brilhantes Estrelas Vespertinos são dirigidas a partir da capital de um sistema local, o de Satânia. Num exame posterior, eles descobrem que certas atividades dos arcanjos são dirigidas de um pequeno mundo habitado, aparentemente insignificante, chamado Urântia. E, então, segue-se a revelação da auto-outorga de Michael em Urântia e, imediatamente, surge um interesse súbito e crescente por vós e pela vossa humilde esfera.

37:3:4 4091 Compreendeis o significado do fato de que o vosso humilde e confuso planeta tenha passado a ser uma sede divisional para a administração do universo e para a direção de certas atividades dos arcanjos, que têm a ver com o esquema de ascensão ao Paraíso? Isso, sem dúvida, prognostica uma concentração futura de outras atividades ascendentes, no mundo de auto-outorga de Michael, e empresta uma importância imensa e solene à promessa pessoal do Mestre: “Eu virei novamente”.

37:3:5 4092 Em geral, os arcanjos são designados para o serviço e a ministração da ordem Avonal de filiação, mas não até que tenham passado por um aperfeiçoamento preliminar extensivo em todas as fases do trabalho dos vários espíritos ministradores. Um corpo de cem deles acompanha cada Filho do Paraíso na sua auto-outorga em um mundo habitado, sendo designados temporariamente para servir com ele no decorrer da sua auto-outorga. Se o Filho Magisterial devesse tornar-se o governante temporário de um planeta, esses arcanjos atuariam como cabeças a dirigirem toda a vida celeste naquela esfera.

37:3:6 4093 Dois arcanjos mais experientes são sempre designados como ajudantes pessoais de um Avonal do Paraíso, em todas as missões planetárias envolvendo ações judiciais, missões magisteriais ou encarnações de auto-outorga. Quando esse Filho do Paraíso houver completado o julgamento de um reino e os mortos forem convocados para o registro (a assim chamada ressurreição), é literalmente verdade que os guardiães seráficos das personalidades adormecidas responderão à “voz do arcanjo”. A lista de chamada do término de uma dispensação é promulgada por um arcanjo assistente. Esse é o arcanjo da ressurreição, algumas vezes é chamado “arcanjo de Michael”.

37:3:7 4094 Os Mundos dos Arcanjos. O sétimo grupo de mundos, em torno de Salvington, com os seus satélites interligados, é afeto aos arcanjos. A esfera número um e todos os seus seis satélites tributários são ocupados pelos custódios dos registros da personalidade. Esse enorme corpo de registradores ocupa-se em manter em dia os registros de cada mortal do tempo, desde o momento do nascimento, passando pela sua carreira no universo, até que tal indivíduo deixe Salvington, indo ao regime do superuniverso, ou seja, “apagado dos registros da existência” por um mandato dos Anciães dos Dias.

37:3:8 4095 É nesses mundos que os registros da personalidade e as garantias da identificação são classificados, arquivados e preservados durante o tempo que transcorre entre a morte física e a hora da repersonalização, a ressurreição depois da morte.

4. ASSISTENTES MAIS ELEVADOS


37:4:1 4096 Os Assistentes Mais Elevados são um grupo de seres voluntários, com origem fora do universo local, que estão temporariamente designados como representantes do universo central e superuniversos, ou como observadores das criações locais. O número deles varia constantemente, mas está sempre acima dos milhões.

37:4:2 4097 De tempos em tempos, nós nos beneficiamos da ministração e da assistência de seres cuja origem é o Paraíso, e que são os Perfeccionadores da Sabedoria, os Conselheiros Divinos, os Censores Universais, os Espíritos Inspirados da Trindade, os Filhos Trinitarizados, os Mensageiros Solitários, os supernafins, os seconafins, os tertiafins e os outros ministros graciosos que permanecem conosco, com o propósito de ajudar as nossas personalidades nativas no esforço de manter todo o Nebadon dentro de uma harmonia mais plena com as idéias de Orvonton e com os ideais do Paraíso.

37:4:3 4101 Quaisquer desses seres podem estar servindo voluntariamente em Nebadon e assim se encontrar tecnicamente fora da nossa jurisdição, mas, quando funcionam por designação, essas personalidades dos superuniversos e do universo central não estão totalmente isentas dos regulamentos do universo local onde permanecem, ainda que continuem a funcionar como representantes dos universos mais elevados e a trabalhar de acordo com as instruções que constituem a sua missão no nosso reino. O mundo-sede central deles está situado no setor do União dos Dias de Salvington, e eles operam em Nebadon sob a supervisão desse embaixador da Trindade do Paraíso. Quando servindo em grupos independentes, essas personalidades dos reinos mais elevados usualmente são autodirigidas, mas, quando servindo a pedido, freqüentemente elas colocam-se voluntária e totalmente sob a jurisdição dos diretores supervisores dos reinos para onde foram designadas.

37:4:4 4102 Os Assistentes Mais Elevados servem no universo local e na constelação, mas não são diretamente designados para os governos do sistema ou planetários. Eles podem, contudo, funcionar em qualquer lugar no universo local e podem ser designados para qualquer fase das atividades de Nebadon – administrativa, executiva, educacional e outras.

37:4:5 4103 A maior parte desse corpo participa da assistência às personalidades do Paraíso, em Nebadon – ao União dos Dias, ao Filho Criador, aos Fiéis dos Dias, aos Filhos Magisteriais e aos Filhos Instrutores da Trindade. De quando em quando, para as operações ligadas aos assuntos de uma criação local, torna-se sábio manter certos detalhes temporariamente ocultos do conhecimento de quase todas as personalidades nativas do universo local. Alguns planos avançados e ordens complexas também são mais bem captados e compreendidos mais inteiramente pelo corpo dos Assistentes Mais Elevados, mais amadurecidos e mais previdentes; e é nessas situações, e em muitas outras, que o seu préstimo é tão altamente útil aos governantes e aos administradores do universo.

5. ALTOS COMISSÁRIOS


37:5:1 4104 Os Altos Comissários são mortais ascendentes fusionados ao Espírito; eles não são fusionados aos Ajustadores. Vós compreendeis bem a carreira de ascensão, no universo, de um candidato mortal à fusão com o Ajustador; sendo este o alto destino em prospecto para todos os mortais de Urântia, desde a auto-outorga de Cristo Michael. Mas não é esse o destino exclusivo de todos os mortais, nas idades anteriores à auto-outorga, em mundos como o vosso; e há um outro tipo de mundo cujos habitantes nunca são resididos permanentemente pelos Ajustadores do Pensamento. Esses mortais nunca são permanentemente ligados, em união com um Monitor Misterioso outorgado do Paraíso; entretanto, os Ajustadores residem transitoriamente neles, servindo de guias e modelos, durante a vida deles na carne. No decorrer dessa permanência temporária, eles impulsionam a evolução de uma alma imortal, exatamente como o fazem dentro daqueles seres com os quais eles esperam fundir-se; mas, quando a carreira mortal termina, eles deixam, para toda a eternidade, as criaturas da sua associação temporária.

37:5:2 4105 As almas sobreviventes, dessa ordem, alcançam a imortalidade pela fusão eterna com um fragmento individualizado do espírito do Espírito Materno do universo local. Eles não são um grupo numeroso, pelo menos em Nebadon. Nos mundos das mansões, vós ireis encontrar-vos e confraternizar com esses mortais fusionados ao Espírito, pois eles ascendem convosco, no caminho do Paraíso, até Salvington, onde param. Alguns deles podem, subseqüentemente, ascender a níveis mais elevados no universo, mas a maioria permanecerá para sempre a serviço do universo local; como classe, eles não se destinam a alcançar o Paraíso.

37:5:3 4111 Não sendo fusionados ao Ajustador, eles nunca se tornam finalitores, mas finalmente se integram ao Corpo de Perfeição do universo local. Assim, em espírito, eles terão obedecido ao comando do Pai: “Sede perfeitos”.

37:5:4 4112 Depois de atingirem o Corpo de Perfeição de Nebadon, os mortais ascendentes fusionados ao Espírito podem aceitar compromissos como os de Ajudantes do Universo, sendo essa uma das vias da continuidade, no crescimento experiencial, aberta para eles. Assim, eles tornam-se candidatos a missões, no alto serviço de interpretar os pontos de vista das criaturas em evolução dos mundos materiais, para as autoridades celestes do universo local.

37:5:5 4113 Os Altos Comissários começam o seu serviço nos planetas como representantes das raças. Nessa função, eles interpretam os pontos de vista e retratam as necessidades das várias raças humanas. Eles são supremamente devotados ao bem-estar das raças mortais, de quem são os porta-vozes, procurando sempre obter para elas a misericórdia, a justiça e um tratamento eqüitativo, em todas as relações com outros povos. Os representantes das raças funcionam em uma série sem fim de crises planetárias e servem como expressão articulada de grupos inteiros de mortais em luta.

37:5:6 4114 Após uma longa experiência na solução de problemas nos mundos habitados, esses representantes das raças avançam até os níveis de função mais elevada, alcançando finalmente o status de Altos Comissários nos universos locais e desses universos. O último recenseamento registrou um pouco mais de um bilhão e meio desses Altos Comissários em Nebadon. Esses seres não são finalitores, mas são seres ascendentes de longa experiência e com grande serviço para os seus reinos de nascimento.

37:5:7 4115 Encontramos invariavelmente esses comissários em todos os tribunais de justiça, dos mais baixos aos mais altos. Não que eles participem dos procedimentos da justiça, mas atuam como amigos da corte, aconselhando os magistrados que a elas presidem a respeito dos antecedentes, do meio ambiente e da natureza inerente dos que estão envolvidos nos julgamentos.

37:5:8 4116 Os Altos Comissários estão ligados às várias hostes de mensageiros do espaço, e sempre aos espíritos ministradores do tempo. Eles são encontrados nos programas de várias assembléias no universo e esses mesmos comissários, de origem mortal, são sempre agregados às missões dos Filhos de Deus nos mundos do espaço.

37:5:9 4117 Sempre que a eqüidade e a justiça dependem de um entendimento de como uma política ou procedimento proposto afetaria as raças evolucionárias do tempo, esses comissários estão disponíveis para apresentar as suas recomendações; eles estão sempre presentes para falar por aqueles que não podem estar presentes a fim de falar por si próprios.

37:5:10 4118 Os Mundos dos Mortais Fusionados ao Espírito. O oitavo grupo de sete mundos primários e satélites tributários, no circuito de Salvington, é da posse exclusiva dos mortais fusionados ao Espírito, de Nebadon. Aos mortais ascendentes fusionados aos Ajustadores, esses mundos não dizem respeito, a não ser para desfrutar de estadas agradáveis e cheias de benefícios, como convidados dos residentes fusionados ao Espírito.

37:5:11 4119 Exceto para aqueles poucos que alcançam Uversa e o Paraíso, esses mundos são a residência permanente dos sobreviventes fusionados ao Espírito. Essa limitação prevista, para a ascensão dos mortais, resulta no bem dos universos locais, pois assegura a permanência de uma população evoluída estável, cuja experiência crescente continuará a reforçar a estabilização futura e a diversificação da administração do universo local. Esses seres podem não alcançar o Paraíso, mas eles atingem uma sabedoria experiencial, na mestria dos problemas de Nebadon, que em muito supera qualquer coisa alcançada pelos ascendentes transitórios. E essas almas sobreviventes continuam como combinações, exclusivas no seu gênero, do humano e do divino, tornando-se cada vez mais capazes de unir os pontos de vista desses dois níveis bastante separados e de apresentar um ponto de vista, também dual, com uma sabedoria que sempre se eleva.

6. OS SUPERVISORES CELESTES


37:6:1 4121 O sistema educacional de Nebadon é administrado em conjunto pelos Filhos Instrutores da Trindade e pelo corpo Melquisedeque de ensino; no entanto, muito do trabalho destinado a efetuar a sua manutenção e ampliação é feito pelos Supervisores Celestes. Estes seres formam um corpo recrutado, abrangendo todos os tipos de indivíduos relacionados ao esquema de educação e aperfeiçoamento dos mortais ascendentes. Existem mais de três milhões deles em Nebadon e todos são voluntários que se qualificaram, pela experiência, para servir como conselheiros educacionais de todo o reino. Da sua sede central, nos mundos dos Melquisedeques, em Salvington, esses supervisores cobrem o universo local como inspetores da técnica escolar de Nebadon, destinada a efetuar o aperfeiçoamento da mente e a educação do espírito das criaturas ascendentes.

37:6:2 4122 Esse aperfeiçoamento mental e essa educação do espírito são feitos, desde os mundos de origem humana, até os mundos das mansões do sistema e das outras esferas de progresso relacionadas a Jerusém, nos setenta reinos socializantes, ligados a Edêntia, e nas quatrocentas e noventa esferas de progresso do espírito que circundam Salvington. Na sede central mesma do universo, estão inúmeras escolas Melquisedeques, os colégios dos Filhos do Universo, as universidades seráficas e as escolas dos Filhos Instrutores e dos Uniões dos Dias. Todas as medidas possíveis são tomadas no sentido de qualificar as várias personalidades do universo para prestarem um serviço avançado e aperfeiçoarem-se nas suas funções. O universo inteiro é uma vasta escola.

37:6:3 4123 Os métodos empregados em muitas das escolas superiores estão além dos conceitos humanos da arte de ensinar a verdade, mas esta é a tônica de todo o sistema de educação: o caráter adquirido pela experiência esclarecida. Os professores dão o esclarecimento; o posto ocupado no universo e o status do ser ascendente proporcionam a oportunidade para a experiência; a aplicação sábia nesses dois pontos aumenta o caráter.

37:6:4 4124 Fundamentalmente, o sistema educacional de Nebadon proporciona-vos certo empenho em uma tarefa e então vos dá a oportunidade de receber a instrução quanto ao método ideal e divino para melhor cumprir tal tarefa. A vós vos é dada uma tarefa definida a cumprir e ao mesmo tempo vos é proporcionado o acesso aos mestres qualificados para instruir-vos pelo melhor método de executar a tarefa proposta no vosso compromisso. O plano divino de educação proporciona a associação íntima do trabalho e instrução. Nós vos ensinamos como melhor executar as coisas que vos mandamos fazer.

37:6:5 4125 O propósito de todo esse aperfeiçoamento e dessa experiência é preparar-vos para que sejais admitidos em esferas mais altas e mais espirituais do superuniverso. O progresso, dentro de qualquer domínio, é individual, mas a transição de uma fase para a outra é feita geralmente em classes grupais.

37:6:6 4126 O progresso na eternidade não consiste apenas no desenvolvimento espiritual. As assimilações de ordem intelectual também são uma parte da educação universal. A experiência da mente é ampliada igualitariamente com a expansão do horizonte espiritual. Oportunidades equivalentes de aperfeiçoamento e avanço são dadas à mente e ao espírito. Mas em toda essa educação magnífica da mente e do espírito, vós estareis, para sempre, livres das limitações da carne mortal. Não mais tereis que estar constantemente arbitrando, em meio a tanta divergência, entre a vossa natureza espiritual e a material. Finalmente vós estareis qualificados para gozar do impulso unificado de uma mente glorificada, há muito já despojada das tendências primitivas animalizadas, na direção das coisas materiais.

37:6:7 4131 Antes de deixar o universo de Nebadon, será dada, à maioria dos mortais de Urântia, a oportunidade de servir, por um período mais longo ou mais breve, como membros do corpo de Supervisores Celestes de Nebadon.

7. MESTRES DOS MUNDOS DAS MANSÕES


37:7:1 4132 Os Mestres dos Mundos das Mansões são querubins glorificados recrutados. Como a maioria dos outros instrutores em Nebadon, nas suas missões, são designados pelos Melquisedeques. Eles funcionam na maior parte dos empreendimentos educacionais da vida moroncial; e o número deles vai muito além da compreensão da mente mortal.

37:7:2 4133 Como um nível a ser alcançado pelos querubins e sanobins, o de Mestres dos Mundos das Mansões receberá consideração posterior no próximo documento, pois, como professores com um importante papel na vida moroncial, eles serão dignos de uma abordagem mais completa no documento com o seu nome.

8. ORDENS ESPIRITUAIS DE COMPROMISSOS MAIS ELEVADOS


37:8:1 4134 Além dos centros de potência e dos controladores físicos, são designados, de modo permanente, para o universo local alguns dos seres espirituais de origem elevada da família do Espírito Infinito. Das ordens mais elevadas de espíritos, da família do Espírito Infinito, as abaixo assinaladas são assim designadas:

37:8:2 4135 Os Mensageiros Solitários, quando funcionalmente vinculados à administração do universo local, prestam um serviço valioso a nós, nos nossos esforços de superar os obstáculos das limitações do tempo e do espaço. Quando eles não são designados desse modo, nós, do universo local, não temos absolutamente qualquer autoridade sobre eles, mas, ainda então, esses seres singulares estão sempre prontos para ajudar-nos na solução dos nossos problemas e no cumprimento dos nossos mandatos.

37:8:3 4136 Andovôntia é o nome do terciário Supervisor de Circuito do Universo, estacionado no nosso universo local. Ele ocupa-se apenas dos circuitos espirituais e moronciais, não com aqueles sob a jurisdição dos diretores de potência. Foi ele quem isolou Urântia, no tempo da traição de Caligástia ao planeta, durante os períodos de provações da rebelião de Lúcifer. Ao enviar cumprimentos aos mortais de Urântia, ele expressa o prazer da antecipação da restauração, em alguma época, da ligação do vosso planeta aos circuitos do universo da sua supervisão.

37:8:4 4137 O Diretor do Censo de Nebadon, Salsátia, mantém o seu núcleo central no setor de Gabriel em Salvington. Ele torna-se automaticamente sabedor do nascimento e da morte da vontade e registra o número exato de criaturas de vontade que, a cada momento, funcionam no universo local. Ele trabalha em estreita associação com os registradores da personalidade, domiciliados nos mundos dos registros dos arcanjos.

37:8:5 4138 Um Inspetor Associado é residente em Salvington. Ele é o representante pessoal do Executivo Supremo de Orvonton. Os seus colaboradores, as Sentinelas Designadas para os sistemas locais, são também representantes do Supremo Executivo de Orvonton.

37:8:6 4141 Os Conciliadores Universais são as cortes itinerantes dos universos do tempo e do espaço; funcionando desde os mundos evolucionários, até cada uma das seções do universo local e ainda além. Esses árbitros são registrados em Uversa; o número exato deles operando em Nebadon não está registrado, mas estimo que haja aproximadamente cem milhões de comissões conciliadoras no nosso universo local.

37:8:7 4142 De Conselheiros Técnicos, as mentes jurídicas do reino, temos a nossa cota, de cerca de meio bilhão. Estes seres são as bibliotecas vivas e circulantes de leis experienciais para todo o espaço.

37:8:8 4143 De Registradores Celestes, serafins ascendentes, temos setenta e cinco tipos em Nebadon. Estes são os registradores ou supervisores mais experientes. Os estudantes adiantados dessa ordem em aperfeiçoamento atingem o número aproximado de quatro bilhões.

37:8:9 4144 A ministração feita pelos setenta bilhões de Companheiros Moronciais em Nebadon está descrita nas narrativas que tratam dos planetas de transição dos peregrinos do tempo.

37:8:10 4145 Cada universo tem o seu próprio corpo angélico nativo; contudo, há ocasiões nas quais é muito útil ter a assistência desses altos espíritos, cuja origem é externa à criação local. Os supernafins executam certos serviços raros e exclusivos; o atual dirigente dos serafins de Urântia é um supernafim primário do Paraíso. Os seconafins refletivos encontram-se onde quer que o pessoal do superuniverso esteja funcionando, e uma grande quantidade de tertiafins está prestando um serviço temporário como Assistentes Mais Elevados.

9. CIDADÃOS PERMANENTES DO UNIVERSO LOCAL


37:9:1 4146 Como no caso do universo central e do superuniverso, o universo local tem as suas ordens de cidadania permanentes. Estas incluem os seguintes tipos criados:

4147 1. Susátias.

4148 2. Univitátias.

4149 3. Filhos Materiais.

41410 4. Criaturas ou Seres Intermediários.

37:9:2 41411 Estes nativos da criação local, junto com os mortais ascendentes fusionados ao Espírito e os espironga (que são classificados de outro modo), constituem uma cidadania relativamente permanente. Essas ordens de seres, de um modo geral, não são nem ascendentes nem descendentes. Todos eles são criaturas experienciais, a sua experiência crescente, contudo, permanece disponível para o universo, no seu nível de origem. Se bem que isso não seja inteiramente verdadeiro no caso dos Filhos Adâmicos e dos seres ou criaturas intermediárias, é relativamente verdadeiro para essas ordens.

37:9:3 41412 Os Susátias. Estes seres maravilhosos residem e funcionam como cidadãos permanentes em Salvington, sede central desse universo local. Eles são uma progênie brilhante do Filho Criador e do Espírito Criativo e estão intimamente relacionados aos cidadãos ascendentes do universo local, os mortais fusionados ao Espírito, do Corpo de Perfeição de Nebadon.

37:9:4 41413 Os Univitátias. Cada um dos agrupamentos de cem constelações, de sedes centrais de esferas arquitetônicas, desfruta da ministração contínua de uma ordem de seres residentes conhecidos como os univitátias. Estes filhos do Filho Criador e do Espírito Criativo constituem a população permanente dos mundos-sede centrais da constelação. Eles são seres que não se reproduzem, que existem em um plano de vida a meio caminho entre o estado semimaterial dos Filhos Materiais, domiciliados na sede central do sistema, e o plano espiritual mais definido dos mortais fusionados ao Espírito e dos susátias de Salvington; mas os univitátias não são seres moronciais. Eles exercem, junto aos mortais ascendentes, durante a travessia das esferas da constelação, o equivalente à contribuição que os nativos de Havona dão aos espíritos peregrinos de passagem pela criação central.

37:9:5 4151 Os Filhos Materiais de Deus. Quando uma relação criativa entre o Filho Criador e o Espírito Materno do Universo, representante que é do Espírito Infinito no universo local, houver completado o seu ciclo; quando não vier mais nenhuma progênie de natureza combinada, então o Filho Criador personaliza, na forma dual, o seu último conceito do ser, confirmando assim, finalmente, a sua origem dual, original e própria. De si mesmo, então, ele cria os belos e magníficos Filhos e Filhas da ordem material de filiação do universo. Essa é a origem dos Adãos e Evas originais de cada sistema local de Nebadon. Eles são uma ordem reprodutora de filiação, sendo criados masculinos e femininos. Os da sua progênie funcionam como cidadãos relativamente permanentes da capital de um sistema, embora alguns deles recebam a missão de servir como Adãos Planetários.

37:9:6 4152 Numa missão planetária, o Filho e a Filha Materiais ficam incumbidos com a missão de fundar a raça Adâmica de tal mundo, uma raça destinada finalmente a miscigenar-se com os habitantes mortais dessa esfera. Os Adãos Planetários são Filhos tanto descendentes quanto ascendentes, mas ordinariamente nós os classificamos como ascendentes.

37:9:7 4153 As Criaturas Intermediárias. Durante os dias iniciais, na maioria dos mundos habitados, alguns seres supra-humanos, mas materializados, estão presentes; porém, em geral, retiram-se, quando da chegada dos Adãos Planetários. As transações entre esses seres acrescentadas aos esforços dos Filhos Materiais de aprimorar as raças evolucionárias, freqüentemente, resultam no surgimento de um número limitado de criaturas que são difíceis de ser classificadas. Esses seres exclusivos, freqüentemente, são intermediários entre os Filhos Materiais e as criaturas evolucionárias; daí a sua designação de seres intermediários, ou intermediários. De um ponto de vista comparativo, esses intermediários são cidadãos permanentes dos mundos evolucionários. Desde os primeiros dias da chegada de um Príncipe Planetário, até um tempo bem longinquamente posterior, do estabelecimento de tal planeta em luz e vida, eles são o único grupo de seres inteligentes a permanecer continuamente na esfera. Em Urântia, os ministros intermediários são, na realidade, os custódios factuais do planeta; praticamente falando, eles são os cidadãos de Urântia. Os mortais são os habitantes físicos e materiais, de fato, de um mundo evolucionário; mas vós todos tendes vida muito curta; vós permaneceis no vosso planeta de nascimento por um tempo muito curto. Nasceis, viveis, morreis e passais para outros mundos de progressão evolucionária. Mesmo os seres supra-humanos, que servem nos planetas como ministros celestes, são de permanência transitória; poucos deles ficam por muito tempo vinculados a uma mesma esfera. As criaturas intermediárias, contudo, proporcionam continuidade à administração planetária, em face das sempre mutantes ministrações celestes e da constante mobilidade dos habitantes mortais. Durante toda essa incessante mutação e mobilidade, as criaturas intermediárias permanecem ininterruptamente no planeta, dando continuação ao seu trabalho.

37:9:8 4154 De maneira semelhante, todas as divisões da organização administrativa dos universos locais e superuniversos têm as suas populações, mais ou menos permanentes, de habitantes com status de cidadania. Assim como Urântia tem os seus intermediários, Jerusém, a vossa capital do sistema, tem os Filhos e Filhas Materiais; Edêntia, a sede central da vossa constelação, tem os univitátias, enquanto em Salvington há duas ordens de cidadãos: os susátias criados e os mortais evoluídos fusionados ao Espírito. Os mundos administrativos dos setores menor e maior dos superuniversos não têm cidadãos permanentes. Mas as esferas-sede centrais de Uversa estão continuamente sustentadas por um grupo surpreendente de seres conhecidos como os abandonteiros, que são uma criação dos agentes irrevelados dos Anciães dos Dias e dos sete Espíritos Refletivos residentes na capital de Orvonton. Esses cidadãos residentes em Uversa estão atualmente administrando os assuntos de rotina do seu mundo, sob a supervisão imediata do corpo de mortais fusionados ao Filho, de Uversa. Até mesmo Havona tem seus seres nativos, e a Ilha Central da Luz e Vida é o lar de vários grupos de cidadãos do Paraíso.

10. OUTROS GRUPOS DO UNIVERSO LOCAL


37:10:1 4161 Além da ordem seráfica e da ordem mortal, as quais serão consideradas em documentos posteriores, há ainda inúmeros seres ligados à manutenção e ao perfeccionamento de uma organização tão gigantesca como é o universo de Nebadon, que, ainda agora, tem mais de três milhões de mundos habitados, com dez milhões em vista. Os vários tipos de vida em Nebadon são numerosos demais para serem catalogados neste documento, mas há duas ordens incomuns que funcionam amplamente nas 647 591 esferas arquitetônicas do universo local e que podem ser mencionadas.

37:10:2 4162 Os Espirongas são uma progênie espiritual do Brilhante Estrela Matutino e do Pai Melquisedeque. A personalidade deles não está sujeita ao término, mas eles não são seres evolucionários, nem ascendentes. E também não se ocupam funcionalmente com o regime da ascensão evolucionária. Eles são ajudantes espirituais do universo local; executam as tarefas espirituais de rotina em Nebadon.

37:10:3 4163 Os Espornágias. Os mundos-sede centrais arquitetônicos do universo local são mundos reais – criações físicas efetivas. Há muito trabalho envolvido com a sua manutenção física, e aqui nós temos a ajuda de um grupo de criaturas físicas chamadas espornágias. Elas dedicam-se a cuidar das fases materiais desses mundos-sede centrais, de Jerusém a Salvington, e a cultivá-las. Os espornágias não são espíritos nem pessoas; eles são uma ordem animal de existência, e, se pudésseis vê-los, vós iríeis concordar que eles parecem, perfeitamente, ser animais.

37:10:4 4164 As várias colônias de cortesia estão domiciliadas em Salvington e em outros locais. Nós nos beneficiamos especialmente da ministração dos artesãos celestes nas constelações e aproveitamos das atividades dos diretores de retrospecção, que operam principalmente nas capitais dos sistemas locais.

37:10:5 4165 Existe sempre, agregado ao serviço do universo, um corpo de mortais ascendentes, que inclui as criaturas intermediárias glorificadas. Esses ascendentes, depois de alcançarem Salvington, são utilizados para uma variedade quase sem fim de atividades, na condução dos assuntos do universo. De cada nível de realização, esses mortais em avanço estendem uma mão de ajuda, para trás e para baixo, aos seus companheiros que os seguem na escalada para cima. Esses mortais, de permanência temporária em Salvington, são designados, sob requisição, praticamente para quase todos os corpos de personalidades celestes, como ajudantes, estudantes, observadores e mestres.

37:10:6 4166 Há, ainda, outros tipos de vidas inteligentes ocupados com a administração de um universo local, mas o plano desta narrativa não é proporcionar uma revelação maior dessas ordens de criação. Sobre a vida e a administração deste universo, estamos aqui retratando o suficiente para proporcionar à mente mortal uma compreensão da realidade e da grandeza da existência depois da sobrevivência. Uma experiência maior, nas vossas carreiras em avanço, irá revelar, cada vez mais, esses seres interessantes e encantadores. Esta narrativa não pode ser mais do que um breve esboço da natureza e do trabalho das múltiplas personalidades que se aglomeram nos universos do espaço, administrando essas criações como grandes escolas de aperfeiçoamento; escolas nas quais os peregrinos do tempo avançam, de vida para vida, e de mundo para mundo, até serem amorosamente despachados para fora das fronteiras do universo de sua origem, indo para regimes educacionais mais elevados do superuniverso e dali para os mundos de aperfeiçoamento do espírito, em Havona, e finalmente, até o Paraíso, e com o destino elevado dos finalitores – o compromisso eterno de servir em missões que ainda não foram reveladas aos universos do tempo e do espaço.

37:10:7 4171 [Ditado por um Brilhante Estrela Vespertino de Nebadon, Número 1 146 do Corpo Criado.]

DOCUMENTO 38

OS ESPÍRITOS MINISTRADORES DO UNIVERSO LOCAL
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Existem três ordens distintas de personalidades do Espírito Infinito. O impetuoso apóstolo tanto compreendeu isso que escreveu a respeito de Jesus: “aquele que foi para o céu e que está à mão direita de Deus; anjos, autoridades e os poderosos foram feitos súditos dele”. Os anjos são os espíritos ministradores do tempo; as autoridades, as hostes mensageiras do espaço; os poderosos, as altas personalidades do Espírito Infinito.

38:0:2 4182 Como os supernafins, no universo central; e os seconafins, em um superuniverso; os serafins, junto com os seus colaboradores, os querubins e os sanobins, constituem o corpo angélico de um universo local.

38:0:3 4183 Os serafins têm todos um modelo muito uniforme. De universo para universo, em todos os sete superuniversos, eles apresentam um mínimo de variações; de todos os tipos de seres pessoais espirituais, são eles os mais próximos do modelo arquetípico. As suas várias ordens constituem o corpo dos ministros hábeis e comuns das criações locais.

1. ORIGEM DOS SERAFINS


38:1:1 4184 Os serafins são criados pelo Espírito Materno do Universo e têm sido projetados em formações unitárias – 41 472 de uma só vez – desde a criação dos “anjos modelos” e de certos arquétipos angélicos nos primeiros tempos de Nebadon. O Filho Criador e a representação do Espírito Infinito no universo colaboram na criação de um número elevado de Filhos e outras personalidades do universo. Seguindo a complementação desse esforço unificado, o Filho engaja-se na criação dos Filhos Materiais, as primeiras criaturas sexuadas, enquanto o Espírito Materno do Universo, simultaneamente, engaja-se no seu esforço inicial solitário de reprodução do espírito. Assim tem começo a criação das hostes seráficas de um universo local.

38:1:2 4185 Essas ordens angélicas são projetadas na época em que se planeja a evolução das criaturas mortais volitivas. A criação dos serafins data do momento em que o Espírito Materno do Universo alcança uma relativa personalidade, que não é ainda aquela da Ministra coordenada mais recente do Filho Criador Mestre, mas, sim, a da ajudante inicial de criação do Filho Criador. Antes desse acontecimento, os serafins a serviço de Nebadon eram temporariamente emprestados de um universo vizinho.

38:1:3 4186 Os serafins ainda estão sendo periodicamente criados; o universo de Nebadon continua ainda em elaboração. O Espírito Materno do Universo nunca cessa as suas atividades criativas em um universo em vias de crescimento e perfeccionamento.

2. A NATUREZA ANGÉLICA


38:2:1 4191 Os anjos não têm corpos materiais, mas eles são seres definidos, contínuos e discretos; eles são de natureza e de origem espiritual. Embora invisíveis para os mortais, eles percebem-vos enquanto estais na carne sem a ajuda de transformadores ou de conversores; eles compreendem intelectualmente o modo de vida mortal e compartilham de todas as emoções e sentimentos não sensuais dos homens. Eles apreciam os vossos esforços na música, na arte e no humorismo verdadeiro, e têm grande prazer com isso. Eles conhecem plenamente as vossas lutas morais e as dificuldades espirituais. Eles amam os seres humanos e apenas o bem pode resultar dos vossos esforços para compreendê-los e amá-los.

38:2:2 4192 Embora os serafins sejam seres muito afetuosos e compassivos, eles não são criaturas com emoções sexuadas. Eles são muito como vós sereis nos mundos das mansões, onde vós não ireis “nem casar, nem ser dados em casamento, mas sereis como os anjos nos céus”. Todos aqueles que “forem considerados dignos de alcançar os mundos das mansões não mais casarão, nem serão dados em casamento; nem morrerão mais, pois serão iguais a anjos”. Contudo, ao referirmo-nos às criaturas sexuadas, é do nosso costume falar desses seres de descendência mais direta do Pai e do Filho como filhos de Deus, ao passo que nos referimos à progênie do Espírito como as filhas de Deus. Nos planetas sexuados, os anjos são, portanto, mais comumente designados por pronomes femininos.

38:2:3 4193 Os serafins são criados, pois, para funcionar tanto no nível espiritual quanto no nível material. Há poucas fases da atividade moroncial ou espiritual que não estão abertas às suas ministrações. Embora os anjos estejam, quanto ao status pessoal, muito distantes dos seres humanos, para certas atuações funcionais, os serafins ultrapassam, de longe, os mortais. Eles possuem vários poderes que vão muito além da compreensão humana. Por exemplo, a vós vos foi dito que “os cabelos mesmos da vossa cabeça estão contados”, e é verdade que estão; mas um serafim não passa o seu tempo contando-os nem mantendo o número atualizado. Os anjos têm poderes inerentes de percepção para essas coisas (automáticos, segundo a vossa forma de perceber); vós iríeis verdadeiramente considerar um serafim como um prodígio matemático. Portanto, inúmeros deveres, que seriam tarefas enormes para os mortais, são realizados com extrema facilidade pelos serafins.

38:2:4 4194 Os anjos são superiores a vós em status espiritual, mas eles não são os vossos juízes, nem acusadores. Não importando quais sejam as vossas faltas, “os anjos, ainda que maiores em poder e força, não fazem nenhuma acusação contra vós”. Os anjos não fazem o julgamento da humanidade, assim como os indivíduos mortais não deveriam prejulgar os seus semelhantes.

38:2:5 4195 Vós fazeis bem em amá-los, mas não deveis adorá-los; os anjos não são objeto de culto. O grande serafim, Loyalatia, quando o vosso profeta “caiu no chão em adoração diante dos pés do anjo”, disse: “Cuidado, não faças isso; sou um companheiro, um servo junto contigo e com as tuas raças, e estamos todos juntos na adoração a Deus”.

38:2:6 4196 Pelos dons de natureza e personalidade, os serafins estão apenas um pouco adiante das raças mortais, na escala de existência das criaturas. De fato, quando fordes libertados da carne, vós vos tornareis muito semelhantes a eles. Nos mundos das mansões, vós começareis a apreciar os serafins, nas esferas das constelações, a gostar deles e, em Salvington, irão eles compartilhar convosco os lugares de descanso e adoração. Em toda a ascensão moroncial, e na subseqüente ascensão espiritual, a vossa fraternidade com os serafins será ideal; o vosso companheirismo será esplêndido.

3. OS ANJOS NÃO REVELADOS


38:3:1 4201 Há numerosas ordens de seres espirituais funcionando nos domínios do universo local, e elas não serão reveladas aos mortais porque não estão de nenhum modo relacionadas ao plano evolucionário de ascensão ao Paraíso. Neste documento, a palavra “anjo” fica propositadamente limitada à designação das progênies seráficas e afins do Espírito Materno do Universo, que tão amplamente ocupam-se com a operação dos planos da sobrevivência dos mortais. No universo local, outras seis ordens de seres relacionados estão servindo, são os anjos não revelados, que não estão, de nenhum modo específico, ligados às atividades, no universo, pertinentes à ascensão dos mortais evolucionários ao Paraíso. Esses seis grupos de colaboradores angélicos nunca são chamados de serafins, nem nos referimos a eles como sendo espíritos ministradores. Essas personalidades estão inteiramente ocupadas com os assuntos administrativos e outros assuntos de Nebadon, funções que não são de nenhum modo relacionadas à carreira da progressão humana de ascensão espiritual e perfeccionamento.

4. OS MUNDOS SERÁFICOS


38:4:1 4202 O nono grupo de sete esferas primárias, no circuito de Salvington, é o dos mundos dos serafins. Cada um desses mundos tem seis satélites tributários, onde estão as escolas especiais que se dedicam a todas as fases de aperfeiçoamento seráfico. Embora os serafins tenham acesso a todos os quarenta e nove mundos que compreendem esse grupo de esferas de Salvington, eles ocupam exclusivamente os mundos do primeiro agrupamento de sete. Os seis agrupamentos restantes são ocupados pelas seis ordens de parceiros angélicos não reveladas em Urântia; cada um desses grupos mantém sua sede central em um desses seis mundos primários e realiza atividades especializadas nos seis satélites tributários. Cada ordem angélica tem livre acesso a todos os mundos desses sete grupos diferentes.

38:4:2 4203 Esses mundos-sede centrais estão entre os reinos magníficos de Nebadon; os domínios seráficos são caracterizados tanto pela beleza como pela amplidão. Neles, cada serafim tem um verdadeiro lar, e “lar” significa o domicílio de dois serafins; eles vivem aos pares.

38:4:3 4204 Conquanto não sejam masculinos nem femininos, como são os Filhos Materiais e as raças mortais, os serafins são negativos e positivos. A maioria dos compromissos requer os dois anjos para realizar a tarefa. Quando não estão ligados em circuito, eles podem trabalhar a sós; quando permanecem estacionários, nenhum dos dois requer o complemento do ser. Em geral, eles mantêm seu complemento original do ser, mas não obrigatoriamente. Essas associações são necessárias primordialmente pela função; eles não se caracterizam pela emoção sexual, se bem que sejam extremamente pessoais e verdadeiramente afetuosos.

38:4:4 4205 Além dos lares de designação, os serafins têm também sedes centrais de grupo, companhia, batalhão e unidade. Eles reúnem-se a cada milênio, e todos se fazem presentes, de acordo com a época da sua criação. Se um serafim assume responsabilidades que proíbam que ele se ausente do dever, ele alterna o atendimento com o seu complemento, sendo substituído por um serafim com outra data de nascimento. Cada parceiro seráfico, desse modo, faz-se presente ao menos de duas em duas reuniões.

5. O APERFEIÇOAMENTO SERÁFICO


38:5:1 4206 Os serafins passam o seu primeiro milênio como observadores não designados, em Salvington e nos mundos-escola interassociados. O segundo milênio é passado nos mundos seráficos do circuito de Salvington. À sua escola central de aperfeiçoamento atualmente presidem os primeiros cem mil serafins de Nebadon e, à frente deles, está o anjo original, ou o primogênito deste universo local. O primeiro grupo de serafins criado em Nebadon foi treinado por um corpo de mil serafins de Avalon; subseqüentemente, os nossos anjos aprenderam com os seus próprios companheiros mais experientes. Os Melquisedeques também têm uma grande participação na educação e no aperfeiçoamento de todos os anjos do universo local – serafins, querubins e sanobins.

38:5:2 4211 Ao término desse período de aperfeiçoamento, nos mundos seráficos de Salvington, os serafins são mobilizados nos grupos e nas unidades convencionais da organização angélica, sendo designados para uma das constelações. Eles não são designados ainda como espíritos ministradores, se bem que estejam bem dentro das fases de pré-designação do aperfeiçoamento angélico.

38:5:3 4212 Os serafins são iniciados como espíritos de ministração, servindo como observadores nos mais baixos dos mundos evolucionários. Depois dessa experiência, eles retornam aos mundos interassociados da sede central da constelação designada, para começar os seus estudos avançados e preparar-se mais definitivamente para o serviço em algum sistema local em particular. Após essa educação geral eles avançam, para servir em algum dos sistemas locais. Nos mundos arquitetônicos interligados à capital de algum sistema de Nebadon, os nossos serafins completam o seu aperfeiçoamento e são designados para as missões como espíritos ministradores do tempo.

38:5:4 4213 Uma vez que os serafins sejam assim designados, eles podem percorrer todo o Nebadon, até mesmo Orvonton, por designação. O seu trabalho no universo não tem fronteiras, nem limitações; eles encontram-se intimamente associados às criaturas materiais dos mundos e estão sempre a serviço das ordens menos elevadas de personalidades espirituais, fazendo contato entre esses seres do mundo espiritual e os mortais dos reinos materiais.

6. A ORGANIZAÇÃO SERÁFICA


38:6:1 4214 Após o segundo milênio de permanência nas sedes centrais seráficas, os serafins são organizados, sob o comando de chefes, em grupos de doze (12 pares, 24 serafins), e doze desses grupos constituem uma companhia (144 pares, 288 serafins), a qual é comandada por um líder. Doze companhias, sob um comandante, constituem um batalhão (1 728 pares ou 3 456 serafins), e, doze batalhões com um diretor, formam uma unidade seráfica (20 736 pares ou 41 472 indivíduos), enquanto doze unidades, sujeitas ao comando de um supervisor, constituem uma legião, com 248 832 pares ou 497 664 indivíduos. Jesus aludiu a esse agrupamento de anjos naquela noite no jardim do Getsêmane quando disse: “Eu posso agora mesmo pedir a meu Pai e ele me dará imediatamente mais de doze legiões de anjos”.

38:6:2 4215 Doze legiões de anjos compreendem uma hoste, que tem 2 985 984 pares ou 5 971 968 indivíduos, e doze dessas hostes (35 831 808 pares ou 71 663 616 indivíduos) perfazem a maior organização operacional de serafins, ou seja, um exército angélico. Uma hoste seráfica é comandada por um arcanjo ou por alguma outra personalidade de status de coordenador, enquanto os exércitos angélicos são dirigidos pelos Brilhantes Estrelas Vespertinos ou por outros tenentes imediatos de Gabriel. E Gabriel é o “comandante supremo dos exércitos dos céus”, o dirigente executivo do Soberano de Nebadon, “o senhor Deus das hostes”.

38:6:3 4216 Embora servindo sob a supervisão direta do Espírito Infinito, personalizado em Salvington, desde a auto-outorga de Michael em Urântia, os serafins e todas as outras ordens no universo local tornaram-se sujeitas à soberania do Filho Mestre. Mesmo quando, em Urântia, Michael nasceu na carne, a todo Nebadon, foi transmitida a teledifusão do superuniverso a todo o Nebadon, que proclamou: “E que os anjos o adorem”. Todas as espécies de anjos estão sujeitas à soberania dele; são uma parte daquele grupo que foi denominado “os seus anjos poderosos”.

7. QUERUBINS E SANOBINS


38:7:1 4221 Em todos os dons essenciais, os querubins e os sanobins são semelhantes aos serafins. Eles têm a mesma origem, mas nem sempre o mesmo destino. Eles são espantosamente inteligentes, maravilhosamente eficientes, afetuosos de modo tocante e quase humano. Eles formam a mais baixa ordem de anjos; daí estarem mais próximos dos tipos de seres humanos que mais progrediram nos mundos evolucionários.

38:7:2 4222 O querubim e o sanobim são inerentemente ligados e funcionalmente unidos. Um é uma personalidade de energia positiva; o outro, de energia negativa. O anjo deflector destro, ou positivamente carregado, é o querubim – o sênior, ou a personalidade controladora. O anjo deflector canhoto, ou negativamente carregado, é o sanobim – o complemento do ser. Cada tipo de anjo é muito limitado, quando funciona a sós; daí servirem costumeiramente aos pares. Quando servem independentemente dos seus diretores seráficos, eles ficam mais do que nunca dependentes do contato mútuo e sempre funcionam juntos.

38:7:3 4223 Os querubins e os sanobins são os ajudantes fiéis e eficientes dos ministros seráficos, e todas as sete ordens de serafins são providas desses ajudantes subordinados. Os querubins e os sanobins servem durante idades nessa função, mas eles não acompanham os serafins em compromissos além dos confins do universo local.

38:7:4 4224 Os querubins e os sanobins são os trabalhadores espirituais da rotina nos mundos individuais dos sistemas. Num compromisso não pessoal e em uma emergência, eles podem servir no lugar de um par seráfico, mas nunca atuam, nem temporariamente, como anjos da guarda dos seres humanos; esse é um privilégio exclusivamente seráfico.

38:7:5 4225 Quando designados para um planeta, os querubins entram nos cursos locais de aperfeiçoamento, incluindo o do estudo dos usos e línguas planetários. Os espíritos ministradores do tempo são todos bilíngües, falam a língua do universo local da sua origem e a do seu superuniverso de nascimento. Pelo estudo nas escolas dos reinos, eles aprendem outras línguas. Os querubins e os sanobins, como os serafins e todas as outras ordens de seres espirituais, estão continuamente empenhados no esforço do auto-aperfeiçoamento. Apenas aqueles seres como os subordinados encarregados do controle da força e direção da energia são incapazes de progredir; todas as criaturas que têm volição de personalidade, factual ou potencialmente, procuram novas realizações.

38:7:6 4226 Os querubins e os sanobins estão, por natureza, muito próximos dos níveis moronciais de existência, e eles mostram-se mais eficientes nos trabalhos entre as fronteiras do domínio físico, do moroncial e do espiritual. Esses filhos do Espírito Materno do Universo local são caracterizados como “quartas criaturas”, exatamente como os Servidores de Havona e as comissões de conciliação. Cada quarto querubim e cada quarto sanobim são quase materiais, muito definitivamente semelhantes ao nível moroncial de existência.

38:7:7 4227 Essas quartas criaturas angélicas são de grande ajuda para os serafins, nas fases mais materiais das suas atividades no universo e nos planetas. Esses querubins moronciais também executam muitas tarefas indispensáveis na referida linha fronteiriça nos mundos de aperfeiçoamentos moronciais e são designados em grande número para servirem aos Companheiros Moronciais. Eles estão para as esferas moronciais assim como as criaturas intermediárias estão para os planetas evolucionários. Nos mundos habitados, esses querubins moronciais freqüentemente trabalham em conexão com os seres intermediários. Os querubins e os seres intermediários são ordens de seres distintamente separadas; têm origens diferentes, mas apresentam muita semelhança pela sua natureza e função.

8. A EVOLUÇÃO DOS QUERUBINS E SANOBINS


38:8:1 4231 Inúmeras e amplas vias de serviço e de avanço estão abertas para os querubins e os sanobins, levando até a um engrandecimento do status, que pode ainda ser mais ampliado pelo abraço da Ministra Divina. Existem três grandes classes de querubins e de sanobins, no que diz respeito ao potencial evolucionário:

38:8:2 4232 1. Os Candidatos à Ascensão. Estes seres são, por natureza, candidatos ao status seráfico. Os querubins e os sanobins dessa ordem são brilhantes, ainda que não sejam iguais aos serafins, por dom inerente; mas, por aplicação e experiência, é-lhes possível alcançar a plena condição seráfica.

38:8:3 4233 2. Os Querubins de Fase Intermediária. Os querubins e os sanobins não são todos iguais em potencial de ascensão, e são seres inerentemente limitados das criações angélicas. A maior parte deles permanecerá como querubins e sanobins, embora os indivíduos mais dotados possam alcançar a realização de serviços seráficos limitados.

38:8:4 4234 3. Os Querubins Moronciais. Essas “quartas criaturas” das ordens angélicas sempre retêm as suas características quase materiais. Eles continuarão como querubins e sanobins, junto com uma maioria dos seus irmãos da fase intermediária, dependendo da factualização completa do Ser Supremo.

38:8:5 4235 Enquanto o segundo e o terceiro grupos são de algum modo limitados em potencial de crescimento, os candidatos à ascensão podem alcançar as alturas do serviço seráfico universal. Muitos dentre os mais experientes desses querubins são agregados aos guardiães seráficos do destino; e, assim, são colocados na linha direta de avanço até o status de Educadores nos Mundos das Mansões, quando abandonados pelos seus seniores seráficos. Os guardiães do destino não têm querubins e sanobins como ajudantes, quando os seus protegidos mortais atingem a vida moroncial. E, quando o caminho até Serafington e até o Paraíso é aberto a outros tipos de serafins evolucionários, eles devem abandonar os seus antigos subordinados, ao ultrapassarem os confins de Nebadon. Esses querubins e sanobins deixados para trás são usualmente abraçados pelo Espírito Materno do Universo, chegando, então, a um nível equivalente ao de Educador do Mundo das Mansões, na realização do status seráfico.

38:8:6 4236 Quando, como Educadores dos Mundos das Mansões, os querubins e os sanobins já abraçados houverem servido por muito tempo nas esferas moronciais, do ponto mais baixo até o mais alto, e quando o seu corpo, em Salvington, estiver com excesso de pessoal recrutado, o Brilhante Estrela Matutino convoca esses servidores fiéis das criaturas do tempo para aparecerem diante da sua presença. O juramento da transformação da personalidade é administrado; e, logo após, em grupos de sete mil, esses querubins e sanobins avançados e veteranos são reabraçados pelo Espírito Materno do Universo. Desse segundo abraço, eles emergem como serafins completos. Daí em diante, a carreira plena e completa de um serafim, com todas as suas possibilidades de alcançar o Paraíso, é aberta para esses querubins e sanobins renascidos. Esses anjos podem ser designados como guardiães do destino de algum ser mortal e, se o pupilo mortal alcançar a sobrevivência, eles tornam-se elegíveis para avançar até Serafington e até os sete círculos de realização seráfica; e mesmo até o Paraíso e o Corpo da Finalidade.

9. AS CRIATURAS INTERMEDIÁRIAS


38:9:1 4241 As criaturas intermediárias, ou simplesmente intermediárias, têm uma classificação tríplice: são colocadas apropriadamente ao lado dos Filhos ascendentes de Deus; encontram-se factualmente agrupadas com as ordens de cidadania permanente e, ao mesmo tempo, estão funcionalmente consideradas junto com os espíritos ministradores do tempo, por causa da sua ligação íntima e efetiva com as hostes angélicas no trabalho de servir ao homem mortal, nos mundos individuais do espaço.

38:9:2 4242 Essas criaturas singulares aparecem na maioria dos mundos habitados e são sempre encontradas nos planetas decimais ou de vida experimental, como Urântia. Tais criaturas intermediárias podem ser de dois tipos – a primária e a secundária – e elas surgem pelas seguintes técnicas:

38:9:3 4243 1. As Intermediárias Primárias, o grupo mais espiritual, constitui uma ordem de seres, de um certo modo padronizada, que deriva uniformemente dos mortais ascendentes modificados do grupo de assessores dos Príncipes Planetários. O número de criaturas intermediárias primárias é sempre de cinqüenta mil; e nenhum planeta que desfruta da ministração delas tem um grupo maior.

38:9:4 4244 2. As Intermediárias Secundárias, o grupo mais material dessas criaturas, varia grandemente em número nos diferentes mundos, embora a média seja de cerca de cinqüenta mil. Derivam, de variadas maneiras, dos elevadores biológicos planetários, os Adãos e as Evas, ou da sua progênie imediata. Há nada menos do que vinte e quatro técnicas diferentes envolvidas na produção dessas criaturas intermediárias secundárias, nos mundos evolucionários do espaço. O modo de origem desse grupo, em Urântia, foi inusitado e extraordinário.

38:9:5 4245 Nenhum desses grupos é um acidente evolucionário; ambos são elementos essenciais aos planos predeterminados dos arquitetos do universo, e o seu aparecimento, nos mundos em evolução, na conjuntura oportuna, é feito de acordo com os projetos originais e os planos de desenvolvimento dos Portadores da Vida supervisores.

38:9:6 4246 As intermediárias primárias são energizadas intelectual e espiritualmente pela técnica angélica e são uniformes em status intelectual. Os sete espíritos ajudantes da mente não fazem nenhum contato com elas. E tão somente o sexto e o sétimo, o espírito da adoração e o espírito da sabedoria, estão capacitados a ministrar ao grupo secundário.

38:9:7 4247 As intermediárias secundárias são fisicamente energizadas pela técnica Adâmica, estão ligadas ao circuito espiritual pela técnica seráfica; e, intelectualmente, são dotadas com o tipo de mente moroncial de transição. Elas estão divididas em quatro tipos físicos, em sete ordens espirituais e em doze níveis de sensibilidade intelectual à ministração conjunta dos dois últimos espíritos ajudantes e da mente moroncial. Essas diversificações determinam atividades e compromissos planetários diferentes.

38:9:8 4248 As intermediárias primárias assemelham-se a anjos, mais do que a mortais; as ordens secundárias são muito mais como seres humanos. Cada uma presta ajuda inestimável à outra na execução dos seus múltiplos compromissos planetários. As ministras primárias podem realizar ligação de cooperação tanto com os controladores de energias moronciais e espirituais como com os agentes que colocam a mente em circuito. O grupo das secundárias pode estabelecer conexões de trabalho apenas com os controladores físicos e os manipuladores do circuito material. Contudo, já que cada ordem de intermediárias pode estabelecer sincronia perfeita de contato com a outra, cada grupo é, por isso mesmo, capaz de fazer uso prático de toda a gama de energias, que se estende desde o poder físico grosseiro dos mundos materiais, passando pelas fases de transição das energias do universo e indo até as mais elevadas forças da realidade espiritual dos Reinos celestes.

38:9:9 4251 O abismo entre os mundos material e espiritual fica perfeitamente preenchido pela ligação feita em série, entre o homem mortal e a intermediária secundária, a intermediária primária, o querubim moroncial, o querubim de fase intermediária e os serafins. Na experiência pessoal de um indivíduo mortal, esses vários níveis estão, sem dúvida, mais ou menos unificados e tornam-se pessoalmente significativos por meio das operações misteriosas, que passam desapercebidas, do Ajustador do Pensamento.

38:9:10 4252 Em mundos normais, as intermediárias primárias mantêm o seu serviço como um corpo de inteligência e como provedoras do entretenimento celeste da parte do Príncipe Planetário, ao passo que as ministras secundárias continuam a sua cooperação com o regime Adâmico, levando adiante a causa da civilização progressiva do planeta. No caso de traição do Príncipe Planetário e de falta do Filho Material, como ocorreu em Urântia, as criaturas intermediárias tornam-se as protegidas do Soberano do Sistema e servem sob a direção e guia do custódio em atuação no planeta. Todavia, apenas em três outros mundos, em Satânia, esses seres funcionam como um grupo único, sob uma liderança unificada, como o fazem as ministras intermediárias unidas de Urântia.

38:9:11 4253 O trabalho planetário, tanto o das intermediárias primárias quanto o das secundárias, é variado e diversificado nos inúmeros mundos individuais de um universo; contudo, nos planetas normais e médios, as atividades delas são muito diferentes dos deveres que ocupam o seu tempo nas esferas isoladas, tais como Urântia.

38:9:12 4254 As intermediárias primárias são as historiadoras do planeta; são elas, desde os tempos da chegada do príncipe Planetário, até a idade do estabelecimento em luz e vida, que formulam os aparatos e preparam as descrições da história do planeta, para as mostras e exibições dos planetas, nos mundos-sede centrais do sistema.

38:9:13 4255 As intermediárias permanecem, por longos períodos, em um mundo habitado; porém, caso se conservem fiéis à sua missão, elas serão finalmente, e com toda certeza, reconhecidas pelo seu serviço de toda uma idade, de manter a soberania do Filho Criador; e serão devidamente recompensadas pela sua ministração paciente aos mortais materiais dos mundos do tempo e do espaço. Mais cedo ou mais tarde, todas as intermediárias de mérito serão admitidas nas fileiras dos Filhos ascendentes de Deus e devidamente iniciadas na longa aventura de ascensão ao Paraíso, em companhia daqueles mesmos mortais, de origem animal, os seus irmãos da Terra, a quem elas guardaram com tanto zelo e a quem tão efetivamente serviram durante a sua longa permanência planetária.

38:9:14 4256 [Apresentado por um Melquisedeque, atuando a pedido do Comandante das Hostes Seráficas de Nebadon.]

DOCUMENTO 39

AS HOSTES SERÁFICAS
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Até onde sabemos, o Espírito Infinito, personalizado na sede central do universo local, propõe-se produzir uniformemente serafins perfeitos, todavia, por alguma razão desconhecida, essa progênie seráfica é muito diversificada. Tal diversidade pode ser o resultado da interposição desconhecida da Deidade experiencial em evolução; se for assim, nós não podemos comprová-lo. Observamos porém que, após se haverem sujeitado aos testes educacionais e à disciplina do aperfeiçoamento, clara e infalivelmente, eles passam a ser classificados nos sete grupos seguintes:

4262 1. Serafins Supremos.

4263 2. Serafins Superiores.

4264 3. Serafins Supervisores.

4265 4. Serafins Administradores.

4266 5. Ajudantes Planetários.

4267 6. Ministros de Transição.

4268 7. Serafins do Futuro.

39:0:2 4269 Dizer que qualquer serafim é inferior a um anjo de qualquer outro grupo não seria verdadeiro. Contudo, cada anjo é, em princípio, para o seu serviço, limitado pelo grupo da sua classificação original e inerente. Manotia, o meu agregado seráfico no preparo dessa declaração, é um serafim supremo que, no passado, funcionou apenas como serafim supremo. Por diligência e serviço devotado, ele realizou, um por um, todos os sete serviços seráficos, tendo funcionado em quase todos os caminhos de atividades abertos a um serafim; e agora encontra-se designado como comandante conjunto dos serafins de Urântia.

39:0:3 42610 Os seres humanos algumas vezes acham difícil compreender que uma faculdade criada para um nível mais elevado de ministração não implica necessariamente a capacidade para funcionar em níveis relativamente mais baixos de serviço. O homem começa a sua vida como uma criança indefesa; cada realização mortal deve, pois, abranger todos os pré-requisitos experienciais; os serafins não têm essa vida pré-adulta – a infância. Eles são, contudo, criaturas experienciais e, pela experiência e por meio de educação complementar, podem aumentar os seus dons divinos e inerentes de aptidão, pela aquisição experiencial de habilidade funcional em um ou mais serviços seráficos.

39:0:4 42611 Após haverem sido comissionados, os serafins são designados para as reservas dos seus grupos inerentes. Aqueles que têm o status planetário e de administradores servem, freqüentemente, durante longos períodos na sua classificação original, mas quanto mais alto é o nível da sua função inerente, mais persistentemente os ministros angélicos procuram designações para as ordens mais baixas de serviço no universo. Eles desejam especialmente designações para as reservas dos ajudantes planetários e, se forem bem-sucedidos, entram nas escolas celestes da sede central do Príncipe Planetário de algum mundo evolucionário. E, nelas, começam os estudos das línguas, da história e dos hábitos locais das raças da humanidade. Os serafins devem adquirir conhecimento e ganhar experiência, tanto quanto os seres humanos. Eles não estão muito distantes de vós, em certos atributos de personalidade. E todos eles anseiam por começar de baixo, no nível mais baixo possível da ministração; assim, eles podem almejar chegar ao nível mais elevado possível do destino experiencial.

1. SERAFINS SUPREMOS


39:1:1 4271 Estes são os mais elevados serafins entre as sete ordens reveladas de anjos do universo local. Eles funcionam em sete grupos e cada um deles está intimamente associado aos ministros angélicos do Corpo Seráfico dos Completos.

39:1:2 4272 1. Ministros do Filho-Espírito. O primeiro grupo dos serafins supremos é designado para o serviço dos Filhos elevados e dos seres originais do Espírito, residentes e funcionando no universo local. Este grupo de ministros angélicos também serve ao Filho do Universo e ao Espírito do Universo, e está intimamente afiliado ao corpo de informações do Brilhante Estrela Matutino, o principal executivo no universo das vontades unidas do Filho Criador e do Espírito Criativo Materno.

39:1:3 4273 Sendo designados para os Filhos e para os Espíritos elevados, esses serafins estão naturalmente associados aos serviços múltiplos dos Avonais do Paraíso, a progênie divina do Filho Eterno e do Espírito Infinito. Os Avonais do Paraíso são sempre assistidos, em todas as missões magisteriais e de auto-outorga, por essa ordem elevada e experiente de serafins que, nesses momentos, se devotam a organizar e a administrar o trabalho especial ligado ao término de uma dispensação planetária e à inauguração de uma nova idade. Mas a eles não concerne o trabalho de julgamento, que poderia ser pertinente a essa mudança de dispensações.

39:1:4 4274 Os Ajudantes das Auto-Outorgas. Os Avonais do Paraíso, mas não os Filhos Criadores, quando em uma missão de auto-outorga, são sempre acompanhados por um corpo de 144 ajudantes das auto-outorgas. Esses 144 anjos são os chefes de todos os outros ministros do Filho-Espírito que possam estar ligados a uma missão de outorga. Poderia haver, talvez, legiões sujeitas ao comando de um Filho de Deus encarnado para uma auto-outorga planetária, mas todos esses serafins seriam organizados e dirigidos pelos 144 ajudantes das auto-outorgas. Ordens mais elevadas de anjos, supernafins e seconafins poderiam também formar uma parte da hoste de ajudantes e, ainda que as suas missões fossem diferentes das dos serafins, todas essas atividades seriam coordenadas pelos ajudantes das auto-outorgas.

39:1:5 4275 Tais ajudantes das auto-outorgas são serafins consumados; todos eles atravessaram os círculos de Serafington e alcançaram o Corpo Seráfico dos Completos. E foram ainda mais especialmente treinados para fazer frente às dificuldades e para arcar com as emergências associadas às auto-outorgas dos Filhos de Deus, visando o avanço dos filhos do tempo. Todos esses serafins alcançaram o Paraíso e o abraço pessoal do Filho Eterno, Segunda Fonte e Centro.

39:1:6 4276 Os serafins igualmente anseiam por serem designados para as missões dos Filhos encarnados; e por serem agregados, como guardiães do destino, aos mortais dos reinos; sendo este último o mais seguro passaporte seráfico para o Paraíso; ao passo que os ajudantes das auto-outorgas realizam o mais elevado serviço, no universo local, entre os serafins Completos que já hajam alcançado o Paraíso.

39:1:7 4281 2. Conselheiros dos Tribunais. Estes são os conselheiros seráficos e os ajudantes agregados de todas as espécies de tribunais de julgamentos, desde os conciliadores até os tribunais mais altos dos reinos. Não é propósito desses tribunais determinar as sentenças punitivas, mas, sim, julgar divergências sinceras de opinião e decretar a sobrevivência eterna dos mortais ascendentes. E nisto está o dever dos conselheiros da corte: providenciar para que todas as acusações contra as criaturas mortais sejam expostas com justiça e julgadas com misericórdia. Nesse trabalho, eles estão intimamente associados aos Altos Comissários, mortais ascendentes fusionados ao Espírito, servindo no universo local.

39:1:8 4282 Os conselheiros seráficos da corte servem extensivamente como defensores dos mortais. Não que jamais haja existido qualquer disposição de ser injusto para com as criaturas inferiores dos reinos, todavia, enquanto a justiça demanda o julgamento de todas as faltas durante a escalada até a divina perfeição, a misericórdia requer que todo passo errado seja julgado com equanimidade, de acordo com a natureza da criatura e o propósito divino. Esses anjos são os expoentes e o exemplo do elemento da misericórdia inerente à justiça divina – da eqüidade baseada no conhecimento dos fatos subjacentes, dos motivos pessoais e das tendências raciais.

39:1:9 4283 Essa ordem de anjos serve, desde aos conselhos dos Príncipes Planetários, até aos mais altos tribunais do universo local, enquanto os seus parceiros, do Corpo Seráfico dos Completos, atuam nos reinos mais altos de Orvonton e até mesmo nas cortes dos Anciães dos Dias em Uversa.

39:1:10 4284 3. Orientadores do Universo. Estes são os verdadeiros amigos e conselheiros pós-graduados de todas as criaturas ascendentes que fazem uma última estada em Salvington, no universo de origem delas, e que estão no umbral da aventura espiritual que se apresenta diante delas, no vasto superuniverso de Orvonton. E, neste momento, muitos seres ascendentes têm um sentimento tal que os mortais só poderiam entender fazendo uma comparação com a emoção humana da saudade. Para trás ficam os reinos das realizações, reinos que se tornaram familiares pelo longo serviço e realizações moronciais; à frente está o mistério desafiante de um universo maior e mais vasto.

39:1:11 4285 É tarefa dos orientadores do universo facilitar a passagem dos peregrinos ascendentes desde os níveis alcançados para os níveis não alcançados de serviço, no universo, e ajudar esses peregrinos a fazer os ajustamentos caleidoscópicos para a compreensão dos significados e dos valores inerentes à compreensão da posição de um ser espiritual do primeiro estágio; posição esta que não se encontra no fim, nem no clímax da ascensão moroncial no universo local, mas, que ainda está no ponto mais baixo da longa escada de ascensão espiritual até o Pai Universal no Paraíso.

39:1:12 4286 Muitos dos graduados de Serafington, membros do Corpo Seráfico dos Completos, que estão associados a esses serafins, engajam-se no ensino extensivo em certas escolas de Salvington, ligadas ao preparo das criaturas de Nebadon para as relações da próxima idade do universo.

39:1:13 4287 4. Conselheiros do Ensino. Estes anjos assistentes são de uma ajuda inestimável para o corpo espiritual de ensino do universo local. Os conselheiros do ensino são os secretários de todas as ordens de mestres, desde os Melquisedeques e os Filhos Instrutores da Trindade, até os mortais moronciais designados como ajudantes daqueles da sua espécie que estão imediatamente atrás deles na escala da vida ascendente. Vós vereis, pela primeira vez, esses serafins associados ensinando em algum dos sete mundos das mansões que giram em torno de Jerusém.

39:1:14 4288 Esses serafins tornam-se os colaboradores dos chefes de divisão das inúmeras instituições educacionais e de aperfeiçoamento dos universos locais, e encontram-se agregados, em grande número, às faculdades dos sete mundos de aperfeiçoamento dos sistemas locais e às setenta esferas educacionais das constelações. Essas ministrações estendem-se até os mundos individuais. Mesmo os mestres verdadeiros e consagrados do tempo são assistidos, e muitas vezes acompanhados, por esses serafins supremos conselheiros.

39:1:15 4291 A quarta auto-outorga como criatura, do Filho Criador, foi à semelhança de um conselheiro de ensino dos serafins supremos de Nebadon.

39:1:16 4292 5. Diretores das Designações. Um corpo de 144 serafins supremos é eleito, de tempos em tempos, pelos anjos que servem nas esferas evolucionárias e arquitetônicas habitadas por criaturas. Este é o mais elevado conselho angélico de qualquer esfera, e ele coordena as fases autodirigidas do serviço e das designações seráficas. Esses anjos presidem a todas as assembléias seráficas que pertencem à linha do dever ou ao chamado à adoração.

39:1:17 4293 6. Registradores. Estes são os registradores oficiais dos serafins supremos. Muitos desses anjos elevados nasceram com os seus dons completamente desenvolvidos; outros se qualificaram para as suas posições de confiança e responsabilidade, pela sua aplicação diligente ao estudo e uma atuação fiel em deveres semelhantes, quando estiveram agregados a ordens mais baixas ou de menos responsabilidade.

39:1:18 4294 7. Ministros sem Vínculo. Um grande número de serafins não vinculados da ordem suprema é de servidores autodirigidos nas esferas arquitetônicas e nos planetas habitados. Esses ministros satisfazem voluntariamente ao aumento da demanda do serviço dos serafins supremos, constituindo, assim, a reserva geral dessa ordem.

2. SERAFINS SUPERIORES


39:2:1 4295 Os serafins superiores recebem o seu nome, não porque sejam qualitativamente superiores a outras ordens de anjos, mas porque estão encarregados das mais altas atividades de um universo local. Muitos, dentre os dois primeiros grupos desse corpo de serafins, são serafins de designação, anjos que serviram em todas as fases do aperfeiçoamento e que retornaram para um compromisso glorificado como diretores da sua espécie, nas esferas das suas atividades anteriores. Sendo um universo jovem, Nebadon não tem muitos dessa ordem.

39:2:2 4296 Os serafins superiores atuam nos sete grupos seguintes:

39:2:3 4297 1. O Corpo de Informação. Estes serafins pertencem ao corpo de assistentes pessoais de Gabriel, o Brilhante Estrela Matutino. Eles cobrem o universo local, recolhendo as informações dos reinos para a orientação de Gabriel nos conselhos de Nebadon. Eles são o corpo de informação das hostes poderosas presididas por Gabriel, como vice-regente do Filho Mestre. Esses serafins não estão diretamente afiliados nem aos sistemas, nem às constelações, e as suas informações chegam diretamente a Salvington por meio de um circuito contínuo, direto e independente.

39:2:4 4298 Os corpos de informação dos vários universos locais podem intercomunicar-se, todavia fazem-no apenas dentro de um determinado superuniverso. Há um diferencial de energia que efetivamente separa os assuntos e as transações dos vários supergovernos. Um superuniverso em geral pode comunicar-se com outro superuniverso apenas por meio das provisões e das instalações do centro distribuidor do Paraíso.

39:2:5 4301 2. A Voz da Misericórdia. A misericórdia é a tônica do serviço seráfico e da ministração angélica. E, portanto, para satisfazer a isso é que deve haver um corpo de anjos que, de um modo especial, retrate a misericórdia. Esses serafins são os verdadeiros ministros da misericórdia aos universos locais. Eles são os líderes inspirados que fomentam os impulsos mais elevados e as emoções mais sagradas dos homens e anjos. Os diretores dessas legiões passam a ser agora, e sempre, serafins completos que são também guardiães graduados do destino mortal; isto é, cada par angélico já guiou pelo menos uma alma, de origem animal, durante a vida na carne, e atravessou subseqüentemente os círculos de Serafington, tendo sido incorporado ao Corpo Seráfico dos Completos.

39:2:6 4302 3. Os Coordenadores do Espírito. O terceiro grupo de serafins superiores está baseado em Salvington, mas funciona no universo local e em qualquer lugar onde possa prestar serviços fecundos. Ainda que as tarefas deles sejam essencialmente espirituais e, portanto, ainda que estejam além do entendimento verdadeiro das mentes humanas, vós podereis captar talvez algo da sua ministração aos mortais, se vos for explicado que a esses anjos é confiada a tarefa de preparar os seres ascendentes na sua jornada a Salvington, para o seu último trânsito dentro do universo local – desde o mais alto nível moroncial até o status de seres espirituais recém-nascidos. Do mesmo modo que os planejadores da mente, nos mundos das mansões, ajudam as criaturas sobreviventes a ajustarem-se à mente moroncial e a fazerem um uso eficaz dos potenciais dela, esses serafins instruem os graduados moronciais de Salvington no que diz respeito às capacidades recém-alcançadas pela mente espiritual. E eles servem aos mortais ascendentes de muitos outros modos.

39:2:7 4303 4. Os Mestres Assistentes. Os mestres assistentes são os ajudantes e colaboradores dos seus companheiros serafins, os conselheiros do ensino. Eles estão também individualmente relacionados aos empreendimentos educacionais extensivos do universo local, especialmente aos do esquema sétuplo de aperfeiçoamento, operante nos mundos das mansões dos sistemas locais. Um maravilhoso corpo dessa ordem de serafins funciona em Urântia com o propósito de fomentar e levar adiante a causa da verdade e da retidão.

39:2:8 4304 5. Os Transportadores. Todos os grupos de espíritos ministradores têm o seu corpo de transporte; ordens angélicas dedicadas ao provimento do transporte para as personalidades que são incapazes de viajar, por si próprias, de uma esfera para a outra. O quinto grupo de serafins superiores tem a sua sede central em Salvington e serve como transportadores no espaço para ir à sede central do universo local e para voltar dela. Como em outras subdivisões dos serafins superiores, alguns foram criados como tais, enquanto outros ascenderam de grupos mais baixos ou menos dotados.

39:2:9 4305 O “alcance energético” dos serafins é completamente adequado ao universo local e preenche mesmo as exigências para transitar no superuniverso, mas eles não poderiam suportar a demanda de energia requerida em uma viagem tão longa quanto a de Uversa até Havona. Essa viagem tão exaustiva requer os poderes especiais de um seconafim primário com os dons do transporte. Os transportadores carregam-se com a energia para o vôo durante o próprio trânsito e recuperam o poder pessoal no fim da viagem.

39:2:10 4306 Mesmo em Salvington, os mortais ascendentes não possuem modos pessoais de transitar. Os seres ascendentes devem depender do transporte seráfico para avançar de mundo a mundo, até depois do último descanso do sono no círculo mais interno de Havona e do despertar eterno no Paraíso. Depois disso, vós não mais sereis dependentes de anjos para o vosso transporte de universo para universo.

39:2:11 4307 O processo de ser enserafinado não é diferente da experiência da morte ou do sono, exceto pelo fato de haver um elemento automático de tempo, no sono do trânsito. Vós permaneceis conscientemente inconscientes durante o descanso seráfico. Mas o Ajustador do Pensamento está plena e totalmente consciente e, de fato, é excepcionalmente eficiente, pois vós ficais incapazes de vos opordes, de resistirdes, ou, de qualquer outro modo, de impedirdes o seu trabalho criativo e de transformação.

39:2:12 4311 Quando enserafinados, vós ireis dormir por um tempo específico, e ireis acordar no momento designado. A duração de uma jornada, quando em sono de trânsito, é irrelevante. Vós não ficais diretamente conscientes do passar do tempo. É como se vós fôsseis dormir em um veículo de transporte em uma cidade e, depois de descansar em um sono pacífico durante toda a noite, acordásseis em uma outra metrópole distante. Vós viajastes enquanto dormíeis. E, assim, voais através do espaço, enserafinados, enquanto descansais – adormecidos. O sono de trânsito é induzido pela ligação entre os Ajustadores e os transportadores seráficos.

39:2:13 4312 Os anjos não podem transportar corpos combustíveis – de carne e osso – como os que vós tendes agora, mas eles podem transportar todos os outros, da mais baixa constituição moroncial às mais elevadas formas espirituais. Eles não atuam no evento da morte natural. Quando vós terminais a vossa carreira terrena, o vosso corpo permanece neste planeta. O vosso Ajustador do Pensamento prossegue para o seio do Pai, e os anjos transportadores não se encontram ligados diretamente à reconstituição, subseqüente, da vossa personalidade, no mundo de identificação nas mansões. Ali o vosso novo corpo é uma forma moroncial, daquelas que podem enserafinar-se. Vós “semeais um corpo mortal” na sepultura; e “colheis uma forma moroncial” no mundo das mansões.

39:2:14 4313 6. Os Registradores. Estas personalidades ocupam-se especialmente com a recepção, preenchimento e reenvio dos registros de Salvington e dos seus mundos interassociados. Eles também servem como registradores especiais para os grupos residentes do superuniverso e para as personalidades mais elevadas, tais como os oficiais das cortes de Salvington e os secretários dos seus governantes.

39:2:15 4314 Os Difusores – os recebedores e os emissores – constituem uma subdivisão especializada dos registradores seráficos, ocupando-se com o envio dos registros e com a disseminação da informação essencial. O seu trabalho é de uma ordem elevada, estando ligados a tantos circuitos múltiplos que 144 000 mensagens podem atravessar simultaneamente as mesmas linhas de energia. Eles adaptam as técnicas ideográficas mais apuradas dos chefes superáficos registradores e, com esses símbolos comuns, mantêm contato recíproco, tanto com os coordenadores da informação dos supernafins terciários, quanto com os coordenadores glorificados da informação do Corpo Seráfico dos Completos.

39:2:16 4315 Os registradores seráficos da ordem superior efetivam, assim, uma ligação íntima com o corpo de informação da sua própria ordem e com todos os registradores subordinados, enquanto as emissões capacitam-nos a manter comunicação constante com os registradores mais elevados do superuniverso e, por intermédio desse canal, com os registradores de Havona e com os custódios do conhecimento no Paraíso. Muitos, da ordem superior dos registradores, são serafins ascendentes vindos de deveres semelhantes, em seções mais baixas do universo.

39:2:17 4316 7. As Reservas. Amplas reservas de todos os tipos de serafins superiores são mantidas em Salvington, disponíveis instantaneamente para serem despachadas aos mundos mais longínquos de Nebadon, tão logo sejam requisitadas pelos diretores da designação ou a pedido dos administradores do universo. As reservas de serafins superiores também fornecem ajudantes mensageiros quando estes são requisitados pelo comandante dos Brilhantes Estrelas Vespertinos, a quem estão confiados a custódia e o despacho de todas as comunicações pessoais. Um universo local é plenamente provido de meios adequados de intercomunicação, mas há sempre um resíduo de mensagens requerendo que o seu despacho seja feito por meio de mensageiros pessoais.

39:2:18 4321 As reservas básicas para todo o universo local são mantidas nos mundos seráficos de Salvington. Esse corpo inclui todos os tipos de anjos.

3. SERAFINS SUPERVISORES


39:3:1 4322 Esta versátil ordem de anjos do universo é designada para o serviço exclusivo das constelações. Esses hábeis ministros têm sua sede central nas capitais das constelações, mas atuam, em todo o Nebadon, na defesa do interesse dos reinos das suas designações.

39:3:2 4323 1. Os Assistentes da Supervisão. A primeira ordem dos serafins supervisores é designada para o trabalho coletivo dos Pais da Constelação, e eles são os ajudantes, sempre eficientes, dos Altíssimos. Esses serafins ocupam-se primariamente com a unificação e a estabilização de toda uma constelação.

39:3:3 4324 2. Os Prognosticadores da Lei. A fundação intelectual da justiça é a lei e, em um universo local, a lei origina-se nas assembléias legislativas das constelações. Esses corpos deliberativos codificam e promulgam formalmente as leis básicas de Nebadon, leis destinadas a proporcionar a maior coordenação possível de toda uma constelação de acordo com a política fixada de não-transgressão do livre-arbítrio moral das criaturas pessoais. É dever da segunda ordem de serafins supervisores colocar, diante dos legisladores da constelação, um prognóstico de como qualquer comando proposto afetaria as vidas das criaturas de livre-arbítrio. Eles estão bem qualificados para executar esse serviço, em virtude de terem longa experiência nos sistemas locais e nos mundos habitados. Esses serafins não procuram nenhum favor especial para um grupo, nem para outro; eles aparecem, diante dos elaboradores celestes das leis, para falar por aqueles que não podem estar presentes nem falar por si próprios. Até o homem mortal pode contribuir para a evolução da lei do universo, pois esses mesmos serafins, plena e fielmente, retratam não necessariamente os desejos transitórios e conscientes do homem, mas, sim, as verdadeiras aspirações do homem interior, da alma moroncial em evolução do mortal material nos mundos do espaço.

39:3:4 4325 3. Os Arquitetos Sociais. Dos planetas individuais até os mundos moronciais de aperfeiçoamento, esses serafins trabalham para engrandecer todos os contatos sociais sinceros e levar adiante a evolução social das criaturas do universo. São esses anjos que procuram despojar de toda artificialidade os grupos de seres inteligentes, empenhando-se, ao mesmo tempo, em facilitar a interassociação das criaturas de vontade com base em um verdadeiro auto-entendimento e uma valoração mútua genuína.

39:3:5 4326 Os arquitetos sociais tudo fazem dentro do seu domínio e poder para reunir indivíduos de modo a constituir grupos de trabalho eficientes e agradáveis nos planetas; e, algumas vezes, esses grupos têm encontrado a si próprios novamente re-associados nos mundos das mansões, para um serviço frutífero e continuado. Não é sempre, porém, que esses serafins alcançam as suas metas; nem sempre são capazes de reunir aqueles que formariam o mais ideal dos grupos, para realizar um dado propósito, ou para executar uma certa tarefa; sob essas condições, eles devem utilizar da melhor maneira o material disponível.

39:3:6 4327 Esses anjos continuam a sua ministração nos mundos das mansões e nos mundos moronciais mais elevados. Eles ocupam-se de qualquer empreendimento que tenha a ver com o progresso nos mundos moronciais e que envolva três ou mais pessoas. Dois seres são considerados como operando em uma forma de casal, complementarmente, ou em sociedade; mas, quando três ou mais agrupam-se para o serviço, eles constituem uma questão social e, portanto, caem na jurisdição dos arquitetos sociais. Esses eficientes serafins estão organizados em setenta divisões em Edêntia; e tais divisões ministram nos setenta mundos moronciais de progressão que circundam as esferas da sede central.

39:3:7 4331 4. Os Sensibilizadores Éticos. A missão desses serafins é fomentar e promover o crescimento do valor que a criatura dá à moralidade, nas relações interpessoais, pois ela é a semente e o segredo do crescimento contínuo e pleno de propósito da sociedade e do governo humano ou supra-humano. Esses estimuladores da apreciação ética funcionam em todo e qualquer lugar onde possam ser de utilidade, como conselheiros voluntários dos governantes planetários e como mestres de intercâmbio nos mundos de aperfeiçoamento dos sistemas. Contudo, vós não vireis a estar plenamente sob o seu cuidado antes de chegardes às escolas de irmandade em Edêntia, onde eles irão estimular a vossa apreciação daquelas verdades da fraternidade que vós ireis então explorar seriamente, por meio da experiência efetiva de viver com os univitátias nos laboratórios sociais de Edêntia, os setenta satélites da capital de Norlatiadeque.

39:3:8 4332 5 . Os Transportadores. O quinto grupo de serafins supervisores opera como transportadores de personalidades, carregando seres, em um circuito de ida e volta, às sedes centrais das constelações. Esses serafins de transporte, durante o vôo de uma esfera para outra, estão plenamente conscientes da sua velocidade, direção e posição astronômica; não atravessam o espaço como um projétil inanimado. Eles podem passar perto um do outro, durante o vôo no espaço, sem o menor perigo de colisão. E são plenamente capazes de variar a velocidade de progressão e de alterar a direção do vôo, e mesmo de modificar os destinos se os seus diretores os instruírem a fazê-lo em qualquer entroncamento espacial, nos circuitos da inteligência do universo.

39:3:9 4333 Essas personalidades de transporte são organizadas de um tal modo que possam utilizar simultaneamente todas as três linhas de energia universalmente distribuídas; cada uma com a velocidade desimpedida de 299 725 quilômetros por segundo no espaço. Desse modo, esses transportadores são capazes de superpor velocidades da energia à velocidade da potência até atingirem uma velocidade média, nas suas longas jornadas, que varia entre 893 000 e 899 400 quilômetros por segundo do vosso tempo. A velocidade é alterada pela massa e proximidade de matéria e pela força e direção dos circuitos próximos principais de poder do universo. Há inúmeros tipos de seres, semelhantes aos serafins, que são capazes de atravessar o espaço e que também são capazes de transportar outros seres que hajam sido preparados adequadamente.

39:3:10 4334 6. Os Registradores. A sexta ordem de serafins supervisores atua como registradora especial dos assuntos da constelação. Um corpo grande e eficiente funciona em Edêntia, a sede central da constelação de Norlatiadeque, à qual pertencem o vosso sistema e o vosso planeta.

39:3:11 4335 7. As Reservas. As reservas gerais dos serafins supervisores são mantidas nas sedes centrais das constelações. Estes reservistas angélicos não são inativos em nenhum sentido; muitos servem como mensageiros ajudantes para os governantes das constelações; outros ficam agregados às reservas de Vorondadeques não designados, em Salvington; outros ainda podem continuar agregados aos Filhos Vorondadeques nos compromissos especiais: de observadores Vorondadeques, e, algumas vezes, de Regentes Altíssimos de Urântia.

4. SERAFINS ADMINISTRADORES


39:4:1 4341 A quarta ordem de serafins está designada para os deveres administrativos dos sistemas locais. Eles são naturais das capitais dos sistemas, porém estão estacionados, em grande número, nas esferas moronciais e das mansões, e nos mundos habitados. Os serafins de quarta-ordem são, por natureza, dotados com habilidades administrativas incomuns. Eles são os assistentes habilitados dos diretores das divisões mais baixas do governo do Filho Criador do universo e ocupam-se principalmente dos assuntos dos sistemas locais e seus mundos componentes. Para o serviço, eles organizam-se do modo seguinte:

39:4:2 4342 1. Os Assistentes Administrativos. Estes serafins capacitados são os assistentes imediatos de um Soberano de Sistema, um Filho Lanonandeque primário. Eles são ajudantes de valor inestimável, na execução dos detalhes intrincados do trabalho executivo, nas sedes centrais do sistema. Eles também servem como agentes pessoais dos governantes do sistema, viajando, em grande número, indo e voltando aos vários mundos de transição e aos planetas habitados, executando muitos mandatos para o bem-estar do sistema e no interesse físico e biológico dos seus mundos habitados.

39:4:3 4343 Esses mesmos administradores seráficos estão também vinculados aos governantes dos mundos, os Príncipes Planetários. A maioria dos planetas, em um mesmo universo, está, cada um, sob a jurisdição de um Filho Lanonandeque secundário, mas, em certos mundos, como Urântia, tem havido um desvio do plano divino. No caso da traição de um Príncipe Planetário, esses serafins passam a ser vinculados aos Melquisedeques, que recebem o mandato, e aos seus sucessores na autoridade planetária. O governante atual de Urântia é assistido por um corpo de mil serafins dessa versátil ordem.

39:4:4 4344 2. Os Guias da Justiça. Estes são os anjos que apresentam o sumário das evidências úteis ao bem-estar eterno dos homens e dos anjos, quando essas questões surgem para julgamento nos tribunais de um sistema ou planeta. Eles preparam as declarações para todas as audiências preliminares envolvendo a sobrevivência mortal; declarações que são subseqüentemente levadas junto com os registros desses casos aos tribunais mais altos do universo e superuniverso. A defesa de todos os casos em dúvida, quanto à sobrevivência, é preparada por esses serafins, que têm uma compreensão perfeita de todos os detalhes de cada aspecto de tudo que pesa nas acusações lançadas pelos administradores da justiça do universo.

39:4:5 4345 Não é missão desses anjos derrotar ou retardar a justiça, mas, sim, assegurar que uma justiça sem erros seja feita, com misericórdia generosa e com eqüidade, a todas as criaturas. Esses serafins freqüentemente funcionam nos mundos locais, comumente aparecendo diante dos trios de árbitros das comissões de conciliação – as cortes para desentendimentos menores. Muitos dos que já serviram como Guias da Justiça, nos reinos mais baixos, mais tarde aparecem como Vozes da Misericórdia nas esferas mais altas e em Salvington.

39:4:6 4346 Na rebelião de Lúcifer, em Satânia, poucos guias da justiça foram perdidos, porém mais de um quarto dos outros serafins administradores e das ordens mais baixas de ministros seráficos ficou desguiada e iludida pelos sofismas da liberdade pessoal desenfreada.

39:4:7 4347 3. Os Intérpretes da Cidadania Cósmica. Quando os mortais ascendentes houverem completado o aperfeiçoamento nos mundos das mansões, o primeiro aprendizado como estudantes na carreira do universo, ser-lhes-á permitido desfrutar das satisfações transitórias de uma maturidade relativa – a cidadania na capital do sistema. Conquanto o alcance de cada meta ascendente seja uma realização real, no sentido mais amplo, essas metas são simplesmente marcos no longo trajeto ascendente até o Paraíso. No entanto, por mais relativos que esses êxitos possam ser, a nenhuma criatura evolucionária jamais é negada a plena, ainda que passageira, satisfação de haver alcançado um objetivo. De quando em quando, há uma pausa na ascensão ao Paraíso, uma curta parada para respirar, durante a qual os horizontes no universo permanecem quietos, o status da criatura fica estacionário e a personalidade sente o gosto da doçura de haver atingido o seu objetivo.

39:4:8 4351 O primeiro desses períodos na carreira de um ascendente mortal ocorre na capital de um sistema local. Durante essa pausa, como cidadãos de Jerusém, vós intentareis expressar, na vida de criatura, aquelas coisas que vós adquiristes durante as oito experiências precedentes de vida – que abrangem a de Urântia e a dos sete mundos das mansões.

39:4:9 4352 Os intérpretes seráficos da cidadania cósmica guiam os novos cidadãos das capitais do sistema, e estimulam a sua apreciação das responsabilidades do governo do universo. Esses serafins estão também intimamente associados aos Filhos Materiais na administração do sistema; e retratam a responsabilidade e a moralidade da cidadania cósmica para os mortais materiais nos mundos habitados.

39:4:10 4353 4. Os Estimuladores da Moralidade. Nos mundos das mansões, vós começais a aprender o autogoverno, que beneficia a todos os envolvidos. A vossa mente aprende a cooperar, aprende como planejar com outros seres mais sábios. Nas sedes centrais dos sistemas, os instrutores seráficos irão estimular mais ainda a vossa apreciação da moralidade cósmica – as interações da liberdade com a lealdade.

39:4:11 4354 O que é lealdade? É o fruto de uma valoração inteligente da irmandade no universo: não se deveria tomar muito e não dar nada. À medida que ascendeis na escala da personalidade, primeiro aprendeis a ser leais, depois a amar, depois a ser filiais e, então, podereis ser livres; mas não podereis auto-alcançar a finalidade da liberdade antes de vos tornardes finalitores, antes de haverdes alcançado a perfeição da lealdade.

39:4:12 4355 Esses serafins ensinam a fecundidade da paciência: que a estagnação é a morte certa, mas que o crescimento rápido em excesso é igualmente suicida; que, como uma gota de água cai do nível mais alto para o mais baixo e continua a fluir, indo sempre para baixo, em uma sucessão de pequenas quedas, assim também para cima é o progresso nos mundos moronciais e do espírito – igualmente devagar e por meio de estágios igualmente gradativos.

39:4:13 4356 Para os mundos habitados, os estimuladores da moralidade retratam a vida mortal como uma corrente contínua de muitos elos. A vossa curta permanência em Urântia, esta esfera da infância mortal, é apenas um elo, o primeiríssimo na longa cadeia que irá estender-se através dos universos e através das idades eternas. Não é tanto o que aprendeis nesta primeira vida; é a experiência de viver essa vida que é importante. Mesmo o trabalho deste mundo, por mais importante que seja, não tem tanta importância quanto a maneira pela qual vós fazeis esse trabalho. Não há nenhuma recompensa material para a vida na retidão, mas há a satisfação profunda – da consciência da realização – e isso transcende qualquer recompensa material concebível.

39:4:14 4357 As chaves do Reino dos céus são: a sinceridade, e mais sinceridade e mais sinceridade ainda. Todos os homens têm o alcance dessas chaves. Os homens usam-nas – avançam em status espiritual – por meio de decisões, de mais decisões e mais decisões ainda. A escolha moral mais elevada é a escolha do valor mais elevado possível e – em toda e qualquer esfera –, isso sempre significa escolher fazer a vontade de Deus. Se o homem escolhe assim, ele é grande, ainda que seja o mais humilde cidadão de Jerusém ou mesmo o menor dos mortais de Urântia.

39:4:15 4361 5. Os Transportadores. Estes são os serafins de transporte que funcionam nos sistemas locais. Em Satânia, o vosso sistema, eles levam os passageiros a Jerusém e os trazem de volta, e também servem como transportadores interplanetários. Raramente passa um dia sem que um serafim de transporte de Satânia deposite algum visitante estudante ou algum outro viajante, de natureza espiritual ou semi-espiritual, nas margens de Urântia. Esses mesmos cruzadores do espaço irão, algum dia, levar-vos, em um circuito de ida e volta, aos vários mundos do grupo da sede central do sistema e, quando houverdes concluído os vossos compromissos em Jerusém, eles vos levarão adiante, até Edêntia. Sob nenhuma circunstância, contudo, eles vos carregarão de volta ao mundo de origem humana. Um mortal nunca retorna ao seu planeta de nascimento, durante a dispensação da sua existência temporal, e, se ele devesse retornar durante uma dispensação subseqüente, seria acompanhado por um serafim de transporte do grupo da sede central do universo.

39:4:16 4362 6. Os Registradores. Estes serafins são os guardiães dos registros tríplices dos sistemas locais. O templo dos registros, na capital de um sistema, é uma estrutura singular, uma terça parte é material, construída de metais luminosos e de cristais; outra terça parte é moroncial, fabricada com a ligação da energia espiritual com a material e, para além do alcance da visão mortal; e uma terça parte é espiritual. Os registradores dessa ordem mantêm esse sistema tríplice de registros e presidem a ele. Os mortais ascendentes irão primeiramente consultar os arquivos materiais; os Filhos Materiais e os seres de transição, mais elevados, consultam os arquivos das salas moronciais; enquanto os serafins e as personalidades espirituais mais elevadas do reino pesquisam nos registros das seções do espírito.

39:4:17 4363 7. As Reservas. O corpo de reserva de serafins administradores em Jerusém passa grande parte do tempo de espera servindo como companheiros espirituais, junto aos mortais ascendentes recém-chegados de vários mundos do sistema – os graduados acreditados dos mundos das mansões. Uma das delícias da vossa permanência em Jerusém será conversar e estar, durante os períodos de férias, com esses serafins bastante viajados, e de muitas experiências, que vos aguardam no corpo de reserva.

39:4:18 4364 São exatamente os relacionamentos amigáveis desse tipo que tornam uma capital de sistema tão querida para os mortais ascendentes. Em Jerusém, ireis encontrar o primeiro congraçamento entre Filhos Materiais, anjos e peregrinos ascendentes. Ali se confraternizam os seres que são totalmente espirituais com os semi-espirituais e os indivíduos que acabam de emergir da existência material. As formas mortais estão tão modificadas ali e as gamas da reações humanas à luz encontram-se tão ampliadas, que todos poderão desfrutar do reconhecimento mútuo e da compreensão simpática das personalidades.

5. AJUDANTES PLANETÁRIOS


39:5:1 4365 Estes serafins mantêm as suas sedes centrais nas capitais dos sistemas e, sendo intimamente ligados aos cidadãos Adâmicos residentes, são primáriamente designados para o serviço dos Adãos planetários, os elevadores biológicos ou físicos das raças materiais nos mundos evolucionários. O trabalho da ministração dos anjos torna-se de interesse crescente à medida que se avizinha dos mundos habitados, à medida que abrange os problemas reais enfrentados pelos homens e mulheres do tempo que se preparam a si próprios para o esforço de alcançar a meta da eternidade.

39:5:2 4371 Em Urântia, a maioria dos ajudantes planetários foi retirada quando do colapso do regime Adâmico; e a supervisão seráfica do vosso mundo recaiu, em maior grau, sobre os administradores, os ministros de transição e os guardiães do destino. Todavia, os ajudantes seráficos dos vossos Filhos Materiais faltosos servem ainda, em Urântia, nos grupos seguintes:

39:5:3 4372 1. As Vozes do Jardim. Quando o curso planetário da evolução humana está atingindo o seu mais alto nível biológico, sempre surgem os Filhos e Filhas Materiais, os Adãos e Evas, para dar incremento à evolução ulterior das raças com a contribuição factual do seu plasma vital superior. A sede central planetária desse Adão e dessa Eva é denominada usualmente de Jardim do Éden, e os seus serafins pessoais freqüentemente são conhecidos como as “Vozes do Jardim”. Esses serafins prestam um serviço inestimável aos Adãos Planetários em todos os seus projetos para a elevação física e intelectual das raças evolucionárias. Depois da falta Adâmica, em Urântia, alguns desses serafins foram deixados no planeta e designados para os sucessores em autoridade de Adão.

39:5:4 4373 2. Os Espíritos da Fraternidade. Quando um Adão e uma Eva chegam a um mundo evolucionário, deveria ficar claro que a tarefa de efetivar a harmonia racial e a cooperação social entre as diversas raças devesse ter proporções consideráveis. Raramente as raças de cores diferentes e naturezas variadas aceitam, com simpatia, o plano de irmandade humana. Esses homens primitivos somente chegam a compreender a sabedoria da interassociação pacífica por meio de uma experiência humana amadurecida e da ministração fiel dos espíritos seráficos da fraternidade. Sem o trabalho desses serafins, os esforços dos Filhos Materiais de harmonizar e fazer as raças avançarem, em um mundo em evolução, teriam os seus resultados grandemente retardados. E, caso o vosso Adão houvesse aderido ao plano original, para o avanço de Urântia, a essa altura esses espíritos da irmandade já teriam realizado transformações inacreditáveis na raça humana. Considerando a falta Adâmica, de fato é notável que essas ordens seráficas tenham sido capazes de fomentar e trazer à realização até mesmo o nível atual de irmandade existente em Urântia.

39:5:5 4374 3. As Almas da Paz. Os primeiros milênios de esforços para a ascensão evolucionária dos homens foram marcados por muitas lutas. A paz não é o estado natural dos reinos materiais. Os mundos primeiramente compreendem a “paz na terra e boa vontade entre os homens”, por meio da ministração das almas seráficas da paz. Ainda que esses anjos tenham sido obstados amplamente nos seus primeiros esforços em Urântia, Vevona, comandante das almas da paz nos dias de Adão, foi deixado em Urântia e agora está agregado à assessoria do governador-geral residente. E foi esse mesmo Vevona que, quando Michael nasceu, anunciou aos mundos, como líder das hostes angélicas: “Glória a Deus em Havona e, na Terra, paz e boa vontade entre os homens”.

39:5:6 4375 Nas épocas mais avançadas da evolução planetária esses serafins são os instrumentos para suplantar a idéia da expiação, substituindo-a pelo conceito da harmonização divina como uma filosofia para a sobrevivência dos mortais.

39:5:7 4376 4. Os Espíritos da Confiança. A suspeita é a reação inerente dos homens primitivos; as lutas pela sobrevivência nas primeiras idades não geram naturalmente a confiança. A confiança é uma aquisição humana nova, trazida que foi pela ministração desses serafins planetários do regime Adâmico. A missão deles é inculcar a confiança nas mentes dos homens em evolução. Os Deuses são muito confiantes; o Pai Universal quer confiar a Si próprio, livremente – por meio do Ajustador –, na Sua ligação com o homem.

39:5:8 4381 Todo esse grupo de serafins foi transferido para o novo regime, depois do malogro Adâmico, e, desde então eles têm continuado os seus trabalhos em Urântia. E não fracassaram inteiramente, pois uma civilização está agora evoluindo, e nela estão incorporados muitos dos seus ideais de confiança e credibilidade.

39:5:9 4382 Nas idades planetárias mais avançadas esses serafins dão ênfase à valoração que o homem atribui à verdade de que a incerteza é o segredo para uma continuidade satisfatória. Eles ajudam os filósofos mortais a compreenderem que seria um erro colossal, para a criatura, conhecer o futuro; passando, pois, a ignorância a ser essencial ao êxito. Eles aumentam o gosto do homem pela doçura da incerteza, pelo romanticismo e pelo encanto de um futuro indefinido e desconhecido.

39:5:10 4383 5. Os Transportadores. Os transportadores planetários servem aos mundos individuais. A maioria dos seres enserafinados, trazidos até este planeta, está em trânsito; eles param aqui meramente de passagem; eles são custodiados pelos seus próprios transportadores seráficos especiais; e um grande número desses serafins está estacionado em Urântia. Essas são as personalidades de transporte que operam desde os planetas locais, como Urântia, até Jerusém.

39:5:11 4384 A vossa idéia convencional dos anjos surgiu do seguinte modo: durante os momentos imediatamente anteriores à morte física, um fenômeno refletivo ocorre, algumas vezes, na mente humana, e essa consciência que se apaga parece visualizar algo da forma do anjo da guarda, e isso é imediatamente traduzido nos termos do conceito habitual de anjo, já existente na mente daquele indivíduo.

39:5:12 4385 A idéia errônea de que os anjos possuem asas não é de todo em decorrência das noções antigas de que eles deviam ter asas para voar pelo ar. Aos seres humanos algumas vezes foi permitido observar os serafins que estavam sendo preparados para o serviço de transporte, e as tradições dessas experiências determinaram amplamente o conceito urantiano de anjos. Ao observar um serafim de transporte aprontar-se para receber um passageiro para o trânsito interplanetário, pode ter sido avistado o que aparentemente é um duplo conjunto de asas que se estende da cabeça aos pés do anjo. Na realidade, essas asas são os isoladores de energia – os escudos de fricção.

39:5:13 4386 Quando os seres celestes estão para ser enserafinados, para a transferência de um mundo a outro, eles são trazidos até a sede central da esfera e, depois do devido registro, induzidos ao sono de trânsito. Nesse meio tempo, o serafim de transporte move-se até uma posição horizontal imediatamente sobre um pólo da energia universal no planeta. Enquanto os escudos de energia estão completamente abertos, a personalidade adormecida é habilmente depositada, pelos assistentes seráficos que operam diretamente em cima do anjo de transporte. Então, ambos os pares de escudos, os superiores e os inferiores, são cuidadosamente fechados e ajustados.

39:5:14 4387 E, agora, sob a influência dos transformadores e transmissores, uma estranha metamorfose começa à medida que o serafim se apronta para flutuar na direção das correntes de energia dos circuitos do universo. Visto de fora, o serafim torna-se pontiagudo em ambas as extremidades e fica envolvido em uma estranha luz de tonalidade âmbar, de tal forma que, logo se torna impossível distinguir a personalidade enserafinada. Quando tudo está pronto para a partida, o diretor dos transportes faz a inspeção própria do veículo da vida, procede aos testes de rotina, para certificar-se de que o anjo esteja adequadamente dentro do circuito, e, então, anuncia que o viajante está enserafinado da maneira adequada, que as energias estão ajustadas, que o anjo está isolado e tudo acha-se preparado para o clarão da partida. Os controladores mecânicos, dois deles, em seguida, tomam as suas posições. Nesse momento, o serafim de transporte torna-se quase transparente, vibrante, de uma silhueta luminosa com o formato de torpedo. Agora o despachador do transporte do reino reúne as baterias auxiliares dos transmissores das energias vivas, usualmente em número de mil; e, quando anuncia o destino do transporte, ele toca no ponto próximo do veículo seráfico, que o dispara para a frente à velocidade de um relâmpago, deixando uma trilha de luminosidade celeste até onde se estende a vestimenta atmosférica planetária. Em menos de dez minutos, o espetáculo maravilhoso terá desaparecido, mesmo para a reforçada visão seráfica.

39:5:15 4391 Enquanto os informes espaciais planetários são recebidos ao meio-dia, no meridiano da sede central espiritual designada, os transportadores são despachados desse mesmo lugar à meia-noite. Essa é a hora mais favorável para a partida e é a hora-padrão, quando não é especificado de outro modo.

39:5:16 4392 6. Os Registradores. Estes são os custódios dos assuntos maiores do planeta para tudo aquilo que funciona como uma parte do sistema, e no que se relaciona com o governo do universo e dele se ocupa. Eles trabalham no registro de assuntos planetários, mas não se ocupam de questões da vida e da existência individual.

39:5:17 4393 7. As Reservas. O corpo de reservas dos serafins planetários de Satânia é mantido, em Jerusém, em íntima associação com as reservas dos Filhos Materiais. Essas abundantes reservas são completamente suficientes para todas as fases das atividades múltiplas dessa ordem seráfica. Esses anjos são também os portadores das mensagens pessoais dos sistemas locais. Eles servem aos mortais de transição, anjos e Filhos Materiais, bem como a outros domiciliados nas sedes centrais do sistema. Embora Urântia, no presente, esteja fora dos circuitos espirituais de Satânia e Norlatiadeque, vós estais, por outro lado, em contato íntimo com os assuntos interplanetários, pois esses mensageiros de Jerusém freqüentemente vêm a este mundo como vão a todas as outras esferas do sistema.

6. MINISTROS DE TRANSIÇÃO


39:6:1 4394 Como o seu nome poderia sugerir, os serafins, cuja ministração é de transição, servem onde quer que possam contribuir para a transição da criatura entre o estado material e o espiritual. Esses anjos servem dos mundos habitados até às capitais dos sistemas, mas os de Satânia, no presente, dirigem os seus maiores esforços para a educação dos mortais sobreviventes nos sete mundos das mansões. Esse ministério é diversificado, de acordo com as sete ordens seguintes de designação:

4395 1. Evangelhos Seráficos.

4396 2. Intérpretes Raciais.

4397 3. Planejadores da Mente.

4398 4. Conselheiros Moronciais.

4399 5. Técnicos.

43910 6. Instrutores-Registradores.

43911 7. Reservas Ministradores.

39:6:2 43912 Vós aprendereis um pouco sobre esses ministros seráficos dos ascendentes de transição nas narrativas ligadas aos mundos das mansões e à vida moroncial.

7. SERAFINS DO FUTURO


39:7:1 4401 Estes anjos não ministram extensivamente, exceto nos reinos mais antigos e planetas mais avançados de Nebadon. Grande número deles é mantido na reserva, nos mundos seráficos próximos de Salvington, onde eles encontram-se empenhados em pesquisas de importância para a idade da luz e vida, cuja aurora surgirá dentro de algum tempo em Nebadon. Esses serafins funcionam em ligação com a carreira mortal ascendente, mas ministram quase que exclusivamente aos mortais que sobrevivem por meio de uma das ordens modificadas de ascensão.

39:7:2 4402 Esses anjos não se ocupam agora diretamente seja com Urântia, seja com os urantianos e, por esse fato, considerou-se que talvez fosse melhor não descrever as suas fascinantes atividades.

8. O DESTINO SERÁFICO


39:8:1 4403 Os serafins são originários dos universos locais e, nesses reinos mesmos da sua natividade, alguns alcançam o destino de serviço. Com a ajuda e o conselho dos arcanjos seniores, alguns serafins podem ser elevados aos dignos deveres dos Brilhantes Estrelas Vespertinos, enquanto outros atingem o status e o serviço de coordenados não revelados dos Estrelas Vespertinos. E outras aventuras de destino, no universo local, podem ainda ser intentadas, mas Serafington sempre permanece como a meta eterna de todos os anjos. Serafington é o umbral angélico para o alcance do Paraíso e da Deidade, a esfera de transição entre o ministério do tempo e o serviço exaltado da eternidade.

39:8:2 4404 Os serafins podem alcançar o Paraíso por dezenas ou centenas de maneiras, e as mais importantes, como estas narrativas expõem, são as seguintes:

39:8:3 4405 1. Ganhar a admissão à morada seráfica no Paraíso, no âmbito pessoal, por realizar a perfeição do serviço especializado como artesão celeste, Conselheiro Técnico ou Registrador Celeste. Tornar-se um Companheiro do Paraíso e, tendo assim alcançado o centro de todas as coisas, talvez, então, passar a ser um ministro e conselheiro eterno da ordem seráfica e outras ordens.

39:8:4 4406 2. Ser convocado para Serafington. Sob certas condições, os serafins são convocados para as alturas; em outras circunstâncias, os anjos algumas vezes alcançam o Paraíso, em um tempo muito mais curto do que os mortais. Mas não importa quão adequado seja um par seráfico, eles não podem iniciar a partida para Serafington nem para outro lugar. Só os guardiães do destino que alcançam êxito podem estar seguros de continuar até o Paraíso por uma trajetória progressiva de ascensão evolucionária. Todos os outros devem esperar pacientemente pela chegada dos mensageiros da ordem dos supernafins terciários, vindos do Paraíso e acompanhados das convocações que os comandam a comparecer no alto.

39:8:5 4407 3. Alcançar o Paraíso pela técnica mortal evolucionária. Na carreira do tempo, a suprema escolha dos serafins é o posto de anjo guardião; no fito de poderem atingir a carreira de finalidade e serem qualificados para compromissos nas esferas eternas do serviço seráfico. Esses guias pessoais dos filhos do tempo são chamados de guardiães do destino, significando que eles guardam as criaturas mortais no caminho do destino divino e que, fazendo assim, estão determinando o seu próprio destino.

39:8:6 4408 Os guardiães do destino são provenientes das fileiras das personalidades angélicas mais experientes de todas as ordens de serafins que se hajam qualificado para esse serviço. Todos os mortais sobreviventes, cujo destino é o da fusão com os Ajustadores, têm guardiães temporários designados para si, e tais aliados podem tornar-se agregados permanentemente, quando os sobreviventes mortais alcançarem o desenvolvimento intelectual e espiritual requerido. Antes de deixarem os mundos das mansões, todos os ascendentes mortais têm colaboradores seráficos permanentes. Esse grupo de espíritos ministradores é descrito nas narrativas sobre Urântia.

39:8:7 4411 Não é possível aos anjos alcançarem a Deus começando pelo nível humano de origem, pois eles são criados um “pouco mais elevados que vós”; mas foi sabiamente arranjado que, conquanto não tenham a possibilidade de começar do ponto mais baixo mesmo, das terras mais baixas da existência espiritual, eles podem ir para baixo, até aqueles que começam do ponto mais baixo, e pilotar essas criaturas, passo a passo, mundo a mundo, até os portais de Havona. Quando os ascendentes mortais deixam Uversa para começar nos círculos de Havona, os guardiães agregados subseqüentemente à vida na carne darão, aos peregrinos ascendentes coligados seus, um adeus temporário, enquanto eles viajam até Serafington, a destinação angélica do grande universo. Ali, esses guardiães vão intentar e, sem dúvida, conseguir realizar os sete círculos da luz seráfica.

39:8:8 4412 Muitos, mas não a totalidade dos serafins designados como guardiães do destino, durante a vida material, acompanham os seus companheiros mortais através dos círculos de Havona, e outros serafins passam pelos circuitos do universo central de um modo inteiramente diferente da ascensão mortal. Porém, a despeito do caminho de ascensão, todos os serafins evolucionários atravessam Serafington, e a maioria passa por essa experiência em vez da dos circuitos de Havona.

39:8:9 4413 Serafington é a esfera de destino para os anjos, e o modo de alcançar esse mundo é muito diferente das experiências dos peregrinos mortais em Ascendington. Os anjos não estão absolutamente seguros do seu futuro eterno, antes que eles hajam alcançado Serafington. Ao que se sabe, anjo algum que tenha chegado a Serafington jamais se desviou; o pecado jamais irá encontrar resposta no coração de um serafim completo.

39:8:10 4414 Os graduados de Serafington são designados de modos variados: os Guardiães de destino, com experiência nos círculos de Havona, usualmente entram para o Corpo de Finalitores Mortais. Outros guardiães, tendo passado nos seus testes de separação de Havona, freqüentemente reúnem-se de novo aos seus companheiros mortais no Paraíso; e alguns se tornam eternos coligados aos finalitores mortais; enquanto outros entram nos vários corpos de finalitores não mortais; e muitos são incorporados ao Corpo Seráfico dos Completos.

9. O CORPO SERÁFICO DOS COMPLETOS


39:9:1 4415 Após alcançar o Pai dos espíritos e após a admissão ao serviço seráfico dos completos, os anjos, algumas vezes, são designados para o ministério dos mundos estabelecidos em luz e vida. É-lhes concedida a vinculação aos altos seres trinitarizados dos universos e aos serviços elevados do Paraíso e de Havona. Esses serafins dos universos locais compensaram experiencialmente o diferencial em potencial de divindade que anteriormente os isolava dos espíritos de ministração nos superuniversos e no universo central. Os anjos do Corpo Seráfico dos Completos servem como colaboradores dos seconafins dos superuniversos e como assistentes das altas ordens de supernafins do Paraíso-Havona. Para esses anjos, a carreira do tempo acabou; doravante, e para sempre, eles são servidores de Deus, são os consortes das personalidades divinas, e companheiros dos finalitores do Paraíso.

39:9:2 4416 Um grande número de serafins dos completos retorna aos seus universos de nascimento, para ali complementar o ministério do dom divino pela ministração da perfeição experiencial. Nebadon é, relativamente falando, um dos universos mais jovens e, portanto, não tem tantos desses graduados de Serafington reintegrados, como seria de se encontrar em um reino mais antigo; no entanto o nosso universo local é adequadamente suprido de serafins completos, pois é significativo que os reinos evolucionários demonstrem uma necessidade crescente pelos serviços deles à medida que se aproximam do status de luz e vida. Os serafins completos agora servem, mais extensivamente, com as ordens supremas de serafins, mas alguns servem junto a cada uma das outras ordens angélicas. Mesmo o vosso mundo goza da ministração extensiva de doze grupos especializados dos Corpos Seráficos dos Completos; esses serafins mestres da supervisão planetária acompanham cada Príncipe Planetário, recém-indicado, até os mundos habitados.

39:9:3 4421 Muitas vias fascinantes de ministração estão abertas aos serafins completos, mas, assim como todos eles ansiavam pelos compromissos de guardiães do destino, nos seus dias pré-Paraíso, desse modo, na sua experiência pós-Paraíso, eles desejam servir mais como atendentes de auto-outorgas dos Filhos do Paraíso encarnados. Eles são, ainda, supremamente devotados ao plano universal de iniciar as criaturas mortais dos mundos evolucionários nas viagens longas e atraentes, em direção à meta do Paraíso, da divindade e da eternidade. Durante toda a aventura mortal de encontrar Deus e de alcançar a perfeição divina, esses ministros espirituais seráficos completos, juntamente com os fiéis espíritos ministradores do tempo, são os vossos amigos e colaboradores infalíveis sempre e para sempre.

39:9:4 4422 [Apresentado por um Melquisedeque que atuou a pedido do Comandante das Hostes Seráficas de Nebadon.]

DOCUMENTO 40

OS FILHOS ASCENDENTES DE DEUS
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Do mesmo modo que aconteceu com muitos dos grupos principais de seres do universo, foram reveladas sete classes gerais de Filhos Ascendentes de Deus:

4432 1. Mortais fusionados ao Pai.

4433 2. Mortais fusionados ao Filho.

4434 3. Mortais fusionados ao Espírito.

4435 4. Serafins Evolucionários.

4436 5. Filhos Materiais Ascendentes.

4437 6. Intermediários Transladados.

4438 7. Ajustadores Personalizados.

40:0:2 4439 A história desses seres, desde os mortais inferiores de origem animal dos mundos evolucionários até os Ajustadores Personalizados do Pai Universal, apresenta uma narrativa gloriosa da dádiva irrestrita do amor divino e da condescendência da graça, em todos os tempos e em todos os universos da vasta criação das Deidades do Paraíso.

40:0:3 44310 Essas apresentações começaram com uma descrição das Deidades, e, grupo a grupo, a narrativa desceu a escala universal dos seres vivos até alcançar a ordem mais baixa de vida dotada com o potencial de imortalidade; e agora eu, outrora um mortal originário de um mundo evolucionário do espaço, fui despachado de Salvington para dar continuidade à elaboração da narrativa do propósito eterno dos Deuses, no que concerne às ordens ascendentes de filiação, mais particularmente no que se refere às criaturas mortais do tempo e do espaço.

40:0:4 44311 E, posto que a maior parte destas narrativas será dedicada à análise das três ordens básicas de mortais ascendentes, primeiramente serão feitas algumas considerações sobre as ordens ascendentes não mortais de filiação: a seráfica, a Adâmica, a dos intermediários e a dos Ajustadores.

1. SERAFINS EVOLUCIONÁRIOS


40:1:1 44312 As criaturas mortais de origem animal não são os únicos seres privilegiados a gozar da filiação; as hostes angélicas também compartilham da oportunidade superna de alcançar o Paraíso. Os serafins guardiães, por meio da experiência e do serviço aos mortais ascendentes do tempo, também alcançam o status de filiação ascendente. Esses anjos alcançam o Paraíso passando por Serafington, e muitos são mesmo incorporados ao Corpo de Finalidade Mortal.

40:1:2 44313 Escalar as alturas supernas de uma filiação a Deus, como finalitor, é, para um anjo, uma realização de grande mestria, uma realização que, de longe, transcende a realização humana de alcançar a sobrevivência eterna por meio do plano do Filho Eterno, com a sempre presente ajuda do Ajustador residente; contudo, o serafim guardião e, ocasionalmente, outros chegam a efetuar de fato essas ascensões.

2. FILHOS MATERIAIS ASCENDENTES


40:2:1 4441 Os Filhos Materiais de Deus são criados nos universos locais junto com os Melquisedeques e os seus pares, que são todos classificados como Filhos descendentes. E, de fato, os Adãos Planetários – os Filhos e Filhas Materiais dos mundos evolucionários – são Filhos descendentes que chegam aos mundos habitados vindos das suas esferas de origem, as capitais dos sistemas locais.

40:2:2 4442 Quando um Adão e uma Eva têm êxito completo na sua missão planetária conjunta, como elevadores biológicos, eles compartilham o destino dos habitantes do seu mundo. Quando tal mundo é estabelecido nos estágios avançados de luz e vida, a esses fiéis Filho e Filha Materiais é permitido renunciar a todos os deveres administrativos planetários e, depois de serem assim liberados da aventura descendente, é-lhes permitido referir-se a si próprios como Filhos Materiais perfeccionados nos registros do universo local. Do mesmo modo, quando o compromisso planetário é muito prolongado, podem os Filhos Materiais de status estacionário – os cidadãos dos sistemas locais – retirar-se das atividades da sua esfera de status e, de modo semelhante, registrar-se como Filhos Materiais perfeccionados. Após tais formalidades, esses Adãos e Evas liberados entram na categoria de Filhos ascendentes de Deus e podem imediatamente iniciar a longa jornada até Havona e o Paraíso, começando no ponto exato do seu status e da sua realização espiritual de então. E eles fazem essa jornada em companhia dos mortais e de outros Filhos ascendentes, continuando até que hajam encontrado a Deus e atingido o Corpo de Finalidade Mortal, para o serviço eterno das Deidades do Paraíso.

3. SERES INTERMEDIÁRIOS TRANSLADADOS


40:3:1 4443 Ainda que privados dos benefícios imediatos das auto-outorgas planetárias dos Filhos descendentes de Deus, embora a ascensão ao Paraíso seja bastante demorada, não obstante, logo depois que um planeta evolucionário haja atingido as épocas intermediárias de luz e vida (se não antes), ambos os grupos de criaturas intermediárias são liberados do dever planetário. Algumas vezes, a maioria delas é transladada, juntamente com os seus primos humanos, no dia da descida do templo de luz e vida e da elevação do Príncipe Planetário à dignidade de Soberano Planetário. Ao serem liberadas do serviço planetário, ambas as ordens são registradas, no universo local, como Filhos ascendentes de Deus, e imediatamente começam as longas ascensões até o Paraíso pelos mesmos caminhos ordenados para a progressão das raças mortais dos mundos materiais. O grupo primário é destinado aos vários corpos de finalitores, mas os intermediários secundários ou Adâmicos são todos encaminhados para alistamento no Corpo Mortal de Finalidade.

4. AJUSTADORES PERSONALIZADOS


40:4:1 4444 Quando os mortais do tempo falham na conquista da sobrevivência eterna para as suas almas, ainda que em ligação planetária com os dons espirituais do Pai Universal, tal fracasso nunca é, de nenhum modo, devido à negligência no dever, ministração, serviço ou devoção da parte do Ajustador. Quando do passamento mortal, esses Monitores desertados retornam para Divinington e, subseqüentemente, após o julgamento do não sobrevivente, eles podem ser redesignados para os mundos do tempo e do espaço. Algumas vezes, depois de repetidos serviços dessa espécie ou após alguma experiência inusitada, como é a de funcionar tal qual o Ajustador residente de um Filho de auto-outorga encarnado, esses eficientes Ajustadores são personalizados pelo Pai Universal.

40:4:2 4451 Os Ajustadores Personalizados são seres de uma ordem singular e insondável. Originalmente de status existencial pré-pessoal, eles ganharam experiência por meio da participação nas vidas e carreiras dos mortais inferiores dos mundos materiais. E, posto que a personalidade outorgada a esses experientes Ajustadores do Pensamento tem a sua origem e sua fonte na ministração pessoal e contínua do Pai Universal dessas dádivas da personalidade experiencial às suas criaturas, esses Ajustadores Personalizados são classificados como Filhos ascendentes de Deus, a mais alta de todas essas ordens de filiação.

5. MORTAIS DO TEMPO E DO ESPAÇO


40:5:1 4452 Os mortais representam o último elo na corrente dos seres que são chamados de filhos de Deus. O toque pessoal do Filho Original e Eterno passa por uma série de personalizações decrescentemente divinas e crescentemente humanas, até chegar a um ser exatamente como vós, o qual podeis ver, ouvir e tocar. E, então, vós vos tornais espiritualmente sabedores da grande verdade que a vossa fé pode captar – a da vossa filiação ao Deus eterno!

40:5:2 4453 Do mesmo modo, o Espírito Original e Infinito, por uma longa série de ordens decrescentemente divinas e crescentemente humanas, aproxima-se cada vez mais das criaturas que lutam nos reinos, alcançando o limite de expressão nos anjos – um pouco abaixo dos quais fostes vós criados – que pessoalmente vos guardam e guiam na jornada da vida da carreira mortal do tempo.

40:5:3 4454 Deus, o Pai, não desce, nem pode, Ele próprio, descer assim, a ponto de fazer um contato tão pessoal com o número quase ilimitado de criaturas ascendentes em todo o universo dos universos. Mas o Pai não está privado do contato pessoal com as suas criaturas humildes; vós não estais sem a divina presença. Ainda que Deus, o Pai, não possa estar convosco por meio de uma manifestação direta de personalidade, Ele está em vós e é parte de vós na identidade dos Ajustadores do Pensamento residentes, os Monitores divinos. Assim, pois, o Pai, que é o mais afastado de vós em personalidade e em espírito, aproxima-Se o mais perto de vós, no circuito da personalidade e no toque do espírito da comunhão interior com as próprias almas dos Seus filhos e filhas mortais.

40:5:4 4455 A identificação com o espírito constitui o segredo da sobrevivência pessoal e determina o destino da ascensão espiritual. E, posto que os Ajustadores do Pensamento são os únicos espíritos com potencial de fusão a serem identificados com o homem durante a vida na carne, os mortais do tempo e do espaço são primeiramente classificados conforme a sua relação com essas dádivas divinas, os Monitores Misteriosos residentes. Essa classificação é a seguinte:

4456 1. Os mortais nos quais o Ajustador reside de modo transitório ou experiencial.

4458 2. Os mortais dos tipos que não se fusionam com o Ajustador.

4459 3. Os mortais que têm o potencial de se fusionar com os seus Ajustadores.

40:5:5 44510 Série um – a dos mortais nos quais o Ajustador reside de modo transitório ou experiencial. A designação desta série é temporária para qualquer planeta em evolução, sendo usada durante os estágios primitivos de todos os mundos habitados, exceto aqueles da segunda série.

40:5:6 44511 Esses mortais da primeira série habitam os mundos do espaço durante as épocas iniciais de evolução da humanidade e abrangem os tipos mais primitivos de mentes humanas. Em muitos mundos, como o da Urântia pré-Adâmica, um grande número dos tipos mais elevados e avançados de homens primitivos adquire a capacidade de sobrevivência, mas não consegue alcançar a fusão com o Ajustador. Eras após eras, antes da ascensão do homem ao nível mais elevado de volição espiritual, os Ajustadores ocupam as mentes dessas criaturas lutadoras e, durante as suas curtas vidas na carne e no momento em que essas criaturas de vontade são resididas por Ajustadores, os anjos guardiães grupais começam a funcionar. Ainda que esses mortais da primeira série não tenham guardiães pessoais, eles possuem custódios grupais.

40:5:7 4461 Um Ajustador experiencial permanece com um ser humano primitivo durante todo o seu tempo de vida na carne. Os Ajustadores contribuem muito para o avanço dos homens primitivos, mas são incapazes de formar uniões eternas com tais mortais. Essa ministração transitória dos Ajustadores realiza duas coisas: Primeiro, eles ganham experiência valiosa e real sobre a natureza e o modo de funcionamento do intelecto evolucionário, uma experiência que será de valor inestimável na conexão com contatos futuros, em outros mundos, com seres de desenvolvimento mais elevado. Segundo, a permanência transitória dos Ajustadores contribui muito no sentido de preparar os seus sujeitos mortais para um possível fusionamento subseqüente com o Espírito. Todas as almas desse tipo, que procuram a Deus, conseguem a vida eterna por meio do abraço espiritual do Espírito Materno do universo local, tornando-se, desse modo, mortais ascendentes do regime do universo local. Muitas pessoas da Urântia pré-Adâmica avançaram assim até os mundos das mansões de Satânia.

40:5:8 4462 Os Deuses que ordenaram ao homem mortal que ele devesse escalar até níveis mais elevados da inteligência espiritual, através de longas idades de provações e de atribulações evolucionárias, anotam o seu status e necessidades em cada estágio da ascensão; e eles são, sempre, divinamente equânimes e justos, e mesmo encantadoramente misericordiosos, nos julgamentos finais desses mortais denodados dos primeiros tempos das raças evolucionárias.

40:5:9 4463 Série dois – a dos mortais dos tipos que não se fusionam aos Ajustadores. Estes são tipos especializados de seres humanos que não são capazes de efetivar uma união eterna com os seus Ajustadores residentes. O fato de estarem classificados segundo os tipos raciais de um, dois ou três cérebros não é um fator que influencie o fusionamento com o Ajustador; todos esses mortais são semelhantes, mas os tipos que não se fusionam com o Ajustador são uma ordem totalmente diferente e marcadamente modificada de criaturas de vontade. Dos que não respiram, muitos pertencem a essa série, e há inúmeros outros grupos que não se fusionam ordinariamente com os Ajustadores.

40:5:10 4464 Como na série de número um, cada membro desse grupo beneficia-se da ministração de apenas um Ajustador durante o seu período de vida na carne. Durante a vida temporal, esses Ajustadores realizam, pelos seus sujeitos de residência temporária, tudo o que é feito nos outros mundos onde os mortais têm potencial de fusionamento. Os mortais dessa segunda série são freqüentemente resididos por Ajustadores virgens; contudo, os tipos humanos mais elevados quase sempre estão em ligação com Monitores de mais experiência e mais mestria.

40:5:11 4465 No plano ascendente, para elevar as criaturas de origem animal, esses seres gozam do mesmo serviço devotado que os Filhos de Deus dedicam ao tipo mortal de Urântia. A cooperação seráfica com os Ajustadores, nos planetas em que os mortais não se fusionam, é assegurada tão plenamente quanto nos mundos em que há o potencial de fusão; os guardiães do destino ministram, nessas esferas, exatamente como o fazem em Urântia, e funcionam similarmente à época da sobrevivência depois da morte, em que a alma sobrevivente se torna fusionada ao Espírito.

40:5:12 4466 Quando vós vos deparardes com esses tipos de mortais modificados, nos mundos das mansões, vós não encontrareis nenhuma dificuldade de comunicação com eles. Ali, eles falam a mesma linguagem sistêmica, mas por meio de uma técnica modificada. Esses seres são idênticos à vossa ordem de vida, como criaturas, quanto às manifestações de espírito e personalidade, diferindo apenas por certas características físicas e pelo fato de que eles não são fusionáveis com os Ajustadores do Pensamento.

40:5:13 4471 Quanto à razão pela qual esse tipo de criatura nunca é capaz de fusionar-se com os Ajustadores do Pai Universal, eu estou incapacitado de dizer. Estamos inclinados, alguns de nós, a acreditar que os Portadores da Vida, nos seus esforços para formular seres capazes de manter a existência em um ambiente planetário inusitado, confrontam-se com a necessidade de fazer modificações tão radicais no plano universal das criaturas inteligentes de vontade, que se torna inerentemente impossível para elas chegarem à união permanente com os Ajustadores. Muitas vezes temo-nos perguntado: essa é uma parte intencional ou não intencional do plano de ascensão? Mas não encontramos a resposta.

40:5:14 4472 Série três – a dos mortais com potencial de fusionamento com o Ajustador. Todos os mortais que se fusionam ao Pai são de origem animal, exatamente como as raças de Urântia. Eles abrangem os tipos de mortais de um cérebro, dois cérebros e três cérebros, com potencial de fusionamento com o Ajustador. Os urantianos são do tipo intermediário, ou de dois cérebros, sendo, sob muitos aspectos, humanamente superiores aos grupos de um cérebro, mas definitivamente limitados se comparados aos das ordens de três cérebros. Esses três tipos de dotação de cérebro físico não são fatores que influenciem na outorga do Ajustador, nem no serviço seráfico, nem em outras fases da ministração espiritual. Os diferenciais intelectuais e espirituais entre os três tipos de cérebro caracterizam indivíduos que são, por outro lado, bem semelhantes quanto aos dons mentais e quanto ao potencial espiritual, ficando maiores essas diferenças, durante a vida temporal, mas com a tendência a diminuir à medida que os mundos das mansões são atravessados um a um. Da sede central dos sistemas em diante, a progressão desses três tipos é a mesma e o seu destino final no Paraíso é idêntico.

40:5:15 4473 As séries não numeradas. Estas narrativas não podem certamente abranger todas as variações fascinantes nos mundos evolucionários. Vós sabeis que todo décimo mundo é um planeta decimal ou experimental, mas nada sabeis das outras variáveis que podem ser apontadas na procissão das esferas evolucionárias. Há diferenças numerosas demais para serem narradas, tanto entre as ordens reveladas de criaturas vivas quanto entre os planetas do mesmo grupo; mas esta apresentação torna claras as diferenças essenciais em relação à carreira ascensional. E a carreira ascensional é o fator mais importante em qualquer consideração sobre os mortais do tempo e do espaço.

40:5:16 4474 Quanto às possibilidades de sobrevivência mortal, que fique esclarecido para sempre: Todas as almas, de todas as fases possíveis da existência mortal, sobreviverão, desde que manifestem a vontade de cooperar com os seus Ajustadores residentes e desde que demonstrem um desejo de encontrar Deus e de alcançar a perfeição divina, ainda que esses desejos não sejam senão as primeiras e pálidas centelhas da compreensão primitiva da “verdadeira luz que ilumina todo homem que vem ao mundo”.

6. FILHOS DE DEUS PELA FÉ


40:6:1 4475 As raças mortais permanecem como as representantes da ordem mais baixa da criação inteligente e pessoal. Vós, mortais, sois divinamente amados e todos vós podeis escolher aceitar o destino certo de uma experiência gloriosa; mas vós não sois ainda, por natureza, da ordem divina; vós sois totalmente mortais. Vós sereis considerados como filhos ascendentes no instante em que a fusão acontecer; mas o status dos mortais do tempo e do espaço é aquele de filhos pela fé, antes do evento da fusão final da alma mortal sobrevivente com algum tipo de espírito eterno e imortal.

40:6:2 4481 É um fato solene e superno que as criaturas inferiores e materiais, como os seres humanos de Urântia, sejam os filhos de Deus, filhos pela fé, do Altíssimo. “Observai o tipo de amor que o Pai nos dá, para que sejamos chamados de filhos de Deus. ” “A quantos O receberam, a todos, Ele deu o poder de reconhecer que são os filhos de Deus. ” Enquanto “vós não sabeis ainda o que vós sereis”, ainda agora, “vós sois os filhos de Deus pela fé”, “pois não recebestes o espírito do cativeiro para de novo temerdes, mas recebestes o espírito da filiação, que vos leva a gritar: ‘Nosso Pai’”. Disse o profeta de outrora, falando em nome do Deus eterno: “Até mesmo a eles, Eu darei um lugar na minha casa, e um nome melhor que o de filhos; Eu darei a eles um nome eterno, que não perecerá”. “E por que vós sois filhos, Deus enviou aos vossos corações o espírito do Seu Filho. ”

40:6:3 4482 Todos os mundos evolucionários habitados por mortais abrigam esses filhos de Deus pela fé, filhos da graça e da misericórdia, seres mortais que pertencem à família divina e que são apropriadamente chamados de filhos de Deus. Os mortais de Urântia encontram-se capacitados para considerar-se como sendo filhos de Deus, pois:

40:6:4 4483 1. Vós sois filhos da promessa espiritual, filhos da fé; aceitastes o status de filiação. Vós acreditais na realidade da vossa filiação e, assim, a vossa filiação a Deus torna-se eternamente real.

40:6:5 4484 2. Um Filho Criador de Deus tornou-se um de vós; ele é, de fato, o vosso irmão mais velho; e se vos tornardes, em espírito, verdadeiramente irmãos aparentados do Cristo, o Michael vitorioso, então, em espírito, também sereis filhos daquele Pai que vós tendes em comum – o mesmo Pai Universal de todos.

40:6:6 4485 3. Vós sois filhos porque foi vertido sobre vós o espírito de um Filho, concedido livre e certamente a todas as raças de Urântia. Esse espírito vos atrai sempre para o Filho divino, que é a sua fonte, e para o Pai do Paraíso, que é fonte desse Filho divino.

40:6:7 4486 4. Com o Seu livre-arbítrio divino, o Pai Universal deu-vos as vossas personalidades de criaturas. Vós fostes dotados com uma medida daquela espontaneidade divina de ação, de livre-arbítrio, que Deus compartilha com todos os que podem tornar-se os Seus filhos.

40:6:8 4487 5. Um fragmento do Pai Universal reside dentro de vós, e vós estais, por isso, diretamente relacionados ao Pai divino de todos os Filhos de Deus.

7. MORTAIS FUSIONADOS AO PAI


40:7:1 4488 O envio dos Ajustadores e o modo como eles residem nos mortais, de fato, consistem em mistérios insondáveis de Deus, o Pai. Esses fragmentos da natureza divina do Pai Universal trazem consigo o potencial de imortalidade da criatura. Os Ajustadores são espíritos imortais; e a união com eles confere vida eterna à alma do mortal fusionado.

40:7:2 4489 As vossas próprias raças de mortais sobreviventes pertencem a esse grupo dos Filhos ascendentes de Deus. Vós sois agora filhos planetários, criaturas evolucionárias derivadas de implantações dos Portadores da Vida e modificadas pela infusão da vida Adâmica, vós ainda não sois filhos ascendentes; mas sois, de fato, filhos com o potencial de ascensão – até mesmo às alturas mais elevadas da glória e da realização na divindade – e esse status espiritual de filiação ascendente, vós podeis atingi-lo pela fé e pela cooperação voluntária com as atividades espiritualizantes do Ajustador residente. Quando vós e o vosso Ajustador estiverdes, finalmente e para sempre, fundidos, quando vós fordes um, exatamente como no Cristo Michael, o Filho de Deus e o Filho do Homem, são um; então, verdadeiramente, vós vos tereis transformado nos filhos ascendentes de Deus.

40:7:3 4491 Os detalhes da carreira do Ajustador, na sua ministração residente, em um planeta probacionário e evolucionário, não são uma parte da minha designação; a elaboração dessa grande verdade abrange a vossa carreira por inteiro. Eu incluo a menção a certas funções do Ajustador, com o fito de prestar um esclarecimento completo a respeito dos mortais de fusionamento ao Ajustador. Esses fragmentos residentes de Deus estão com a vossa ordem de seres desde os primeiros dias da existência física, ao longo de toda a carreira ascendente em Nebadon e Orvonton, e depois por toda Havona e até ao Paraíso propriamente. Posteriormente, na aventura eterna, esse mesmo Ajustador estará unido a vós, e fazendo parte de vós.

40:7:4 4492 Esses são os mortais aos quais foi comandado pelo Pai Universal: “Sede perfeitos, exatamente como Eu sou perfeito”. O Pai outorgou-Se a Si próprio em vós; colocou o Seu próprio espírito dentro de vós; e, portanto, Ele demanda a perfeição última de vós. A narrativa da ascensão humana, das esferas mortais do tempo e do espaço, até os Reinos divinos da eternidade, constitui um relato intrigante, não incluído no meu compromisso; mas essa aventura superna deveria ser o estudo supremo do homem mortal.

40:7:5 4493 A fusão com um fragmento do Pai Universal equivale à garantia divina do alcançar final do Paraíso, e esses mortais em fusão com os seus Ajustadores são a única classe de seres humanos em que todos atravessam os circuitos de Havona e encontram a Deus no Paraíso. Para o mortal fusionado ao Ajustador, a carreira do serviço universal está amplamente aberta. Que dignidade de destino e que glória de realização aguardam a cada um de vós! Vós sabeis dar o devido valor ao que foi feito por vós? Compreendeis a grandeza das alturas da realização eterna que se abre diante de vós – de vós próprios, que agora caminhais penosamente neste trajeto humilde de vida, atravessando o que vós chamais um “vale de lágrimas”?

8. MORTAIS FUSIONADOS AO FILHO


40:8:1 4494 Ainda que praticamente todos os mortais sobreviventes sejam fusionados aos seus Ajustadores, em um dos mundos das mansões, ou imediatamente após a sua chegada nas esferas moronciais mais elevadas, há certos casos de fusão retardada; alguns só passam por essa certeza final de sobrevivência ao alcançarem os últimos mundos educacionais da sede central do universo; e uns poucos, dentre esses candidatos mortais à vida sem fim, fracassam completamente em alcançar a identidade de fusão com os seus fiéis Ajustadores.

40:8:2 4495 Esses mortais foram considerados dignos de sobrevivência pelas autoridades de julgamento e até mesmo pelos seus Ajustadores, que retornaram de Divinington, e que concorreram para a sua ascensão aos mundos das mansões. Esses seres ascenderam através de um sistema, de uma constelação e dos mundos educacionais do circuito de Salvington; eles desfrutaram das “setenta vezes sete” oportunidades para a fusão e, ainda assim, foram incapazes de atingir a unicidade com os seus Ajustadores.

40:8:3 4496 Quando se torna visível que alguma dificuldade sincronizada está inibindo a fusão com o Pai, os árbitros da sobrevivência do Filho Criador reúnem-se. E, quando essa corte de investigação, sancionada por um representante pessoal dos Anciães dos Dias, finalmente determina que o mortal ascendente não é culpado de nenhuma causa detectável, pelo fracasso ao tentar a fusão, eles certificam isso no registro do universo local e transmitem devidamente essa conclusão aos Anciães dos Dias. Então, o Ajustador residente retorna imediatamente a Divinington para a confirmação pelos Monitores Personalizados e, uma vez feita essa despedida, o mortal moroncial é imediatamente fusionado a uma dádiva individualizada do espírito do Filho Criador.

40:8:4 4501 Do mesmo modo que as esferas moronciais de Nebadon são compartilhadas entre os mortais fusionados ao Espírito, essas criaturas fusionadas ao Filho compartilham dos serviços de Orvonton com os seus irmãos fusionados aos Ajustadores, que estão viajando internamente até a longínqua Ilha do Paraíso. Eles são verdadeiramente vossos irmãos, e ireis apreciar sobremodo essa associação com eles quando vós passardes pelos mundos de aperfeiçoamento do superuniverso.

40:8:5 4502 Os mortais fusionados ao Filho não formam um grupo numeroso, havendo menos de um milhão deles no superuniverso de Orvonton. Exceto pelo destino residencial no Paraíso, eles são, sob todos os pontos de vista, iguais aos seus companheiros fusionados ao Ajustador. Com freqüência, eles viajam ao Paraíso em missões superuniversais, mas raramente residem de modo permanente ali, ficando, enquanto classe, confinados aos superuniversos do seu nascimento.

9. MORTAIS FUSIONADOS AO ESPÍRITO


40:9:1 4503 Os mortais ascendentes fusionados ao Espírito não são personalidades da Terceira Fonte; eles estão incluídos nas personalidades do circuito do Pai, mas se fundiram com individualizações do espírito da pré-mente da Terceira Fonte e Centro. Essa fusão ao Espírito nunca acontece durante o curto período da vida natural; ocorre apenas na época do redespertar do mortal, na existência moroncial, nos mundos das mansões. Na experiência de fusão, não há nenhuma superposição; ou a criatura fusiona-se ao Espírito, ou fusiona-se ao Filho ou ao Pai. Aqueles que são fusionados ao Ajustador, ou ao Pai, nunca se fusionam ao Espírito, nem ao Filho.

40:9:2 4504 O fato de que esses tipos de criaturas mortais não sejam candidatos ao fusionamento com o Ajustador não impede que os Ajustadores residam neles durante a vida na carne. Os Ajustadores trabalham nas mentes desses seres durante a curta duração da sua vida material, mas nunca se tornam eternamente unidos com a alma dos seus alunos. Durante essa permanência temporária, os Ajustadores constroem efetivamente a mesma contraparte espiritual da natureza mortal – a alma – que eles desenvolvem nos candidatos para a fusão com o Ajustador. Até a época da morte física, o trabalho dos Ajustadores é totalmente semelhante ao seu funcionamento nas vossas próprias raças, mas, depois da dissolução mortal, os Ajustadores despedem-se eternamente desses candidatos à fusão com o Espírito e, prosseguindo diretamente até Divinington, sede central de todos os Monitores divinos, esperam lá pelos novos compromissos da sua ordem.

40:9:3 4505 Quando esses sobreviventes adormecidos são repersonalizados nos mundos das mansões, o lugar do Ajustador que partiu é preenchido por uma individualização do espírito da Divina Ministra, representante do Espírito Infinito no universo local envolvido. Essa infusão do espírito transforma essas criaturas sobreviventes em mortais fusionados ao Espírito. Esses seres são, de todos os modos, os vossos iguais em mente e em espírito; e eles são, de fato, os vossos contemporâneos, partilhando as esferas das mansões, e as esferas moronciais em comum, com os candidatos da vossa ordem de fusão e com aqueles que estão para ser fusionados ao Filho.

40:9:4 4506 Há, contudo, um particular, pelo qual os mortais fusionados ao Espírito diferem dos seus irmãos ascendentes: a memória mortal, da experiência humana nos mundos materiais de origem, sobrevive após a morte na carne, porque o Ajustador residente adquiriu uma contraparte espiritual, ou transcrição, daqueles eventos da vida humana que tiveram significado espiritual. Todavia, com os mortais fusionados ao Espírito, não existe um mecanismo como esse, pelo qual a memória humana possa perdurar. As transcrições de memória que o Ajustador faz são completas e intactas, mas essas aquisições são posses experienciais do Ajustador que partiu e não estão disponíveis para as criaturas da sua residência anterior, as quais, portanto, despertam nas salas de ressurreição das esferas moronciais de Nebadon como se fossem seres recém-criados, criaturas sem consciência de uma existência anterior.

40:9:5 4511 Esses filhos do universo local ficam capacitados a repossuir, por si próprios, grande parte das suas memórias humanas anteriores, ao tê-las recontadas pelos serafins e querubins solidários e por meio das consultas aos registros, da própria carreira mortal, preenchidos pelos anjos dos registros. Isso eles podem fazer com certeza assegurada, porque a alma sobrevivente, de origem experiencial na vida material e mortal, conquanto não tenha nenhuma memória de eventos mortais, apresenta uma sensibilidade de reconhecimento experiencial residual para esses eventos não lembrados da experiência passada.

40:9:6 4512 Quando, a um mortal fusionado ao Espírito, é dito algo sobre os eventos não lembrados da existência passada, há uma imediata resposta de reconhecimento experiencial dentro da alma (a identidade) desse sobrevivente, que, instantaneamente, investe o evento narrado com a cor emocional da realidade e com a qualidade intelectual de um fato; e essa resposta dual constitui a reconstrução, o reconhecimento e a validação de uma faceta não lembrada da experiência mortal.

40:9:7 4513 Mesmo para os candidatos à fusão com o Ajustador, apenas aquelas experiências humanas que foram de valor espiritual são da posse comum do mortal sobrevivente e do Ajustador que retorna e, portanto, são lembradas logo, subseqüentemente à sobrevivência mortal. A respeito daqueles acontecimentos que não foram de significação espiritual, até mesmo os mortais fusionados aos Ajustadores devem depender do característica de reação de reconhecimento da alma sobrevivente. E, já que um evento qualquer pode ter uma conotação espiritual para um mortal, mas não para outro, torna-se possível a um grupo de ascendentes contemporâneos do mesmo planeta colocar à disposição, uns aos outros, o estoque de eventos lembrados pelos Ajustadores e, assim, reconstruir qualquer experiência que tiverem tido em comum e que tenha sido de valor espiritual na vida de qualquer um deles.

40:9:8 4514 Ao mesmo tempo em que entendemos bastante bem essas técnicas de reconstrução da memória, nós não compreendemos a técnica de reconhecimento da personalidade. As personalidades que certa vez estiveram associadas respondem mutuamente de um modo totalmente independente da operação da memória, se bem que a memória, ela própria, e as técnicas da sua reconstrução sejam necessárias para revestir essas respostas mútuas de personalidade com a plenitude de reconhecimento.

40:9:9 4515 Um sobrevivente fusionado ao Espírito é também capaz de aprender muito sobre a vida que ele viveu na carne, revisitando o seu mundo de natividade, depois da dispensação planetária na qual ele viveu. Esses filhos de fusão com o Espírito são capazes de desfrutar dessas oportunidades para investigar as suas carreiras humanas, desde que estejam em geral confinados ao serviço do universo local. Eles não compartilham do vosso destino elevado e exaltado no Corpo de Finalidade do Paraíso; apenas os mortais fusionados aos Ajustadores, ou outros seres ascendentes, especialmente abraçados, integram as filas dos que aguardam a aventura da Deidade eterna. Os mortais fusionados ao Espírito são os cidadãos permanentes dos universos locais; eles podem aspirar ao destino do Paraíso, mas não lhes é possível ficar certos dele. Em Nebadon, o seu lar no universo é o oitavo grupo de mundos que envolvem Salvington, e é um céu, como destino, de natureza e situação muito semelhantes àquele visualizado pelas tradições planetárias de Urântia.

10. ASCENDANT DESTINIES




40:10:1 4521 Os mortais fusionados ao Espírito, falando-se de um modo generalizado, estão confinados a um universo local; os sobreviventes fusionados ao Filho estão restritos a um superuniverso; os mortais fusionados ao Ajustador estão destinados a penetrar o universo dos universos. Os espíritos de fusão mortal sempre ascendem ao nível de origem; essas entidades espirituais retornam infalivelmente à esfera da sua fonte primeira.

40:10:2 4522 Os mortais fusionados ao Espírito são do universo local; eles não ascendem, comumente, para além dos confins dos seus reinos de nascimento, além das fronteiras do alcance, no espaço, do espírito que os impregna. Os ascendentes fusionados ao Filho, do mesmo modo, ascendem à fonte do dom do espírito e, pois, tal como o Espírito da Verdade de um Filho Criador se focaliza na Divina Ministra coligada, do mesmo modo, o seu “espírito de fusão” é fomentado pelos Espíritos Refletivos dos universos mais elevados. Essa relação espiritual entre os níveis locais e o dos superuniversos de Deus, o Sétuplo, pode ser difícil de se explicar, mas não de se discernir, sendo inequivocamente revelado nos filhos dos Espíritos Refletivos – as Vozes secoráficas dos Filhos Criadores. O Ajustador do Pensamento, provindo do Pai no Paraíso, nunca pára até que o filho mortal esteja face a face com o Deus eterno.

40:10:3 4523 A variável misteriosa na técnica associativa, por meio da qual um ser mortal não se torna ou não pode tornar-se eternamente fusionado com o Ajustador do Pensamento residente, pode parecer revelar uma imperfeição no esquema de ascensão; a fusão com o Filho e o Espírito, superficialmente, parecem assemelhar-se a compensações para inexplicáveis fracassos em algum detalhe do plano de alcançar o Paraíso; mas todas essas conclusões incorrem em erros; nos foi ensinado que todos esses acontecimentos desenvolvem-se em obediência a leis estabelecidas pelos Governantes Supremos do Universo.

40:10:4 4524 Analisamos essa questão e chegamos à conclusão indubitável de que reservar a todos os mortais um destino último no Paraíso seria injusto para com os universos do tempo e do espaço, já que as cortes dos Filhos Criadores e dos Anciães dos Dias estariam, então, inteiramente na dependência dos serviços daqueles que se encontrassem em trânsito até os reinos mais elevados. E parece ser perfeitamente adequado que os governos dos universos locais e dos superuniversos devessem ser providos, cada um, com um grupo permanente de cidadania ascendente; que as funções dessas administrações devessem ser enriquecidas pelos esforços de certos grupos de mortais glorificados que são de status permanente, complementos evolucionários dos abandonteiros e dos susátias. Agora, fica completamente óbvio que o esquema presente de ascensão proveja efetivamente as administrações, no tempo e no espaço, apenas com esses grupos de criaturas ascendentes; e nós, muitas vezes, temos perguntado: Será que tudo isso representa uma parte intencional nos planos todo-sábios que os Arquitetos do Universo-Mestre projetaram para prover os Filhos Criadores e os Anciães dos Dias com uma população ascendente permanente? Com ordens evolucionadas de cidadania que se tornarão crescentemente competentes para levar avante os assuntos desses reinos nas idades vindouras do universo?

40:10:5 4525 Que os destinos mortais variem, dessa forma, de nenhum modo não prova que um seja necessariamente mais nem menos do que o outro; significa, meramente, que eles diferem entre si. Os ascendentes fusionados ao Ajustador têm, é fato, uma carreira grandiosa e de glória, como finalitores; e esta carreira se estende diante deles no futuro eterno, mas isso não significa que eles sejam preferidos aos seus irmãos ascendentes. Não há favoritismo, nada é arbitrário na operação seletiva do plano divino de sobrevivência mortal.

40:10:6 4531 Ainda que os finalitores fusionados aos Ajustadores, obviamente, gozem da mais ampla oportunidade de serviço, entre todas possíveis, a realização dessa meta, automaticamente, tira deles a chance de participar da luta durante toda uma idade de um universo ou de um superuniverso, desde as épocas mais primitivas e menos estabelecidas até as eras posteriores e mais estabelecidas de relativa realização na perfeição. Os finalitores adquirem uma experiência vasta e maravilhosa de serviço transitório, em todos os sete segmentos do grande universo, mas eles não obtêm ordinariamente o conhecimento íntimo de um universo específico, coisa que, ainda agora, caracteriza os veteranos fusionados ao Espírito, do Corpo dos Completos de Nebadon. Esses indivíduos desfrutam de uma oportunidade de testemunhar a procissão ascendente das idades planetárias à medida que se desdobram, uma a uma, em dez milhões de mundos habitados. E, no serviço fiel desses cidadãos do universo local, uma experiência sobrepõe-se à outra experiência até que a plenitude do tempo amadureça aquela alta qualidade de sabedoria que é engendrada pela experiência focalizada – a sabedoria com autoridade – e isso, em si mesmo, é um fator vital no estabelecimento de qualquer universo local.

40:10:7 4532 Tal como ocorre com os mortais fusionados ao Espírito, o mesmo se dá com os mortais fusionados ao Filho que alcançaram o status residencial em Uversa. Alguns desses seres provêm das épocas mais antigas de Orvonton e representam um corpo de sabedoria, de discernimento aprofundado, que cresce lentamente e que está dando contribuições de serviços cada vez maiores para o bem-estar e o estabelecimento final do sétimo superuniverso.

40:10:8 4533 Qual será o destino último dessas ordens estacionárias de cidadania local do superuniverso, nós não sabemos; mas é muito possível que, quando os finalitores do Paraíso estiverem no pioneirismo da expansão das fronteiras da divindade, nos sistemas planetários do primeiro nível do espaço exterior, os seus irmãos, fusionados ao Filho e ao Espírito, na luta ascendente evolucionária, estejam contribuindo de modo satisfatório para a manutenção do equilíbrio experiencial dos superuniversos perfeccionados, enquanto eles se mantêm prontos para dar as boas-vindas à corrente de peregrinos que chegam do Paraíso e que podem, nesse dia distante, passar por Orvonton e pelas suas criações irmãs como uma vasta torrente de busca espiritual, proveniente dessas galáxias ainda não exploradas nem habitadas do espaço exterior.

40:10:9 4534 Mesmo que a maioria dos fusionados ao Espírito sirva permanentemente como cidadãos dos universos locais, não são todos os que o fazem. Se alguma fase da sua ministração universal demandasse a sua presença pessoal no superuniverso, então essas transformações do ser produzir-se-iam nesses cidadãos para capacitá-los a ascender ao universo mais alto; e, quando da chegada dos Guardiães Celestes, com ordens de apresentar esses mortais fusionados ao Espírito às cortes dos Anciães dos Dias, eles ascenderiam desse modo, para jamais retrocederem. Eles tornam-se os pupilos do superuniverso, servindo permanentemente como assistentes dos Guardiães Celestes, salvo aqueles poucos que, por sua vez, são chamados ao serviço do Paraíso e de Havona.

40:10:10 4535 Como os seus irmãos fusionados ao Espírito, os fusionados ao Filho nem atravessam Havona, nem alcançam o Paraíso, a menos que hajam passado por certas transformações modificadoras. Por razões boas e suficientes, essas mudanças têm sido efetuadas em alguns sobreviventes fusionados ao Filho e esses seres são encontrados, de vez em quando, nos sete circuitos do universo central. Assim é que certo número de mortais, tanto entre os fusionados ao Filho, como entre os fusionados ao Espírito, de fato ascende ao Paraíso e atinge uma meta igual, em muitos sentidos, à que aguarda os mortais fusionados ao Pai.

40:10:11 4536 Os mortais fusionados ao Pai são finalitores em potencial; o seu destino é o Pai Universal, e eles O alcançam; mas, dentro da perspectiva da presente idade do universo, os finalitores, enquanto tais, não alcançam o ponto último do seu destino. Eles permanecem como criaturas inacabadas – espíritos do sexto estágio – e, pois, sem atividades nos domínios evolucionários dos estados anteriores aos de luz e vida.

40:10:12 4541 Quando um finalitor mortal é abraçado pela Trindade – torna-se um Filho Trinitarizado, como um Mensageiro Poderoso – então, esse finalitor terá atingido o destino, pelo menos na idade presente do universo. Os Mensageiros Poderosos e os seus companheiros podem não ser, no exato sentido, espíritos do sétimo estágio, mas, além de outras coisas, o abraço da Trindade dota-os com tudo o que um finalitor irá realizar em alguma época como espírito do sétimo estágio. Depois que os mortais fusionados ao Espírito ou ao Filho são trinitarizados, eles passam pela experiência do Paraíso junto com os ascendentes fusionados aos Ajustadores, a quem eles são idênticos, então, em todos os aspectos pertinentes à administração do superuniverso. Esses Filhos Trinitarizados da Seleção ou Realização, ao menos por agora, são criaturas completas, em comparação aos finalitores, que, no momento, são criaturas inacabadas.

40:10:13 4542 Assim, numa análise final, dificilmente seria apropriado usar as palavras “maior” ou “menor” ao comparar os destinos das ordens ascendentes de filiação. Cada um desses filhos de Deus compartilha da paternidade de Deus, e Deus ama a cada um dos Seus filhos criaturas de modo igual; Ele não dá preferência a nenhum destino ascendente, nem às criaturas que possam alcançar esses destinos. O Pai ama a cada um dos Seus filhos, e essa afeição nada menos é do que verdadeira, sagrada, divina, ilimitada, eterna e única – um amor que é outorgado tanto a esse filho como àquele filho, individual, pessoal e exclusivamente. E esse amor eclipsa totalmente todos os outros fatos. A filiação é a suprema relação da criatura com o Criador.

40:10:14 4543 Enquanto mortais, vós podeis agora reconhecer o vosso lugar na família da filiação divina e começar a sentir a vossa obrigação de avaliar a vós próprios, quanto às vantagens tão livremente providas no plano do Paraíso, e por este, para a sobrevivência mortal; plano este que tem sido imensamente engrandecido e iluminado pela experiência da vida de auto-outorga de um Filho. Todas as facilidades e todo o poder foram providos para assegurar a vossa realização última na meta da divina perfeição no Paraíso.

40:10:15 4544 [Apresentado por um Mensageiro Poderoso temporariamente agregado à assessoria pessoal de Gabriel de Salvington.]

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