sexta-feira, 20 de agosto de 2010

URANTIA 13 A 25

DOCUMENTO 13

AS ESFERAS SAGRADAS DO PARAÍSO
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No espaço entre a Ilha Central do Paraíso e o mais central dos circuitos planetários de Havona, estão intercalados três circuitos menores de esferas especiais. O circuito interno consiste nas sete esferas secretas do Pai Universal; o segundo grupo é composto dos sete mundos luminosos do Filho Eterno; no mais externo, estão as sete esferas imensas do Espírito Infinito, os mundos-sedes executivos dos Sete Espíritos Mestres.

13:0:2 1432 Esses três circuitos, com sete mundos do Pai, sete do Filho e sete do Espírito, são esferas de grandiosidade insuperável e glória inimaginável. Mesmo a sua construção material ou física é de uma ordem não revelada a vós. Cada circuito é de material diferente, e cada mundo de cada circuito é diferente, exceto os sete mundos do Filho, que são iguais em constituição física. Todos os vinte e um mundos são esferas enormes, e cada grupo de sete é diferentemente eternizado. Pelo que sabemos, eles sempre existiram; como o Paraíso, eles são eternos. Não há registro nem tradição sobre a sua origem.

13:0:3 1433 As sete esferas secretas do Pai Universal, girando em torno do Paraíso, em proximidade estreita da Ilha Eterna, são altamente refletivas da luminosidade espiritual do brilho central das Deidades eternas, lançando essa luz de glória divina por todo o Paraíso e mesmo sobre os sete circuitos de Havona.

13:0:4 1434 Nos sete mundos sagrados do Filho Eterno, parecem ter origem as energias impessoais da luminosidade do espírito. Nenhum ser pessoal pode permanecer em qualquer desses sete reinos fulgurantes. Com a sua glória espiritual, eles iluminam todo o Paraíso e Havona; e direcionam a pura luminosidade do espírito para os sete superuniversos. Essas esferas brilhantes do segundo circuito, da mesma forma, emitem sua luz (sem calor) para o Paraíso, e para o bilhão de mundos dos sete circuitos do universo central.

13:0:5 1435 Os sete mundos do Espírito Infinito estão ocupados pelos Sete Espíritos Mestres, que presidem aos destinos dos sete superuniversos, enviando a iluminação espiritual da Terceira Pessoa da Deidade a essas criações do tempo e do espaço. E toda a Havona, mas não a Ilha do Paraíso, é banhada por essas influências espiritualizantes.

13:0:6 1436 Embora os mundos do Pai sejam esferas de status último para todos os seres dotados pelo Pai com uma personalidade, essa não é a função exclusiva deles. Muitos seres e entidades outras, além das pessoais, passam temporadas nesses mundos. Cada mundo, no circuito do Pai, e no circuito do Espírito, tem um tipo distinto de cidadania permanente, mas pensamos que os mundos do Filho são habitados por tipos uniformes de seres não pessoais. Os fragmentos do Pai estão entre os nativos de Divinington; as outras ordens de cidadania permanente não são reveladas a vós.

13:0:7 1437 Os vinte e um satélites do Paraíso servem, tanto no universo central como nos superuniversos, a muitos propósitos não revelados nestas narrativas. Vós sois capazes de entender tão pouco da vida nessas esferas, que não podeis esperar chegar a ter uma visão coerente delas, nem quanto à sua natureza nem quanto à sua função; milhares de atividades acontecem ali, que não são reveladas a vós. Essas vinte e uma esferas abrangem os potenciais da função do universo-mestre. Estes documentos permitem apenas uma visão fugidia de certas atividades circunscritas pertinentes ao âmbito da época atual do grande universo – ou melhor, de um dos sete setores do grande universo.

1. OS SETE MUNDOS SAGRADOS DO PAI


13:1:1 1441 O circuito das esferas sagradas de vida do Pai contém os únicos segredos inerentes à personalidade, no universo dos universos. Estes satélites do Paraíso, no mais interno dos três circuitos, são os únicos domínios proibidos, concernentes à personalidade, no universo central. O Paraíso inferior e os mundos do Filho são, do mesmo modo, fechados às personalidades; porém nenhum desses domínios, de qualquer modo, concerne diretamente à personalidade.

13:1:2 1442 Os mundos do Pai, no Paraíso, são dirigidos pela ordem mais elevada dos Filhos Estacionários da Trindade, os Segredos Trinitarizados da Supremacia. Desses mundos, pouco posso eu dizer; das suas múltiplas atividades, posso dizer menos ainda. Tal informação concerne apenas àqueles seres que ali funcionam e que dali vão mais adiante. E, ainda que eu esteja familiarizado de um certo modo, com seis desses mundos especiais, eu jamais estive em Divinington; tal mundo é inteiramente proibido para mim.

13:1:3 1443 Uma das razões pelas quais esses mundos são secretos é que cada uma dessas esferas sagradas desfruta de uma representação especializada, ou manifestação das Deidades que compõem a Trindade do Paraíso; não de uma personalidade, mas de uma presença única da Divindade, que pode ser apreciada e compreendida apenas por aqueles grupos especiais de inteligência, residentes naquela esfera particular, ou que podem ser ali admitidos. Os Segredos Trinitarizados da Supremacia são os agentes pessoais dessas presenças especializadas e impessoais da Divindade. E os Segredos da Supremacia são seres altamente pessoais, esplendidamente dotados e maravilhosamente adaptados ao seu trabalho excelso e exigente.

13:1:4 1444 1. DIVININGTON. Este mundo é, em um sentido único, o “seio do Pai”, a esfera de comunhão pessoal do Pai Universal, e nele existe uma manifestação especial da Sua divindade. Divinington é o ponto de reunião dos Ajustadores do Pensamento no Paraíso, mas é também o lar de inúmeras outras entidades, personalidades e outros seres que têm origem no Pai Universal. Muitas personalidades, além do Filho Eterno, têm origem direta em atos solitários do Pai Universal. E tão somente os fragmentos do Pai, as personalidades e outros seres de origem direta e exclusiva no Pai Universal confraternizam-se e funcionam nesta morada.

13:1:5 1445 Os segredos de Divinington incluem o segredo da outorga e da missão dos Ajustadores do Pensamento. A sua natureza, origem e a técnica do seu contato com as criaturas mais baixas dos mundos evolucionários é um segredo dessa esfera do Paraíso. Essas assombrosas transações não concernem pessoalmente ao resto de nós e, portanto, as Deidades consideram apropriado ocultar da nossa compreensão plena certas características dessa ministração grandiosa e divina. Até o ponto em que temos contato com essa fase da atividade divina, é-nos permitido ter o conhecimento completo dessas transações, mas, no que diz respeito aos detalhes íntimos dessa grande outorga, não estamos plenamente informados.

13:1:6 1451 Essa esfera também conserva os segredos da natureza, propósito e atividades de todas as outras formas de fragmentos do Pai, dos Mensageiros por Gravidade e das hostes de outros seres não revelados a vós. É bastante provável que essas verdades pertinentes a Divinington, que se mantêm ocultadas de mim, se reveladas, venham meramente a confundir e dificultar o meu trabalho atual, e pode ser ainda que estejam além da capacidade conceptual da minha ordem de seres.

13:1:7 1452 2. SONARINGTON. Esta esfera é o “seio do Filho”, o mundo de acolhimento pessoal do Filho Eterno. É a sede central do Paraíso para os Filhos de Deus, descendentes e ascendentes, após estarem, quando estiverem, inteiramente acreditados e finalmente aprovados. Esse mundo é o lar, no Paraíso, de todos os Filhos do Filho Eterno e dos seus Filhos coordenados e coligados. Há numerosas ordens de filiação divina, ligadas a essa morada superna, que não têm sido reveladas aos mortais, já que elas não estão ligadas aos planos do esquema da ascensão, da progressão espiritual humana através dos universos e até o Paraíso.

13:1:8 1453 Os segredos de Sonarington incluem o segredo da encarnação dos Filhos divinos. Quando um Filho de Deus torna-se um Filho do Homem, nascendo literalmente de uma mulher, como ocorreu no vosso mundo, há mais de dezenove séculos atrás, trata-se de um mistério universal. Isso está ocorrendo em todas as partes, nos universos, e o segredo dessa filiação divina é um segredo de Sonarington. Os Ajustadores são um mistério de Deus, o Pai. A encarnação dos Filhos divinos é um mistério de Deus, o Filho; é um segredo encerrado no sétimo setor de Sonarington, um domínio não penetrável por ninguém, exceto por aqueles que passaram por essa experiência única. Apenas aquelas fases da encarnação que têm a ver com a vossa carreira de ascensão, foram trazidas ao vosso conhecimento. Há muitas outras fases do mistério da encarnação dos Filhos do Paraíso, que são tipos não revelados de missões de serviço no universo, não abertos ao vosso conhecimento. E há ainda outros mistérios em Sonarington.

13:1:9 1454 3. SPIRITINGTON. Este mundo é o “seio do Espírito”, o lar no Paraíso dos altos seres que representam exclusivamente o Espírito Infinito. Aqui, congregam-se os Sete Espíritos Mestres e algumas das suas filiações, de todos os universos. Nessa morada celeste, podem ser encontradas também inúmeras ordens não reveladas de personalidades espirituais, seres destinados às múltiplas atividades do universo, não ligadas aos planos de elevação das criaturas mortais do tempo até os níveis de eternidade do Paraíso.

13:1:10 1455 Os segredos de Spiritington envolvem os mistérios impenetráveis da refletividade. Nós vos falamos sobre o fenômeno amplo e universal da refletividade, mais particularmente de como ela opera nos mundos-sedes dos sete superuniversos, mas nunca explicamos inteiramente esse fenômeno, pois não o entendemos completamente. Compreendemos bastante, muito mesmo, sobre ele, mas diversos detalhes fundamentais ainda são misteriosos para nós. A refletividade é um segredo de Deus, o Espírito. Vós fostes instruídos a respeito das funções da refletividade em relação ao esquema de ascensão no caso da sobrevivência dos mortais, e assim é que opera, mas a refletividade é também um aspecto indispensável ao trabalho normal de inúmeras outras fases de ocupação no universo. Esse dom do Espírito Infinito é também utilizado em canais outros, diversos daqueles que fazem a reunião das informações e a disseminação dos dados. E há outros segredos de Spiritington.

13:1:11 1456 4. VICEGERINGTON. Este planeta é o “seio do Pai e do Filho” e é a esfera secreta de certos seres não revelados, que têm origem nos atos do Pai e do Filho. Este é também o lar, no Paraíso, de muitos seres glorificados, de ancestralidade complexa, aqueles cuja origem é complicada por causa das técnicas, muito diversificadas, que operam nos sete superuniversos. Muitos grupos de seres, dos que se reúnem nesse mundo, não têm a sua identidade revelada aos mortais de Urântia.

13:1:12 1461 Os segredos de Vicegerington incluem os segredos da trinitarização, e a trinitarização constitui o segredo da autoridade de representar a Trindade, de como atuar sendo vice-regentes dos Deuses. A autoridade de representar a Trindade é passada apenas àqueles seres, revelados e não revelados, que são trinitarizados, criados, gerados por factualidades ou eternizados por duas quaisquer ou por todas as três Pessoas da Trindade do Paraíso. As personalidades trazidas à existência pelos atos trinitarizantes de certos tipos de criaturas glorificadas representam não mais do que o potencial conceptual mobilizado naquela trinitarização, embora tais criaturas possam ascender por meio do caminho de abraço da Deidade aberto a todos os seus semelhantes.

13:1:13 1462 Os seres não trinitarizados não compreendem plenamente a técnica da trinitarização, seja por dois, seja por três dos Criadores, seja por certas criaturas. Vós não iríeis compreender inteiramente tal fenômeno, a menos que, em um futuro longínquo, na vossa carreira glorificada, vós intenteis essa aventura e sejais bem-sucedidos nela, pois, de outro modo, esses segredos de Vicegerington serão sempre proibidos a vós. Mas para mim, um ser de origem elevada na Trindade, todos os setores de Vicegerington estão abertos. Eu entendo completamente, e também protejo total e sagradamente, o segredo da minha origem e destino.

13:1:14 1463 Há ainda outras formas e fases de trinitarização que não foram levadas ao conhecimento dos povos de Urântia, e essas experiências, nos seus aspectos pessoais, estão devidamente protegidas no setor secreto de Vicegerington.

13:1:15 1464 5. SOLITARINGTON. Este mundo é o “seio do Pai e do Espírito” e é o centro de encontro de uma hoste magnífica de seres não revelados, com origem nos atos conjuntos do Pai Universal e do Espírito Infinito; seres que partilham de aspectos do Pai, além da sua herança do Espírito.

13:1:16 1465 Essa é também a casa dos Mensageiros Solitários e outras personalidades de ordens supra-angélicas. Vós conheceis pouquíssimos dentre esses seres; há um vasto número de ordens não reveladas em Urântia. O fato de terem o seu domicílio no quinto mundo não significa, necessariamente, que o Pai tenha a ver com a criação dos Mensageiros Solitários ou dos seus coligados superangélicos, mas, nesta idade do universo, Ele tem a ver com a função deles. Durante a presente idade do universo, essa é também a esfera de status dos Diretores de Potência do Universo.

13:1:17 1466 Há inúmeras ordens adicionais de personalidades espirituais, seres desconhecidos do homem mortal, que consideram Solitarington como sendo o seu lar, na esfera no Paraíso. Deveria ser lembrado que todas as divisões e níveis de atividades, no universo, são plenamente providas de ministros espirituais, como o é o domínio que se ocupa de ajudar o homem mortal a ascender ao seu destino divino, no Paraíso.

13:1:18 1467 Os segredos de Solitarington. Além de certos segredos da trinitarização, este mundo mantém os segredos da relação pessoal do Espírito Infinito com algumas filiações mais elevadas da Terceira Fonte e Centro. Em Solitarington, são mantidos os mistérios da associação íntima de inúmeras ordens, não reveladas, com os espíritos do Pai, do Filho e do Espírito, com o tríplice espírito da Trindade, e com os espíritos do Supremo, do Último e do Supremo-Último.

13:1:19 1468 6. SERAFINGTON. Esta esfera é o “seio do Filho e do Espírito” e é o mundo-lar das imensas hostes de seres não revelados, criados pelo Filho e pelo Espírito. É também a esfera de destino de todas as ordens ministradoras de hostes angélicas, incluindo supernafins, seconafins e serafins. No universo central e nos universos mais afastados, também servem inúmeras ordens de magníficos espíritos que não são “espíritos ministradores para aqueles que serão herdeiros da salvação”. Todos esses trabalhadores espírituais, em todos os níveis e domínios de atividades no universo, consideram Serafington como o seu lar no Paraíso.

13:1:20 1471 Os segredos de Serafington envolvem um mistério tríplice, dos quais eu posso mencionar apenas um: o mistério do transporte seráfico. A capacidade de várias ordens de serafins, e de seres espirituais aliados, de envolver, nas suas formas espirituais, todas as ordens de personalidades não materiais, e de carregá-las em longas jornadas interplanetárias, é um segredo fechado nos setores sagrados de Serafington. Os serafins de transporte compreendem esse mistério, mas eles não o comunicam ao resto de nós, ou talvez não possam fazê-lo. Os outros mistérios de Serafington são pertinentes às experiências pessoais de tipos de servidores espirituais, até agora, não revelados aos mortais. E nós nos coibimos de falar sobre os segredos de tais seres, tão proximamente relacionados, pois vós quase poderíeis compreender tais ordens próximas de existência, mas equivaleria a uma quebra de confiança apresentarmos até mesmo o nosso conhecimento parcial de tais fenômenos.

13:1:21 1472 7. ASCENDINGTON. Este mundo único é o “seio do Pai, do Filho e do Espírito”, o local de encontro das criaturas ascendentes do espaço, a esfera de recepção dos peregrinos do tempo, que estão de passagem pelo universo de Havona, no seu caminho até o Paraíso. Ascendington é o lar verdadeiro, no Paraíso, das almas ascendentes do tempo e do espaço, até que elas alcancem o status de seres do Paraíso. Vós, mortais, passareis a maioria das vossas férias de Havona em Ascendington. Durante a vossa vida em Havona, Ascendington será para vós o mesmo que foram os diretores de reversão durante a ascensão local e no superuniverso. Aqui, vós vos engajareis em milhares de atividades, que estão além da compreensão e da imaginação mortal. E, como em todos os avanços anteriores, na ascensão em direção a Deus, o vosso eu humano entrará, aqui, em novas relações com o vosso eu divino.

13:1:22 1473 Os segredos de Ascendington incluem os mistérios da construção gradual e certa, na mente material e mortal, de uma contraparte espiritual e potencialmente imortal do caráter e da identidade. Esse fenômeno constitui um dos mistérios de maior perplexidade dos universos – a evolução de uma alma imortal, dentro da mente de uma criatura mortal e material.

13:1:23 1474 Vós não ireis jamais compreender essa transação misteriosa, antes de alcançardes Ascendington. E é por isso que toda Ascendington estará aberta aos vossos olhares maravilhados. Um sétimo de Ascendington é proibido para mim – aquele setor ao qual concerne esse mesmo segredo que é (ou será) a experiência exclusiva e a posse do vosso tipo de ser. Essa experiência pertence à vossa ordem humana de existência. A minha ordem de personalidade não está diretamente ligada a tais transações. Desse modo, são proibidas a mim, mas serão afinal reveladas a vós. Todavia, mesmo depois que forem reveladas a vós, por alguma razão permanecerão para sempre como um segredo vosso. Vós não os revelareis a nós, nem a qualquer outra ordem de seres. Sabemos sobre a fusão eterna de um Ajustador divino com uma alma imortal, de origem humana; mas os finalitores ascendentes conhecem essa experiência, em si, como uma realidade absoluta.

2. AS RELAÇÕES NOS MUNDOS DO PAI


13:2:1 1475 Esses mundos-lar, das diversas ordens de seres espirituais, são esferas portentosas e maravilhosas e, na sua incomparável beleza e glória esplendorosa, são semelhantes ao Paraíso. São mundos de congregação, esferas de reunião, que servem como endereços cósmicos permanentes. Como finalitores, vós estareis domiciliados no Paraíso, mas Ascendington será o vosso endereço domiciliar em todos os tempos, mesmo quando entrardes no serviço do espaço exterior. Por toda a eternidade, vós ireis considerar Ascendington como o vosso lar de recordações sentimentais e de memórias evocativas. Quando vos tornardes seres espirituais do sétimo estágio, possivelmente renunciareis ao vosso status de residência no Paraíso.

13:2:2 1481 Se os universos exteriores estão em processo de criação, se eles devem ser habitados por criaturas do tempo com potencial ascensional, então inferimos que esses filhos do futuro estão destinados também a considerar Ascendington como o seu mundo-lar no Paraíso.

13:2:3 1482 Ascendington é a única esfera sagrada que estará aberta sem reservas ao vosso exame, quando chegardes ao Paraíso. Vicegerington é a única esfera sagrada que é aberta ao meu escrutínio inteiramente sem reservas. Embora os seus segredos digam respeito à minha origem, nesta idade do universo, eu não encaro Vicegerinton como o meu lar. Os seres de origem na Trindade e os seres trinitarizados não são a mesma coisa.

13:2:4 1483 Os seres de origem na Trindade não compartilham totalmente os mundos do Pai; eles têm o seu lar exclusivo na Ilha do Paraíso, em estreita proximidade com a Esfera Santíssima. Freqüentemente eles encontram-se em Ascendington, o “seio do Pai-Filho-Espírito”, onde se confraternizam com os seus irmãos que vieram dos mundos baixos do espaço.

13:2:5 1484 Vós poderíeis assumir que os Filhos Criadores, sendo originários do Pai-Filho, encarariam Vicegerington como o seu lar, mas não é esse o caso, nessa idade da função de Deus, o Sétuplo, no universo. E há muitos problemas semelhantes que irão deixar-vos perplexos, pois podeis estar certos de encontrar muitas dificuldades ao tentardes entender essas coisas que estão tão próximas do Paraíso. Também não podeis usar o raciocínio com êxito para essas questões, pois delas sabeis pouquíssimo. E, caso soubésseis mais acerca dos mundos do Pai, vós simplesmente iríeis encontrar mais dificuldades ainda, até saberdes tudo sobre eles. O status em qualquer desses mundos secretos é adquirido pelo serviço, bem como por meio da natureza da origem, e as sucessivas idades do universo podem redistribuir alguns desses agrupamentos de personalidades, e fazem-no.

13:2:6 1485 Os mundos do circuito interior são realmente mundos fraternais ou de status, mais do que esferas reais de residência. Os mortais atingirão um certo status, em cada um dos mundos do Pai, exceto em um deles. Por exemplo: quando vós, mortais, chegardes a Havona, ser-vos-á concedida permissão para visitar Ascendington, onde vós sereis muito bem-vindos, mas não vos será permitido visitar os outros seis mundos sagrados. Subseqüentemente à vossa passagem pelo regime do Paraíso, e após a vossa admissão no Corpo de Finalidade, ser-vos-á concedida permissão para ir a Sonarington, já que sois filhos ascendentes de Deus – de fato sereis muito mais. Contudo sempre restará um sétimo de Sonarington, o setor dos segredos da encarnação dos Filhos Divinos, que não estará aberto ao vosso escrutínio. Nunca esses segredos serão revelados aos filhos ascendentes de Deus.

13:2:7 1486 Finalmente, tereis acesso pleno a Ascendington e um acesso relativo a outras esferas do Pai, exceto Divinington, mas, mesmo quando vos for dada a permissão para aterrissar nas cinco outras esferas secretas, após vos terdes transformado em finalitores, não vos será permitido visitar todos os setores de tais mundos. Nem vos será permitido aterrissar nas margens de Divinington, o “seio do Pai”, se bem que vós ireis, com certeza, estar repetidamente à “mão direita do Pai”. Nunca, por toda a eternidade, surgirá nenhuma necessidade da vossa presença no mundo dos Ajustadores do Pensamento.

13:2:8 1491 Esses mundos de reunião da vida espiritual são um terreno proibido, ao extremo de nos ser pedido que não tentemos penetrar nas fases daquelas esferas que estão totalmente fora do âmbito da nossa experiência. Vós podeis tornar-vos criaturas perfeitas, como o Pai Universal mesmo é perfeito na Sua Deidade, mas não podereis saber sobre todos os segredos experienciais de todas as outras ordens de personalidades do universo. Quando o Criador tem um segredo de personalidade experiencial com a sua criatura, o Criador preserva esse segredo em confiança eterna.

13:2:9 1492 Todos esses segredos são supostamente conhecidos do corpo coletivo dos Segredos Trinitarizados da Supremacia. Esses seres são inteiramente conhecidos apenas pelos agrupamentos especiais do seu mundo; eles são pouco compreendidos pelas outras ordens. Após haverdes alcançado o Paraíso, vós conhecereis e amareis ardentemente os dez Segredos da Supremacia que dirigem Ascendington. À exceção de Divinington, vós também chegareis a um conhecimento parcial dos Segredos da Supremacia, em outros mundos do Pai, se bem que não tão perfeitamente quanto em Ascendington.

13:2:10 1493 Os Segredos Trinitarizados da Supremacia, como o seu nome poderia sugerir, estão relacionados ao Supremo; eles são, do mesmo modo, relacionados ao Último e ao futuro Supremo-Último. Esses Segredos da Supremacia são os segredos do Supremo e, também, os segredos do Último e, mesmo, os segredos do Supremo-Último.

3. OS MUNDOS SAGRADOS DO FILHO ETERNO


13:3:1 1494 As sete esferas luminosas do Filho Eterno são os mundos das sete fases da existência no espírito-puro. Esses orbes resplandecentes são a fonte da luz tríplice do Paraíso e de Havona; e a sua influência é amplamente, se bem que não totalmente, confinada ao universo central.

13:3:2 1495 A personalidade não está presente nesses satélites do Paraíso; portanto, sobre as moradas desses espíritos-puros, pouco há que possa ser apresentado à personalidade mortal e material. Foi-nos ensinado que esses mundos são prolíficos da vida não-pessoal dos seres do Filho Eterno. Inferimos que essas entidades estejam sendo constituídas para a ministração aos novos universos projetados do espaço exterior. Os filósofos do Paraíso sustentam que cada ciclo do Paraíso, de cerca de dois bilhões de anos do tempo de Urântia, testemunha a criação de reservas adicionais dessas ordens, nos mundos secretos do Filho Eterno.

13:3:3 1496 Até onde fui informado, personalidade alguma jamais esteve em qualquer uma dessas esferas do Filho Eterno. Eu nunca fui designado sequer para visitar um desses mundos, em toda a minha longa experiência, dentro e fora do Paraíso. Mesmo as personalidades co-criadas pelo Filho Eterno não vão a esses mundos. Inferimos que todos os tipos de espíritos impessoais, independentemente da sua origem, sejam admitidos nesses lares espirituais. Como sou uma pessoa e tenho uma forma espiritual, não há dúvida de que esse mundo pareceria vazio e deserto, ainda que me fosse permitido fazer uma visita a ele. As personalidades espirituais elevadas não são dadas à satisfação da curiosidade sem um propósito, à aventura inútil puramente. A todo momento há, em demasia, aventuras plenas de propósito e fascínio, para permitir o desenvolvimento de qualquer interesse maior em projetos inúteis ou irreais.

4. OS MUNDOS DO ESPÍRITO INFINITO


13:4:1 1497 Entre o circuito interno de Havona e as esferas resplandecentes do Filho Eterno, giram os sete orbes do Espírito Infinito, mundos habitados pela progênie do Espírito Infinito, pelos filhos trinitarizados de personalidades criadas já glorificadas e por outros tipos de seres não revelados, que estão empenhados na administração efetiva das muitas realizações dos vários domínios de atividades no universo.

13:4:2 1501 Os Sete Espíritos Mestres são os representantes supremos e últimos do Espírito Infinito. Eles mantêm suas estações pessoais e seus focos de poder na periferia do Paraíso, mas todas as operações ligadas à sua administração e direção, no grande universo, são conduzidas a partir dessas sete esferas executivas especiais do Espírito Infinito. Os Sete Espíritos Mestres são, na realidade, a roda de equilíbrio do espírito-mente no universo dos universos, um poder de localização central que tudo abrange, compreende e coordena.

13:4:3 1502 Dessas sete esferas especiais, os Espíritos Mestres operam, para equalizar e estabilizar os circuitos da mente cósmica do grande universo. Eles também têm a ver com a atitude espiritual diferencial e com a presença das Deidades, em todo o grande universo. As reações físicas são uniformes, não variam, e são sempre instantâneas e automáticas. Contudo, a presença experiencial do espírito realiza-se de acordo com as condições subjacentes ou com os estados de receptividade espiritual inerentes às mentes individuais nos reinos.

13:4:4 1503 A autoridade, presença e função física não variam ao longo dos universos, grandes ou menores. O fator que diferencia a presença ou a reação espiritual é o diferencial flutuante, no seu reconhecimento e recepção, da parte das criaturas de vontade. Ainda que a presença espiritual da Deidade absoluta ou existencial, de nenhum modo seja influenciada pelas atitudes de lealdade ou deslealdade da parte dos seres criados, ao mesmo tempo, é certo que a presença em funcionamento da Deidade subabsoluta e experiencial é, definitiva e diretamente, influenciada pelas decisões, escolhas e atitudes da vontade de tais seres, criaturas finitas – pela lealdade e devoção do ser, planeta, sistema, constelação ou universo, individualmente. Essa presença espiritual da divindade não é, porém, caprichosa ou arbitrária; a sua variação experiencial é inerente ao dom de livre-arbítrio das criaturas pessoais.

13:4:5 1504 O fator determinante do diferencial da presença espiritual existe nos vossos próprios corações e mentes, e consiste na maneira como atua a vossa própria escolha, nas decisões das vossas mentes e na determinação das vossas próprias vontades. Esse diferencial é inerente às reações do livre-arbítrio de seres pessoais inteligentes, seres a quem o Pai Universal ordenou que exercessem essa liberdade de escolha. E as Deidades são sempre fiéis às oscilações e ao fluxo dos seus espíritos, ao atenderem e satisfazerem às condições e demandas desse diferencial de escolha da criatura, ora concedendo mais da sua presença, em resposta a um anseio sincero dessa presença, ora retirando-se de cena à medida que as suas criaturas decidem adversamente no exercício da sua liberdade de escolha, dom divinamente concedido. E, assim, o espírito da divindade torna-se humildemente obediente à escolha das criaturas dos reinos.

13:4:6 1505 As moradas executivas dos Sete Espíritos Mestres são, na realidade, as sedes centrais no Paraíso, dos sete superuniversos e seus segmentos correlatos no espaço exterior. Cada Espírito Mestre preside a um superuniverso, e cada um desses sete mundos é exclusivamente designado a um dos Espíritos Mestres. Não há literalmente nenhuma fase da administração subparadisíaca, dos sete superuniversos, que não seja abrangida por esses mundos executivos. Eles não são tão exclusivos quanto as esferas do Pai, ou as do Filho, e embora o status residencial seja limitado aos seres nativos, e aos que ali trabalham, esses sete planetas administrativos estão sempre abertos a todos os seres que os desejarem visitar, e que tenham o comando dos meios necessários de trânsito.

13:4:7 1511 Para mim, esses mundos executivos são os pontos mais interessantes e fascinantes fora do Paraíso. Em nenhum outro lugar, no vasto universo, pode alguém observar atividades tão variadas, envolvendo ordens tão diferentes de seres vivos, as quais têm a ver com operações em níveis tão diversos, em ocupações ao mesmo tempo materiais, intelectuais e espirituais. Quando me é concedido um período de descanso das minhas atividades, se acontece de eu estar no Paraíso, ou em Havona, comumente vou para um desses mundos ativos dos Sete Espíritos Mestres, para lá inspirar a minha mente com aqueles espetáculos de empreendimento, devoção, lealdade, sabedoria e eficiência. Em nenhum outro lugar posso eu observar uma interassociação tão assombrosa de atuações da personalidade, em todos os sete níveis da realidade do universo. E me sinto sempre estimulado pelas atividades daqueles que sabem muito bem como fazer o seu trabalho e que têm um prazer tão completo no ato de realizá-lo.

13:4:8 1512 [Apresentado por um Perfeccionador de Sabedoria, com a missão de assim funcionar, dada pelos Anciães dos Dias em Uversa.]

DOCUMENTO 14

O UNIVERSO CENTRAL E DIVINO
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O universo perfeito e divino ocupa o centro de toda a criação; é o núcleo eterno em redor do qual giram as vastas criações do tempo e do espaço. O Paraíso é a gigantesca Ilha-núcleo de absoluta estabilidade e que permanece imóvel no coração mesmo do magnífico universo eterno. Essa família planetária central é chamada de Havona e está muito distante do universo local de Nebadon. Tem dimensões enormes, uma massa quase inacreditável e consiste em um bilhão de esferas de beleza inimaginável e de grandeza majestosa; no entanto, a verdadeira magnitude dessa vasta criação está, realmente, bem além do alcance de compreensão da mente humana.

14:0:2 1522 Esse é o único conjunto consolidado, perfeito e estabelecido de mundos. É um universo criado em plenitude e perfeição; não se trata de um desenvolvimento evolucionário. É o núcleo eterno da perfeição, em torno do qual gira a procissão interminável de universos que constituem os experimentos evolucionários formidáveis, a aventura audaciosa dos Filhos Criadores de Deus, os quais aspiram a duplicar, no tempo, e reproduzir, no espaço, o universo arquetípico, o ideal de plenitude divina, suprema finalidade, realidade última e perfeição eterna.

1. O SISTEMA PARAÍSO-HAVONA


14:1:1 1523 Da periferia do Paraíso até as fronteiras interiores dos sete superuniversos, existem as sete condições e os movimentos seguintes de espaços:

1524 1. As zonas quiescentes de espaço intermediário, que chegam à periferia do Paraíso.

1525 2. A procissão em sentido horário dos três circuitos do Paraíso e dos sete circuitos de Havona.

1526 3. As zonas semiquietas de espaço que separam os circuitos de Havona dos corpos escuros de gravidade do universo central.

1527 4. O cinturão interno, que se move em sentido anti-horário, dos corpos escuros de gravidade.

1528 5. A segunda zona espacial única, que divide as duas trajetórias no espaço dos corpos escuros de gravidade.

1529 6. O cinturão externo de corpos escuros de gravidade, girando em sentido horário em torno do Paraíso.

15210 7. Uma terceira zona de espaço, uma zona de semiquietude, separando o cinturão externo dos corpos escuros de gravidade, dos circuitos mais interiores dos sete superuniversos.

14:1:2 15211 Os mundos de Havona, em um total de um bilhão, estão dispostos em sete circuitos concêntricos que rodeiam diretamente as três órbitas dos satélites do Paraíso. Há mais de trinta e cinco milhões de mundos no circuito mais interno de Havona e mais de duzentos e quarenta e cinco milhões no mais externo, com quantidades proporcionais no intervalo entre ambos. Cada circuito é diferente, mas todos são perfeitamente equilibrados e organizados com refinamento, e cada um é permeado por uma representação especializada do Espírito Infinito, um dos Sete Espíritos dos Circuitos. Além de outras funções, esses Espíritos impessoais coordenam a condução dos assuntos celestes em cada circuito.

14:1:3 1531 Os circuitos planetários de Havona não estão sobrepostos: os seus mundos seguem uns aos outros em uma procissão linear ordenada. O universo central gira em torno da Ilha estacionária do Paraíso sobre um imenso plano, que consiste em dez unidades concêntricas estabilizadas – os três circuitos das esferas do Paraíso e os sete circuitos dos mundos de Havona. Do ponto de vista físico, os circuitos de Havona e do Paraíso são um único e mesmo sistema; a sua separação é feita apenas para efeitos de reconhecimento da divisão funcional e administrativa.

14:1:4 1532 O tempo não é computado no Paraíso; a seqüência de eventos sucessivos é inerente ao modo de concepção daqueles que são naturais da Ilha Central. O tempo, no entanto, é próprio dos circuitos de Havona e dos inúmeros seres, tanto de origem celeste quanto de origem terrestre, que acontece estarem ali. Cada mundo de Havona tem a sua própria hora local, determinada pela sua órbita. Todos os mundos, em uma certa órbita, têm a mesma duração para o seu ano, já que eles giram uniformemente em torno do Paraíso, e a duração desses anos planetários decresce do circuito mais externo para o mais interno.

14:1:5 1533 Além da hora do circuito de Havona, há o dia-padrão do Paraíso-Havona bem como outras designações de tempo, que são determinadas nos sete satélites do Espírito Infinito, no Paraíso, e dali transmitidas. O dia-padrão do Paraíso-Havona é baseado na duração de tempo que as moradas planetárias do primeiro circuito, ou o mais interno de Havona, requerem para completar uma volta em torno da Ilha do Paraíso; e, ainda que as suas velocidades sejam enormes, devido à sua posição entre os corpos escuros de gravidade e o gigantesco Paraíso, quase mil anos fazem-se necessários para que essas esferas completem a sua órbita. Inadvertidamente, vós lestes a verdade quando os vossos olhos pousaram sobre a afirmação de que “um dia é como mil anos para Deus, não mais que a vigília de uma noite”. Um dia do Paraíso-Havona é apenas sete minutos, três segundos e um oitavo menos do que mil anos do calendário bissexto atual de Urântia.

14:1:6 1534 O dia do Paraíso-Havona é a medida-padrão do tempo para os sete superuniversos, se bem que cada um deles mantenha os seus próprios padrões internos de tempo.

14:1:7 1535 Na periferia deste vasto universo central, bem depois do sétimo cinturão dos mundos de Havona, gira um número inacreditável de enormes corpos escuros de gravidade. Essas multidões de massas escuras são inteiramente diferentes de outros corpos do espaço sob muitos aspectos; até mesmo na sua forma eles são diferentes. Esses corpos escuros de gravidade não refletem nem absorvem a luz; eles não reagem à luz de energia-física; rodeiam e envolvem completamente Havona, como se a escondessem da vista até mesmo para os mais próximos universos habitados, do tempo e do espaço.

14:1:8 1536 O grande cinturão de corpos escuros de gravidade é dividido em duas órbitas elípticas iguais, por uma intrusão espacial singular. O cinturão interno move-se no sentido anti-horário, o externo faz revoluções no sentido horário. Essas direções alternadas de movimento, combinadas com a extraordinária massa de corpos escuros, equalizam tão eficazmente as linhas de gravidade de Havona que tornam o universo central uma criação fisicamente equilibrada e perfeitamente estabilizada.

14:1:9 1537 A procissão interna dos corpos escuros de gravidade tem uma disposição tubular, consistindo em três agrupamentos circulares. Um seccionamento transversal nesse circuito mostraria três círculos concêntricos de densidade aproximadamente igual. O circuito externo dos corpos escuros de gravidade está disposto perpendicularmente, sendo dez mil vezes mais alto que o circuito orbital interno. O diâmetro vertical do circuito externo é igual a cinqüenta mil vezes o diâmetro transversal.

14:1:10 1541 O espaço intermediário que existe entre esses dois circuitos de corpos de gravidade é único, pois nada como ele é encontrado em outro lugar em todo o amplo universo. Essa zona é caracterizada por enormes movimentos de ondas de vaivém vertical, e é permeada por tremendas atividades de energias de uma ordem desconhecida.

14:1:11 1542 Na nossa opinião, nada igual aos corpos escuros de gravidade do universo central irá caracterizar a evolução futura dos níveis do espaço exterior; encaramos essas procissões alternadas de corpos estupendos de equilíbrio da gravidade como únicas no universo-mestre.

2. A CONSTITUIÇÃO DE HAVONA


14:2:1 1543 Os seres espirituais não residem em espaços nebulosos; eles não habitam mundos etéreos; eles são domiciliados em esferas factuais de uma natureza material, mundos tão reais como esses em que os mortais vivem. Os mundos de Havona são factuais e reais, se bem que a sua substância de fato difira da organização material dos planetas dos sete superuniversos.

14:2:2 1544 As realidades físicas de Havona representam uma ordem de organização da energia radicalmente diferente de quaisquer daquelas que prevalecem nos universos evolucionários do espaço. As energias de Havona são tríplices; as unidades de energia-matéria do superuniverso contêm uma carga de energia dupla, se bem que uma forma de energia exista nas fases negativa e positiva. A criação do universo central é tríplice (a Trindade); a criação de um universo local (diretamente) é dupla, feita por um Filho Criador e um Espírito Criativo Materno.

14:2:3 1545 O material de Havona consiste na organização de exatamente mil elementos químicos básicos e na função equilibrada das sete formas da energia de Havona. Cada uma dessas energias básicas manifesta sete fases de excitação, de modo que os nativos de Havona respondem a quarenta e nove estímulos sensoriais diferentes. Em outras palavras, de um ponto de vista puramente físico, os nativos do universo central possuem quarenta e nove formas especializadas de sensações. Os sentidos moronciais são setenta, e as ordens espirituais mais elevadas de resposta, como reação, variam em diferentes tipos de seres, indo de setenta até duzentos e dez.

14:2:4 1546 Nenhum dos seres físicos do universo central seria visível aos urantianos. E nenhum dos estímulos físicos desses mundos distantes provocaria alguma reação nos vossos grosseiros órgãos sensoriais. Se um mortal de Urântia pudesse ser transportado até Havona, lá ele seria surdo, cego e totalmente carente de quaisquer outras reações sensoriais; ele apenas funcionaria como um ser autoconsciente, mas limitado, privado de todos os estímulos ambientais e de todas as reações ao meio ambiente.

14:2:5 1547 Há inúmeros fenômenos físicos e reações espirituais que ocorrem na criação central e que são desconhecidos em mundos como Urântia. A organização básica de uma criação tríplice é totalmente diferente daquela da constituição dupla dos universos criados do tempo e do espaço.

14:2:6 1548 Toda lei natural é coordenada em uma base totalmente diferente daquela do sistema dual de energia das criações evolutivas. O universo central é todo organizado de acordo com um sistema tríplice de controle simétrico e perfeito. Em todo o sistema Paraíso-Havona, é mantido um equilíbrio perfeito entre todas as realidades cósmicas e todas as forças espirituais. Com um controle absoluto da criação material, o Paraíso regula e mantém perfeitamente as energias físicas desse universo central; o Filho Eterno, como uma parte do seu controle espiritual, que a tudo abraça, sustenta, da maneira mais perfeita, o nível espiritual de todos aqueles que habitam em Havona. No Paraíso, nada é experimental, e o sistema Paraíso-Havona é uma unidade de perfeição criadora.

14:2:7 1551 A gravidade espiritual universal do Filho Eterno é surpreendentemente ativa em todo o universo central. Todos os valores do espírito e todas as personalidades espirituais são incessantemente atraídos para o interior no sentido da morada dos Deuses. Esse impulso para Deus é intenso e inescapável. A aspiração de atingir a Deus é mais forte no universo central, não porque a gravidade espiritual seja mais forte do que nos universos mais externos, mas porque esses seres que alcançaram Havona estão mais plenamente espiritualizados e, pois, respondem mais intensamente à ação sempre presente da atração da gravidade espiritual universal do Filho Eterno.

14:2:8 1552 Da mesma forma, o Espírito Infinito atrai todos os valores intelectuais na direção do Paraíso. Em todo o universo central, a gravidade mental do Espírito Infinito funciona em ligação com a gravidade espiritual do Filho Eterno e, ambas, juntas, constituem um impulso combinado, sobre as almas ascendentes, para encontrar Deus, alcançar a Deidade, atingir o Paraíso e conhecer o Pai.

14:2:9 1553 Havona é um universo espiritualmente perfeito e fisicamente estável. O controle e a estabilidade equilibrada do universo central parecem ser perfeitos. Tudo, física ou espiritualmente, é perfeitamente previsível, mas o fenômeno da mente e a volição da personalidade não o são. Nós inferimos que o pecado pode ser considerado algo impossível de ocorrer, mas o fazemos baseados na realidade de que as criaturas de livre-arbítrio, nascidas em Havona, jamais foram culpadas por transgredir a vontade da Deidade. Em toda a eternidade, esses seres supernos têm sido consistentemente leais aos Eternos dos Dias. Em nehuma criatura que tenha entrado em Havona, como peregrina, o pecado jamais surgiu. Não há sequer um exemplo de desvio de conduta, da parte de qualquer criatura, de qualquer grupo de personalidades, um dia criados ou admitidos ali, no universo central de Havona. Tão perfeitos e tão divinos são os métodos e os meios de seleção nos universos do tempo, que nunca, nos registros de Havona, ocorreu um erro; nenhum equívoco jamais foi cometido; nenhuma alma ascendente jamais foi admitida prematuramente no universo central.

3. OS MUNDOS DE HAVONA


14:3:1 1554 Quanto ao governo, no universo central, não há nenhum. Havona é tão sutilmente perfeita que nenhum sistema intelectual de governo se faz necessário. Não há tribunais regularmente constituídos, nem existem assembléias para legislar; Havona requer apenas direção administrativa. Ali, podem ser observados, no seu apogeu, os ideais do verdadeiro autogovern o.

14:3:2 1555 Não há necessidade de governo entre inteligências tão perfeitas e quase perfeitas. Elas não têm necessidade de regulamentações, pois são seres de perfeição inata, entremeados por criaturas evolucionárias que há muito passaram pelo escrutínio dos tribunais supremos dos superuniversos.

14:3:3 1556 A administração de Havona não é automática, mas sim maravilhosamente perfeita e divinamente eficiente. É principalmente planetária e está confiada ao Eterno dos Dias residente; cada esfera de Havona sendo dirigida por uma dessas personalidades originárias da Trindade. Os Eternos dos Dias não são criadores, mas são administradores perfeitos. Eles ensinam com habilidade suprema e dirigem os seus filhos planetários com uma perfeição de sabedoria que beira o absoluto.

14:3:4 1561 As esferas do universo central, em um total exato de um bilhão, constituem os mundos de instrução das altas personalidades nativas do Paraíso e de Havona, e servem ainda como terreno final de provas para as criaturas ascendentes dos mundos evolucionários do tempo. Na execução do grande plano do Pai Universal para a ascensão da criatura, os peregrinos do tempo aterrissam nos mundos receptores do circuito externo, ou sétimo circuito e, depois de uma aprimorada instrução e de aumentarem a sua experiência, eles vão avançando progressivamente para dentro, planeta por planeta e círculo por círculo, até que, finalmente, alcançam as Deidades e conseguem residência no Paraíso.

14:3:5 1562 No presente, embora as esferas dos sete circuitos sejam mantidas em toda a sua superna glória, apenas um por cento de toda a capacidade planetária está sendo utilizado no trabalho de levar adiante o plano universal do Pai para a ascensão mortal. Cerca de um décimo de um por cento da área desses enormes mundos está sendo dedicado à vida e às atividades dos Corpos de Finalidade, seres eternamente estabelecidos em luz e vida, que freqüentemente permanecem e ministram nos mundos de Havona. Esses seres elevados têm a sua residência pessoal no Paraíso.

14:3:6 1563 A construção planetária das esferas de Havona é inteiramente diferente daquelas dos mundos e sistemas evolucionários do espaço. Em nenhum outro lugar, em todo o grande universo, é conveniente utilizar-se esferas tão enormes como mundos habitados. É a sua constituição física triata, combinada com o efeito equilibrante dos imensos corpos escuros de gravidade, o que torna possível equalizar, muito perfeitamente, as forças físicas e equilibrar tão refinadamente as várias atrações nessa formidável criação. A antigravidade é também empregada na organização das funções materiais e atividades espirituais desses mundos enormes.

14:3:7 1564 A arquitetura, a iluminação e a calefação, bem como os embelezamentos biológicos e artísticos das esferas de Havona, estão muito além do que pode alcançar o maior esforço da imaginação humana. A vós não pode ser contado muito sobre Havona; para entender a sua beleza e grandeza, vós deveis vê-la. No entanto há rios reais e lagos nesses mundos perfeitos.

14:3:8 1565 Espiritualmente, esses mundos estão idealmente estabelecidos; estão adaptados, perfeitamente, aos seus propósitos de alojar inúmeras ordens de seres diferentes que se encontram no universo central. Atividades múltiplas têm lugar nesses mundos maravilhosos que estão muito além da compreensão humana.

4. CRIATURAS DO UNIVERSO CENTRAL


14:4:1 1566 Há sete formas básicas de coisas vivas e de seres vivos nos mundos de Havona, e cada uma dessas formas básicas existe em três fases distintas. Cada uma dessas três fases é dividida em setenta divisões maiores, e cada divisão maior é composta de mil divisões menores, que têm ainda outras subdivisões, e assim sucessivamente. Essas formas básicas de vida poderiam ser classificadas como se segue:

1567 1. Material.

1568 2. Moroncial.

1569 3. Espiritual.

15610 4. Absonita.

15611 5. Última.

15612 6. Co-absoluta.

15613 7. Absoluta.

14:4:2 1571 A decadência e a morte não são parte do ciclo de vida nos mundos de Havona. No universo central, as coisas viventes mais baixas submetem-se à transmutação da materialização. Elas mudam a forma e a manifestação, mas não se dissolvem pelo processo do declínio, nem da morte celular.

14:4:3 1572 Os nativos de Havona são todos uma progênie da Trindade do Paraíso. Eles não têm progenitores criaturas e são seres que não se reproduzem. Nós não podemos retratar a criação desses cidadãos do universo central, seres que nunca foram criados. Toda a composição da história da criação de Havona é um intento de tempo-espacializar um fato da eternidade que não tem nenhuma relação com o tempo, nem com o espaço, do modo como um mortal os compreende. Todavia, devemos atribuir à filosofia humana um ponto de origem; mesmo as personalidades muito acima do nível humano precisam de um conceito de “começo”. No entanto, o sistema do Paraíso-Havona é eterno.

14:4:4 1573 Os nativos de Havona vivem espalhados pelo bilhão de esferas do universo central, no mesmo sentido que outras ordens de cidadania permanente habitam as suas respectivas esferas de nascimento. Exatamente como a ordem material de filiação vive na economia material, intelectual e espiritual de um bilhão de sistemas locais, em um superuniverso, também, em um sentido mais amplo, os nativos de Havona vivem e funcionam no bilhão de mundos do universo central. Vós poderíeis considerar certamente esses havonianos como criaturas materiais, em um sentido tal que a palavra “material” pudesse ser expandida para descrever as realidades físicas do universo divino.

14:4:5 1574 Há uma vida que é nativa de Havona e que possui significado em si e por si própria. Os havonianos servem, de muitos modos, aos seres que descem do Paraíso e aos que ascendem dos superuniversos, mas eles também vivem vidas que são singulares no universo central e que têm um sentido relativo totalmente independente, seja do Paraíso, seja dos superuniversos.

14:4:6 1575 Assim como a adoração dos filhos de fé dos mundos evolucionários é ministrada para a satisfação do amor do Pai Universal, também a elevada adoração das criaturas de Havona sacia-se nos ideais perfeitos da beleza e da verdade divinas. Tal como o homem mortal cuida de fazer a vontade de Deus, esses seres do universo central vivem para gratificar os ideais da Trindade do Paraíso. Na sua natureza mesma, eles são a vontade de Deus. O homem rejubila-se com a bondade de Deus, os havonianos exultam com a beleza divina, e tanto vós quanto eles desfrutam da ministração da liberdade e da verdade viva.

14:4:7 1576 Os havonianos têm destinos opcionais não revelados, tanto presentes quanto futuros. E há, para as criaturas nativas, uma progressão peculiar ao universo central, uma progressão que não inclui ascender ao Paraíso, nem penetrar nos superuniversos. Essa progressão, até os status mais elevados de Havona, pode ser sugerida pelos seguintes passos:

1577 1. Progresso experiencial para fora, do primeiro ao sétimo circuito.

1578 Progresso para dentro, do sétimo ao primeiro circuito.

1579 Progresso intracircuito – progressão no âmbito dos mundos de um dado circuito.

14:4:8 15710 Além dos nativos de Havona, os habitantes do universo central abrangem inúmeras classes de seres que são modelos para vários grupos do universo – conselheiros, diretores e mestres das suas espécies, e para essas espécies, em toda a criação. Todos os seres, em todos os universos, modelam-se pelas linhas de alguma ordem de criatura arquetípica que vive em um dentre aquele bilhão de mundos de Havona. Mesmo os mortais do tempo têm sua meta e os seus ideais de existência, como criatura, nos circuitos externos dessas esferas-modelo das alturas.

14:4:9 15711 E também existem aqueles seres que alcançaram o Pai Universal e que têm o direito de ir e vir, que são designados para aqui e para acolá, nos universos, em missões de serviço especial. E, em cada mundo de Havona, serão encontrados os candidatos à meta, aqueles que fisicamente chegaram ao universo central, mas que ainda não alcançaram o desenvolvimento espiritual que os capacitará a solicitar residência no Paraíso.

14:4:10 1581 O Espírito Infinito é representado, nos mundos de Havona, por uma hoste de personalidades, seres de graça e glória, que administram, em detalhe, os intrincados assuntos intelectuais e espirituais do universo central. Nesses mundos de perfeição divina, eles fazem o trabalho inato à condução normal dessa imensa criação e, além disso, dão continuidade às múltiplas tarefas de ensinar, treinar e ministrar aos enormes números de criaturas ascendentes que escalaram até a glória, vindos dos mundos escuros do espaço.

14:4:11 1582 Há numerosos grupos de seres nativos do sistema Paraíso-Havona que não estão, de modo algum, diretamente ligados ao esquema de ascensão e aperfeiçoamento da criatura; e que, portanto, são omitidos nessa classificação de personalidades apresentada às raças mortais. Apenas os grupos maiores de seres supra-humanos e as ordens diretamente ligadas à vossa experiência de sobrevivência são apresentados aqui.

14:4:12 1583 Em Havona, a vida de todas as fases de seres inteligentes é abundante; seres que ali procuram avançar, dos circuitos mais baixos aos mais elevados, por meio dos seus esforços para atingir níveis mais elevados de alcance e compreensão da divindade e uma avaliação mais ampla dos significados supremos, dos valores últimos e da realidade absoluta.

5. A VIDA EM HAVONA


14:5:1 1584 Em Urântia, vós passais por uma prova curta, mas intensa, da vossa vida inicial de existência material. Nos mundos das mansões, e ascendendo no vosso sistema, na constelação e no universo local, vós atravessareis as fases moronciais de ascensão. Nos mundos de aprendizado do superuniverso, vós passareis pelos estágios da verdadeira progressão do espírito e sereis preparados para o trânsito final até Havona. Nos sete circuitos de Havona, a vossa realização é intelectual, espiritual e experiencial. E há uma tarefa definida a ser cumprida, em cada um dos mundos de cada um desses circuitos.

14:5:2 1585 Nos mundos divinos do universo central, a vida é tão rica, plena, completa e repleta, que transcende totalmente à concepção humana de qualquer coisa que um ser criado pudesse talvez experimentar. As atividades sociais e econômicas dessa criação eterna são inteiramente distintas das ocupações das criaturas materiais que vivem nos mundos evolucionários, tais como Urântia. Até mesmo a técnica de pensamento em Havona é diferente do modo do pensar em Urântia.

14:5:3 1586 As regulamentações do universo central são adequadas e inerentemente naturais; as regras de conduta não são arbitrárias. Para cada requisito, em Havona, revela-se o motivo da sua exigência de retidão e a regra da justiça. E esses dois fatores, combinados, igualam-se àquilo que em Urântia seria denominado eqüidade. Quando chegardes em Havona, naturalmente ireis ter o prazer de fazer as coisas da maneira como elas deveriam ser feitas.

14:5:4 1587 Quando, pela primeira vez, os seres inteligentes chegam ao universo central, eles são recebidos e domiciliados no mundo piloto do sétimo circuito de Havona. À medida que os recém-chegados progridem espiritualmente, e adquirem a compreensão da identidade do Espírito Mestre do seu superuniverso, eles são transferidos para o sexto círculo. (Foi segundo essa disposição, no universo central, que os círculos de progresso na mente humana foram denominados. ) Depois que os seres ascendentes houverem alcançado a compreensão da Supremacia, e houverem sido preparados, pois, para a aventura da Deidade, eles são levados ao quinto circuito; e, depois de alcançarem o Espírito Infinito, eles são transferidos para o quarto circuito. Em seguida ao alcance do Filho Eterno, eles são transferidos para o terceiro; e, quando tiverem reconhecido o Pai Universal, eles permanecerão no segundo circuito de mundos, onde se tornarão mais familiarizados com as hostes do Paraíso. A chegada ao primeiro circuito de Havona significa a aceitação, dos candidatos do tempo, para o serviço no Paraíso. Indefinidamente, de acordo com a natureza e a extensão da ascensão da criatura, eles permanecerão no circuito mais interno de alcance e crescimento espiritual. Desse circuito interior, os peregrinos ascendentes prosseguem para o interior, para residirem no Paraíso e para serem admitidos no Corpo da Finalidade.

14:5:5 1591 Durante a vossa permanência em Havona, como peregrinos em ascensão, ser-vos-á permitido visitar livremente os mundos do circuito a vós designado. E vos será também permitido voltar aos planetas nesses circuitos que houverdes anteriormente atravessado. E tudo isso é possível àqueles que permanecem nos círculos de Havona, sem que haja a necessidade de que eles sejam ensupernafinados. Os peregrinos do tempo são capazes de equipar-se para atravessar o espaço “alcançado”, mas devem depender da técnica estabelecida para franquearem-se até o espaço “não-alcançado”; um peregrino não pode deixar Havona, nem ir adiante, além do circuito que lhe foi designado, sem a ajuda de um supernafim de transporte.

14:5:6 1592 Há uma originalidade revigorante nessa imensa criação central. À parte a organização física da matéria e a sua constituição fundamental de ordens básicas de seres inteligentes e de outras coisas viventes, não há nada em comum entre os mundos de Havona. Cada um desses planetas é uma criação original, única e exclusiva; cada planeta é uma produção incomparável, esplêndida e perfeita. E essa diversificação na individualidade abrange todos os detalhes do aspecto físico, intelectual e espiritual da existência planetária. Cada esfera, desse bilhão de esferas de perfeição, foi desenvolvida e ornada de acordo com os planos do Eterno dos Dias residente. E é exatamente por isso que não há duas delas que sejam iguais.

14:5:7 1593 A tônica da aventura e o estímulo da curiosidade não desaparecerão da vossa carreira, enquanto não houverdes atravessado o último dos circuitos de Havona e visitado o último dos mundos de Havona. E, então, o ímpeto, o impulso de ir em frente na eternidade substituirá o impulso anterior, exercido pela atração da aventura do tempo.

14:5:8 1594 A monotonia é indicativa de imaturidade da imaginação criadora e de inatividade da coordenação intelectual com o dom espiritual. No momento em que um ascendente mortal começa a exploração desses mundos celestes, ele terá atingido a maturidade emocional, intelectual e social, senão a espiritual.

14:5:9 1595 Não apenas vós ireis encontrar mudanças não sonhadas, que se apresentam a vós à medida que avançais, de circuito em circuito, em Havona, mas o vosso assombro será inexprimível, quando progredirdes de planeta para planeta, no âmbito de cada circuito. Cada mundo, desse bilhão de mundos de estudo, é uma verdadeira universidade de surpresas. O assombro contínuo, o deslumbramento interminável, é a experiência daqueles que atravessam tais circuitos e visitam essas esferas gigantescas. A monotonia não faz parte da carreira em Havona.

14:5:10 1596 O amor pela aventura, a curiosidade e o pavor à monotonia – traços esses inerentes à natureza humana em evolução – não foram colocados em vós apenas para perturbar-vos e incomodar-vos durante a vossa curta permanência na Terra, mas, antes, para sugerir-vos que a morte é apenas o começo de uma interminável carreira de aventuras, uma vida sempiterna de antecipação, uma viagem eterna de descobertas.

14:5:11 1601 A curiosidade – espírito de investigação, ímpeto da descoberta, instinto de exploração – é uma parte do dom inato e divino das criaturas evolucionárias do espaço. Esses impulsos naturais não foram dados a vós meramente para serem frustrados e reprimidos. É bem verdade que esses impulsos ambiciosos devem freqüentemente ser restringidos, durante a vossa curta vida na Terra, e o desapontamento deve ser muitas vezes experienciado, mas eles estão para ser plenamente realizados e gloriosamente gratificados durante as longas eras que virão.

6. O PROPÓSITO DO UNIVERSO CENTRAL


14:6:1 1602 A gama de atividades na Havona dos sete circuitos é enorme. E, em geral, elas podem ser descritas como a seguir:

1603 1. Havonais.

1604 2. Paradisíacas.

1605 3. Ascendente-finitas – Supremo-Últimas, evolucionárias.

14:6:2 1606 Muitas das atividades suprafinitas têm lugar na Havona da idade presente do universo, envolvendo diversidades inenarráveis de fases absonitas e outras fases da mente e das funções do espírito. É possível que o universo central sirva a muitos propósitos não revelados a mim, pois ele funciona de inúmeros modos além da compreensão da mente criada. No entanto, tentarei descrever como essa criação perfeita serve às necessidades e contribui para a satisfação de sete ordens de inteligência do universo.

14:6:3 1607 1. O Pai Universal – Primeira Fonte e Centro. Deus, o Pai, tem uma satisfação paterna superna, com a perfeição da criação central. Ele desfruta da experiência de saciar o amor em níveis de quase igualdade. O Criador Perfeito compraz-Se divinamente com a adoração da criatura perfeita.

14:6:4 1608 Havona proporciona ao Pai conseguir a suprema gratificação. A realização da perfeição, em Havona, compensa o impulso eterno de expansão infinita, pela demora tempo-espacial.

14:6:5 1609 O Pai desfruta, por reciprocidade, da beleza divina de Havona. E satisfaz à mente divina proporcionar um modelo perfeito de harmonia depurada para todos os universos em evolução.

14:6:6 16010 O nosso Pai contempla o universo central com um prazer perfeito, porque é uma revelação digna da realidade espiritual para todas as personalidades do universo dos universos.

14:6:7 16011 O Deus dos universos tem uma consideração favorável por Havona e pelo Paraíso, como núcleo de potencial eterno para toda a expansão subseqüente do universo, no tempo e no espaço.

14:6:8 16012 O Pai eterno vê, com uma satisfação infindável, a criação de Havona, como o objetivo digno e atraente para os candidatos do tempo à ascensão; os seus netos mortais, do espaço, alcançando o lar eterno do seu Pai-Criador. E Deus tem prazer com o universo do Paraíso-Havona, por ser o lar eterno da Deidade e da família divina.

14:6:9 16013 2. O Filho Eterno – Segunda Fonte e Centro. Para o Filho Eterno, a formidável criação central proporciona a prova eterna da efetividade da co-participação da família divina – Pai, Filho e Espírito. É a base espiritual e material para a confiança absoluta no Pai Universal.

14:6:10 16014 Havona proporciona ao Filho Eterno uma base quase ilimitada para a realização, sempre em expansão, do poder espiritual. O universo central proporcionou ao Filho Eterno o campo de ação onde Ele pôde demonstrar, com segurança e certeza, o espírito e a técnica do ministério da auto-outorga, para instruir os Seus Filhos coligados do Paraíso.

14:6:11 1611 Havona é a fundação da realidade para o controle, no universo dos universos, da gravidade espiritual do Filho Eterno. Esse universo proporciona ao Filho a gratificação do anseio paternal, na reprodução espiritual.

14:6:12 1612 Os mundos de Havona e os seus habitantes perfeitos são a primeira demonstração, bem como a demonstração eternamente final, de que o Filho é o Verbo do Pai. E, desse modo, a consciência do Filho fica perfeitamente gratificada como um complemento infinito do Pai.

14:6:13 1613 E esse universo oferece a oportunidade para a realização da reciprocidade da fraternidade igualitária entre o Pai Universal e o Filho Eterno, e isso constitui a prova eterna da personalidade infinita de cada um Deles.

14:6:14 1614 3. O Espírito Infinito – Terceira Fonte e Centro. O universo de Havona oferece ao Espírito Infinito a evidência de que ele é o Agente Conjunto, o representante infinito de Pai-e-Filho unificados. De Havona, o Espírito Infinito deriva uma satisfação combinada de funcionar em uma atividade criadora, ao mesmo tempo em que desfruta da satisfação da coexistência absoluta com a sua realização divina.

14:6:15 1615 Em Havona, o Espírito Infinito encontrou o campo de ação no qual ele pôde demonstrar a capacidade e a vontade de servir como um ministro potencial de misericórdia. Nessa criação perfeita, o Espírito ensaiou a aventura do ministério aos universos evolucionários.

14:6:16 1616 Essa criação perfeita deu ao Espírito Infinito a oportunidade de participar da administração do universo junto com ambos os progenitores divinos – administrar um universo como a progênie e como o Co-criador, preparando-se, assim, para a administração conjunta dos universos locais, nas pessoas dos Espíritos Criativos Maternos coligados aos Filhos Criadores.

14:6:17 1617 Os mundos de Havona são o laboratório mental dos criadores da mente cósmica e dos ministradores a todas as mentes das criaturas em existência. A mente é diferente em cada mundo de Havona e serve como modelo para todos os intelectos das criaturas materiais e espirituais.

14:6:18 1618 Esses mundos perfeitos são as escolas de graduação da mente para todos os seres destinados à sociedade do Paraíso. Eles proporcionaram oportunidades abundantes para o Espírito testar a técnica da ministração da mente em personalidades assessoras confiáveis.

14:6:19 1619 Havona é uma compensação para o Espírito Infinito, pelo seu trabalho amplo e altruísta nos universos do espaço. Havona é o lar e o retiro perfeito para o incansável Ministro da Mente do tempo e do espaço.

14:6:20 16110 4. O Ser Supremo – Unificação evolucionária da Deidade experiencial. A criação de Havona é a prova eterna e perfeita da realidade espiritual do Ser Supremo. Essa criação perfeita é uma revelação da natureza espiritual perfeita e simétrica, de Deus, o Supremo, antes dos começos da síntese em poder-personalidade das reflexões finitas das Deidades do Paraíso, nos universos experienciais do tempo e do espaço.

14:6:21 16111 Em Havona, os potenciais de poder do Todo-Poderoso estão unificados com a natureza espiritual do Supremo. Essa criação central é um exemplo da unidade futuro-eterna do Supremo.

14:6:22 16112 Havona é um arquétipo perfeito do potencial de universalidade do Supremo. Esse universo é um retrato acabado da perfeição futura do Supremo e sugere o potencial do Último.

14:6:23 1621 Havona exibe a finalidade dos valores existentes do espírito, nas criaturas viventes de vontade e de autocontrole supremo e perfeito; a mente existindo como equivalente última do espírito, realidade e unidade da inteligência com um potencial ilimitado.

14:6:24 1622 5. Os Filhos Criadores Coordenados. Havona é o campo educacional de treinamento, onde os Michaéis do Paraíso são preparados para as suas subseqüentes aventuras de criação dos universos. Essa criação divina e perfeita é um arquétipo para todo Filho Criador. Ele esforça-se por fazer com que o seu próprio universo atinja finalmente os níveis de perfeição do Paraíso-Havona.

14:6:25 1623 Um Filho Criador usa as criaturas de Havona como possibilidades arquetípicas de personalidade, para criar os seus próprios filhos mortais e seres espirituais. Os Michaéis e outros Filhos do Paraíso consideram o Paraíso e Havona como o destino divino dos filhos do tempo.

14:6:26 1624 Os Filhos Criadores sabem que a criação central é a fonte real do supracontrole indispensável a um universo, e que estabiliza e unifica os seus universos locais. Eles sabem que a presença pessoal da influência sempre presente do Supremo e do Último está em Havona.

14:6:27 1625 Havona e o Paraíso são a fonte do poder criador de um Filho Michael. Ali habitam os seres que cooperam com ele na criação do universo. Do Paraíso, vêm os Espíritos Maternos do Universo, co-criadoras dos universos locais.

14:6:28 1626 Os Filhos do Paraíso consideram a criação central como o lar dos seus progenitores divinos – o seu lar. É o lugar ao qual eles gostam de voltar de tempos em tempos.

14:6:29 1627 6 . As Filhas Ministradoras Coordenadas. Os Espíritos Maternos do Universo, co-criadoras dos universos locais, asseguram o seu aprendizado pré-pessoal nos mundos de Havona, em associação estreita com os Espíritos dos Circuitos. No universo central, as Filhas-Espíritos dos universos locais foram devidamente treinadas nos métodos de cooperação com os Filhos do Paraíso, todo o tempo sujeitos à vontade do Pai.

14:6:30 1628 Nos mundos de Havona, o Espírito e as Filhas do Espírito encontram os arquétipos de mente para todos os seus grupos de inteligências espirituais e materiais, e esse universo central será, em algum momento, o destino dessas criaturas, que um Espírito Materno do Universo origina, em conjunto com um Filho Criador seu coligado.

14:6:31 1629 A Criadora Materna do Universo lembra-se do Paraíso e de Havona como o lugar da sua origem e o lar do Espírito Materno Infinito, a morada de presença da personalidade da Mente Infinita.

14:6:32 16210 Desse universo central, também veio a outorga das prerrogativas pessoais de criação que uma Ministra Divina do Universo emprega, como complementares às de um Filho Criador, no trabalho de criar as criaturas volitivas vivas.

14:6:33 16211 E, afinal, já que essas Filhas-Espírito do Espírito Materno Infinito provavelmente não retornarão ao seu lar no Paraíso, elas extraem uma grande satisfação, por intermédio do fenômeno de refletividade universal, associado ao Ser Supremo, em Havona, e personalizado em Majeston, no Paraíso.

14:6:34 16212 7 . Os Mortais Evolucionários de Carreira Ascendente. Havona é o lar do modelo de personalidade de todo tipo de mortal e o lar de todas as personalidades supra-humanas, de associação mortal, que não são nativas das criações do tempo.

14:6:35 16213 Esses mundos proporcionam o estímulo a todos os impulsos humanos na direção da realização dos valores espirituais verdadeiros, nos níveis de realidade os mais elevados concebíveis. Havona é a meta do aprendizado pré-paradisíaco de todos os mortais ascendentes. Aqui, os mortais alcançam a Deidade do pré-Paraíso – o Ser Supremo. Havona representa, para toda criatura de vontade, o portal para alcançar o Paraíso e chegar a Deus.

14:6:36 1631 O Paraíso é o lar; e Havona é a oficina, o local de estudos e lazer e a área de operações dos finalitores. E todo mortal, ciente de Deus, almeja ser um finalitor.

14:6:37 1632 O universo central não é apenas o destino estabelecido do homem, mas é também o ponto de partida da carreira eterna dos finalitores, pois eles serão, em algum momento, mandados para fora, na aventura não revelada e universal da experiência de explorar a infinitude do Pai Universal.

14:6:38 1633 Havona continuará a funcionar com significação absonita, inquestionavelmente, mesmo nas futuras idades do universo, que poderão testemunhar os peregrinos do espaço intentando alcançar a Deus em níveis suprafinitos. Havona tem a capacidade de servir como um universo de instrução para seres absonitos. Será provavelmente a escola superior, quando os sete superuniversos estiverem funcionando como a escola intermediária para os graduados das escolas primárias do espaço exterior. E nós nos inclinamos à opinião de que os potenciais da eterna Havona são realmente ilimitados, de que o universo central tem capacidade eterna para servir como um universo experimental de aperfeiçoamento para todos os tipos de seres criados: passados, presentes e futuros.

14:6:39 1634 [Apresentado por um Perfeccionador de Sabedoria, incumbido de assim funcionar pelos Anciães dos Dias em Uversa.]

DOCUMENTO 15

OS SETE SUPERUNIVERSOS
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No que concerne ao Pai Universal – enquanto Pai –, os universos são virtualmente não existentes; Ele trata com as personalidades; Ele é o Pai das personalidades. Naquilo que concerne ao Filho Eterno e ao Espírito Infinito – como parceiros criadores –, os universos estão localizados e são individuais, sob o governo conjunto dos Filhos Criadores e dos Espíritos Criativos Maternos. No que diz respeito à Trindade do Paraíso, fora de Havona, há apenas sete universos habitados, os sete superuniversos, que têm a sua jurisdição no círculo do primeiro nível espacial pós-Havona. Os Sete Espíritos Mestres irradiam a sua influência para fora, a partir da Ilha Central; a vasta criação constituindo, assim, uma roda gigantesca, o núcleo sendo constituído pela eterna Ilha do Paraíso, os sete raios, as irradiações dos Sete Espíritos Mestres, e o perímetro, as regiões exteriores do grande universo.

15:0:2 1642 No começo da materialização da criação universal, o esquema sétuplo da organização e governo dos superuniversos foi formulado. A primeira criação pós-Havona foi dividida em sete segmentos colossais, e os mundos-sedes dos governos desses superuniversos foram projetados e construídos. O esquema atual de administração tem existido praticamente por toda a eternidade, e os governantes desses sete superuniversos são apropriadamente chamados Anciães dos Dias.

15:0:3 1643 Do vasto corpo de conhecimento a respeito dos superuniversos, pouco posso esperar descrever-vos, mas há, em atuação nesses domínios, uma técnica de controle inteligente tanto para as forças físicas quanto para as espirituais; e as presenças da gravidade universal ali funcionam em poder majestoso e harmonia perfeita. É importante, primeiro, que formeis uma idéia adequada sobre a constituição física e organização material dos domínios do superuniverso, para que, depois, estejais mais bem preparados para alcançar o significado da maravilhosa organização de governo espiritual e avanço intelectual proporcionada às criaturas volitivas que residem nas miríades de planetas habitados e espalhados por todos os sete superuniversos.

1. THE SUPERUNIVERSE SPACE LEVEL




15:1:1 1644 Dentro da gama limitada dos registros, das observações e das memórias das gerações de um milhão, ou de um bilhão, dos vossos curtos anos, e, para todos os intentos e propósitos práticos, Urântia, e o universo ao qual pertence, estão experimentando a aventura de um mergulho prolongado e desconhecido em um espaço novo; mas, de acordo com os registros de Uversa e segundo observações mais antigas, em harmonia com a experiência e os cálculos mais amplos da nossa ordem, e como resultado de conclusões baseadas nesse e em outros achados, sabemos que os universos estão engajados em uma procissão ordenada, bem compreendida e perfeitamente controlada, a qual, em grandiosidade majestosa, gira em torno da Primeira Grande Fonte e Centro e do Seu universo de residência.

15:1:2 1651 Há muito tempo, descobrimos que os sete superuniversos percorrem uma grande elipse, um círculo gigantesco e alongado. O vosso sistema solar e os outros mundos do tempo não estão adentrando, sem mapas nem bússolas, um espaço desconhecido. O universo local, ao qual pertence o vosso sistema, está seguindo um curso definido e bem compreendido, no sentido anti-horário, na rota de um giro imenso, e que circunda o universo central. Essa trajetória cósmica está bem registrada e é cuidadosamente conhecida dos observadores das estrelas do superuniverso, do mesmo modo que as órbitas dos planetas que constituem o vosso sistema solar são conhecidas pelos astrônomos de Urântia.

15:1:3 1652 Urântia está situada em um universo local e em um superuniverso ainda não completamente organizados, e o vosso universo local está na proximidade imediata de inúmeras criações físicas parcialmente completas. Vós pertenceis a um dos universos relativamente recentes. Mas não estais hoje vos lançando descontroladamente em um espaço não traçado, nem estais oscilando cegamente rumo a regiões desconhecidas. Estais seguindo a trajetória ordenada e predeterminada do nível espacial do superuniverso. Vós estais agora passando pelo mesmo espaço que o vosso sistema planetário – ou os seus predecessores – atravessou idades atrás; e, em algum dia no futuro remoto, o vosso sistema – ou os sucessores dele – irá novamente atravessar o mesmo espaço dentro do qual estais agora mergulhando tão rapidamente.

15:1:4 1653 Nessa idade, e do modo como a direção é encarada em Urântia, o superuniverso de número um gira quase na direção norte, e encontra-se indo em uma direção a leste, oposta à da residência no Paraíso das Grandes Fontes e Centros, no universo central de Havona. Essa posição, junto com a correspondente a oeste, representa a maior aproximação física da Ilha Eterna alcançada pelas esferas do tempo. O superuniverso de número dois está ao norte, preparando-se para o giro no sentido oeste; enquanto o de número três, agora, mantém-se no segmento mais ao norte da trajetória do grande espaço, tendo já dobrado a tomada da curva que conduz ao mergulho para o sul. O superuniverso de número quatro encontra-se no vôo relativamente reto para a direção sul, com suas regiões avançadas aproximando-se, agora, da oposição aos Grandes Centros. O de número cinco há pouco abandonou a sua posição oposta ao Centro dos Centros e continua diretamente no curso sul, antes de girar para o leste; e o de número seis ocupa a maior parte da curva sul, o segmento que o vosso superuniverso acaba de ultrapassar.

15:1:5 1654 O vosso universo local de Nebadon pertence a Orvonton, o sétimo superuniverso, que gira entre o primeiro e o sexto superuniversos, tendo dobrado há pouco (conforme calculamos o tempo) a curva sudeste do nível espacial superuniversal. Hoje, o sistema solar ao qual Urântia pertence já passou, há uns poucos bilhões de anos, pela curva em torno da curvatura sul, de modo que estais agora avançando para além da curvatura de sudeste, e estais-vos deslocando rapidamente através do longo trecho, relativamente retilíneo, da trajetória norte. Durante idades incontáveis, Orvonton irá seguir nesse curso setentrional, quase em linha reta.

15:1:6 1655 Urântia pertence a um sistema que se situa bem do lado externo, no sentido da fronteira do vosso universo local; e o vosso universo local, no presente, está atravessando a periferia de Orvonton. Há ainda outros sistemas, mais afastados do que vós, mas vós estais muito longe, no espaço, dos sistemas físicos que giram em torno do grande círculo, em relativa proximidade da Grande Fonte e Centro.

2. A ORGANIZAÇÃO DOS SUPERUNIVERSOS


15:2:1 1656 Apenas o Pai Universal sabe a localização e o número atual dos mundos habitados no espaço; Ele os chama pelo nome e pelo número. Eu posso informar somente o número aproximado dos planetas habitados ou habitáveis, pois alguns dos superuniversos têm mais mundos adequados à vida inteligente do que outros. Nem todos os universos locais projetados, tampouco, foram já organizados. Portanto, a estimativa que ofereço serve apenas ao propósito de proporcionar uma idéia da imensidão da criação material.

15:2:2 1661 Há sete superuniversos no grande universo; e eles estão constituídos, aproximadamente, do modo como a seguir se expõe:

15:2:3 1662 1 . O Sistema. A unidade básica do supergoverno consiste em cerca de mil mundos habitados ou habitáveis: sóis abrasadores, mundos frios, planetas muito próximos de sóis quentes e outras esferas não adequadas, para serem habitadas pelas criaturas, não estão incluídos nesse grupo. Esses mil mundos adaptados para suportar a vida são chamados de um sistema, mas nos sistemas mais recentes apenas um número relativamente menor desses mundos pode ser habitado. Cada planeta habitado é presidido por um Príncipe Planetário; e cada sistema local tem uma esfera arquitetônica como sua sede central, sendo governado por um Soberano do Sistema.

15:2:4 1663 2 . A Constelação. Uma centena de sistemas (cerca de 100 000 planetas habitáveis) forma uma constelação. Cada constelação tem uma esfera arquitetônica como sede central e é presidida por três Filhos Vorondadeques, os Altíssimos. Cada constelação também tem um Fiel dos Dias, como observador e embaixador da Trindade do Paraíso.

15:2:5 1664 3. O Universo Local. Uma centena de constelações (cerca de 10 000 000 de planetas habitáveis) constitui um universo local. Cada universo local tem um mundo-sede central arquitetônico magnífico, e é governado por um dos Filhos Criadores coordenados de Deus, da ordem dos Michaéis. Cada universo é abençoado pela presença de um União dos Dias, representante da Trindade do Paraíso.

15:2:6 1665 4. O Setor Menor. Uma centena de universos locais (cerca de 1 000 000 000 de planetas habitáveis) constitui um setor menor do governo de um superuniverso; tem um mundo-sede central maravilhoso, de onde os seus governantes, os Recentes dos Dias, administram os assuntos desse setor menor. Há três Recentes dos Dias, Personalidades Supremas da Trindade em cada sede central de um setor menor.

15:2:7 1666 5. O Setor Maior. Uma centena de setores menores (cerca de 100 000 000 000 de mundos habitáveis) perfaz um setor maior. Cada setor maior é provido de uma sede central extraordinária a que presidem três Perfeições dos Dias, Personalidades Supremas da Trindade.

15:2:8 1667 6. O Superuniverso. Dez setores maiores (1 000 000 000 000 de planetas habitáveis) constituem um superuniverso. Cada superuniverso é provido de um mundo-sede central enorme e glorioso, e é governado por três Anciães dos Dias.

15:2:9 1668 7. O Grande Universo. Sete superuniversos formam o grande universo, como está organizado atualmente, consistindo em aproximadamente sete trilhões de mundos habitáveis, mais as esferas arquitetônicas e ainda um bilhão de esferas habitadas de Havona. Os superuniversos são governados e administrados indireta e refletivamente, do Paraíso, pelos Sete Espíritos Mestres. O bilhão de mundos de Havona é diretamente administrado pelos Eternos dos Dias, cada uma dessas Personalidades Supremas da Trindade presidindo a uma dessas esferas perfeitas.

15:2:10 1671 Excluindo as esferas do Paraíso-Havona, o plano da organização do universo provê as seguintes unidades:

1672 Superuniversos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7

1673 Setores Maiores. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70

1674 Setores Menores. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 000

1675 Universos Locais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 700 000

1676 Constelações. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70 000 000

1677 Sistemas Locais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 000 000 000

1678 Planetas Habitáveis. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 000 000 000 000

~15:2. 11 1679 Cada um dos sete superuniversos é constituído, aproximadamente, como se segue:

16710 Um sistema abrange aproximadamente. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 000 mundos

16711 Uma constelação (100 sistemas). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100 000 mundos

16712 Um universo (100 constelações). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 000 000 de mundos

16713 Um setor menor (100 universos). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 000 000 000 de mundos

16714 Um setor maior (100 setores menores). . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100 000 000 000 de mundos

16715 Um superuniverso (10 setores maiores). . . . . . . . . . . . . . 1 000 000 000 000 de mundos

15:2:12 16716 Em síntese, todas essas estimativas são aproximadas; pois novos sistemas estão constantemente evoluindo, enquanto outras organizações, temporariamente, estão deixando de ter existência material.

3. THE SUPERUNIVERSE OF ORVONTON




15:3:1 16717 Praticamente todos os domínios estelares, visíveis a olho nu de Urântia, pertencem à sétima seção do grande universo, o superuniverso de Orvonton. O vasto sistema estelar da Via Láctea representa o núcleo central de Orvonton, indo até muito adiante das fronteiras do vosso universo local. Essa grande agregação de sóis, ilhas escuras de espaço, estrelas duplas, grupos globulares, nuvens estelares, nebulosas espirais e outras, juntamente com as miríades de planetas individuais, formam um grupo com o formato de um relógio alongado, aproximadamente circular, que tem cerca de um sétimo dos universos habitados evolucionários.

15:3:2 16718 Da posição astronômica de Urântia, à medida que olhardes através de uma seção transversal de sistemas próximos à grande Via Láctea, vós podereis observar que as esferas de Orvonton estão viajando sobre um grande plano alongado, sendo a sua largura muito maior do que a sua espessura e o seu comprimento bem maior ainda do que a sua largura.

15:3:3 16719 A observação da chamada Via Láctea revela o crescimento relativo na densidade estelar de Orvonton, quando os céus são vistos em uma só direção, enquanto, para cada um dos outros lados, a densidade diminui; o número de estrelas e de outras esferas decresce, à medida que nos afastamos do plano principal do nosso superuniverso material. Quando o ângulo de observação é propício, olhando através do corpo principal desse domínio de densidade máxima, vós estareis olhando para o universo residencial, o centro de todas as coisas.

15:3:4 16720 Das dez divisões maiores de Orvonton, oito foram identificadas, grosso modo, pelos astrônomos de Urântia. As outras duas são difíceis de ser reconhecidas separadamente, porque sois obrigados a ver esses fenômenos do lado de dentro. Se pudésseis olhar para o universo de Orvonton, de uma posição muito distante no espaço, vós poderíeis reconhecer imediatamente os dez setores maiores da sétima galáxia.

15:3:5 1681 O centro de rotação do vosso setor menor situa-se em uma posição bem distante dentro da nuvem estelar enorme e densa de Sagitário, em torno da qual o vosso universo local e todas as suas criações movem-se e, de lados opostos do vasto sistema subgalático de Sagitário, vós podeis observar duas grandes correntes de nuvens de estrelas emergindo em estupendas espirais estelares.

15:3:6 1682 O núcleo do sistema físico, ao qual pertencem o vosso sol e os planetas a ele ligados, é o centro da outrora nebulosa de Andronover. Inicialmente essa nebulosa espiral era ligeiramente distorcida pelas interrupções de gravidade ligadas aos eventos decorrentes do nascimento do vosso sistema solar, e que foram ocasionadas pela aproximação, até muito perto, de uma grande nebulosa vizinha. Essa quase colisão transformou Andronover em algo semelhante a uma agregação globular, mas não destruiu totalmente a procissão bi-direcional de sóis e dos grupos físicos ligados a eles. O vosso sistema solar, agora, ocupa uma posição bastante central em um dos braços dessa espiral distorcida, situada a meio caminho, indo do centro, na direção da borda da corrente estelar.

15:3:7 1683 O setor de Sagitário e todos os outros setores e divisões de Orvonton estão em rotação em torno de Uversa, e algumas das confusões feitas pelos astrônomos de Urântia vêm das ilusões e distorções relativas produzidas pelos seguintes movimentos múltiplos de revolução:

1684 1. A translação de Urântia em torno do seu sol.

1685 2. A órbita do vosso sistema solar em torno do núcleo da ex-nebulosa de Andronover.

1686 3. A rotação da família estelar de Andronover e dos seus grupos ligados, em torno do centro composto de rotação-gravidade da nuvem estelar de Nebadon.

1687 4. A oscilação da nuvem estelar local de Nebadon e das suas criações, em torno do centro sagitariano do seu setor menor.

1688 5. A rotação de uma centena de setores menores, incluindo o de Sagitário, em torno do seu setor maior.

1689 6. O giro dos dez setores maiores, os chamados fluxos estelares, em torno de Uversa, a sede central de Orvonton.

16810 7. O movimento de Orvonton e dos seis outros superuniversos em torno do Paraíso e de Havona, a procissão em sentido anti-horário do nível espacial superuniversal.

15:3:8 16811 Esses movimentos múltiplos são de ordens diversas: as trajetórias espaciais do vosso planeta e do vosso sistema solar são genéticas, inerentes à sua origem. O movimento absoluto anti-horário de Orvonton também é genético, inerente aos planos arquiteturais do universo-mestre. Todavia, os movimentos intermediários são de origem composta, sendo, em parte, derivados da segmentação constituinte da energia-matéria nos superuniversos e, em parte, produzidos pela ação inteligente e propositada dos organizadores da força do Paraíso.

15:3:9 16812 Os universos locais ficam mais próximos uns dos outros, à medida que se aproximam de Havona; as órbitas são maiores em número, e há uma superposição crescente, camada por camada. Em pontos mais distanciados do centro eterno, todavia, há cada vez menos sistemas, camadas, órbitas e universos.

4. AS NEBULOSAS – AS ANCESTRAIS DOS UNIVERSOS


15:4:1 1691 Embora a criação e a organização do universo permaneçam sempre sob o controle dos Criadores infinitos e dos seus coligados, todo o fenômeno desenrola-se segundo uma técnica ordenada e em conformidade com as leis gravitacionais da força, da energia e da matéria. Contudo, há algo de mistério associado à potência-carga universal do espaço; nós entendemos plenamente a organização das criações materiais do estágio ultimatômico em diante, mas não compreendemos plenamente os ancestrais cósmicos dos ultímatons. Confiamos que essas forças ancestrais tenham a sua origem no Paraíso, porque elas oscilam sempre, dentro do espaço ocupado, exatamente nos contornos periféricos gigantescos do Paraíso. Se bem que não seja sensível à gravidade do Paraíso, essa potência-carga do espaço, ancestral de toda a materialização, responde sempre à presença do Paraíso inferior, estando, aparentemente, conectada ao circuito de entrada e de saída do centro do Paraíso inferior.

15:4:2 1692 Os organizadores da força do Paraíso transmutam a potência espacial em força primordial e fazem esse potencial pré-material evoluir no sentido das manifestações de energia primária e secundária da realidade física. Quando essa energia atinge os níveis nos quais respondem à gravidade, os diretores de potência e os seus colaboradores no regime do superuniverso surgem em cena e começam as suas manipulações sem fim, destinadas a estabelecer os múltiplos circuitos de força e os canais de energia dos universos do tempo e do espaço. Assim, a matéria física surge no espaço e, desse modo, a cena fica pronta para a inauguração da organização do universo.

15:4:3 1693 Essa segmentação da energia é um fenômeno que nunca foi decifrado pelos físicos de Nebadon. A dificuldade principal deles repousa na relativa inacessibilidade que têm os organizadores da força do Paraíso, já que os diretores de potência viva, ainda que competentes para lidar com a energia-espaço, não têm a menor noção sobre a origem das energias que eles manipulam com tanta habilidade e inteligência.

15:4:4 1694 Os organizadores da força do Paraíso são os originadores das nebulosas; eles são capazes de iniciar, no espaço, em torno da sua presença, os imensos ciclones de força que, quando iniciados, nunca podem ser interrompidos, ou limitados, até que as forças, as quais a tudo invadem, sejam mobilizadas para o surgimento final das unidades ultimatômicas de matéria do universo. Assim, a nebulosa espiral e as outras nebulosas, as rodas matrizes dos sóis de origem direta e os seus sistemas variados são trazidos à existência. No espaço exterior, podem ser vistas dez diferentes formas de nebulosas, fases da evolução primária do universo; e essas imensas rodas de energia tiveram a mesma origem que os sete superuniversos.

15:4:5 1695 As nebulosas variam muito, tanto pelo tamanho quanto pelo número de planetas e estrelas em que se transformam, e na massa agregada dessas estrelas e planetas. Uma nebulosa formadora de sóis, bem ao norte das fronteiras de Orvonton, mas dentro do nível espacial do superuniverso, já deu origem a quarenta mil sóis aproximadamente, e a roda matriz está ainda arrojando sóis, a maioria dos quais excede, em muitas vezes, o tamanho do vosso. Algumas das maiores nebulosas do espaço exterior estão dando origem a cerca de cem milhões de sóis.

15:4:6 1696 As nebulosas não estão diretamente relacionadas a qualquer uma das unidades administrativas, tais como os setores menores ou os universos locais, se bem que alguns universos locais tenham sido organizados a partir dos produtos de uma única nebulosa. Cada universo local abrange exatamente uma centésima milionésima parte da carga total de energia de um superuniverso, seja qual for a sua relação com as nebulosas, pois a energia não está organizada por nebulosa – é universalmente distribuída.

15:4:7 1701 Nem todas as nebulosas espirais estão envolvidas na criação de sóis. Algumas retiveram o controle de muitas das estrelas separadas, que geram, e a sua aparência espiral é ocasionada pelo fato de que os seus sóis saem do braço nebular, ordenadamente, um após outro, mas retornam por trajetos diferentes, tornando-se, assim, fácil observá-los, em um ponto, porém mais difícil vê-los quando estão muito espalhados nas suas diferentes trajetórias de retorno, muito mais afastadas do braço da nebulosa. Não há, atualmente, muitas nebulosas ativas, formadoras de sóis, em Orvonton, embora Andrômeda, que está fora do superuniverso habitado, seja muito ativa. Essa nebulosa, muito afastada, é visível a olho nu e, quando vós a virdes, deveis parar e considerar que a luz que dela contemplais, deixou aqueles sóis distantes há quase um milhão de anos.

15:4:8 1702 A galáxia da Via Láctea é composta de grandes números de nebulosas, anteriormente de forma espiral e de outras formas, e muitas ainda mantêm a sua conformação original. Contudo, em conseqüência de catástrofes internas e atrações externas, muitas sofreram distorções e rearranjos tais que levam essas agregações enormes a parecerem massas luminosas gigantescas de sóis abrasadores, como a Nuvem de Magalhães. O tipo globular de grupos de estrelas predomina nas proximidades das margens externas de Orvonton.

15:4:9 1703 As imensas nuvens de estrelas de Orvonton deveriam ser consideradas agregações individualizadas de matéria, comparáveis às nebulosas isoladas observáveis nas regiões do espaço externas à galáxia da Via Láctea. Muitas das chamadas nuvens de estrelas do espaço, contudo, consistem apenas em material gasoso. O potencial de energia dessas nuvens gasosas estelares é inacreditavelmente enorme, e parte dele é absorvida por sóis próximos e enviada de volta para o espaço como emanações solares.

5. A ORIGEM DOS CORPOS ESPACIAIS


15:5:1 1704 A maior parte da massa contida nos sóis e planetas de um superuniverso origina-se nas rodas nebulosas; uma parte muito pequena da massa de um superuniverso é organizada pela ação direta dos diretores de potência (como na construção das esferas arquitetônicas), embora uma quantidade constantemente variável de matéria origine-se no espaço aberto.

15:5:2 1705 Quanto à origem, a maioria dos sóis, planetas e outras esferas, pode ser classificada em um dos dez grupos seguintes:

15:5:3 1706 1. Os Anéis Concêntricos de Contração. Nem todas as nebulosas são espirais. Muitas dentre as imensas nebulosas, em vez de dividirem-se em sistemas duplos de estrelas ou evoluírem como uma espiral, passam por uma condensação, com a formação de anéis múltiplos. Por períodos longos, uma nebulosa assim mostra-se como um enorme sol central, com inúmeras nuvens gigantescas de formações anulares de matéria que giram ao seu redor.

15:5:4 1707 2. As Estrelas Redemoinhadas abrangem aqueles sóis que são lançados das grandes rodas matrizes de gases altamente aquecidos. Eles não são atirados como anéis, mas em procissões, em sentidos opostos. As estrelas redemoinhadas também são originadas em outras nebulosas, que não as espirais.

15:5:5 1708 3. Os Planetas de Explosões de Gravidade. Quando um sol nasce de uma nebulosa na forma de espiral ou de barra, não raro ele é atirado a uma distância considerável. Um sol como esse é altamente gasoso e, subseqüentemente, depois que se tenha resfriado e condensado um pouco, poderá chegar a girar próximo de uma massa imensa de matéria, de um sol gigantesco ou de uma ilha escura de espaço. Essa aproximação pode não ser suficiente para resultar em colisão, mas pode ser suficiente para permitir que o empuxo da gravidade do corpo maior comece a provocar convulsões, do tipo maré, no corpo menor, iniciando, assim, uma série de solevantamentos, semelhantes a maremotos, que ocorrem, simultaneamente, nos dois lados opostos do sol em convulsão. No seu auge, essas erupções explosivas produzem uma série de agregações de tamanhos variados de matéria, as quais podem ser projetadas além das zonas de domínio da gravidade do sol em erupção, tornando-se estabilizadas, assim, em órbitas próprias, em torno de um dos dois corpos envolvidos nesse episódio. Mais tarde, os conglomerados maiores de matéria unem-se e, gradualmente, atraem para si os corpos menores. É desse modo que muitos dos planetas sólidos dos sistemas menores são trazidos à existência. O vosso próprio sistema solar teve exatamente essa origem.

15:5:6 1711 4. As Filhas Planetárias Centrífugas. Os sóis enormes, quando em certos estágios de desenvolvimento, e caso a sua velocidade de giro se acelere muito, começam a desprender grandes quantidades de matéria, que podem ser reunidas subseqüentemente até formarem pequenos mundos, os quais continuam a girar em torno do sol progenitor.

15:5:7 1712 5. As Esferas com Deficiência de Gravidade. Há um limite crítico para o tamanho das estrelas individuais. Quando um sol alcança esse limite, a menos que a sua velocidade de revolução decresça, está condenado a se partir; a fissão do sol acontece, e uma nova estrela dupla da mesma variedade nasce. Inúmeros planetas pequenos podem formar-se, subseqüentemente, como subproduto de tal quebra gigantesca.

15:5:8 1713 6. As Estrelas de Contração. Nos sistemas menores, o planeta exterior de maior tamanho algumas vezes atrai para si os seus mundos vizinhos, enquanto os planetas próximos do sol começam o seu mergulho terminal. Com o vosso sistema solar, esse fim significaria que os quatro planetas internos seriam atraídos para o sol, enquanto o maior planeta, Júpiter, seria aumentado grandemente pela absorção dos mundos remanescentes. Um fim como esse, de um sistema solar, resultaria na produção de dois sóis adjacentes, mas desiguais, um tipo de formação estelar dupla. Tais catástrofes são pouco freqüentes, exceto nos limites das agregações estelares do superuniverso.

15:5:9 1714 7. As Esferas Cumulativas. Pequenos planetas podem surgir lentamente das acumulações de vastas quantidades de matéria que circulam no espaço. Eles crescem por agregação de meteoros e por colisões menores. Em certos setores do espaço, as condições favorecem tais formas de nascimento planetário. Muitos mundos habitados tiveram essa origem.

15:5:10 1715 Algumas das densas ilhas escuras são o resultado direto de acumulações da energia em transmutação no espaço. Outro grupo dessas ilhas escuras veio a existir pelo acúmulo de quantidades enormes de matéria fria, meros fragmentos e meteoros que circulam no espaço. Tais agregações de matéria nunca foram quentes e, exceto pela densidade, são de composição muito similar à de Urântia.

15:5:11 1716 8. Os Sóis Extintos. Algumas das ilhas escuras do espaço são sóis isolados, extintos, cuja energia-espaço disponível já foi totalmente emitida. As unidades organizadas de matéria aproximam-se da condensação plena, da consolidação virtualmente completa; e são necessárias eras e mais eras para que massas tão enormes de matéria altamente condensada sejam recarregadas nos circuitos do espaço, sendo, assim, preparadas para os novos ciclos de função no universo, depois de uma colisão ou de algum outro acontecimento cósmico igualmente revivificador.

15:5:12 1717 9. As Esferas de Colisão. Nas regiões de agrupamentos mais densos, as colisões não são raras. Esse reajustamento astronômico é acompanhado por imensas modificações de energia e transmutações de matéria. As colisões que envolvem sóis mortos influem peculiarmente nas criações de amplas flutuações de energia. Os despojos de colisões freqüentemente constituem os núcleos materiais para a formação posterior de corpos planetários adequados à habitação dos mortais.

15:5:13 1721 10. Os Mundos Arquitetônicos. Estes são os mundos construídos de acordo com os planos e as especificações, para algum propósito especial, tal como Salvington, a sede central do vosso universo local, e Uversa, a sede do governo do vosso superuniverso.

15:5:14 1722 Há inúmeras outras técnicas para gerar sóis e isolar os planetas, contudo os procedimentos descritos anteriormente sugerem os métodos pelos quais a grande maioria dos sistemas estelares e famílias planetárias é trazida à existência. Se quiséssemos descrever todas as diversas técnicas envolvidas na metamorfose estelar e na evolução planetária, isso requereria a narrativa de quase uma centena de modos diferentes de formação de sóis e de origem dos planetas. À medida que os vossos astrônomos escrutinarem os céus, observarão fenômenos indicativos de todos esses modos de evolução estelar, mas raramente detectarão a evidência da formação de conglomerados pequenos, e não luminosos de matéria, que servem como planetas habitados, a mais importante das vastas criações materiais.

6. THE SPHERES OF SPACE




15:6:1 1723 Seja qual for a sua origem, as várias esferas do espaço podem ser classificadas nas seguintes divisões maiores:

1724 1. Os sóis – as estrelas do espaço.

1725 2. As ilhas escuras de espaço.

1726 3. Os corpos espaciais menores – cometas, meteoros e planetesimais.

1727 4. Os planetas – incluindo os mundos habitados.

1728 5. As esferas arquitetônicas – os mundos feitos sob encomenda.

15:6:2 1729 À exceção das esferas arquitetônicas, todos os corpos espaciais tiveram uma origem evolucionária, evolucionária no sentido de que não foram trazidos à existência por um “fiat” da Deidade, e evolucionária no sentido de que os atos criativos de Deus foram desdobrados por uma técnica tempo-espacial e por intermédio das operações de muitas das inteligências criadas e geradas por eventos da Deidade.

15:6:3 17210 Os Sóis. São as estrelas do espaço, em todos os seus vários estágios de existência. Alguns são sistemas espaciais solitários em evolução; outros são estrelas duplas, sistemas planetários em contração ou em extinção. As estrelas do espaço existem em nada menos do que mil estados e estágios diferentes. Vós estais familiarizados com os sóis que emitem luz acompanhada de calor, mas há também sóis que brilham sem calor.

15:6:4 17211 Os trilhões de trilhões de anos nos quais um sol comum continuará a dar calor e luz, ilustram bem a imensa reserva de energia que cada unidade de matéria contém. A energia de fato estocada nessas partículas invisíveis de matéria física é quase inimaginável. E tal energia torna-se quase integralmente disponível, na forma de luz, quando submetida à enorme pressão da temperatura e às atividades associadas de energia, que prevalecem no interior dos sóis abrasadores. Outras condições também tornam esses sóis capazes de transformar e emitir grande parte da energia do espaço que vem na sua direção, ao longo dos circuitos espaciais estabelecidos. Muitas fases da energia física e todas as formas de matéria são atraídas por esses dínamos solares e subseqüentemente redistribuídas por eles. Desse modo, os sóis servem como aceleradores locais na circulação da energia, atuando como estações automáticas de controle de força.

15:6:5 17212 O superuniverso de Orvonton é iluminado e aquecido por mais de dez trilhões de sóis abrasadores. Esses sóis são as estrelas do vosso sistema astronômico visível. Mais de dois trilhões estão distantes demais ou são pequenos demais para serem observáveis de Urântia, mas, no universo-mestre, há tantos sóis quantos copos de água há nos oceanos do vosso mundo.

15:6:6 1731 As Ilhas Escuras do Espaço. São os sóis mortos e outras agregações imensas de matéria desprovida de luz e calor. As ilhas escuras, algumas vezes, têm massas enormes e exercem uma poderosa influência sobre o equilíbrio do universo e a manipulação da energia. A densidade de algumas dessas grandes massas é quase inacreditável. E tal grande concentração de massa capacita essas ilhas escuras a funcionarem como grandes volantes de balanceamento, mantendo imensos sistemas vizinhos sob um controle efetivo. Elas mantêm o equilíbrio de força em muitas constelações; muitos sistemas físicos que, de outro modo, precipitar-se-iam em rápida destruição, caindo em sóis próximos, são mantidos em segurança sob a atração da gravidade dessas ilhas escuras guardiãs. E é por causa dessa função que as podemos localizar com precisão. Medimos o empuxo da gravidade de corpos luminosos, e podemos, assim, calcular o tamanho exato e a localização das ilhas escuras no espaço, que funcionam tão eficazmente para manter alguns sistemas firmes nos seus cursos.

15:6:7 1732 Os Corpos Espaciais Menores. Os meteoros e outras partículas pequenas de matéria, que circulam e evolucionam no espaço, constituem um agregado enorme de energia e substância material.

15:6:8 1733 Muitos cometas são fragmentos pouco estáveis, de rodas solares mães, que estão sendo trazidos, gradualmente, sob o controle do sol governante central. Os cometas também têm numerosas outras origens. A cauda de um cometa orienta-se no sentido oposto ao do corpo ou do sol que o atrai, por causa da reação elétrica dos seus gases altamente expandidos e por causa da pressão real da luz e de outras energias que emanam do sol. Esse fenômeno constitui uma das provas positivas da realidade da luz e das energias a ela associadas; demonstra que a luz tem peso. A luz é uma substância real, não é simplesmente formada de ondas em um éter hipotético.

15:6:9 1734 Os Planetas. São os maiores agregados de matéria a seguirem uma órbita em torno de um sol ou algum outro corpo espacial. Variam de tamanho, desde os planetesimais até as enormes esferas gasosas, líquidas ou sólidas. Os mundos frios, que se formaram pela reunião de material flutuante no espaço, quando acontece de estarem em relação adequada com os sóis próximos, são os planetas ideais para abrigarem habitantes inteligentes. Os sóis mortos, via de regra, não são adequados à vida; eles estão comumente a uma distância muito grande de um sol vivo e flamejante, além do que são também muito maciços, e a gravidade é imensa na sua superfície.

15:6:10 1735 No vosso superuniverso, menos de um planeta frio em quarenta é habitável pelos seres da vossa ordem. E, é claro, os sóis superaquecidos e os mundos exteriores gelados são inadequados para abrigar a vida superior. No vosso sistema solar, apenas três planetas, no presente, são adequados para abrigar a vida. Urântia, sob muitos pontos de vista, é ideal para o habitat humano, pelo seu tamanho, densidade e localização.

15:6:11 1736 As leis do comportamento da energia física são basicamente universais, mas as influências locais têm muito a ver com as condições físicas que prevalecem nos planetas individuais e sistemas locais. Uma variedade quase sem fim de vida, sob a forma de criaturas e outras manifestações viventes, caracteriza os mundos incontáveis do espaço. Há, todavia, certos pontos de semelhança em um grupo de mundos ligados a um dado sistema; ao mesmo tempo que também existe um modelo de vida inteligente para cada universo. Há relações físicas entre esses sistemas planetários que perfazem órbitas semelhantes, e que seguem de perto, uns aos outros, nas circunvoluções infinitas em torno do círculo de universos.



7. THE ARCHITECTURAL SPHERES




15:7:1 1741 Conquanto o governo de cada superuniverso presida a ele de um ponto próximo do centro dos universos evolucionários, do seu segmento no espaço, ele ocupa um mundo feito sob medida, e que é povoado por personalidades confiáveis. Esses mundos-sedes são esferas arquitetônicas, corpos espaciais construídos especificamente para os seus propósitos especiais. Se bem que compartilhando da luz dos sóis próximos, essas esferas são iluminadas e aquecidas independentemente. Cada uma tem um sol que lhe envia luz sem calor, como os satélites do Paraíso, e ao mesmo tempo cada uma é suprida de calor pela circulação de certas correntes de energia próximas da superfície da esfera. Tais mundos-sedes pertencem a um dos maiores sistemas situados perto do centro astronômico dos seus respectivos superuniversos.

15:7:2 1742 O tempo é padronizado nas sedes centrais dos superuniversos. O dia-padrão do superuniverso de Orvonton é igual a quase trinta dias do tempo de Urântia; e o ano de Orvonton equivale a cem dias-padrão. Esse ano de Uversa é padrão no sétimo superuniverso; e corresponde a três mil dias menos vinte e dois minutos do tempo de Urântia, aproximadamente oito e um quinto dos vossos anos.

15:7:3 1743 Os mundos-sedes dos sete superuniversos participam da natureza e grandeza do Paraíso, o seu modelo central de perfeição. Na realidade, todos os mundos-sedes são paradisíacos. Eles são realmente moradas celestes cujo tamanho material, beleza moroncial e glória espiritual vão crescendo, de Jerusém até a Ilha Central. E todos os satélites desses mundos-sedes são também esferas arquitetônicas.

15:7:4 1744 Os vários mundos-sedes são providos de todos os tipos de criação material e espiritual. Todas as espécies de seres materiais, moronciais e espirituais estão como que em casa, nesses mundos, pontos de encontro dos universos. Na medida em que as criaturas mortais ascendem no universo, passando dos reinos materiais aos espirituais, elas nunca perdem o desfrute, nem o apreço pelos seus níveis anteriores de existência.

15:7:5 1745 Jerusém, a sede central do vosso sistema local de Satânia, tem os seus sete mundos de cultura de transição, cada um dos quais é envolvido por sete satélites, entre eles estando os sete mundos das mansões de detenção moroncial, a primeira residência pós-mortal do homem. A palavra céu, como vem sendo usada em Urântia, algumas vezes tem designado os sete mundos das mansões, ficando o primeiro mundo das mansões denominado de primeiro céu, e assim por diante, até o sétimo.

15:7:6 1746 Edêntia, a sede central da vossa constelação de Norlatiadeque, tem os seus setenta satélites de cultura socializante e de aprendizado, nos quais os seres ascendentes permanecem, depois de completarem, em Jerusém, o regime de mobilização, de unificação e de realização da personalidade.

15:7:7 1747 Salvington, a capital de Nebadon, o vosso universo local, é rodeada por dez grupos de universidades de quarenta e nove esferas cada. Ali o homem é espiritualizado depois da sua socialização na constelação.

15:7:8 1748 U menor, a terceira, a sede central de Ensa, o vosso setor menor, é cercada pelas sete esferas dos estudos físicos superiores da vida ascendente.

15:7:9 1749 U maior, a quinta, sede do vosso setor maior, Esplândon, é cercada pelas setenta esferas de instrução intelectual avançada do superuniverso.

15:7:10 1751 Uversa, a sede central de Orvonton, o vosso superuniverso, é cercada, diretamente, pelas sete universidades mais elevadas de aprendizado espiritual avançado para as criaturas volitivas ascendentes. Cada um desses sete grupos de esferas maravilhosas consiste em setenta mundos especializados, contendo milhares e milhares de instituições e organizações completas, devotadas à instrução universal e à cultura espiritual, nas quais os peregrinos do tempo são reeducados e reexaminados no preparo para o seu longo vôo até Havona. Os peregrinos do tempo, ao chegarem, são sempre recebidos nesses mundos interligados; os graduados que partem, no entanto, são despachados para Havona, sempre, diretamente das margens de Uversa.

15:7:11 1752 Uversa é a sede central espiritual e administrativa de um trilhão de mundos habitados e habitáveis, aproximadamente. A glória, grandeza e perfeição da capital de Orvonton ultrapassa qualquer uma dentre as maravilhas das criações do tempo e do espaço.

15:7:12 1753 Se todos os universos locais projetados e as suas partes componentes estivessem estabelecidas, pouco menos de quinhentos bilhões seria o número de mundos arquitetônicos nos sete superuniversos.

8. ENERGY CONTROL AND REGULATION




15:8:1 1754 As esferas-sedes dos superuniversos são construídas de modo a serem capazes de funcionar como eficientes reguladoras de energia-potência para os seus vários setores, servindo como pontos focais para o direcionamento da energia até os universos locais correspondentes. Elas exercem uma influência poderosa no equilíbrio e controle das energias físicas que circulam no espaço organizado.

15:8:2 1755 Outras funções reguladoras são exercidas pelos centros de potência e pelos controladores físicos dos superuniversos, que são entidades inteligentes viventes e semiviventes, constituídas para esse propósito expresso. Esses centros e controladores de potência são difíceis de serem entendidos; as suas ordens inferiores não são volitivas, não possuem vontade, não escolhem; as suas funções são muito inteligentes, mas, aparentemente, são automáticas e inerentes à sua organização altamente especializada. Os centros de potência e os controladores físicos dos superuniversos assumem a direção e o controle parcial dos trinta sistemas de energia que compreendem o domínio da gravita. Os circuitos de energia física, administrados pelos centros de potência de Uversa, requerem um pouco mais do que 968 milhões de anos para completar uma volta no superuniverso.

15:8:3 1756 A energia em evolução tem substância; tem peso, se bem que o peso seja sempre relativo, dependendo da velocidade da revolução, da massa e da antigravidade. A massa na matéria tende a retardar a velocidade na energia; e a velocidade da energia, presente em todos os lugares, representa a dotação inicial de velocidade, menos o retardamento causado pela massa que se encontra em trânsito, mais a função reguladora dos controladores da energia viva do superuniverso, e a influência física dos corpos vizinhos, altamente aquecidos ou mais pesadamente carregados.

15:8:4 1757 O plano universal para a manutenção do equilíbrio entre a matéria e a energia necessita que as unidades inferiores de matéria sejam perpetuamente feitas e desfeitas. Os Diretores de Potência do Universo têm a capacidade de condensar e deter, ou de expandir e liberar quantidades variáveis de energia.

15:8:5 1758 Dada uma duração suficiente de influência retardadora, a gravidade terminaria convertendo toda a energia em matéria, não fosse por dois fatores: primeiro, as influências da antigravidade dos controladores de energia, e, segundo, a matéria organizada que tende a desintegrar-se sob certas condições encontradas em estrelas superaquecidas e sob certas condições peculiares registradas no espaço próximo de corpos frios, altamente energizados de matéria condensada.

15:8:6 1761 Quando a massa se torna superagregada e ameaça desequilibrar a energia, exaurindo os circuitos de potência física, os controladores físicos intervêm, a menos que a própria tendência posterior da gravidade, no sentido de supermaterializar a energia, seja vencida pela ocorrência de uma colisão entre os gigantes mortos do espaço, dissipando completamente assim, em um instante, os pontos em que haja acumulações de gravidade. Nesses episódios de colisões, enormes massas de matéria são subitamente convertidas na forma mais rara de energia, e a luta pelo equilíbrio universal é iniciada de novo. Finalmente, os sistemas físicos maiores tornam-se estabilizados, tornam-se fisicamente estáveis, e são lançados em órbitas equilibradas e estabelecidas dos superuniversos. Depois desse acontecimento, nenhuma colisão mais, nem outras catástrofes devastadoras ocorrerão nesses sistemas estabelecidos.

15:8:7 1762 Durante os tempos de energia em excesso, há perturbações de potência e flutuações de calor, acompanhadas de manifestações elétricas. Durante os tempos de carência de energia, crescem as tendências que a matéria tem de agregar-se, condensar-se e sair do controle, nas órbitas mais delicadamente equilibradas, resultando em ajustamentos sob a forma de marés ou colisões, que rapidamente restauram o equilíbrio entre a energia circulante e a matéria mais literalmente estabilizada. Prever e entender, de outras maneiras, tais comportamentos dos sóis abrasadores e das ilhas escuras do espaço, estão entre as tarefas dos observadores celestes das estrelas.

15:8:8 1763 Somos capazes de reconhecer a maioria das leis que regem o equilíbrio do universo e de predizer muito sobre a estabilidade do universo. As nossas previsões são praticamente confiáveis, mas confrontamo-nos constantemente com certas forças que não seguem integralmente as leis do controle da energia e do comportamento da matéria, como conhecidas por nós. A previsibilidade de todos os fenômenos físicos torna-se cada vez mais difícil, à medida que nos afastamos do Paraíso, na direção dos universos. À medida que ultrapassamos as fronteiras da administração pessoal dos Dirigentes do Paraíso, confrontamo-nos com uma incapacidade cada vez maior de calcular, de acordo com os padrões estabelecidos e a experiência adquirida de observações que têm a ver exclusivamente com os fenômenos físicos de sistemas astronômicos vizinhos. Mesmo nos reinos dos sete superuniversos, estamos vivendo em meio a ações de forças e reações de energia que penetram todo o nosso domínio e que se estendem, em equilíbrio unificado, por todas as regiões do espaço exterior.

15:8:9 1764 Quanto mais longe estivermos, no exterior, mais certamente encontraremos esses fenômenos imprevistos de variações, que caracterizam, tão infalivelmente, as atuações-presenças insondáveis dos Absolutos e Deidades experienciais. E esses fenômenos devem ser indicativos de algum supracontrole universal de todas as coisas.

15:8:10 1765 O superuniverso de Orvonton está, aparentemente, descarregando-se agora; os universos exteriores parecem estar estocando energia para atividades futuras sem precedentes; o universo central de Havona está eternamente estabilizado. A gravidade e a ausência de calor (o frio) organizam e mantêm a matéria aglutinada; o calor e a antigravidade desagregam a matéria e dissipam a energia. Os diretores vivos de potência e os organizadores da força são o segredo do controle especial e da direção inteligente nas metamorfoses sem fim de construção, destruição e reconstrução do universo. As nebulosas podem dispersar-se, os sóis, consumir-se, os sistemas, desaparecer e os planetas, perecer, mas os universos não se esvaem.

9. OS CIRCUITOS DOS SUPERUNIVERSOS


15:9:1 1766 Os circuitos universais do Paraíso de fato penetram os reinos dos sete superuniversos. Esses circuitos de presença são: a gravidade da personalidade do Pai Universal, a gravidade espiritual do Filho Eterno, a gravidade mental do Agente Conjunto, e a gravidade material da Ilha Eterna. 15:9:2 1771 Além dos circuitos universais do Paraíso e das atuações-presenças dos Absolutos e das Deidades experienciais, apenas duas divisões de circuitos de energia, ou divisões do poder, funcionam no nível espacial do superuniverso: os circuitos dos superuniversos e os circuitos dos universos locais.

15:9:3 1772 Os Circuitos do Superuniverso :

15:9:4 1773 1. O circuito da inteligência unificadora de um dos Sete Espíritos Mestres do Paraíso. Este circuito de mente cósmica é limitado a um único superuniverso.

15:9:5 1774 2. O circuito do serviço refletivo dos sete Espíritos Refletivos, em cada superuniverso.

15:9:6 1775 3. Os circuitos secretos dos Monitores Misteriosos; de algum modo interligados em Divinington e daí dirigidos ao Pai Universal no Paraíso.

15:9:7 1776 4. O circuito da intercomunhão do Filho Eterno com os seus Filhos do Paraíso.

15:9:8 1777 5. A presença instantânea do Espírito Infinito.

15:9:9 1778 6. As teledifusões do Paraíso, os comunicados espaciais de Havona.

15:9:10 1779 7. Os circuitos de energia dos centros de potência e dos controladores físicos.

15:9:11 17710 Os Circuitos do Universo Local :

15:9:12 17710 1. O do espírito outorgado dos Filhos do Paraíso, o Confortador dos mundos de auto-outorga. O Espírito da Verdade, o espírito de Michael em Urântia.

15:9:13 17711 2. O circuito das Ministras Divinas, os Espíritos Maternos do universo local: o Espírito Santo do vosso mundo.

15:9:14 17712 3. O circuito de ministração da inteligência a um universo local, incluindo a presença diversamente atuante dos espíritos ajudantes da mente.

15:9:15 17713 Quando a harmonia espiritual desenvolve-se em um universo local, de modo que os seus circuitos individuais e combinados se tornem indistinguíveis dos do superuniverso, quando tal identidade de função e unicidade de ministério factualmente prevalecem, então, o universo local, de imediato, liga-se aos circuitos estabelecidos de luz e vida, tornando-se, instantaneamente, qualificado para a admissão à confederação espiritual da união perfeccionada da supercriação. Os requisitos para a admissão aos conselhos dos Anciães dos Dias, para o ingresso na confederação dos superuniversos, são os que se seguem:

15:9:16 17714 1. Estabilidade Física. As estrelas e os planetas de um universo local devem estar em equilíbrio; os períodos de metamorfose estelar imediata devem ter chegado ao fim. O universo deve estar seguindo uma trajetória clara; a sua órbita deve estar fixada em segurança e definitivamente estabelecida.

15:9:17 17715 2. Lealdade Espiritual. Deve existir um estado de reconhecimento universal e de lealdade ao Filho de Deus Soberano, que preside aos assuntos de tal universo local. É necessário que se haja alcançado um estado de cooperação harmoniosa entre os planetas individuais, sistemas e constelações de todo o universo local.

15:9:18 17716 O vosso universo local ainda não é reconhecido nem como pertencente à ordem fisicamente estabelecida do superuniverso, muito menos como membro da reconhecida família espiritual do supergoverno. Apesar de Nebadon não ter ainda representação em Uversa, nós do governo do superuniverso somos, de tempos em tempos, despachados para os mundos de Nebadon, em missões especiais, do mesmo modo que eu vim até Urântia, diretamente, de Uversa. Damos toda a assistência possível aos vossos diretores e governantes, para a solução dos difíceis problemas deles; estamos desejosos de ver o vosso universo qualificado para a admissão plena nas criações interrelacionadas da família do superuniverso.

10. OS GOVERNANTES DOS SUPERUNIVERSOS


15:10:1 1781 Nas sedes centrais dos superuniversos, o alto governo espiritual dos domínios do espaço-tempo está instalado. O ramo executivo do supergoverno, que tem origem nos Conselhos da Trindade, é dirigido diretamente por um dos Sete Espíritos Mestres da supervisão suprema, seres que se assentam nas cátedras de autoridade do Paraíso e que administram os superuniversos por intermédio dos Sete Executivos Supremos, estacionados nos sete mundos especiais do Espírito Infinito, os satélites mais externos do Paraíso.

15:10:2 1782 As sedes centrais dos superuniversos são os locais de morada dos Espíritos Refletivos e dos Ajudantes Refletivos de Imagem. Dessa posição intermediária, esses seres maravilhosos conduzem as suas imensas operações de refletividade, ministrando, assim, ao universo central acima e ao universo local abaixo.

15:10:3 1783 Cada superuniverso é presidido por três Anciães dos Dias, os principais executivos conjuntos do supergoverno. No seu ramo executivo, o pessoal do governo do superuniverso consiste em sete grupos diferentes:

1784 1. Os Anciães dos Dias.

1785 2. Os Perfeccionadores da Sabedoria.

1786 3. Os Conselheiros Divinos.

1787 4. Os Censores Universais.

1788 5. Os Mensageiros Poderosos.

1789 6. Aqueles Elevados Em Autoridade.

17810 7. Aqueles Sem Nome Nem Número.

15:10:4 17811 Os três Anciães dos Dias têm a assistência direta de um corpo de um bilhão de Perfeccionadores da Sabedoria, aos quais estão associados três bilhões de Conselheiros Divinos. Um bilhão de Censores Universais estão designados para a administração de cada superuniverso. Esses três grupos são Personalidades Coordenadas da Trindade, tendo direta e divinamente a sua origem na Trindade do Paraíso.

15:10:5 17812 As três ordens restantes – Mensageiros Poderosos, Aqueles Elevados Em Autoridade e Aqueles Sem Nome Nem Número – são de mortais ascendentes glorificados. A primeira dessas três ordens elevou-se por meio do regime ascendente e passou por Havona nos dias de Grandfanda. Havendo alcançado o Paraíso, eles foram admitidos no Corpo de Finalidade, abraçados pela Trindade do Paraíso e, em seguida, designados para o serviço superno dos Anciães dos Dias. Como uma classe, essas três ordens são conhecidas como Filhos Trinitarizados de Realização, sendo de origem dual, mas estando, agora, a serviço da Trindade. Assim, o ramo executivo do governo do superuniverso foi ampliado, para incluir os filhos glorificados e perfeccionados dos mundos evolucionários.

15:10:6 17813 O conselho coordenado do superuniverso é composto de sete grupos executivos, previamente nomeados, e dos seguintes governantes de setores e de outros supervisores regionais:

1791 1. Os Perfeições dos Dias – os governantes dos setores maiores do superuniverso.

1792 2. Os Recentes dos Dias – os diretores dos setores menores do superuniverso.

1793 3. Os Uniões dos Dias – os conselheiros do Paraíso para os governantes dos universos locais.

1794 4. Os Fiéis dos Dias – os conselheiros do Paraíso para os governantes Altíssimos dos governos das constelações.

1795 5. Os Filhos Instrutores da Trindade, que podem encontrar-se a serviço nas sedes centrais dos superuniversos.

1796 6. Os Eternos dos Dias, que podem estar presentes nas sedes centrais dos superuniversos.

1797 7. Os sete Ajudantes Refletivos de Imagem – porta-vozes dos sete Espíritos Refletivos, os quais, por intermédio deles, representam os Sete Espíritos Mestres do Paraíso.

15:10:7 1798 Os Ajudantes Refletivos de Imagem também funcionam como representantes de inúmeros grupos de seres que são influentes nos governos dos superuniversos, mas que, no presente, por várias razões, não estão plenamente ativos nas suas capacitações individuais. Abrangidos nesse grupo estão: a manifestação da personalidade superuniversal em evolução do Ser Supremo, os Supervisores Inqualificáveis do Supremo, os Vice-Regentes Qualificáveis do Último, os agentes de ligação inominados refletivos de Majeston e os espíritos suprapessoais representantes do Filho Eterno.

15:10:8 1799 Em quase todo momento, é possível encontrar representantes de todos os grupos de seres criados, nos mundos-sedes dos superuniversos. O trabalho rotineiro de ministério aos superuniversos é efetuado pelos poderosos seconafins e por outros membros da vasta família do Espírito Infinito. No trabalho desses maravilhosos centros de administração, controle, ministério e julgamento executivo nos superuniversos, as inteligências de cada esfera de vida universal encontram-se misturadas no serviço efetivo, na administração sábia, no ministério amoroso e no julgamento equânime.

15:10:96 17910 Os superuniversos não mantêm, entre si, qualquer espécie de representação por embaixada; eles estão completamente isolados uns dos outros. Eles sabem dos assuntos mútuos apenas por intermédio da agência de distribuição do Paraíso, mantida pelos Sete Espíritos Mestres. Os seus governantes trabalham nos conselhos da divina sabedoria, para o bem-estar dos seus próprios superuniversos, independentemente do que possa estar acontecendo em outras seções da criação universal. Esse isolamento entre os superuniversos perdurará até o momento em que a sua coordenação for alcançada pela mais completa realização da soberania de personalidade do Ser Supremo experiencial, em evolução.

11. A ASSEMBLÉIA DELIBERATIVA


15:11:1 17911 É em mundos como Uversa que os seres que são representantes da autocracia da perfeição e da democracia da evolução encontram-se frente a frente. O ramo executivo do supergoverno origina-se nos reinos da perfeição; o ramo legislativo provém do florescimento dos universos evolucionários.

15:11:2 17912 A assembléia deliberativa do superuniverso está confinada ao mundo-sede central. Esse conselho legislativo, ou de aconselhamento, consiste em sete casas e cada universo local admitido aos conselhos dos superuniversos elege um representante nativo para cada uma delas. Os altos conselhos de tais universos locais elegem esses representantes entre os peregrinos ascendentes graduados de Orvonton, que se encontram em Uversa e que estão creditados para o transporte até Havona. A duração média do serviço é de cerca de cem anos do tempo-padrão do superuniverso.

15:11:3 1801 Eu jamais soube de qualquer desacordo entre os executivos de Orvonton e a assembléia de Uversa. E também, na história do nosso superuniverso, o corpo deliberativo nunca passou uma recomendação que a divisão executiva do supergoverno tenha sequer hesitado em pôr em prática. Tem sempre prevalecido a mais perfeita harmonia e acordo de trabalho, o que atesta o fato de que os seres evolucionários podem realmente alcançar as alturas da sabedoria perfeccionada, que os qualifica a consorciar-se com as personalidades de origem perfeita e natureza divina. A presença das assembléias deliberativas, nas sedes centrais dos superuniversos, revela a sabedoria e antecipa o triunfo último do conceito evolucionário grandioso do Pai Universal e do seu Filho Eterno.

12. THE SUPREME TRIBUNALS




15:12:1 1802 Quando falamos dos ramos executivo e deliberativo do governo de Uversa, vós poderíeis pensar, por analogia a certas formas do governo civil de Urântia, que temos um terceiro ramo, o judicial, e realmente temos; mas este não tem uma equipe própria em separado. As nossas cortes são constituídas da seguinte forma: preside a ela, de acordo com a natureza e gravidade do caso, um Ancião dos Dias, ou um Perfeccionador da Sabedoria, ou um Conselheiro Divino. A evidência a favor ou contra um indivíduo, planeta, sistema, constelação ou universo é apresentada e interpretada pelos Censores. A defesa dos filhos do tempo e dos planetas evolucionários é oferecida pelos Mensageiros Poderosos, os observadores oficiais do governo do superuniverso, para os sistemas e universos locais. A atitude do governo mais elevado é retratada por Aqueles Elevados Em Autoridade. E o veredicto é formulado, ordinariamente, por uma comissão de porte variável, e constituída, igualitariamente, por Aqueles Sem Nome Nem Número e um grupo de personalidades de alta compreensão, escolhidas da assembléia deliberativa.

15:12:2 1803 As cortes dos Anciães dos Dias são os altos tribunais de revisão para os julgamentos espirituais de todos os universos componentes. Os Filhos Soberanos dos universos locais são supremos, nos seus próprios domínios; no entanto, eles estão submetidos ao supergoverno apenas para aquilo que submeterem voluntariamente ao conselho, para o julgamento dos Anciães dos Dias, excetuando-se as questões que envolvam a extinção de criaturas de vontade. Os mandatos de julgamento originam-se nos universos locais, mas as sentenças que envolvem a extinção de criaturas de vontade são formuladas pelas sedes centrais do superuniverso e executadas a partir das mesmas. Os Filhos soberanos dos universos locais podem decretar a sobrevivência do homem mortal, mas apenas os Anciães dos Dias podem reunir-se para o julgamento executivo nas questões de vida e morte eternas.

15:12:3 1804 Para todas as questões que não requerem julgamento com a apresentação de evidências, os Anciães dos Dias ou os seus colaboradores tomam as decisões; e esses ditames são sempre unânimes. Estamos lidando aqui com conselhos de perfeição. Não há desacordos, nem opiniões minoritárias nos decretos desses tribunais supremos e superlativos.

15:12:4 1805 Com poucas e raras exceções, os supergovernos exercem jurisdição sobre todas as coisas e sobre todos os seres, nos seus domínios respectivos. Não há apelação das sentenças e decisões das autoridades do superuniverso, pois elas representam as opiniões convergentes dos Anciães dos Dias e daquele Espírito Mestre que, do Paraíso, preside aos destinos do referido superuniverso.

13. OS GOVERNOS DOS SETORES


15:13:1 1811 Um setor maior compreende cerca de um décimo de um superuniverso e consiste em uma centena de setores menores, dez mil universos locais e cerca de cem bilhões de mundos habitados. Esses setores maiores são administrados por três Perfeições dos Dias, Personalidades Supremas da Trindade.

15:13:2 1812 As cortes dos Perfeições dos Dias são constituídas de modo muito semelhante às dos Anciães dos Dias, exceto por eles não fazerem o julgamento espiritual dos reinos. O trabalho desses governos de setores maiores tem a ver, principalmente, com o status intelectual de uma ampla criação. Os setores maiores detêm todas as questões de importância para o superuniverso, da rotina e da natureza administrativa, julgando-as, dispensando-as e tabulando-as, para reportá-las aos Anciães dos Dias; desde que não se relacionem, diretamente, com a administração espiritual dos reinos nem com a execução dos planos de ascensão dos mortais, feitos pelos Governantes do Paraíso. O pessoal do governo de um setor maior não é diferente daquele do superuniverso.

15:13:3 1813 Do mesmo modo que os magníficos satélites de Uversa ocupam-se da vossa preparação final para Havona, também os setenta satélites de U maior, a quinta, estão devotados aos estudos intelectuais e ao desenvolvimento do vosso superuniverso. Vindos de todo Orvonton, ali se reúnem os seres sábios que trabalham incansavelmente para preparar os mortais do tempo para o seu progresso ulterior, até a carreira da eternidade. A maior parte desse aperfeiçoamento dos mortais ascendentes é administrada nos setenta mundos de estudo.

15:13:4 1814 Os governos do setor menor são presididos por três Recentes dos Dias. A administração deles ocupa-se, principalmente, com o controle físico, a unificação, a estabilização e a coordenação rotineira da administração dos seus universos locais componentes. Cada setor menor abrange até cem universos locais, dez mil constelações, um milhão de sistemas; ou seja, cerca de um bilhão de mundos habitáveis.

15:13:5 1815 Os mundos-sedes de um setor menor são o grande local de encontro dos Mestres Controladores Físicos. Esses mundos-sedes estão cercados por sete esferas de instrução que constituem as escolas de admissão ao superuniverso e são os centros de aperfeiçoamento, visando aos conhecimentos físicos e administrativos a respeito do universo dos universos.

15:13:6 1816 Os administradores dos governos de um setor menor estão sob jurisdição direta dos governantes dos setores maiores. Os Recentes dos Dias recebem todos os informes das observações e coordenam todas as recomendações que chegam até um superuniverso vindas dos Uniões dos Dias, os quais estão estacionados nas esferas-sedes dos universos locais, como observadores e conselheiros da Trindade, e dos Fiéis dos Dias, os quais estão, de modo semelhante, ligados aos conselhos dos Altíssimos nas sedes centrais das constelações. Todos esses informes são transmitidos aos Perfeições dos Dias, nos setores maiores, para serem passados, subseqüentemente, às cortes dos Anciães dos Dias. Assim, o regime da Trindade estende-se das constelações dos universos locais, e destas para as sedes centrais do superuniverso. A sede central do sistema local não tem representantes da Trindade.


14. OS PROPÓSITOS DOS SETE SUPERUNIVERSOS


15:14:1 1817 Existem sete propósitos maiores que se desenvolvem na evolução dos sete superuniversos. Cada um desses propósitos maiores, na evolução de um superuniverso,encontrará a sua expressão mais plena em apenas um dos sete superuniversos e, desse modo, cada superuniverso tem uma função especial e uma natureza única.

15:14:2 1821 Orvonton, o sétimo superuniverso, aquele ao qual o vosso universo local pertence, é conhecido, principalmente, pela sua imensa e pródiga outorga do ministério de misericórdia aos mortais dos reinos. É renomado pela maneira segundo a qual prevalece a justiça, temperada pela misericórdia; e pela qual o poder governa, condicionado pela paciência; enquanto os sacrifícios de tempo são feitos livremente para assegurar a estabilização na eternidade. Orvonton é um universo que é uma demonstração de amor e de misericórdia.

15:14:3 1822 É muito difícil, contudo, descrever a nossa concepção da verdadeira natureza do propósito evolucionário que se desenvolve em Orvonton, mas pode ser sugerida, quando dizemos que nessa supercriação nós sentimos que os seis propósitos singulares da evolução cósmica, do modo como estão manifestados nas outras seis supercriações semelhantes, estão aqui interassociados, em uma significação que abrange o todo; e é por essa razão que, algumas vezes, conjecturamos que a personalização evoluída e acabada de Deus, o Supremo, irá, em um futuro remoto, governar, a partir de Uversa, os sete superuniversos perfeccionados, na sua majestade experiencial plena e do seu poder soberano Todo-Poderoso, então já alcançado.

15:14:4 1823 Do mesmo modo que Orvonton é único, pela sua natureza, e individual, pelo seu destino, também o é cada um dos outros seis superuniversos. Uma grande parte de tudo aquilo que está acontecendo em Orvonton não é, entretanto, revelado a vós; e, dentre esses aspectos não revelados da vida de Orvonton, muitos encontrarão a expressão mais plena em algum outro superuniverso. Os sete propósitos da evolução do superuniverso estão ativos em todos os sete superuniversos, mas cada supercriação dará expressão mais plena a apenas um desses propósitos. Para se compreender mais sobre esses propósitos dos superuniversos, grande parte de tudo aquilo que não entendeis teria de ser revelada, e ainda assim vós não iríeis compreender senão pouquíssimo. Toda esta narrativa apresenta apenas uma visão rápida da imensa criação da qual o vosso mundo e o vosso sistema local são uma parte.

15:14:5 1824 O vosso mundo é chamado de Urântia, e o seu número é 606, no grupo planetário, ou sistema, que é o de Satânia. Esse sistema tem, presentemente, 619 mundos habitados e mais de duzentos outros planetas que estão evoluindo favoravelmente no sentido de tornarem-se mundos habitados em algum tempo futuro.

15:14:6 1825 Satânia tem um mundo-sede central chamado Jerusém, e é o sistema de número vinte e quatro da constelação de Norlatiadeque. A vossa constelação, Norlatiadeque, consiste em cem sistemas locais e tem um mundo-sede central chamado Edêntia. Norlatiadeque tem o número 70, no universo de Nebadon. O universo local de Nebadon consiste em cem constelações e tem uma capital conhecida como Salvington. O universo de Nebadon é o de número oitenta e quatro, no setor menor de Ensa.

15:14:7 1826 O setor menor de Ensa consiste em cem universos locais e tem a capital chamada U Menor, a terceira. Esse setor menor é o de número três no setor maior de Esplândon. Esplândon consiste em cem setores menores e tem um mundo-sede central chamado U Maior, a quinta. É o quinto setor maior do superuniverso de Orvonton, o sétimo segmento do grande universo. Assim, vós podeis localizar o vosso planeta, no esquema da organização e da administração do universo dos universos.

15:14:8 1827 O número do vosso mundo, Urântia, no grande universo é 5 342 482 337 666. Esse é o número do registro em Uversa e no Paraíso, é o vosso número no catálogo dos mundos habitados. Eu conheço o seu número de registro na esfera física, mas é de um tamanho tão extraordinário que seria de pouco significado prático para a mente mortal.

15:14:9 1831 O vosso planeta é membro de um enorme cosmo; vós pertenceis a uma família quase infinita de mundos, mas a vossa esfera é tão precisamente administrada e fomentada, com tanto e tal amor, que é como se ela fosse o único mundo habitado em toda a existência.

15:14:10 1832 [Apresentado por um Censor Universal proveniente de Uversa.]

DOCUMENTO 16

OS SETE ESPÍRITOS MESTRES
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Os Sete Espíritos Mestres do Paraíso são as personalidades primeiras do Espírito Infinito. No ato criativo sétuplo de autoduplicação, o Espírito Infinito esgotou as possibilidades matemáticas de combinação, inerentes à existência real das três pessoas da Deidade. Tivesse sido possível produzir um número maior de Espíritos Mestres, e eles teriam sido criados, mas há justamente sete possibilidades de associações inerentes às três Deidades, e apenas sete. E isso explica por que o universo é operado em sete grandes divisões; e por que o número sete é basicamente fundamental na organização e na administração do universo.

16:0:2 1842 Os Sete Espíritos Mestres têm, assim, a sua origem nas sete seguintes semelhanças, derivando delas as suas características:

1843 1. O Pai Universal.

1844 2. O Filho Eterno.

1845 3. O Espírito Infinito.

1846 4. O Pai e o Filho.

1847 5. O Pai e o Espírito.

1848 6. O Filho e o Espírito.

1849 7. O Pai, o Filho e o Espírito.

16:0:3 18410 Sabemos pouco sobre a ação do Pai e do Filho, na criação dos Espíritos Mestres. Aparentemente, eles foram trazidos à existência pelos atos pessoais do Espírito Infinito, mas definitivamente foi-nos instruído que tanto o Pai como o Filho participaram da origem deles.

16:0:4 18411 Pelo seu caráter e pela sua natureza espiritual, esses Sete Espíritos do Paraíso são como um, mas, em todos os outros aspectos da identidade, eles são muito diferentes; e os resultados das suas atuações nos superuniversos são tais que essas diferenças individuais tornam-se inequivocamente discerníveis. Todos os planos futuros para os sete segmentos do grande universo – e mesmo para os segmentos correlativos do espaço exterior – têm sido condicionados por diversificações outras, além da espiritual, desses Sete Espíritos Mestres da supervisão suprema e última.

16:0:5 18412 Os Espíritos Mestres têm muitas funções; mas, no momento presente, o seu âmbito específico é a supervisão central dos sete superuniversos. Cada Espírito Mestre mantém uma enorme sede central focalizadora de força, que circula, vagarosamente, em torno da periferia do Paraíso, sustentando sempre uma posição de frente para o superuniverso da sua supervisão imediata e no ponto focal, no Paraíso, do seu controle de poder especializado e de distribuição segmentar de energia. As linhas radiais da fronteira de qualquer um dos superuniversos convergem, com efeito, para a sede central, no Paraíso, do Espírito Mestre que o supervisiona.

1. RELAÇÃO COM A DEIDADE TRINA


16:1:1 1851 O Criador Conjunto ou o Espírito Infinito é necessário para completar a personalização trina da Deidade indivisa. A personalização tríplice dessa Deidade é sétupla, inerentemente, pelas suas possibilidades de expressão individual e associativa; e, por isso, para o subseqüente plano de criar universos habitados por seres inteligentes e potencialmente espirituais, devidamente expressivos do Pai, do Filho e do Espírito, as personalizações dos Sete Espíritos Mestres tornaram-se inevitáveis. Já chegamos a referir-nos à personalização tríplice da Deidade como sendo a inevitabilidade absoluta e, ao mesmo tempo, encaramos o surgimento dos Sete Espíritos Mestres como sendo a inevitabilidade subabsoluta.

16:1:2 1852 Conquanto os Sete Espíritos Mestres dificilmente sejam a expressão da Deidade tríplice, eles são o retrato eterno da Deidade sétupla, das funções ativas e associativas das três pessoas sempre existentes da Deidade. Por intermédio desses Sete Espíritos, neles e deles, o Pai Universal, o Filho Eterno ou o Espírito Infinito, ou qualquer associação dual deles, é capaz de funcionar como tal. Quando o Pai, o Filho e o Espírito atuam em conjunto, Eles podem funcionar, e funcionam, por intermédio do Espírito Mestre Número Sete, mas não como Trindade. Os Espíritos Mestres representam, cada um de per si, ou coletivamente, todas e quaisquer das funções possíveis da Deidade, únicas e várias, mas não a coletiva, não aquelas da Trindade. O Espírito Mestre Número Sete não funciona pessoalmente em relação à Trindade do Paraíso, e é por isso que ele pode funcionar de um modo pessoal para o Ser Supremo.

16:1:3 1853 Quando, porém, os Sete Espíritos Mestres deixam os seus postos individuais de poder pessoal e autoridade no superuniverso e congregam-se em torno do Agente Conjunto, na presença trina da Deidade do Paraíso, ali e naquele momento, eles representam coletivamente o poder funcional, a sabedoria e a autoridade da Deidade indivisa – a Trindade – ante os universos e nos universos em evolução. Tal união, no Paraíso, da expressão sétupla da Deidade, de fato, abrange e literalmente compreende todos e cada um dos atributos e atitudes das Três Deidades eternas, em Supremacia e Ultimidade. Para todos os propósitos e intentos práticos, os Sete Espíritos Mestres compreendem, ali e naquele momento, o domínio funcional do Supremo-Último para o universo-mestre, e nele mesmo.

16:1:4 1854 Até onde podemos discernir, esses Sete Espíritos estão associados à atividade divina das três Pessoas eternas da Deidade; não detectamos nenhuma evidência de associação direta com as presenças em funcionamento das três fases eternas do Absoluto. Quando associados, os Espíritos Mestres representam as Deidades do Paraíso naquilo que pode, grosso modo, ser concebido como o domínio finito da ação. Pode abranger muito daquilo que é último, mas não do absoluto.

2. RELATION TO THE INFINITE SPIRIT




16:2:1 1855 Exatamente como o Filho Eterno e Original se revela por intermédio das pessoas dos Filhos divinos, cujo número cresce constantemente, também o Espírito Divino e Infinito é revelado pelos canais dos Sete Espíritos Mestres e dos grupos dos espíritos a eles associados. No centro dos centros, o Espírito Infinito é alcançável, mas nem todos aqueles que chegam ao Paraíso são capazes de discernir imediatamente a sua personalidade e a sua presença, em separado; porém todos aqueles que atingem o universo central podem, imediatamente, comungar, e comungam, com um dos Sete Espíritos Mestres, com aquele que estiver presidindo ao superuniverso, do qual provém o peregrino do espaço recém-chegado.

16:2:2 1861 O Pai, do Paraíso, fala ao universo dos universos apenas por intermédio do Seu Filho, se bem que Ele e o Filho atuem, conjuntamente, apenas por intermédio do Espírito Infinito. Fora do Paraíso e de Havona, o Espírito Infinito fala apenas pelas vozes dos Sete Espíritos Mestres.

16:2:3 1862 O Espírito Infinito exerce uma influência de presença pessoal, dentro dos limites do sistema Paraíso-Havona; em outros lugares, a sua presença espiritual pessoal é exercida por intermédio de um dos Sete Espíritos Mestres. Portanto, a presença espiritual, no superuniverso, da Terceira Fonte e Centro, em qualquer mundo, ou em qualquer indivíduo, é condicionada pela natureza única supervisora do Espírito Mestre daquele segmento da criação. E, inversamente, as linhas combinadas de força e informação espiritual passam para dentro, rumo à Terceira Pessoa da Deidade, por intermédio dos Sete Espíritos Mestres.

16:2:4 1863 Os Sete Espíritos Mestres são coletivamente dotados com os atributos supremos-últimos da Terceira Fonte e Centro. Ainda que cada um compartilhe individualmente desse dom, apenas coletivamente eles dispõem dos atributos de onipotência, de onisciência e de onipresença. Assim, nenhum deles pode funcionar, universalmente, como indivíduo e, no exercício desses poderes de supremacia e ultimidade, cada um é pessoalmente limitado ao superuniverso da sua supervisão imediata.

16:2:5 1864 Tudo, de tudo o que vos foi dito a respeito da divindade e da personalidade do Agente Conjunto, aplica-se, igual e completamente, aos Sete Espíritos Mestres, que tão efetivamente distribuem o Espírito Infinito aos sete segmentos do grande universo, de acordo com o seu dom divino e segundo a maneira das suas naturezas diferentes e individualmente únicas. Seria apropriado, portanto, usar, para o grupo conjunto de todos os sete, todo e qualquer um dos nomes que se dá ao Espírito Infinito. Coletivamente, eles são um com o Criador Conjunto, em todos os níveis subabsolutos.

3. IDENTIDADE E DIVERSIDADE DOS ESPÍRITOS MESTRES


16:3:1 1865 Os Sete Espíritos Mestres são seres indescritíveis, mas são distinta e definitivamente pessoais. Eles têm nomes, mas escolhemos apresentá-los por números. Como personalizações primeiras do Espírito Infinito, eles são semelhantes, mas, como expressões primárias das sete combinações possíveis da Deidade trina, eles são essencialmente diferentes pelas suas naturezas, e essa diversidade de natureza determina o diferencial na sua conduta no superuniverso. Esses Sete Espíritos Mestres podem ser descritos como se segue:

16:3:2 1866 O Espírito Mestre Número Um. De uma maneira especial, este Espírito é a representação direta do Pai do Paraíso. Ele é uma manifestação peculiar e eficaz do poder, do amor e da sabedoria do Pai Universal. Ele é o coligado próximo e o conselheiro superno do comandante dos Monitores Misteriosos, aquele ser que preside ao Colégio dos Ajustadores Personalizados, em Divinington. Em todas as interconexões dos Sete Espíritos Mestres, é sempre o Espírito Mestre Número Um que fala pelo Pai Universal.

16:3:3 1867 Esse Espírito preside ao primeiro superuniverso e, se bem que exiba infalivelmente a natureza divina de uma personalização primeira do Espírito Infinito, parece assemelhar-se mais especialmente ao Pai Universal, pelo seu caráter. Ele está sempre em ligação pessoal com os sete Espíritos Refletivos na sede central do primeiro superuniverso.

16:3:4 1871 O Espírito Mestre Número Dois. Este Espírito retrata adequadamente a natureza incomparável e o caráter encantador do Filho Eterno, o primogênito de toda a criação. Ele está sempre em ligação estreita com todas as ordens de Filhos de Deus, sempre que acontece estarem no universo de residência, como indivíduos, ou em conclaves jubilosos. Em todas as reuniões dos Sete Espíritos Mestres, ele sempre fala pelo Filho Eterno e em nome Dele.

16:3:5 1872 Esse Espírito dirige os destinos do superuniverso número dois, e rege esse vasto domínio, tal como o faria o Filho Eterno. Ele está sempre em ligação com os sete Espíritos Refletivos, situados na capital do segundo superuniverso.

16:3:6 1873 O Espírito Mestre Número Três. A personalidade deste Espírito assemelha-se especialmente à do Espírito Infinito, e ele dirige os movimentos e o trabalho de muitas dentre as altas personalidades do Espírito Infinito. Ele preside às suas reuniões e está ligado estreitamente a todas as personalidades que têm origem exclusiva na Terceira Fonte e Centro. Quando os Sete Espíritos Mestres estão em conselho, é o Espírito Mestre Número Três que sempre fala pelo Espírito Infinito.

16:3:7 1874 Esse Espírito está encarregado do superuniverso de número três, e administra os assuntos desse segmento, tal como o faria o Espírito Infinito. Ele está sempre em ligação com os Espíritos Refletivos na sede central do terceiro superuniverso.

16:3:8 1875 O Espírito Mestre Número Quatro. Ao compartilhar das naturezas combinadas do Pai e do Filho, este Espírito Mestre é a influência determinante no que se relaciona às políticas e aos procedimentos Pai-Filho, nos conselhos dos Sete Espíritos Mestres. Este Espírito é o diretor supremo e conselheiro daqueles seres ascendentes que alcançaram o Espírito Infinito, tendo-se tornado, assim, candidatos a ver o Filho e o Pai. Ele dá fomento àquele grupo enorme de personalidades que têm origem no Pai-e-Filho. Quando se torna necessário representar Pai e Filho na associação dos Sete Espíritos Mestres, é sempre o Espírito Mestre Número Quatro quem fala.

16:3:9 1876 Esse Espírito estimula o quarto segmento do grande universo, de acordo com o conjunto peculiar dos seus atributos do Pai Universal e Filho Eterno. Ele está sempre em ligação pessoal com os Espíritos Refletivos da sede central do quarto superuniverso.

16:3:10 1877 O Espírito Mestre Número Cinco. Esta personalidade divina, que combina tão refinadamente o caráter do Pai Universal e do Espírito Infinito, é o conselheiro daquele enorme grupo de seres conhecidos como os diretores de potência, os centros de potência e os controladores físicos. Este Espírito também fomenta e incentiva todas as personalidades que têm origem no Pai e no Agente Conjunto. Nos conselhos dos Sete Espíritos Mestres, quando a atitude de Pai-e-Espírito está em questão, é sempre o Espírito Mestre Número Cinco que tem a palavra.

16:3:11 1878 Esse Espírito dirige o bem-estar do quinto superuniverso, de um modo tal que sugere a ação combinada do Pai Universal e do Espírito Infinito. Ele está sempre em ligação com os Espíritos Refletivos na sede central do quinto superuniverso.

16:3:12 1879 O Espírito Mestre Número Seis. Este ser divino parece retratar o caráter combinado do Filho Eterno e do Espírito Infinito. Quando as criaturas criadas conjuntamente pelo Filho e pelo Espírito congregam-se no universo central, é este Espírito Mestre o seu conselheiro; e quando, nos conselhos dos Sete Espíritos Mestres, se torna necessário falar conjuntamente pelo Filho Eterno-e-Espírito Infinito, é o Espírito Mestre Número Seis que responde.

16:3:13 1881 Esse espírito dirige os assuntos do sexto superuniverso, tal como o fariam o Filho Eterno e o Espírito Infinito. Ele está sempre em ligação com os Espíritos Refletivos na sede central do sexto superuniverso.

16:3:14 1882 O Espírito Mestre Número Sete. O Espírito que preside ao sétimo superuniverso é um retrato único, sem igual, do Pai Universal, do Filho Eterno e do Espírito Infinito. O Sétimo Espírito conselheiro, que incentiva e ampara todos os seres de origem trina, é também o assessor e diretor de todos os peregrinos ascendentes de Havona, esses seres inferiores que alcançaram as cortes da glória mediante o ministério combinado do Pai, do Filho e do Espírito.

16:3:15 1883 O Sétimo Espírito Mestre não é organicamente representante da Trindade do Paraíso; mas é fato conhecido que a sua natureza pessoal e espiritual seja o retrato do Agente Conjunto, nas mesmas proporções das três pessoas infinitas, cuja união de Deidade é a Trindade do Paraíso, e cuja função, como tal, é a fonte da natureza pessoal e espiritual de Deus, o Supremo. Por isso, o Sétimo Espírito Mestre revela uma relação pessoal e orgânica com a pessoa espiritual do Supremo em evolução. Portanto, nos altos conselhos dos Espíritos Mestres, quando se torna necessário votar em nome da atitude pessoal combinada de Pai-Filho-e-Espírito, ou descrever a atitude espiritual do Ser Supremo, é o Espírito Mestre Número Sete quem atua. Assim, ele torna-se inerentemente aquele que preside ao conselho, no Paraíso, dos Sete Espíritos Mestres.

16:3:16 1884 Nenhum dos Sete Espíritos Mestres é organicamente representativo da Trindade do Paraíso, mas, quando eles se unem como uma Deidade sétupla, essa união, no sentido da Deidade – não num sentido pessoal –, equivale a um nível funcional comparável às funções da Trindade. Nesse sentido, o “Espírito Sétuplo” é funcionalmente comparável à Trindade do Paraíso. É também nesse sentido que o Espírito Mestre Número Sete, algumas vezes, fala em confirmação das atitudes da Trindade ou, antes, atua como porta-voz da atitude de união dos Sete Espíritos, no que diz respeito à atitude da união-tríplice-da-Deidade, ou seja, à atitude da Trindade do Paraíso.

16:3:17 1885 As funções múltiplas dos Sete Espíritos Mestres abrangem, assim, desde um retrato combinado das naturezas pessoais do Pai, do Filho e do Espírito, passando pela representação da atitude pessoal de Deus, o Supremo, até uma revelação da atitude de deidade da Trindade do Paraíso. E, sob alguns aspectos, esse Espírito que preside, semelhantemente, exprime as atitudes do Último e do Supremo-Último.

16:3:18 1886 É o Espírito Mestre Número Sete quem promove, pessoalmente, por meio das suas múltiplas capacidades, o progresso dos candidatos à ascensão, dos mundos do tempo, nas suas tentativas de alcançar a compreensão da Deidade indivisa da Supremacia. Tal compreensão envolve a apreensão da soberania existencial da Trindade da Supremacia, assim coordenada com um conceito da soberania experiencial crescente do Ser Supremo, para constituir a apreensão que a criatura tem da unidade da Supremacia. A compreensão desses três fatores da parte da criatura equivale à compreensão que se tem, em Havona, da realidade da Trindade; e dota os peregrinos do tempo com a capacidade final de penetrar a Trindade, de descobrir as três pessoas infinitas da Deidade.

16:3:19 1887 A incapacidade que os peregrinos de Havona têm de encontrar plenamente a Deus, o Supremo, é compensada pelo Sétimo Espírito Mestre, cuja natureza trina é, de uma maneira peculiar, reveladora da pessoa espiritual do Supremo. Durante a presente idade do universo, de não-contatabilidade da pessoa do Supremo, o Espírito Mestre Número Sete funciona no lugar do Deus das criaturas ascendentes, para as questões de relacionamentos pessoais. Ele é o elevado ser espiritual a quem todos os ascendentes estão certos de reconhecer e, de um certo modo, compreender, quando alcançarem os centros da glória.

16:3:20 1891 Esse Espírito Mestre está sempre em ligação com os Espíritos Refletivos de Uversa, a sede central do sétimo superuniverso, o nosso próprio segmento da criação. A sua administração de Orvonton revela a simetria maravilhosa da combinação coordenada das naturezas divinas do Pai, do Filho e do Espírito.

4. ATRIBUTOS E FUNÇÕES DOS ESPÍRITOS MESTRES


16:4:1 1892 Os Sete Espíritos Mestres são a plena representação do Espírito Infinito, para os universos evolucionários. Eles representam a Terceira Fonte e Centro, nas relações de energia, mente e espírito. Se bem que funcionem como dirigentes coordenadores do controle administrativo universal do Agente Conjunto, não vos esqueçais de que eles têm a sua origem nos atos criadores das Deidades do Paraíso. É literalmente verdade que esses Sete Espíritos sejam o poder físico personalizado, a mente cósmica e a presença espiritual da Deidade trina, “os Sete Espíritos de Deus enviados a todo o universo”.

16:4:2 1893 Os Espíritos Mestres são únicos naquilo em que atuam, e funcionam em todos os níveis de realidade do universo, excetuando-se o absoluto. Eles são, portanto, supervisores eficientes e perfeitos de todas as fases de assuntos administrativos, em todos os níveis de atividades dos superuniversos. É difícil, para a mente mortal, compreender bem tudo sobre os Espíritos Mestres, porque o trabalho deles é tão altamente especializado e ainda tão abrangente de tudo, tão excepcionalmente material e, ao mesmo tempo, tão refinadamente espiritual. Esses criadores versáteis da mente cósmica são os ancestrais dos Diretores do Poder no Universo e são, eles próprios, os diretores supremos da vasta e variada criação de criaturas espirituais.

16:4:3 1894 Os Sete Espíritos Mestres são os criadores dos Diretores do Poder no Universo e dos seus colaboradores, entidades indispensáveis para a organização, o controle e a regulagem das energias físicas do grande universo. E esses mesmos Espíritos Mestres, de um modo muito material, assistem os Filhos Criadores no trabalho de formar e de organizar os universos locais.

16:4:4 1895 Nós não somos capazes de estabelecer nenhuma conexão pessoal entre o trabalho dos Espíritos Mestres e a energia cósmica e as funções de força do Absoluto Inqualificável. As manifestações de energia, sob a jurisdição dos Espíritos Mestres, são todas dirigidas a partir da periferia do Paraíso; elas não parecem, de nenhum modo direto, estar associadas aos fenômenos de força identificados com a superfície inferior do Paraíso.

16:4:5 1896 Inquestionavelmente, quando encontramos as atividades funcionais dos vários Supervisores do Poder Moroncial, estamos face a face com alguma das atividades não reveladas dos Espíritos Mestres. Quem, a não ser esses ancestrais, tanto dos controladores físicos, quanto dos ministros espirituais, poderia haver conseguido combinar e associar as energias materiais e espirituais de modo a produzir uma fase, até este momento inexistente, da realidade do universo – a substância moroncial e a mente moroncial?

16:4:6 1897 Grande parte da realidade dos mundos espirituais é da ordem moroncial, uma fase da realidade do universo inteiramente desconhecida em Urântia. A meta da existência da personalidade é espiritual, mas as criações moronciais sempre se interpõem, perfazendo a ponte sobre o vazio existente entre os reinos materiais de origem mortal e as esferas do superuniverso de status espiritual avançado. É nesse âmbito que os Espíritos Mestres dão a sua grande contribuição ao plano da ascensão do homem ao Paraíso.

16:4:7 1901 Os Sete Espíritos Mestres têm representantes pessoais que funcionam por todo o grande universo; mas, como uma grande maioria desses seres subordinados não está diretamente ligada ao esquema ascendente de progressão mortal, na trajetória do perfeccionamento até o Paraíso, pouco ou nada foi revelado sobre eles. Grande parte, bastante grande mesmo, da atividade dos Sete Espíritos Mestres, permanece oculta ao entendimento humano, porque não pertence, de modo algum, diretamente à vossa questão de ascensão ao Paraíso.

16:4:8 1902 É altamente provável, embora não possamos apresentar prova definida disso, que o Espírito Mestre de Orvonton exerça uma influência decisiva nas esferas de atividade relacionadas a seguir.

16:4:9 1903 1. Os procedimentos dos Portadores da Vida do universo local para a iniciação da vida.

16:4:10 1904 2. As ativações da vida dos espíritos ajudantes da mente, que o Espírito Criativo Materno de um universo local outorga aos mundos.

16:4:11 1905 3. As flutuações nas manifestações de energia, encontradas nas unidades de matéria organizada, sensíveis à gravidade linear.

16:4:12 1906 4. O comportamento da energia emergente, quando plenamente liberada da atração do Absoluto Inqualificável, tornando-se, assim, sensível à influência direta da gravidade linear e às manipulações dos Diretores de Potência do Universo e dos seus colaboradores.

16:4:13 1907 5. A dotação do espírito ministrador de um Espírito Criativo feminino de um universo local, conhecido em Urântia como o Espírito Santo.

16:4:14 1908 6. A dotação subseqüente do espírito dos Filhos auto-outorgados, conhecido em Urântia como o Confortador ou o Espírito da Verdade.

16:4:15 1909 7. O mecanismo da refletividade dos universos locais e do superuniverso. Muitas das características ligadas a esse fenômeno extraordinário dificilmente podem ser explicadas, de modo razoável, ou racionalmente compreendidas, sem que se postule a atividade dos Espíritos Mestres, em colaboração com o Agente Conjunto e o Ser Supremo.

16:4:16 19010 Não obstante a nossa incapacidade de compreender adequadamente a atuação múltipla dos Sete Espíritos Mestres, estamos certos de haver dois domínios, na vasta gama de atividades no universo, dos quais eles em nada participam: da outorga e ministério dos Ajustadores do Pensamento e das inescrutáveis funções do Absoluto Inqualificável.

5. A RELAÇÃO COM AS CRIATURAS


16:5:1 19011 Cada segmento do grande universo, cada universo individual e cada mundo, embora goze dos benefícios do conselho unido e da sabedoria de todos os Sete Espíritos Mestres, recebe a nuance e o toque pessoal de apenas um deles. E a natureza pessoal de cada Espírito Mestre permeia plenamente e condiciona singularmente o seu superuniverso.

16:5:2 19012 Por meio dessa influência pessoal dos Sete Espíritos Mestres, todas as criaturas, de todas as ordens de seres inteligentes, fora do Paraíso e de Havona, devem trazer a estampa característica da individualidade indicativa da natureza ancestral de um desses Sete Espíritos do Paraíso. No que concerne aos sete superuniversos, cada criatura nativa, homem ou anjo, para sempre, irá trazer essa marca de identificação natal.

16:5:3 1911 Os Sete Espíritos Mestres não invadem diretamente as mentes materiais das criaturas individuais, nos mundos evolucionários do espaço. Os mortais de Urântia não experimentam a presença pessoal da influência espiritual-mental do Espírito Mestre de Orvonton. Se esse Espírito Mestre efetivamente realizar qualquer espécie de contato com a mente individual mortal, durante as idades evolucionárias ancestrais, de um mundo habitado, esse contato deve ocorrer por intermédio da ministração do Espírito Criativo feminino do universo local, a colaboradora e consorte do Filho Criador de Deus, que preside aos destinos de cada criação local. Mas esse mesmo Espírito Criativo Materno é, por natureza e por caráter, exatamente como o Espírito Mestre de Orvonton.

16:5:4 1912 O padrão físico de um Espírito Mestre é parte da origem material do homem. Toda a carreira moroncial é vivida sob a contínua influência desse mesmo Espírito Mestre. Não chega a ser estranho que a carreira espiritual subseqüente, de um mortal ascendente, nunca erradique inteiramente a marca característica desse mesmo espírito supervisor. A aura impressa por um Espírito Mestre é básica para a existência própria de cada estágio pré-havonal da ascensão mortal.

16:5:5 1913 As tendências que distinguem a personalidade, exibidas na experiência de vida dos mortais evolucionários, as quais são características de cada superuniverso e exprimem diretamente a natureza do Espírito Mestre dominante, nunca são totalmente apagadas, nem mesmo após tais seres ascendentes sujeitarem-se aos longos estudos, aperfeiçoamentos e às disciplinas unificadoras encontradas no bilhão de esferas educacionais de Havona. Mesmo a cultura intensa subseqüente do Paraíso não é suficiente para erradicar as marcas da origem superuniversal. Por toda a eternidade, um mortal ascendente trará as características indicativas do Espírito que preside ao seu superuniverso de nascimento. Mesmo no Corpo de Finalidade, quando é desejável à criação evolucionária chegar a uma relação completa com a Trindade, ou retratá-la, sempre se reúne um grupo de sete finalitores, um de cada superuniverso.

6. THE COSMIC MIND




16:6:1 1914 Os Espíritos Mestres são a fonte sétupla da mente cósmica, o potencial intelectual do grande universo. Essa mente cósmica é uma manifestação subabsoluta da mente da Terceira Fonte e Centro e, de certo modo, está relacionada funcionalmente à mente do Ser Supremo em evolução.

16:6:2 1915 Num mundo como Urântia, nós não encontramos a influência direta dos Sete Espíritos Mestres nos assuntos das raças humanas. Vós viveis sob a influência imediata do Espírito Criativo de Nebadon. No entanto, esses mesmos Espíritos Mestres dominam as reações básicas de todas as mentes das criaturas, porque eles são as fontes reais dos potenciais intelectuais e espirituais que se especializaram, nos universos locais, para funcionar na vida daqueles indivíduos que habitam os mundos evolucionários do tempo e do espaço.

16:6:3 1916 O fato da existência da mente cósmica explica a afinidade entre vários tipos de mentes humanas e supra-humanas. Não apenas os espíritos afins atraem-se entre si, mas as mentes semelhantes também são muito fraternais, e inclinadas à cooperação umas com as outras. As mentes humanas, algumas vezes, são observadas funcionando em canais de similaridade surpreendente e em uma sintonia inexplicável.

16:6:4 1917 Existe, em todas as associações de personalidades da mente cósmica, uma qualidade que poderia ser denominada de “resposta à realidade”. É essa dotação cósmica universal das criaturas dotadas de vontade que as salva de se tornarem vítimas passivas das suposições a priori da ciência, da filosofia e da religião. Essa sensibilidade à realidade da mente cósmica responde a certas fases da realidade, exatamente como a matéria-energia responde à gravidade. Seria mais correto dizer que essas realidades supramateriais respondem desse modo à mente do cosmo.

16:6:5 1921 A mente cósmica infalivelmente responde (reconhece a resposta) em três níveis da realidade do universo. Essas respostas são auto-evidentes para as mentes de raciocínio claro e pensamento profundo. Esses níveis de realidade são:

16:6:6 1922 1. A Causação – o domínio da realidade dos sentidos físicos; o âmbito científico da uniformidade lógica; a diferenciação do factual e do não-factual; as conclusões refletivas baseadas na resposta cósmica. Esta é a forma matemática da discriminação cósmica.

16:6:7 1923 2. O Dever – o domínio da realidade da moral, no âmbito filosófico; a arena da razão, o reconhecimento do bem e do mal relativos. Esta é a forma judicial da discriminação cósmica.

16:6:8 1924 3. A Adoração – o domínio espiritual da realidade da experiência religiosa; a realização pessoal da fraternidade divina; o reconhecimento dos valores espirituais; a certeza da sobrevivência eterna; a ascensão desde o status de servos de Deus até o júbilo e a liberdade de filhos de Deus. Este é o discernimento interior mais elevado da mente cósmica, a forma de reverência e adoração da discriminação cósmica.

16:6:9 1925 Esses discernimentos científicos, morais e espirituais, essas respostas cósmicas são inatas à mente cósmica que dota todas as criaturas volitivas. A experiência de viver nunca falha em desenvolver essas três intuições cósmicas; elas constituem a base da autoconsciência do pensamento reflexivo. Mas é triste registrar que tão poucas pessoas em Urântia têm prazer em cultivar as qualidades de um pensamento cósmico corajoso e independente.

16:6:10 1926 Nas outorgas da mente ao universo local, esses três discernimentos da mente cósmica constituem as premissas apriorísticas que tornam possível ao homem funcionar como uma personalidade racional e autoconsciente nos domínios da ciência, da filosofia e da religião. Colocado de outro modo: o reconhecimento da realidade dessas três manifestações do Infinito dá-se por uma técnica cósmica de auto-revelação. A energia-matéria é reconhecida pela lógica matemática dos sentidos; a razão-mente intuitivamente sabe o seu dever moral; a fé-espírito (a adoração) é a religião da realidade da experiência espiritual. Esses três fatores básicos do pensamento reflexivo podem ser unificados e coordenados no desenvolvimento da personalidade, ou podem tornar-se desproporcionais e virtualmente não relacionados nas suas respectivas funções. Todavia, quando se tornam unificados, eles produzem um caráter forte, que consiste na correlação com uma ciência factual, uma filosofia moral e uma experiência religiosa genuínas. E são essas três intuições cósmicas que conferem validade objetiva e realidade à experiência humana, nas coisas, significados e valores, e, com as coisas, os significados e os valores.

16:6:11 1927 O propósito da educação é desenvolver e tornar mais aguçados esses dons inatos da mente humana; o da civilização é expressá-los; o da experiência da vida é compreendê-los; o da religião é enobrecê-los; e o da personalidade é unificá-los.

7. MORAL, VIRTUDE E PERSONALIDADE


16:7:1 1928 A inteligência, por si só, não pode explicar a natureza moral. A moralidade, ou a virtude, é inerente à natureza humana. A intuição moral, ou a compreensão do dever, é um componente dos dons da mente humana, e está associada aos outros elementos inalienáveis da natureza humana: a curiosidade científica e o discernimento espiritual. A mentalidade do homem em muito transcende a dos seus primos animais, mas são as suas naturezas moral e religiosa que especialmente o distinguem do mundo animal.

16:7:2 1931 A resposta seletiva de um animal é limitada ao nível motor de comportamento. O discernimento suposto dos animais mais elevados está em um nível motor e, comumente, surge apenas depois da passagem por experiências e erros motores. O homem é capaz de exercer o discernimento científico, moral e espiritual, antes de qualquer exploração ou experimentação.

16:7:3 1932 Apenas uma personalidade pode saber o que está fazendo, antes de fazê-lo; apenas as personalidades possuem o discernimento, antes da experiência. Uma personalidade pode observar antes de saltar e, portanto, pode aprender tanto olhando quanto saltando. O animal sem personalidade em geral aprende, apenas, saltando.

16:7:4 1933 Como resultado da experiência, um animal torna-se capaz de examinar os modos diferentes de atingir um objetivo e de selecionar um enfoque baseado na experiência acumulada. Mas uma personalidade pode também examinar o objetivo, em si mesmo, e julgar se vale a pena avaliar o seu valor. Apenas a inteligência pode discriminar quanto aos melhores meios de atingir fins indiscriminados, mas um ser moral possui um discernimento interior que o capacita a discriminar entre os fins, assim como entre os meios. E um ser moral, ao escolher a virtude, está sendo não menos inteligente. Ele sabe o que está fazendo, por que o está fazendo, para onde está indo e como irá chegar lá.

16:7:5 1934 Quando o homem deixa de discernir os fins das suas lutas mortais, ele se vê funcionando no nível animal de existência. Ele terá falhado na sua avaliação de si próprio, das vantagens superiores dessa capacidade material de agudeza, de discernimento moral e visão espiritual, que são uma parte integrante da dotação de mente-cósmica que recebeu como ser pessoal.

16:7:6 1935 A virtude é retidão – conformidade com o cosmo. Dar nomes às virtudes não é defini-las; vivê-las, no entanto, é conhecê-las. A virtude não é mero conhecimento, nem mesmo sabedoria, mas é, antes, realidade de experiência progressiva no alcançar de níveis ascendentes de realização cósmica. No dia-a-dia da vida do homem mortal, a virtude é realizada por preferência consistente do bem ao mal, e tal capacidade de escolha é a evidência da posse de uma natureza moral.

16:7:7 1936 A escolha feita pelo homem, entre o bem e o mal, é influenciada não apenas pela acuidade da sua natureza moral, mas também por forças, tais como a ignorância, imaturidade e ilusão. Um certo senso de proporção também está envolvido no exercício da virtude, porque o mal pode ser perpetrado quando o menor é preferido ao maior, em conseqüência de distorção ou engano. A arte de estimar relativamente, ou de medida comparativa, entra na prática das virtudes do âmbito moral.

16:7:8 1937 A natureza moral do homem seria impotente sem a arte da medida, da discriminação incorporada à sua capacidade de escrutinar os significados. Do mesmo modo, a escolha moral seria mera futilidade, sem aquela clarividência cósmica que produz a consciência dos valores espirituais. Do ponto de vista da inteligência, o homem ascende ao nível de ser moral porque ele é dotado de personalidade.

16:7:9 1938 A moralidade nunca pode ser promovida pela lei nem pela força. É uma questão da personalidade e do livre-arbítrio, e deve ser disseminada pelo contágio, do contato das pessoas moralmente atraentes com aquelas que são menos responsáveis moralmente, mas que, em alguma medida, também estão desejosas de cumprir a vontade do Pai.

16:7:10 1939 Os atos morais são as atuações humanas caracterizadas pela mais elevada inteligência, dirigidas pela discriminação seletiva na escolha dos fins superiores, bem como na seleção dos meios morais para atingir esses fins. Tal conduta é virtuosa. A suprema virtude, então, será escolher, de todo o coração, cumprir a vontade do Pai nos céus.

8. A PERSONALIDADE EM URÂNTIA


16:8:1 1941 O Pai Universal concede personalidade a inúmeras ordens de seres que funcionam em diversos níveis de realidade no universo. Os seres humanos de Urântia são dotados com a personalidade do tipo mortal-finito, funcionando no nível de filhos ascendentes de Deus.

16:8:2 1942 Embora dificilmente possamos conseguir definir personalidade, podemos tentar descrever a nossa compreensão dos fatores conhecidos que irão constituir o conjunto das energias materiais, mentais e espirituais, cuja interassociação constitui o mecanismo pelo qual, no qual e através do qual, o Pai Universal leva a sua outorga da personalidade a funcionar.

16:8:3 1943 A personalidade é um dom único, de natureza original, cuja existência antecede a outorga do Ajustador do Pensamento e independe desta. No entanto, a presença do Ajustador, sem dúvida, aumenta a manifestação qualitativa da personalidade. Os Ajustadores do Pensamento são idênticos em natureza quando advêm do Pai; mas a personalidade é diversa, original e exclusiva. E, além disso, a manifestação da personalidade é condicionada e qualificada pela natureza e pelas qualidades das energias de natureza material, mental e espiritual, associadas a ela, que constituem o veículo do organismo para a manifestação da personalidade.

16:8:4 1944 As personalidades podem ser semelhantes, mas nunca são iguais. Pessoas de dada série, tipo, ordem ou arquétipo podem parecer-se umas com as outras, e de fato se parecem, mas nunca são idênticas. A personalidade é aquele aspecto que nós conhecemos de um indivíduo, e que nos capacita a identificar esse ser, em qualquer tempo futuro, a despeito da natureza e da extensão das mudanças na sua forma, na sua mente, ou no seu status espiritual. A personalidade é aquela parte de qualquer indivíduo que nos capacita a reconhecer e a identificar, com segurança, aquela pessoa, como sendo a que era por nós conhecida anteriormente, não importa quanto ela tenha mudado, por causa das modificações do veículo de expressão e da manifestação da sua personalidade.

16:8:5 1945 A personalidade, na criatura, é caracterizada por dois fenômenos automanifestados e característicos, de comportamento reativo dos seres mortais: a autoconsciência e, interassociado a esta, um relativo livre-arbítrio.

16:8:6 1946 A autoconsciência consiste no discernimento intelectual da realidade da personalidade; e inclui a capacidade para reconhecer a realidade de outras personalidades. Indica uma capacidade individualizada, para a experiência, dentro das realidades cósmicas e com elas, equivalendo à realização do status de identidade nos relacionamentos da personalidade no universo. A autoconsciência denota o reconhecimento da realidade da ministração da mente e a compreensão da independência relativa do livre-arbítrio criativo e determinativo.

16:8:7 1947 O livre-arbítrio relativo, que caracteriza a autoconsciência da personalidade humana, está envolvido:

1948 1. Na decisão moral, a sabedoria superior.

1949 2. Na escolha espiritual, o discernimento da verdade.

19410 3. No amor altruísta, o serviço fraterno.

19411 4. Na cooperação voluntária, a lealdade grupal.

19412 5. No discernimento cósmico, a apreensão dos significados no universo.

19413 6. Na dedicação da personalidade, a devoção de fazer a vontade do Pai, com todo o coração.

1951 7. Na adoração, a busca sincera dos valores divinos e o amor irrestrito ao divino Doador dos Valores.

16:8:8 1952 O tipo de personalidade humana de Urântia pode ser considerado como funcionando em um mecanismo físico que consiste na modificação planetária do tipo nebadônico de organismo, o qual pertence à ordem eletroquímica de ativação de vida dotada com a ordem nebadônica, da série orvontônica, de mente cósmica, de modelo reprodutivo parental. A outorga da dádiva divina da personalidade a esse mecanismo mortal dotado de mente confere-lhe a dignidade de cidadania cósmica e capacita essa criatura mortal, daí por diante, a tornar-se sensível ao reconhecimento daquilo que constitui as três realidades básicas da mente do cosmo:

1953 1. O reconhecimento matemático ou lógico da uniformidade da causação física.

1954 2. O reconhecimento, pela razão, da obrigação de conduzir-se moralmente.

1955 3. O entendimento-fé da adoração fraterna da Deidade, aliado ao serviço amoroso à humanidade.

16:8:9 1956 A plena função de um dom de personalidade como esse é o início da compreensão do parentesco com a Deidade. Um eu como esse, residido por um fragmento de Deus, o Pai, em verdade, e de fato, é um filho espiritual de Deus. Uma criatura como essa, não apenas revela capacidade para a recepção do dom da divina presença, mas também exibe resposta reativa ao circuito de gravidade da personalidade do Pai, no Paraíso, de todas as personalidades.

9. A REALIDADE DA CONSCIÊNCIA HUMANA


16:9:1 1957 A criatura pessoal, dotada de mente-cósmica e residida pelo Ajustador, possui um reconhecimento e uma compreensão inatos da realidade da energia, da realidade da mente e da realidade do espírito. A criatura volitiva está, assim, equipada para discernir o fato, a lei e o amor de Deus. À parte essas três prerrogativas inalienáveis da consciência humana, toda experiência humana é realmente subjetiva, exceto a compreensão intuitiva da validade ligada à unificação dessas três respostas das realidades do universo, em reconhecimento cósmico.

16:9:2 1958 O mortal que discerne a Deus é capaz de perceber o valor de unificação dessas três qualidades cósmicas na evolução da alma que sobrevive, e essa evolução é a façanha suprema do homem enquanto permanece no tabernáculo físico: o feito de que a mente moral colabora com o espírito divino que reside nela, para a dualização da alma imortal. Desde a sua incipiência mais inicial, a alma é real, e traz em si as qualidades cósmicas da sobrevivência.

16:9:3 1959 Se o homem mortal não tem êxito em sobreviver à morte natural, os valores espirituais reais da sua experiência humana sobrevivem como uma parte da experiência, que continua, do Ajustador do Pensamento. Os valores da personalidade desse não-sobrevivente subsistem como um fator na personalidade do Ser Supremo que está em factualização. Essas qualidades da personalidade, que sobrevivem, ficam despojadas de identidade, mas não dos valores experienciais acumulados durante a vida mortal na carne. A sobrevivência da identidade depende da sobrevivência da alma imortal, de status moroncial, cujo valor divino é crescente. A identidade da personalidade sobrevive por meio da sobrevivência da alma e na própria alma.

16:9:4 19510 A autoconsciência humana implica o reconhecimento da realidade de outros eus, que não o eu consciente, e implica, ulteriormente, que tal consciência seja mútua; que o eu seja conhecido, tanto quanto conhece. Isto é mostrado de uma maneira puramente humana na vida social do homem. Contudo, vós não podeis estar tão absolutamente certos da realidade do ser de um semelhante, tanto quanto da realidade da presença de Deus, que vive dentro de vós. A consciência social não é inalienável, como o é a consciência de Deus; é um desenvolvimento cultural e depende de conhecimento, de símbolos e das contribuições dos dons que constituem o homem – ciência, moralidade e religião. E essas dádivas cósmicas, quando socializadas, constituem a civilização.

16:9:5 1961 As civilizações são instáveis, porque não são cósmicas; não são inatas nos indivíduos das raças. Elas devem ser nutridas pelas contribuições combinadas dos fatores constituintes do homem – ciência, moralidade e religião. As civilizações vêm e vão, mas a ciência, a moralidade e a religião sempre sobrevivem à destruição.

16:9:6 1962 Jesus não apenas revelou Deus ao homem, mas também fez uma nova revelação do homem a si mesmo e aos outros homens. Na vida de Jesus, podeis ver o homem na sua forma mais elevada. O homem torna-se, assim, maravilhosamente real, pois Jesus teve tanto de Deus, na sua vida, e a compreensão (o reconhecimento) de Deus é inalienável e é parte constituinte de todos os homens.

16:9:7 1963 O altruísmo, exceto o do instinto paternal, não é de todo natural; ao próximo não se ama naturalmente, nem se serve socialmente. São necessários o esclarecimento da razão, a moralidade e o estímulo da religião, a consciência de Deus, para gerar uma ordem social não-egotista e altruísta. A própria consciência da personalidade no homem, a autoconsciência, depende também diretamente desse fato, da inata consciência do outro, essa capacidade inata de reconhecer e de apreender a realidade de uma outra personalidade, desde a humana até a divina.

16:9:8 1964 A consciência social não egotista deve ser, na sua base, uma consciência religiosa; isto é, se quiser ser objetiva; se assim não for, será uma abstração filosófica puramente subjetiva e, conseqüentemente, desprovida de amor. Apenas um indivíduo consciente de Deus pode amar a uma outra pessoa, como ama a si próprio.

16:9:9 1965 A consciência de si é, em essência, uma consciência comum a todos: Deus e o homem, o Pai e o filho, o Criador e a criatura. Na autoconsciência humana, quatro compreensões da factualidade do universo são inerentes e latentes:

1966 1. A busca do conhecimento; a lógica da ciência.

1967 2. A busca dos valores morais; o senso do dever.

1968 3. A busca dos valores espirituais; a experiência religiosa.

1969 4. A busca dos valores da personalidade; a capacidade de reconhecer a realidade de Deus como uma personalidade, e a compreensão simultânea da nossa relação fraternal com as personalidades dos seres irmanados.

16:9:10 19610 Vós vos tornais conscientes do homem, como vosso irmão-criatura, porque vós sois já conscientes de Deus, como vosso Pai Criador. A paternidade é a relação a partir da qual nós induzimos o reconhecimento da irmandade. E a paternidade torna-se, ou pode tornar-se, uma realidade universal para todas as criaturas morais, porque o próprio Pai concedeu personalidade a todos esses seres, e os conectou por meio da atração exercida pelo circuito universal da personalidade. Nós adoramos a Deus, primeiro porque Ele é; e então porque Ele é em nós e, finalmente, porque nós somos Nele.

16:9:11 19611 Como poderia ser estranho, então, que a mente cósmica fosse autoconscientemente sabedora da sua própria fonte, a mente infinita do Espírito Infinito, e ao mesmo tempo consciente da realidade física dos múltiplos universos, da realidade espiritual do Filho Eterno, e da realidade da personalidade do Pai Universal?

16:9:12 19612 [Auspiciado por um Censor Universal de Uversa.]

DOCUMENTO 17

OS SETE GRUPOS DE ESPÍRITOS SUPREMOS
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Os sete grupos de Espíritos Supremos são os diretores coordenadores universais da administração dos sete segmentos do grande universo. Embora todos se classifiquem na família funcional do Espírito Infinito, os três grupos seguintes são usualmente classificados como filhos da Trindade do Paraíso:

1972 1. Os Sete Espíritos Mestres.

1973 2. Os Sete Executivos Supremos.

1974 3. Os Espíritos Refletivos.

17:0:2 1975 Os quatro grupos remanescentes são trazidos à existência por atos criadores do Espírito Infinito ou dos seus coligados de status criador:

1976 4. Os Auxiliares Refletivos de Imagens.

1977 5. Os Sete Espíritos dos Circuitos.

1978 6. Os Espíritos Criativos dos Universos Locais.

1979 7. Os Espíritos Ajudantes da Mente.

17:0:3 19710 Essas sete ordens são conhecidas, em Uversa, como os sete grupos de Espíritos Supremos. O seu domínio funcional estende-se desde a presença pessoal dos Sete Espíritos Mestres, na periferia da Ilha Eterna, passando pelos sete satélites do Espírito, no Paraíso, pelos circuitos de Havona, pelos governos dos superuniversos e pela administração e a supervisão dos universos locais, e indo, mesmo, até os serviços menos elevados dos ajudantes concedidos aos reinos da mente evolucionária, nos mundos do tempo e do espaço.

17:0:4 19711 Os Sete Espíritos Mestres são os diretores coordenadores desse vasto domínio administrativo. Em algumas questões pertinentes à regulamentação administrativa do poder físico organizado, da energia mental e do ministério impessoal do espírito, eles atuam, pessoal e diretamente; e em outras, eles atuam por meio dos seus colaboradores multivariados. Para todas as questões de natureza executiva ? os ditames, as regulamentações, os ajustamentos e as decisões administrativas ?? os Espíritos Mestres atuam por intermédio das pessoas dos Sete Executivos Supremos. No universo central, os Espíritos Mestres podem atuar por meio dos Sete Espíritos dos Circuitos de Havona; nas sedes centrais dos sete superuniversos, eles revelam-se pelo canal dos Espíritos Refletivos e atuam por intermédio das pessoas dos Anciães dos Dias, com quem eles estão em comunicação pessoal, por meio dos Auxiliares Refletivos de Imagem.

17:0:5 19712 Os Sete Espíritos Mestres não têm contato, pessoal e diretamente, com a administração dos universos, nos níveis abaixo dos tribunais dos Anciães dos Dias. O vosso universo local é administrado, como uma parte do nosso superuniverso, pelo Espírito Mestre de Orvonton; mas a função dele, em relação aos seres nativos de Nebadon, passa a ser imediatamente desempenhada e pessoalmente dirigida pelo Espírito Criativo Materno residente em Salvington, sede central do vosso universo local.

1. THE SEVEN SUPREME EXECUTIVES




17:1:1 1981 A sede central executiva dos Espíritos Mestres ocupa os sete satélites do Espírito Infinito no Paraíso, os quais giram em torno da Ilha Central, entre as esferas resplandecentes do Filho Eterno e o circuito mais interno de Havona. Essas esferas executivas estão sob a direção dos Executivos Supremos: um grupo de sete que foi trinitarizado pelo Pai, pelo Filho e pelo Espírito, segundo as especificações dos Sete Espíritos Mestres, para seres que possam funcionar como os seus representantes universais.

17:1:2 1982 Os Espíritos Mestres mantêm contato com as várias divisões dos governos do superuniverso, por intermédio desses Executivos Supremos. São sobretudo eles que determinam as tendências constituintes básicas dos sete superuniversos. Eles são uniforme e divinamente perfeitos, mas também possuem diversidade de personalidade. Eles não têm um superior permanente; cada vez que se reúnem escolhem um, dentre eles, para presidir ao conselho conjunto. Eles viajam ao Paraíso, periodicamente, para reunir-se em conselho com os Sete Espíritos Mestres.

17:1:3 1983 Os Sete Executivos Supremos atuam como coordenadores administrativos do grande universo; eles poderiam ser chamados de junta de diretores executivos da criação pós-Havona. Eles não se ocupam dos assuntos internos do Paraíso; e dirigem as suas esferas limitadas da atividade de Havona por intermédio dos Sete Espíritos dos Circuitos. Fora disso, há poucos limites para o âmbito da sua supervisão; eles engajam-se, física, intelectual e espiritualmente na direção das coisas; a tudo vêem, escutam tudo, sentem tudo e até sabem de tudo o que acontece nos sete universos e em Havona.

17:1:4 1984 Esses Executivos Supremos não dão origem a diretrizes, nem alteram os procedimentos nos universos; eles ocupam-se da execução dos planos da divindade, tais como promulgados pelos Sete Espíritos Mestres. E eles também não interferem com o governo dos Anciães dos Dias, nos superuniversos, nem com a soberania dos Filhos Criadores, nos universos locais. Eles são os executivos coordenadores cuja função é dar continuidade aos atos diretivos combinados de todos os soberanos devidamente constituídos no grande universo.

17:1:5 1985 Cada um dos executivos, bem como os recursos da sua esfera, são consagrados à administração eficiente de um único superuniverso. O Executivo Supremo Número Um, funcionando na esfera executiva de número um, ocupa-se totalmente com os assuntos do superuniverso número um; e assim por diante, até o Executivo Supremo Número Sete, que trabalha no sétimo satélite do Espírito, no Paraíso, devotando as suas energias à administração do sétimo superuniverso. O nome dessa sétima esfera é Orvonton, pois os satélites do Espírito, no Paraíso, têm o mesmo nome dos superuniversos aos quais se relacionam; na verdade, os superuniversos receberam os seus nomes de acordo com elas.

17:1:6 1986 Na esfera executiva do sétimo superuniverso, o pessoal encarregado de manter em ordem os assuntos de Orvonton atinge um número além da compreensão humana, abrangendo praticamente todas as ordens de inteligências celestes. Todos os serviços, no superuniverso, de despacho das personalidades (exceto o dos Espíritos Inspirados da Trindade e dos Ajustadores do Pensamento) passam por um desses sete mundos executivos, nas suas viagens pelos universos, de ida e vinda ao Paraíso, e neles são mantidos os registros centrais de todas as personalidades criadas pela Terceira Fonte e Centro, os quais funcionam nos superuniversos. O sistema dos arquivos materiais, moronciais e espirituais, em um desses mundos executivos do Espírito, assombra até os seres da minha ordem.

17:1:7 1991 Os subordinados imediatos dos Executivos Supremos consistem, principalmente, nos filhos trinitarizados das personalidades do Paraíso-Havona e da progênie trinitarizada dos mortais glorificados que se tenham graduado nos estudos e aperfeiçoamentos de longa duração, no esquema ascendente do tempo e do espaço. Esses filhos trinitarizados são designados para o serviço, com os Executivos Supremos, pelo dirigente do Conselho Supremo do Corpo de Finalidade do Paraíso.

17:1:8 1992 Cada Executivo Supremo tem dois gabinetes de conselheiros: os filhos do Espírito Infinito, na sede central de cada superuniverso, escolhem os representantes das suas fileiras para servirem, por um milênio, no gabinete consultivo primário do seu Executivo Supremo. Para todas as questões que afetam os mortais ascendentes do tempo, há um gabinete secundário, consistindo em mortais que alcançaram o Paraíso e filhos trinitarizados de mortais glorificados; este corpo é escolhido pelos seres em perfeccionamento e em ascensão, que, transitoriamente, habitam as sedes centrais dos sete superuniversos. Todos os outros dirigentes de assuntos são apontados pelos Executivos Supremos.

17:1:9 1993 De tempos em tempos, são realizados grandes conclaves nesses satélites do Espírito, no Paraíso. Os filhos trinitarizados designados para esses mundos, junto com os seres ascendentes que atingiram o Paraíso, congregam-se com as personalidades espirituais da Terceira Fonte e Centro, nas reuniões sobre as lutas e os triunfos da carreira ascendente. Os Executivos Supremos sempre presidem a essas reuniões fraternais.

17:1:10 1994 Uma vez, em cada milênio do Paraíso, os Sete Executivos Supremos deixam vagos os seus assentos de autoridade e vão ao Paraíso, onde têm o seu conclave milenar de saudação universal e de bons augúrios às hostes inteligentes da criação. Essa ocasião memorável tem lugar na presença direta de Majeston, o dirigente de todos os grupos refletivos do espírito. E assim, pois, eles são capazes de comunicar-se simultaneamente com todos os seus colaboradores associados, no grande universo, por meio da função singular da refletividade universal.

2. MAJESTON—CHIEF OF REFLECTIVITY




17:2:1 1995 Os Espíritos Refletivos têm origem divina na Trindade. Existem cinqüenta desses seres únicos e, de certo modo, misteriosos. Sete dessas personalidades extraordinárias foram criadas em um mesmo momento, e cada um dos episódios criadores delas foi efetivado por meio de um enlace da Trindade do Paraíso com um dos Sete Espíritos Mestres.

17:2:2 1996 Essas operações memoráveis, que ocorreram na aurora dos tempos, demonstram o esforço inicial das Personalidades Criadoras Supremas, representadas pelos Espíritos Mestres, para atuarem como co-criadoras com a Trindade do Paraíso. Essa união do poder criador dos Criadores Supremos com os potenciais criadores da Trindade é a fonte mesma da realidade do Ser Supremo. É por isso que, depois que o ciclo da criação refletiva havia percorrido todo o seu curso, quando cada um dos Sete Espíritos Mestres já havia encontrado a sincronia perfeita de criação com a Trindade do Paraíso, e quando o quadragésimo nono Espírito Refletivo estava já personalizado, só então ocorreu uma nova e abrangente reação, no Absoluto da Deidade, que conferiu novas prerrogativas de personalidade ao Ser Supremo, e isso culminou na personalização de Majeston, o dirigente da refletividade e o centralizador, no Paraíso, de todo o trabalho dos quarenta e nove Espíritos Refletivos e dos seus colaboradores em todo o universo dos universos.

17:2:3 2001 Majeston é uma pessoa verdadeira, é o centro pessoal e infalível dos fenômenos da refletividade, em todos os sete superuniversos do tempo e do espaço. Ele mantém a sua sede central permanente no Paraíso, próxima do centro de todas as coisas, no ponto de confluência dos Sete Espíritos Mestres. Ele encarrega-se apenas da coordenação e da manutenção do serviço de refletividade, em toda a vasta criação; ele não se envolve, de outro modo, na administração dos assuntos do universo.

17:2:4 2002 Majeston não está incluído no nosso catálogo de personalidades do Paraíso, porque ele é a única personalidade existente da divindade, criada pelo Ser Supremo em enlace funcional com o Absoluto da Deidade. Ele é uma pessoa, mas está exclusiva e aparentemente encarregado, e automaticamente, apenas dessa única fase da economia do universo; ele não emprega nenhuma habilidade pessoal em função de outras ordens (não-refletivas) de personalidades do universo.

17:2:5 2003 A criação de Majeston assinalou o primeiro ato supremo criativo do Ser Supremo. Tal vontade para a ação foi voluntária, da parte do Ser Supremo, mas a estupenda reação do Absoluto da Deidade não era conhecida de antemão. Desde o surgimento-em-eternidade de Havona, o universo não havia testemunhado uma factualização tão extraordinária de um alinhamento tão gigantesco e vasto de poder e coordenação de atividades espirituais funcionais. A resposta da Deidade à vontade criadora do Ser Supremo e seus interassociados esteve muito além do intento proposital deles e excedeu, grandemente, os seus prognósticos conceituais.

17:2:6 2004 Um temor reverente toma conta de nós perante as possibilidades daquilo que, em idades futuras, o Supremo e o Último poderão alcançar em novos níveis de divindade ascendendo a novos domínios de função da personalidade, podendo testemunhar, nos domínios da deificação de outros seres inesperados e não-sonhados ainda, os quais possuirão poderes inimagináveis para uma coordenação ainda mais elevada do universo. Pareceria não haver limites para o potencial de resposta do Absoluto da Deidade a tal unificação de relações entre a Deidade experiencial e a Trindade existencial do Paraíso.

3. OS ESPÍRITOS REFLETIVOS


17:3:1 2005 Os quarenta e nove Espíritos Refletivos são originários da Trindade, mas cada um dos sete episódios criadores que determinaram o surgimento deles produziu um tipo de ser de natureza semelhante às características do Espírito Mestre que foi o seu ancestral. Assim, eles refletem variadamente as naturezas e os caracteres das sete combinações possíveis de associação entre as características divinas do Pai Universal, do Filho Eterno e do Espírito Infinito. Por essa razão, é necessário que haja sete desses Espíritos Refletivos nas sedes centrais de cada superuniverso. Faz-se necessário um de cada um dos sete tipos, para realizar a perfeita reflexão de todas as fases, de cada manifestação possível das três Deidades do Paraíso; pois tais fenômenos poderiam ocorrer em qualquer parte dos sete superuniversos. Um de cada tipo foi, desse modo, designado para o serviço em cada superuniverso. Esses grupos, de sete Espíritos Refletivos diferentes, mantêm sedes centrais nas capitais dos superuniversos, no foco refletivo de cada reino; e esse foco, por sua vez, não coincide com o ponto de polaridade espiritual.

17:3:2 2006 Os Espíritos Refletivos têm nomes, mas essas designações não são reveladas aos mundos do espaço. Esses nomes pertencem à natureza e ao caráter desses seres e são uma parte dos sete mistérios universais das esferas secretas do Paraíso.

17:3:3 2011 O atributo da refletividade, o fenômeno dos níveis mentais do Agente Conjunto, do Ser Supremo e dos Espíritos Mestres, é transmissível a todos os seres encarregados do funcionamento desse vasto esquema de informação universal. E nisso repousa um grande mistério: nem os Espíritos Mestres, nem as Deidades do Paraíso, singular ou coletivamente, demonstram ter esses poderes da refletividade universal coordenada, do modo como são manifestados nessas quarenta e nove personalidades ligadas a Majeston, não obstante serem eles os criadores de todos esses seres maravilhosamente dotados. A hereditariedade divina, algumas vezes, revela na criatura certos atributos que não são discerníveis no Criador.

17:3:4 2012 O pessoal do serviço de refletividade, à exceção de Majeston e dos Espíritos Refletivos, é composto todo de criaturas do Espírito Infinito bem como dos seus colaboradores e subordinados diretos. Os Espíritos Refletivos de cada superuniverso são os criadores dos seus Auxiliares Refletivos de Imagem, que são as suas vozes pessoais para as cortes dos Anciães dos Dias.

17:3:5 2013 Os Espíritos Refletivos não são meramente agentes de transmissão; eles são também personalidades retentoras. A sua progênie, de seconafins, também é de retentores ou de personalidades de registro. Tudo aquilo que tiver valor espiritual verdadeiro é registrado em duplicata; e uma impressão é preservada, no equipamento pessoal de algum membro de uma das inúmeras ordens de personalidades secoráficas pertencentes à vasta equipe dos Espíritos Refletivos.

17:3:6 2014 Os registros formais dos universos são transmitidos pelos registradores angélicos e por meio deles; mas os verdadeiros registros espirituais estão reunidos por refletividade e são preservados nas mentes das personalidades adequadas e apropriadas, pertencentes à família do Espírito Infinito. Estes são os registros vivos, em contraste com os registros formais e mortos do universo; e são perfeitamente preservados nas mentes vivas das personalidades de registro do Espírito Infinito.

17:3:7 2015 A organização da refletividade é, também, o mecanismo de reunião das notícias e disseminação dos decretos de toda a criação. E mantém-se em constante operação, ao contrário do funcionamento periódico de vários serviços de transmissão.

17:3:8 2016 Tudo de importância que acontece na sede central de um universo local é, inerentemente, refletido para a capital do seu superuniverso. E, inversamente, tudo o que tenha significado para o universo local é refletido para fora das sedes centrais do seu superuniverso, indo até as capitais dos universos locais. O serviço de refletividade, dos universos do tempo até os superuniversos, parece ser automático ou auto-operante, mas não é. Tudo é muito pessoal e inteligente; tal precisão resulta da perfeição da cooperação entre as personalidades e, portanto, dificilmente pode ser atribuído às presenças-atuações impessoais dos Absolutos.

17:3:9 2017 Embora os Ajustadores do Pensamento não participem da operação do sistema de refletividade universal, nós temos todos os motivos para acreditar que todos os fragmentos do Pai sejam plenamente conhecedores dessas transações e sejam, por si próprios, capazes de colocar-se a par dos seus conteúdos.

17:3:10 2018 Durante a era atual do universo, o alcance espacial do serviço de refletividade extra-Paraíso parece estar limitado pela periferia dos sete superuniversos. Por outro lado, a função desse serviço parece ser independente do tempo e do espaço. Parece ser independente de todos os circuitos subabsolutos conhecidos do universo.

17:3:11 2019 Nas sedes centrais de cada superuniverso, a organização da refletividade funciona como uma unidade em separado; mas, em certas ocasiões especiais, sob a direção de Majeston, todas as sete sedes podem agir, e o fazem, em uníssono universal, tal como no evento do jubileu ocasionado pelo estabelecimento de um universo local inteiro, em luz e vida, e nas épocas das saudações milenares dos Sete Executivos Supremos.

4. OS AUXILIARES REFLETIVOS DE IMAGEM


17:4:1 2021 Os quarenta e nove Auxiliares Refletivos de Imagem foram criados pelos Espíritos Refletivos; e há apenas sete Auxiliares nas sedes centrais de cada superuniverso. Os primeiros atos criadores dos Sete Espíritos Refletivos de Uversa foram a produção dos seus sete Auxiliares de Imagem, cada Espírito Refletivo criando o seu próprio Auxiliar. Os Auxiliares de Imagem são, considerando certos atributos e características, reproduções perfeitas dos seus Espíritos Refletivos Maternos; são duplicações virtuais, excetuando-se o atributo da refletividade. Eles são verdadeiras imagens e funcionam, constantemente, como canal de comunicação entre os Espíritos Refletivos e as autoridades dos superuniversos. Os Auxiliares de Imagem não são meramente assistentes; eles são as representações reais dos seus respectivos Espíritos ancestrais; eles são imagens, e são fiéis ao seu nome.

17:4:2 2022 Os Espíritos Refletivos, eles próprios, são verdadeiras personalidades, mas de uma ordem incompreensível aos seres materiais. Mesmo na esfera da sede central de um supra-universo, eles requerem a assistência dos seus Auxiliares de Imagem, para todo o intercâmbio pessoal com os Anciães dos Dias e os seus colaboradores. Nos contatos entre os Auxiliares de Imagem e os Anciães dos Dias, algumas vezes, um único Auxiliar funciona aceitavelmente, enquanto, em outras ocasiões, dois, três, quatro e mesmo até todos os sete se fazem necessários, para a apresentação, própria e total, da comunicação confiada à sua transmissão. Do mesmo modo, as mensagens dos Auxiliares de Imagem são, variavelmente, recebidas por um, dois ou todos os três Anciães dos Dias, conforme o conteúdo da comunicação possa requerer.

17:4:3 2023 Os Auxiliares de Imagem servem, para sempre, junto aos seus Espíritos ancestrais e têm, à sua disposição, uma hoste inacreditável de seconafins ajudantes. Os Auxiliares de Imagem não funcionam diretamente em conexão com os mundos de educação dos mortais ascendentes. Eles estão estreitamente interligados ao serviço de informação do esquema universal de progressão mortal; mas vós não entrareis em contato pessoal com eles, quando estiverdes nas escolas de Uversa, porque esses seres, aparentemente pessoais, são desprovidos de vontade; eles não exercem o poder de escolha. Eles são verdadeiras imagens, totalmente refletivas, da personalidade e da mente do seu Espírito ancestral individual. Como classe, os mortais ascendentes não entram em contato, estreitamente, com a refletividade. Sempre algum ser de natureza refletiva interpor-se-á entre vós e a operação real desse serviço.

5. OS SETE ESPÍRITOS DOS CIRCUITOS


17:5:1 2024 Os Sete Espíritos dos Circuitos de Havona são a representação impessoal conjunta do Espírito Infinito e dos Sete Espíritos Mestres perante os sete circuitos do universo central. Eles são os servidores dos Espíritos Mestres, de quem são a progênie coletiva. Os Espíritos Mestres suprem os sete superuniversos com uma individualidade administrativa distinta e diversificada. Por intermédio desses Espíritos uniformes dos Circuitos de Havona, os Espíritos Mestres tornam-se capazes de prover o universo central com uma supervisão espiritual unificada, uniforme e coordenada.

17:5:2 2025 Os Sete Espíritos dos Circuitos estão limitados, cada um, a permear apenas um circuito de Havona. Eles não estão diretamente envolvidos com os regimes dos Eternos dos Dias, governantes dos mundos individuais de Havona. Contudo, estão em ligação com os Sete Executivos Supremos, e sincronizam-se com a presença do Ser Supremo no universo central. O seu trabalho é totalmente confinado a Havona.

17:5:3 2031 Esses Espíritos dos Circuitos fazem contato com aqueles que permanecem em Havona por meio da sua progênie pessoal, os supernafins terciários. Se bem que os Espíritos dos Circuitos sejam coexistentes com os Sete Espíritos Mestres, a função daqueles Espíritos dos Circuitos na criação dos supernafins terciários só atingiu maior importância quando os primeiros peregrinos do tempo chegaram ao circuito externo de Havona, nos dias de Grandfanda.

17:5:4 2032 À medida que avançardes, de circuito a circuito, em Havona, vós aprendereis sobre os Espíritos dos Circuitos, mas não sereis capazes de manter comunhão pessoal com eles, ainda que possais, pessoalmente, gozar da sua presença impessoal e até reconhecer a sua influência espiritual.

17:5:5 2033 Os Espíritos dos Circuitos estão relacionados aos habitantes nativos de Havona, tanto quanto os Ajustadores do Pensamento estão relacionados às criaturas mortais que habitam os mundos dos universos evolucionários. Como os Ajustadores do Pensamento, os Espíritos dos Circuitos são impessoais; e eles consorciam-se às mentes perfeitas dos seres de Havona, de um modo muito semelhante àquele pelo qual os espíritos impessoais do Pai Universal residem nas mentes finitas dos homens mortais. Contudo, os Espíritos dos Circuitos nunca se tornam uma parte permanente das personalidades de Havona.

6. THE LOCAL UNIVERSE CREATIVE SPIRITS




17:6:1 2034 Grande parte daquilo que diz respeito à natureza e função dos Espíritos Criativos Maternos do universo local pertence mais propriamente à narrativa da sua associação com os Filhos Criadores, na organização e na gestão das criações locais; mas há muitos aspectos, anteriores às experiências no universo local, desses seres maravilhosos, que podem ser narrados aqui como uma parte desta dissertação sobre os sete grupos de Espíritos Supremos.

17:6:2 2035 Estamos familiarizados com seis fases da carreira de um Espírito Materno de um universo local e fazemos muitas cogitações sobre a probabilidade de um sétimo estágio de atividade. Esses diferentes estágios de existência são:

17:6:3 2036 1. A Diferenciação Inicial no Paraíso. Quando um Filho Criador é personalizado, pela ação conjunta do Pai Universal e do Filho Eterno, simultaneamente ocorre, na pessoa do Espírito Infinito, aquilo que é conhecido como uma “reação suprema de complemento”. Nós não entendemos a natureza dessa reação, mas compreendemos que ela designa uma modificação inerente das possibilidades personalizáveis abrangidas pelo potencial criativo do Criador Conjunto. Assim, o nascimento de um Filho Criador coordenado assinala o nascimento, dentro da pessoa do Espírito Infinito, do potencial de uma futura consorte, no universo local, para esse Filho do Paraíso. Não somos conhecedores da nova identificação pré-pessoal dessa entidade, mas sabemos que esse fato se encontra nos registros do Paraíso, referentes à carreira do referido Filho Criador.

17:6:4 2037 2. O Aperfeiçoamento Preliminar das Faculdades de Criador. Durante o longo período da educação preliminar de um Filho Michael, sobre a organização e a administração dos universos, a sua futura consorte é submetida a um desenvolvimento posterior de entidade, e torna-se consciente do grupo do destino. Não sabemos, mas suspeitamos que tal entidade, com consciência de grupo, torne-se conhecedora do espaço e comece aquela educação preliminar que é requisito para que ela adquira a perícia espiritual, no seu futuro trabalho, de colaboração com o seu Michael complementar, na criação e administração de um universo.

17:6:5 2041 3. A Etapa da Criação Física. No momento em que o Filho Eterno encarrega o Filho Michael da tarefa de criação, o Espírito Mestre que dirige o superuniverso ao qual esse novo Filho Criador está destinado, dá expressão à “oração de identificação”, na presença do Espírito Infinito; e, pela primeira vez, a entidade do subseqüente Espírito Criativo Materno aparece como diferenciada da pessoa do Espírito Infinito. E, indo diretamente até a pessoa do Espírito Mestre solicitante, essa entidade desaparece imediatamente do nosso campo de reconhecimento, tornando-se aparentemente uma parte da pessoa desse Espírito Mestre. O Espírito Criativo recém-identificado permanece com o Espírito Mestre até o momento da partida do Filho Criador para a aventura do espaço; a partir desse momento, o Espírito Mestre entrega a nova consorte-Espírito aos cuidados do Filho Criador, ao mesmo tempo administrando à consorte-Espírito o encargo de eterna fidelidade e infindável lealdade. E então se dá um dos episódios mais profundamente tocantes entre todos os que acontecem no Paraíso. O Pai Universal fala em reconhecimento à eterna união do Filho Criador e do Espírito Criativo Materno, e em confirmação de alguns poderes conjuntos de administração, outorgados pelo Espírito Mestre da jurisdição do superuniverso.

17:6:6 2042 O Filho Criador e o Espírito Materno, unidos pelo Pai, então, seguem adiante para a sua aventura da criação de um universo. E eles trabalham juntos, nessa forma de enlace, durante todo o longo e árduo período de organização material do seu universo.

17:6:7 2043 4. A Era de Criação da Vida. Quando o Filho Criador declara a sua intenção de criar a vida, começam no Paraíso as “cerimônias de personalização”, das quais participam os Sete Espíritos Mestres, e que são pessoalmente experienciadas pelo Espírito Mestre supervisor. Essa é uma contribuição da Deidade do Paraíso para a individualidade da consorte-Espírito, do Filho Criador, que se torna manifesta, ao universo, no fenômeno da “erupção primária” na pessoa do Espírito Infinito. Simultaneamente a esse fenômeno, no Paraíso, a consorte-Espírito do Filho Criador, até aqui, impessoal torna-se, para todos os propósitos e intentos práticos, uma pessoa autêntica. Daí em diante, e para sempre, esse mesmo Espírito Materno de um universo local será considerado uma pessoa, e irá manter relações pessoais com todas as hostes de personalidades subseqüentes à criação da vida.

17:6:8 2044 5. As Idades Posteriores às Auto-outorgas. Outra grande mudança ocorre na carreira sem fim de um Espírito Criativo, quando o Filho Criador retorna à sede central do universo, após cumprir a sua sétima auto-outorga e, pois, subseqüentemente à sua aquisição da plena soberania sobre o universo. Nessa ocasião, perante os administradores do universo reunidos, o Filho Criador triunfante eleva o Espírito Materno do Universo à co-soberania e reconhece essa consorte-Espírito como a sua igual.

17:6:9 2045 6. As Idades de Luz e Vida. Após o estabelecimento da era de luz e vida, a co-soberana do universo local ingressa na sexta fase da carreira de um Espírito Criativo. Todavia não podemos descrever a natureza dessa grande experiência. Tais coisas pertencem a um estágio futuro de evolução em Nebadon.

17:6:10 2046 7. A Carreira Não Revelada. Sabemos dessas seis fases da carreira de um Espírito Materno de um universo local. E é inevitável que devêssemos perguntar: existe uma sétima carreira? Somos sabedores, e há o registro, de que, quando os finalitores alcançam o que parece ser o seu destino final de ascensão mortal, eles entram na carreira dos espíritos de sexta etapa. Conjecturamos que uma outra carreira não revelada, de compromisso no universo, espera pelos finalitores. É de se esperar que consideremos, do mesmo modo, que os Espíritos Maternos do Universo tenham, diante de si, uma carreira não revelada que constituirá a sua sétima fase da experiência pessoal, no serviço universal e de leal cooperação com a ordem dos Criadores Michaéis.

7. OS ESPÍRITOS AJUDANTES DA MENTE


17:7:1 2051 Esses Espíritos ajudantes são uma outorga mental sétupla do Espírito Criativo Materno de um universo local, às criaturas vivas da criação conjunta do Filho Criador e desse Espírito Criativo. Essa outorga torna-se possível no momento da elevação do Espírito Criativo às prerrogativas do status de personalidade. A narrativa da natureza e funcionamento dos sete espíritos ajudantes da mente pertence mais propriamente à história do vosso universo local de Nebadon.

8. FUNÇÕES DOS ESPÍRITOS SUPREMOS


17:8:1 2052 Os sete grupos de Espíritos Supremos constituem o núcleo da família funcional da Terceira Fonte e Centro, tomada, ao mesmo tempo, tanto como Espírito Infinito quanto como Agente Conjunto. O domínio dos Espíritos Supremos estende-se desde a presença da Trindade no Paraíso, até o funcionamento da mente, na ordem dos mortais evolucionários dos planetas do espaço. Dessa maneira, eles unificam os níveis administrativos descendentes e coordenam as funções múltiplas do pessoal envolvido. A atividade dos Espíritos Supremos é encontrada em todos os lugares, no universo central, no superuniverso ou nos universos locais; seja junto a um grupo de Espíritos Refletivos, em ligação com os Anciães dos Dias; junto a um Espírito Criativo, atuando em uníssono com um Filho Michael; ou, ainda, junto aos Sete Espíritos Mestres, em circuito com a Trindade do Paraíso. Eles funcionam do mesmo modo, tanto com as personalidades da Trindade da ordem dos “Dias”, quanto com as personalidades do Paraíso da ordem dos “Filhos”.

17:8:2 2053 Junto com os seus Espíritos Maternos Infinitos, os grupos dos Espíritos Supremos são os criadores diretos da vasta família das criaturas da Terceira Fonte e Centro. Todas as ordens de espíritos ministradores surgem dessa ligação. Os supernafins primários originam-se no Espírito Infinito; os seres secundários dessa ordem são criados pelos Espíritos Mestres; os supernafins terciários, pelos Sete Espíritos dos Circuitos. Os Espíritos Refletivos, coletivamente, são as mães criadoras de uma ordem maravilhosa de hostes angélicas, a dos poderosos seconafins do serviço do superuniverso. Um Espírito Criativo Materno é a mãe das ordens angélicas de uma criação local; tais ministros seráficos são originários de cada universo local, embora eles sejam modelados a partir dos arquétipos do universo central. Todos esses criadores de espíritos ministradores são assistidos, apenas indiretamente, pelo foco central do Espírito Infinito, mãe original e eterna de todos os ministros angélicos.

17:8:3 2054 Os sete grupos de Espíritos Supremos são os coordenadores da criação habitada. A interassociação dos seus chefes diretos, os Sete Espíritos Mestres, parece coordenar as extensas atividades de Deus, o Sétuplo:

17:8:4 2055 1. Coletivamente, os Espíritos Mestres quase se equivalem ao nível de divindade das Deidades da Trindade do Paraíso.

17:8:5 2056 2. Individualmente, eles abrangem todas as possibilidades primárias de combinação da Deidade Trina.

17:8:6 2061 3. Como representantes diversificados do Agente Conjunto, eles são depositários daquela soberania de poder-mente-espírito do Ser Supremo, a qual, pessoalmente, ele ainda não exerce.

17:8:7 2062 4. Por intermédio dos Espíritos Refletivos, eles sincronizam os governos dos Anciães dos Dias, no superuniverso, com Majeston, o centro, no Paraíso, da refletividade universal.

17:8:8 2063 5. Com a sua participação na individualização das Ministras Divinas, dos universos locais, os Espíritos Mestres contribuem para o último nível de Deus, o Sétuplo, na união do Filho Criador e do Espírito Criativo Materno dos universos locais.

17:8:9 2064 A unidade funcional inerente ao Agente Conjunto revela-se aos universos em evolução por meio dos Sete Espíritos Mestres, as suas personalidades primárias. Contudo, nos superuniversos perfeccionados do futuro, essa unidade, sem dúvida, será inseparável da soberania experiencial do Supremo.

17:8:10 2065 [Apresentado por um Conselheiro Divino de Uversa.]

DOCUMENTO 18

AS PERSONALIDADES SUPREMAS DA TRINDADE
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As Personalidades Supremas da Trindade são todas criadas para um serviço específico. São concebidas pela Trindade divina para o cumprimento de alguns deveres específicos; e são qualificadas para servir com perfeição de técnica e finalidade de devoção. Há sete ordens de Personalidades Supremas da Trindade:

2072 1. Os Segredos Trinitarizados da Supremacia.

2073 2. Os Eternos dos Dias.

2074 3. Os Anciães dos Dias.

2075 4. Os Perfeições dos Dias.

2076 5. Os Recentes dos Dias.

2077 6. Os Uniões dos Dias.

2078 7. Os Fiéis dos Dias.

18:0:2 2079 Esses seres de perfeição administrativa existem em número definido e final. A sua criação é um evento passado; já não se personaliza mais nenhum.

18:0:3 20710 Em todo o grande universo, essas Personalidades Supremas da Trindade representam as diretrizes administrativas da Trindade do Paraíso, representam a justiça e são o julgamento executivo da Trindade do Paraíso. Elas formam uma linha inter-relacionada de perfeição administrativa que se estende desde as esferas do Pai, no Paraíso, aos mundos-sedes dos universos locais, até às capitais das constelações que os compõem.

18:0:4 20711 Todos os seres com origem na Trindade são criados na perfeição do Paraíso, em todos os seus atributos divinos. Apenas no domínio da experiência, o passar do tempo terá acrescentado algo ao seu preparo para o serviço cósmico. Não há nunca qualquer perigo de não-cumprimento, ou de risco de rebelião, entre os seres originários da Trindade. Eles são de essência divina e nunca se teve notícia de que se hajam desviado do caminho divino e perfeito de conduta da personalidade.

1. OS SEGREDOS TRINITARIZADOS DA SUPREMACIA


18:1:1 20712 Existem sete mundos, no circuito mais interno dos satélites do Paraíso, e um corpo de dez Segredos Trinitarizados da Supremacia preside a cada um desses mundos excelsos. Eles não são criadores, mas são administradores supremos e últimos. A condução dos assuntos dessas sete esferas fraternais é totalmente entregue a esse corpo de setenta diretores supremos. Embora a progênie da Trindade supervisione essas sete esferas sagradas mais próximas do Paraíso, esse grupo de mundos é universalmente conhecido como o circuito pessoal do Pai Universal.

18:1:2 2081 Os Segredos Trinitarizados da Supremacia funcionam em grupos de dez, como diretores coordenados e conjuntos das suas respectivas esferas, mas eles também funcionam individualmente, em campos de responsabilidades específicas. O trabalho de cada um desses mundos especiais é dividido em sete departamentos principais, e um desses governantes coordenados preside a cada uma dessas divisões de atividades especializadas. Os três restantes atuam como representantes pessoais da Deidade trina em relação aos outros sete; um representando o Pai; outro, o Filho; e o terceiro, o Espírito.

18:1:3 2082 Embora haja uma semelhança definida de classe que tipifica os Segredos Trinitarizados da Supremacia, eles também apresentam sete características distintas de grupo. Os dez diretores supremos dos assuntos de Divinington são um reflexo do caráter pessoal e natureza do Pai Universal; e assim é com cada uma dessas sete esferas: cada grupo de dez assemelha-se àquela Deidade, ou associação de Deidades, que é característica do seu domínio. Os dez diretores que governam Ascendington são um reflexo da natureza combinada do Pai, Filho e Espírito.

18:1:4 2083 O que eu posso revelar sobre o trabalho dessas altas personalidades nos sete mundos sagrados do Pai é pouquíssimo, pois elas são verdadeiramente os Segredos da Supremacia. Não há segredos arbitrários ligados com o acesso ao Pai Universal, ao Filho Eterno ou ao Espírito Infinito. As Deidades são um livro aberto a todos aqueles que alcançam a perfeição divina, mas nunca se pode alcançar plenamente todos os Segredos da Supremacia. Seremos sempre incapazes de penetrar plenamente nos domínios que contêm os segredos da personalidade da associação da Deidade com os agrupamentos sétuplos de seres criados.

18:1:5 2084 Já que o trabalho desses diretores supremos tem a ver com o contato estreito e pessoal das Deidades com esses sete agrupamentos básicos de seres do universo, quando domiciliados nesses sete mundos especiais, ou funcionando em todo o grande universo, torna-se adequado que tais relações, bastantes pessoais, e tais contatos extraordinários devam ser sagradamente mantidos em segredo. Os Criadores do Paraíso respeitam a privacidade e a santidade da personalidade, mesmo a das suas criaturas mais inferiores. E isso é verdadeiro, tanto para os indivíduos quanto para as várias ordens independentes de personalidades.

18:1:6 2085 Mesmo para os seres que já alcançaram uma realização elevada no universo, esses mundos secretos permanecem sempre como um teste de lealdade. É-nos dado, inteira e pessoalmente, conhecer os Deuses eternos, conhecer livremente os seus caracteres de divindade e perfeição; mas não nos é concedido penetrar totalmente em todas as relações pessoais dos Governantes do Paraíso com todos os seus seres criados.

2. OS ETERNOS DOS DIAS


18:2:1 2086 Cada um dentre os mundos de Havona, num total de um bilhão, é dirigido por uma Personalidade Suprema da Trindade. Esses governantes são conhecidos como os Eternos dos Dias; e o número deles é, exatamente, de um bilhão, um para cada uma das esferas de Havona. Eles são uma progênie da Trindade do Paraíso, mas, como para os Segredos da Supremacia, não há nenhum registro da sua origem. Desde sempre esses dois grupos de pais oniscientes governaram os seus maravilhosos mundos do sistema Paraíso-Havona; e eles funcionam sem revezamento e sem mudanças de posto.

18:2:2 2087 Os Eternos dos Dias são visíveis a todas as criaturas volitivas que habitam os seus domínios. Eles presidem aos conclaves planetários regulares. Periodicamente, e por revezamento, eles visitam as esferas-sedes dos sete superuniversos. Eles são muito semelhantes e são os iguais divinos dos Anciães dos Dias, os quais presidem aos destinos dos sete supergovernos. Quando um Eterno dos Dias está ausente da sua esfera, o seu mundo é dirigido por um Filho Instrutor da Trindade.

18:2:3 2091 Exceto para as ordens estabelecidas de vida, tais como os nativos de Havona e outras criaturas viventes do universo central, os Eternos dos Dias residentes desenvolveram as suas respectivas esferas inteiramente de acordo com as suas próprias idéias e ideais. Eles visitam os planetas uns dos outros, mas não copiam ou imitam; são sempre e totalmente originais.

18:2:4 2092 A arquitetura, a ornamentação natural, as estruturas moronciais e as criações espirituais são exclusivas e únicas, em cada esfera. Cada um dos mundos é um lugar de beleza sempiterna e é completamente diferente de qualquer outro mundo no universo central. E vós ireis permanecer um tempo mais longo, ou mais curto, em cada uma dessas esferas únicas e estimulantes, no vosso caminho interior, através de Havona, até o Paraíso. É natural, no vosso mundo, falar do Paraíso, como estando em cima; mas seria mais correto, quando vos referirdes à meta divina de ascensão, dizer ir para dentro.

3. OS ANCIÃES DOS DIAS


18:3:1 2093 Quando os mortais do tempo graduam-se, nos mundos de educação e aperfeiçoamento, que existem em torno de um universo local, e avançam até as esferas educacionais dos seus superuniversos, significa que eles progrediram, no seu desenvolvimento espiritual, até aquele ponto em que se tornam capazes de reconhecer e de comunicar-se com os altos governantes espirituais e diretores dos reinos avançados, incluindo os Anciães dos Dias.

18:3:2 2094 Basicamente, os Anciães dos Dias são idênticos; eles revelam o caráter e a natureza unificada da Trindade. Eles possuem individualidade e têm personalidade diferenciada, mas não diferem entre si como os Sete Espíritos Mestres. Eles proporcionam uma direção uniforme aos sete superuniversos, os quais, afora esse aspecto, são diferentes entre si, cada um sendo uma criação distinta, separada e única. Os Sete Espíritos Mestres são diferentes em natureza e atributos; mas os Anciães dos Dias, os governantes pessoais dos superuniversos, são todos uma progênie uniforme e superperfeita da Trindade do Paraíso.

18:3:3 2095 Os Sete Espíritos Mestres, nas alturas, determinam a natureza dos seus respectivos superuniversos; ao passo que os Anciães dos Dias ditam a administração desses mesmos superuniversos. Eles sobrepõem a uniformidade administrativa à diversidade criadora e asseguram a harmonia do todo, em face das diferenças criativas subjacentes aos sete segmentos agrupados do grande universo.

18:3:4 2096 Os Anciães dos Dias foram todos trinitarizados ao mesmo tempo. Eles representam o começo dos registros das personalidades do universo dos universos, daí o seu nome ? Anciães dos Dias. Quando vós alcançardes o Paraíso e procurardes os registros escritos do começo das coisas, vereis que a primeira entrada que aparece, na seção das personalidades, é o relato da trinitarização desses vinte e um Anciães dos Dias.

18:3:5 2097 Esses seres elevados governam sempre em grupos de três. Há muitas fases de atividades nas quais eles trabalham individualmente, e em outras, ainda, quaisquer dois podem funcionar; entretanto, para as esferas mais elevadas da sua administração, os três devem atuar em conjunto. Eles nunca deixam pessoalmente os seus mundos de residência, e também não têm de fazê-lo, pois esses mundos são os pontos focais, no superuniverso, do amplo sistema de refletividade.

18:3:6 2098 As moradas pessoais de cada trio de Anciães dos Dias estão localizadas no ponto de polaridade espiritual da esfera da sua sede central de governo. Essa esfera está dividida em setenta setores administrativos e tem setenta capitais divisionais nas quais os Anciães dos Dias residem de tempos em tempos.

18:3:7 2101 Em termos de poder, âmbito de autoridade e extensão de jurisdição, os Anciães dos Dias são os mais potentes e poderosos dos governantes diretos das criações do espaço-tempo. Em todo o vasto universo dos universos, apenas eles estão investidos dos altos poderes de julgamento executivo final, no que concerne à extinção eterna das criaturas mortais volitivas. E todos os três Anciães dos Dias devem participar da decretação final do tribunal supremo de um superuniverso.

18:3:8 2102 À parte as Deidades e os Seus associados do Paraíso, os Anciães dos Dias são os governantes mais perfeitos, mais versáteis e mais divinamente dotados de toda a existência no espaço-tempo. Aparentemente, são os governantes supremos dos superuniversos; mas eles não ganharam experiencialmente esse direito de governar e, portanto, estão destinados, em algum tempo, a serem sobrepujados pelo Ser Supremo, um soberano experiencial, de quem eles se tornarão, sem a menor dúvida, os vice-regentes.

18:3:9 2103 O Ser Supremo está alcançando a soberania dos sete superuniversos por meio do serviço experiencial, do mesmo modo que um Filho Criador experiencialmente conquista a soberania do seu universo local. Contudo, durante a idade atual de evolução incompleta do Supremo, os Anciães dos Dias proporcionam um supracontrole administrativo coordenado e perfeito dos universos em evolução do tempo e do espaço. E a sabedoria da originalidade e a iniciativa da individualidade caracterizam todos os decretos e ditames dos Anciães dos Dias.

4. OS PERFEIÇÕES DOS DIAS


18:4:1 2104 Há exatamente duzentos e dez Perfeições dos Dias; e eles presidem aos governos dos dez setores maiores de cada superuniverso. Eles foram trinitarizados para o trabalho especial de assistir os diretores dos superuniversos, e governam como vice-regentes pessoais imediatos dos Anciães dos Dias.

18:4:2 2105 Três Perfeições dos Dias estão designados para cada capital do setor maior, mas, diferentemente dos Anciães dos Dias, não se faz necessário que todos os três estejam presentes o tempo inteiro. De tempos em tempos, um dos três pode ausentar-se para conferências pessoais com os Anciães dos Dias, a respeito do bem-estar do seu reino.

18:4:3 2106 Esses seres, governantes trinos dos setores maiores, são peculiarmente perfeitos na mestria sobre detalhes administrativos, daí o seu nome ? Perfeições dos Dias. Ao efetuarmos, nestes documentos, o registro dos nomes desses seres do mundo espiritual, nós deparamos com o problema de traduzi-los para a vossa língua e, freqüentemente, torna-se excessivamente difícil encontrar uma tradução satisfatória. Não apreciamos usar designações arbitrárias, que poderiam não ter nenhum significado para vós; por isso, freqüentemente achamos difícil escolher um nome adequado que seja claro para vós e, ao mesmo tempo, representativo, de um certo modo, do original.

18:4:4 2107 Os Perfeições dos Dias têm um corpo de Conselheiros Divinos, de Perfeccionadores da Sabedoria e de Censores Universais, de porte moderado, ligado ao seu governo. E, em número um pouco maior, eles têm: Mensageiros Poderosos, Aqueles Elevados Em Autoridade e Aqueles Sem Nome Nem Número. Todavia, grande parte do trabalho de rotina dos assuntos do setor maior é tratada pelos Guardiães Celestes e pelos Assistentes do Filho Elevado. Esses dois grupos são provenientes de descendência trinitarizada, seja de alguma das personalidades de Havona-Paraíso, seja dos finalitores mortais glorificados. Algumas dentre essas duas ordens de seres trinitarizados-por-criaturas, são re-trinitarizadas pelas Deidades do Paraíso e, então, são enviadas para prestar assistência na administração dos governos dos superuniversos.

18:4:5 2111 A maior parte dos Guardiães Celestes e dos Assistentes do Filho Elevado está destinada ao serviço dos setores maior e menor, mas os Custódios Trinitarizados (serafins e seres intermediários abraçados pela Trindade) são os funcionários das cortes de todas as três divisões, atuando nos tribunais dos Anciães dos Dias, dos Perfeições dos Dias e dos Recentes dos Dias. Os Embaixadores Trinitarizados (mortais ascendentes, abraçados pela Trindade, da natureza de fusionamento com o Filho, ou com o Espírito) podem ser encontrados em qualquer local, em um superuniverso, mas a maioria está a serviço dos setores menores.

18:4:6 2112 Antes dos tempos do pleno desdobramento do esquema de governo dos sete superuniversos, praticamente todos os administradores das várias divisões desses governos, à exceção dos Anciães dos Dias, serviram como aprendizes, por períodos de durações variadas, junto aos Eternos dos Dias, nos vários mundos do universo perfeito de Havona. Os seres trinitarizados posteriormente, do mesmo modo, passaram por um período de instrução com os Eternos dos Dias, antes que se engajassem no serviço dos Anciães dos Dias, dos Perfeições dos Dias e dos Recentes dos Dias. Todos eles são administradores maduros, provados e experientes.

18:4:7 2113 Muito cedo vereis os Perfeições dos Dias, quando avançardes até a sede central de Esplândon, depois da vossa estada nos mundos do vosso setor menor, pois esses seres, excelsos governantes, estão estreitamente ligados aos setenta mundos dos setores maiores no aprendizado mais elevado dado às criaturas ascendentes do tempo. Os Perfeições dos Dias administram, pessoalmente, os juramentos grupais dos graduados ascendentes das escolas dos setores maiores.

18:4:8 2114 O trabalho dos peregrinos do tempo, nos mundos que rodeiam a sede central de um setor maior, é principalmente de natureza intelectual, ao contrário do cunho mais físico e material do aprendizado nas sete esferas educacionais de um setor menor e, também, ao contrário dos exercícios espirituais nos quatrocentos e noventa mundos universitários da sede central de um superuniverso.

18:4:9 2115 Ainda que vós sejais registrados apenas no setor maior de Esplândon, que abrange o universo local da vossa origem, tereis de passar por todas as dez divisões maiores do nosso superuniverso. E vós vereis todos os trinta Perfeições dos Dias de Orvonton, antes de chegardes a Uversa.

5. OS RECENTES DOS DIAS


18:5:1 2116 Os Recentes dos Dias são os mais jovens dos diretores supremos dos superuniversos; em grupos de três, eles presidem aos assuntos dos setores menores. Pela sua natureza, eles estão coordenados com os Perfeições dos Dias, mas, em autoridade administrativa, são subordinados deles. Há apenas vinte e uma mil dessas personalidades individualmente gloriosas e divinamente eficientes da Trindade. Elas foram criadas simultaneamente e, junto com os Eternos dos Dias, realizaram o seu aprendizado em Havona.

18:5:2 2117 Os Recentes dos Dias têm um corpo de colaboradores e assistentes semelhante ao dos Perfeições dos Dias. E têm designados para eles, ainda, um número enorme de várias ordens subordinadas de seres celestes. Na administração dos setores menores, eles utilizam grandes números de mortais ascendentes residentes, o pessoal das várias colônias de cortesia e vários grupos que se originam do Espírito Infinito.

18:5:3 2118 Os governos dos setores menores estão ocupados, em boa medida, embora não exclusivamente, com os grandes problemas físicos dos superuniversos. As esferas dos setores menores são as sedes centrais dos Mestres Controladores Físicos. Nesses mundos, os mortais ascendentes fazem os seus estudos e as suas experiências, concernentes a uma análise das atividades da terceira ordem dos Centros Supremos de Potência e de todas as sete ordens de Mestres Controladores Físicos.

18:5:4 2121 Já que o regime de um setor menor está tão extensamente ocupado com problemas físicos, os seus três Recentes dos Dias só muito raramente ficam juntos na esfera da capital. A maior parte do tempo um deles está afastado, para alguma conferência com os Perfeições dos Dias, do setor maior de supervisão, ou ausente para representar os Anciães dos Dias, nos conclaves dos altos seres originários da Trindade, no Paraíso. Eles alternam-se, com os Perfeições dos Dias, na representação dos Anciães dos Dias, nos conselhos supremos do Paraíso. Nesse meio tempo, um outro Recente dos Dias pode estar afastado, em uma viagem de inspeção, pelos mundos-sedes de universos locais pertencentes à sua jurisdição. Mas pelo menos um desses governantes permanece sempre na sua função nas sedes centrais de um setor menor.

18:5:5 2122 Todos vós ireis, em algum momento, conhecer os três Recentes dos Dias encarregados de Ensa, o vosso setor menor, pois deveis passar pelas suas mãos, no vosso caminho para dentro, para os mundos de aprendizado dos setores maiores. Ao ascender até Uversa, vós ireis passar apenas por um grupo de esferas de instrução do setor menor.

6. OS UNIÕES DOS DIAS


18:6:1 2123 As personalidades da Trindade da ordem dos “Dias” não desempenham funções administrativas em um nível abaixo dos governos dos superuniversos. Nos universos locais em evolução, eles atuam apenas como conselheiros e assessores. Os Uniões dos Dias são um grupo de personalidades de ligação, credenciadas pela Trindade do Paraíso, perante os governantes duais dos universos locais. Cada universo local, organizado e habitado, tem, designado para o seu âmbito, um desses conselheiros do Paraíso, que atua como o representante da Trindade e, apenas para alguns fins, do Pai Universal, para a criação local.

18:6:2 2124 Há setecentos mil desses seres em existência, embora ainda nem todos tenham recebido missões. O corpo de reserva dos Uniões dos Dias funciona no Paraíso como o Conselho Supremo de Ajustamentos no Universo.

18:6:3 2125 De uma maneira especial, esses observadores da Trindade coordenam as atividades administrativas de todas as ramificações do governo universal, desde as do universo local e as dos governos dos setores, até as do superuniverso, daí o seu nome ? Uniões dos Dias. Eles apresentam um informe tríplice aos seus superiores: relatam os dados pertinentes de natureza física e semi-intelectual aos Recentes dos Dias do seu setor menor; reportam os acontecimentos intelectuais e quase espirituais aos Perfeições dos Dias dos seus setores maiores; e mostram sobre as questões espirituais e semiparadisíacas aos Anciães dos Dias, na capital do seu superuniverso.

18:6:4 2126 Como são seres originários da Trindade, eles contam com a disponibilidade de todos os circuitos do Paraíso, para intercomunicações, e assim eles estão sempre em contato uns com os outros e com todas as outras personalidades que se fizerem necessárias, até com os conselhos supremos do Paraíso.

18:6:5 2127 Um União dos Dias não se encontra organicamente conectado ao governo do universo local para o qual está designado. À parte os seus deveres como observador, ele atua junto às autoridades locais apenas a pedido. Ele é um membro ex-officio de todos os conselhos primários e de todos os conclaves importantes da criação local, mas não participa da consideração técnica dos problemas administrativos.

18:6:6 2131 Quando um universo local é estabelecido em luz e em vida, os seus seres glorificados associam-se livremente com o União dos Dias, que então atua em uma função mais amplificada em tal reino de perfeição evolucionária. Todavia ele é, primordialmente, um embaixador da Trindade e um conselheiro do Paraíso.

18:6:7 2132 Um universo local é governado diretamente por um Filho divino, que tem origem dual na Deidade, mas tem, constantemente, a seu lado, um irmão do Paraíso, uma personalidade originária da Trindade. No caso da ausência temporária de um Filho Criador da sede central do seu universo local, os governantes em exercício, nas suas decisões principais, são guiados, em grande parte, pelo aconselhamento do seu União dos Dias.

7. OS FIÉIS DOS DIAS


18:7:1 2133 Essas altas personalidades, originárias da Trindade, são os conselheiros do Paraíso para os governantes de uma centena de constelações, em cada universo local. Há setenta milhões de Fiéis dos Dias e, como os Uniões dos Dias, nem todos permanecem a serviço. O corpo de reserva dos Fiéis dos Dias, no Paraíso, forma a Comissão de Aconselhamento de Ética Interuniversal e Autogoverno. Os Fiéis dos Dias revezam-se no serviço, conforme as decisões dos governos dos conselhos supremos do seu corpo de reserva.

18:7:2 2134 Tudo o que um União dos Dias é para um Filho Criador de um universo local, os Fiéis dos Dias são para os Filhos Vorondadeques que governam as constelações de uma criação local. Eles são supremamente devotados e divinamente fiéis ao bem-estar das constelações da sua designação, daí o seu nome ? Fiéis dos Dias. Eles atuam apenas como conselheiros; nunca participam das atividades administrativas, exceto a convite das autoridades da constelação. E também não estão eles diretamente ocupados em ministrações educacionais aos peregrinos em ascensão, nas esferas arquitetônicas de estudos que rodeiam as sedes centrais de uma constelação. Todos esses empreendimentos estão sob a supervisão dos Filhos Vorondadeques.

18:7:3 2135 Todos os Fiéis dos Dias que funcionam nas constelações de um universo local estão sob jurisdição dos Uniões dos Dias, aos quais se reportam diretamente. Eles não têm um sistema amplo de intercomunicação, sendo ordinariamente autolimitados a interassociações dentro dos limites de um universo local. Qualquer Fiel dos Dias, a serviço em Nebadon, pode comunicar-se, e comunica-se, com todos os outros membros da sua ordem a serviço nesse universo local.

18:7:4 2136 Como os Uniões dos Dias, em uma sede central de um universo, os Fiéis dos Dias mantêm as suas residências pessoais nas capitais da constelação, separadas das dos diretores administrativos desses reinos. As suas moradias são de fato modestas, se comparadas com as dos governantes Vorondadeques das constelações.

18:7:5 2137 Os Fiéis dos Dias são o último vínculo, na longa corrente administrativo-conciliar, que se estende desde as esferas sagradas do Pai Universal, próximas do centro de todas as coisas, até as divisões primárias dos universos locais. O regime originário da Trindade tem o seu fim nas constelações; nenhum desses conselheiros do Paraíso fica permanentemente fixado nos sistemas componentes de uma constelação, nem nos seus mundos habitados. Essas últimas unidades administrativas estão completamente sob a jurisdição dos seres nativos dos universos locais.

18:7:6 2138 [Apresentado por um Conselheiro divino de Uversa.]

DOCUMENTO 19

OS SERES COORDENADOS ORIGINÁRIOS DA TRINDADE
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Esse grupo do Paraíso, chamado de Seres Coordenados Originários da Trindade, abrange: os Filhos Instrutores da Trindade, também classificados entre os Filhos de Deus do Paraíso; três grupos de altos administradores dos superuniversos; e a categoria impessoal, de um certo modo, dos Espíritos Inspirados da Trindade. Até mesmo os nativos de Havona podem ser incluídos, apropriadamente, nessa classificação de personalidades da Trindade, junto com inúmeros grupos de seres residentes no Paraíso. Nesta exposição, os seres originários da Trindade, a serem incluídos, são:

2142 1. Os Filhos Instrutores da Trindade.

2143 2. Os Perfeccionadores da Sabedoria.

2144 3. Os Conselheiros Divinos.

2145 4. Os Censores Universais.

2146 5. Os Espíritos Inspirados da Trindade.

2147 6. Os Nativos de Havona.

2148 7. Os Cidadãos do Paraíso.

19:0:2 2149 À exceção dos Filhos Instrutores da Trindade e possivelmente dos Espíritos Inspirados da Trindade, esses grupos têm um número definido de seres; a sua criação é um evento concluído e passado.

1. OS FILHOS INSTRUTORES DA TRINDADE


19:1:1 21410 Dentre todas as ordens elevadas de personalidades celestes reveladas a vós, apenas a dos Filhos Instrutores da Trindade atua em uma capacidade dual. Tendo na Trindade a origem da sua natureza, eles são quase que totalmente devotados, na sua função, aos serviços da filiação divina. Eles são seres de ligação e, no abismo universal, são uma ponte entre as personalidades originárias da Trindade e as personalidades de origem dual.

19:1:2 21411 Enquanto o número dos Filhos Estacionários da Trindade está completo, o número dos Filhos Instrutores está constantemente crescendo. Qual será o número final de Filhos Instrutores, eu não sei. Posso, contudo, afirmar que, no último relato periódico para Uversa, os registros do Paraíso indicavam 21 001 624 821 desses Filhos em serviço.

19:1:3 21412 Esses seres formam o único grupo, revelado a vós, de Filhos de Deus, cuja origem é a Trindade do Paraíso. Eles distribuem-se pelo universo central e pelos superuniversos, e um corpo enorme deles está designado para cada universo local. Eles também servem aos planetas individuais, como o fazem os outros Filhos de Deus do Paraíso. Como o sistema do grande universo não está plenamente desenvolvido, um grande número de Filhos Instrutores é mantido nas reservas do Paraíso; e fazem-se voluntários para os encargos de emergência e serviços incomuns, em todas as divisões do grande universo, nos mundos solitários do espaço, nos universos locais, nos superuniversos e nos mundos de Havona. Eles funcionam também no Paraíso, mas será mais útil postergar uma consideração detalhada, até que cheguemos à exposição sobre os Filhos de Deus do Paraíso.

19:1:4 2151 A esse respeito pode ser notado, entretanto, que os Filhos Instrutores são personalidades supremas de coordenação, de origem na Trindade. Num universo dos universos tão vasto, há sempre um grande perigo de sucumbir ao erro de limitar o ponto de vista, incorrendo no mal que advém de uma concepção segmentada da realidade e da divindade.

19:1:5 2152 Como exemplo: a mente humana normalmente anseia por abordar a filosofia cósmica, retratada nestas revelações, por meio de um procedimento que parte do simples e do finito, indo ao complexo e infinito; das origens humanas aos destinos divinos. Mas esse caminho não leva à sabedoria espiritual. Esse procedimento é o caminho mais fácil, para uma certa forma de conhecimento genético, mas, na melhor das hipóteses, pode apenas revelar as origens do homem; e pouco ou nada revela sobre o seu destino divino.

19:1:6 2153 Mesmo no estudo da evolução biológica do homem, em Urântia, há graves objeções a uma abordagem exclusivamente histórica, do seu status atual e dos seus problemas presentes. A verdadeira perspectiva de qualquer questão da realidade ? humana ou divina, terrestre ou cósmica ? pode ser obtida apenas por meio de um estudo completo, sem preconceitos, e por meio de uma correlação entre as três fases da realidade do universo: a sua origem, sua História e seu destino. Um entendimento apropriado dessas três realidades experienciais proporciona a base de uma estimativa sábia do que é o status atual.

19:1:7 2154 Quando a mente humana se propõe seguir a técnica filosófica, de partir do mais baixo para atingir o mais elevado, seja em biologia, seja em teologia, está sempre correndo o risco de cometer quatro erros de raciocínio:

19:1:8 2155 1. Pode deixar totalmente de perceber a meta evolucionária final e completa; seja de alcance pessoal, seja de destino cósmico.

19:1:9 2156 2. Pode cometer o supremo erro filosófico de supersimplificar a realidade cósmica evolucionária (experiencial), levando, assim, à distorção de fatos, à deturpação da verdade e a uma interpretação errônea dos destinos.

19:1:10 2157 3. O estudo da causação é uma leitura da História, mas o conhecimento de como um ser se transforma, não proporciona, necessariamente, uma compreensão inteligente do status atual e do verdadeiro caráter desse ser.

19:1:11 2158 4. A História, isoladamente, falha em revelar adequadamente o desenvolvimento futuro ? o destino. As origens finitas são de ajuda; no entanto só as causas divinas revelam os efeitos finais. Os fins eternos não são mostrados pelos começos no tempo. O presente apenas pode ser interpretado de fato à luz do passado e do futuro, de um modo correlacionado.

19:1:12 2159 Portanto, por esse motivo e ainda por outras razões, é que empregamos a técnica de abordar o homem e os seus problemas planetários, embarcando em uma jornada no espaço-tempo, partindo da Fonte e Centro do Paraíso, infinita, eterna e divina, de toda a realidade da personalidade e de toda a existência cósmica.

2. OS PERFECCIONADORES DA SABEDORIA


19:2:1 21510 Os Perfeccionadores da Sabedoria são uma criação especializada da Trindade do Paraíso, destinada a personificar a sabedoria da divindade, nos superuniversos. Há exatamente sete bilhões desses seres em existência; e um bilhão deles está designado para cada um dos sete superuniversos.

19:2:2 21511 Os Perfeccionadores da Sabedoria, juntamente com os seus coordenados, os Conselheiros Divinos e os Censores Universais, passaram pela sabedoria do Paraíso, de Havona e, exceto por Divinington, pelas esferas do Pai, no Paraíso. Após essas experiências, os Perfeccionadores da Sabedoria foram designados permanentemente para serviço dos Anciães dos Dias. Eles não servem nem no Paraíso, nem nos mundos dos circuitos do Paraíso-Havona; eles ocupam-se totalmente da administração dos governos dos superuniversos.

19:2:3 2161 Onde quer que um Perfeccionador da Sabedoria funcione, e sempre quando ele funcionar, lá funcionará então a sabedoria divina. Há realidade de presença e perfeição de manifestação no conhecimento e sabedoria representados pelos feitos dessas personalidades poderosas e majestosas. Eles não refletem a sabedoria da Trindade do Paraíso; eles são essa sabedoria. Eles são as fontes da sabedoria, para todos os mestres, na aplicação do conhecimento universal; eles são as fontes da prudência e os mananciais do discernimento para as instituições de ensino e esclarecimento, em todos os universos.

19:2:4 2162 A sabedoria é dupla pela sua origem: primeiro, é derivada da perfeição do discernimento divino inerente aos seres perfeitos; e, segundo, da experiência pessoal adquirida pelas criaturas evolucionárias. Os Perfeccionadores da Sabedoria são a sabedoria divina da perfeição do Paraíso e do discernimento interno da Deidade. Quando atuam em conjunto, os seus colaboradores administrativos em Uversa, os Mensageiros Poderosos, Aqueles Sem Nome Nem Número e Aqueles Elevados Em Autoridade são a sabedoria da experiência do universo. Um ser divino pode ter a perfeição do conhecimento divino. Um mortal evolucionário pode, em algum momento, alcançar a perfeição do conhecimento ascendente, mas nenhum desses seres isoladamente exaure os potenciais de toda a sabedoria possível. Por conseguinte, quando se deseja atingir o máximo de sabedoria administrativa, na condução do superuniverso, os Perfeccionadores da Sabedoria, com o seu discernimento divino, sempre se associam às personalidades ascendentes que atingiram altas responsabilidades, na autoridade superuniversal, por meio de atribulações experienciais na progressão evolucionária.

19:2:5 2163 Os Perfeccionadores da Sabedoria sempre necessitarão desse complemento, o da sabedoria experiencial, para o completar da sua sagacidade administrativa. Mas tem sido postulado que os finalitores do Paraíso certamente poderão alcançar um nível elevado, e não atingido até então, de sabedoria, depois que forem induzidos, em um determinado momento, a penetrar no sétimo estágio da experiência espiritual. Se essa inferência estiver correta, então esses seres aperfeiçoados de ascensão evolucionária irão, sem dúvida, tornar-se os administradores do universo, os mais eficientes a serem jamais conhecidos em toda a criação. Acredito ser esse o alto destino dos finalitores.

19:2:6 2164 A versatilidade dos Perfeccionadores da Sabedoria capacita-os a participar praticamente de todos os serviços celestes, para as criaturas ascendentes. Os Perfeccionadores da Sabedoria e a minha ordem de personalidades, a dos Conselheiros Divinos, junto com a dos Censores Universais, constituem as mais altas ordens de seres que podem assumir, e que assumem, os trabalhos de revelação da verdade aos planetas, de forma individualizada, e aos sistemas, seja nas suas épocas primitivas, seja quando estiverem estabelecidos em luz e vida. De tempos em tempos, todos entramos em contato com o serviço aos mortais ascendentes, seja na vida inicial de um planeta, seja em um universo local ou em um superuniverso, e particularmente neste último.

3. OS CONSELHEIROS DIVINOS


19:3:1 2165 Esses seres originários da Trindade formam o conselho da Deidade para os reinos dos sete superuniversos. Eles não são refletivos do conselho divino da Trindade; eles são esse conselho. Existem vinte e um bilhões de Conselheiros em serviço, e três bilhões estão designados para cada superuniverso.

19:3:2 2171 Os Conselheiros Divinos são os colaboradores dos Censores Universais e dos Perfeccionadores da Sabedoria, sendo iguais a eles; ficando de um a sete Conselheiros ligados a cada uma dessas personalidades. Todas essas três ordens participam do governo dos Anciães dos Dias, incluindo o dos setores maiores e menores, o dos universos locais e constelações; bem como nos concílios dos soberanos dos sistemas locais.

19:3:3 2172 Atuamos como indivíduos, como eu o faço ao ditar este documento; mas nós também funcionamos como um trio, quando a ocasião o exige. Quando atuamos em uma função executiva, sempre estão associados um Perfeccionador da Sabedoria, um Censor Universal e de um a sete Conselheiros Divinos.

19:3:4 2173 Um Perfeccionador da Sabedoria, sete Conselheiros Divinos e um Censor Universal constituem um tribunal de divindade da Trindade, o mais alto corpo assessor móvel nos universos do espaço e do tempo. Esse grupo de nove é conhecido como um tribunal para coletar informações, ou de revelação da verdade e, quando ele se reúne para o julgamento de uma questão e toma uma decisão, é exatamente como se um Ancião dos Dias houvesse julgado a questão, pois, em todos os anais dos superuniversos, tal veredicto nunca foi revertido por um Ancião dos Dias.

19:3:5 2174 Quando os três Anciães dos Dias atuam, a Trindade do Paraíso atua. Quando o tribunal dos nove chega a uma decisão, seguindo as suas deliberações unificadas, para todos os intentos e propósitos, é como se os Anciães dos Dias houvessem falado. E é dessa maneira que os Governantes do Paraíso fazem contato pessoal, para as questões administrativas e regulamentações governamentais, com os mundos individuais, sistemas e universos.

19:3:6 2175 Os Conselheiros Divinos são a perfeição do conselho divino da Trindade do Paraíso. Nós representamos, e de fato somos, o conselho da perfeição. Quando somos suplementados pelo conselho experiencial dos nossos associados, seres perfeitos, de ascensão evolucionária e abraçados pela Trindade, as nossas conclusões combinadas são, não apenas completas, mas repletas. Uma vez que o nosso conselho unificado tenha sido associado, julgado, confirmado e promulgado por um Censor Universal, é muito provável que atinja mesmo os umbrais da totalidade universal. Tais veredictos representam a abordagem mais próxima possível da atitude absoluta da Deidade, dentro dos limites do espaço-tempo da situação envolvida e do respectivo problema.

19:3:7 2176 Sete Conselheiros Divinos, em conexão com um trio evolucionário trinitarizado ? um Mensageiro Poderoso, Um Elevado em Autoridade e Um Sem Nome nem Número ? representam a maior aproximação superuniversal da unificação entre o ponto de vista humano e a atitude divina, em níveis quase paradisíacos de significados espirituais e de valores da realidade. Uma aproximação tão nítida entre as atitudes cósmicas da criatura e do Criador apenas é ultrapassada pelos Filhos do Paraíso, que se auto-outorgam e que são, em todas as fases da experiência da personalidade, Deus e homem.

4. OS CENSORES UNIVERSAIS


19:4:1 2177 Há exatamente oito bilhões de Censores Universais em existência. Esses seres únicos são o julgamento da Deidade. Eles não são meramente refletivos das decisões da perfeição; eles são o julgamento da Trindade do Paraíso. Mesmo os Anciães dos Dias não se reúnem para julgamento, a não ser em associação com os Censores Universais.

19:4:2 2178 Um Censor é indicado para cada um do total de um bilhão de mundos do universo central, tornando-se um adjunto da administração planetária do Eterno dos Dias residente. Nem os Perfeccionadores da Sabedoria, nem os Conselheiros Divinos tornam-se, assim, adjuntos, de um modo tão permanente, das administrações de Havona; e não entendemos inteiramente por que os Censores Universais estão sediados no universo central. As suas atividades atuais dificilmente justificam a sua designação para Havona, e por isso suspeitamos que eles estejam ali por antecipação das necessidades de alguma idade futura do universo, na qual a população de Havona possa mudar parcialmente.

19:4:3 2181 Um bilhão de Censores é designado para cada um dos sete superuniversos. Tanto na sua capacidade individual, quanto na associação com os Perfeccionadores da Sabedoria e com os Conselheiros Divinos, eles operam em todas as divisões dos sete superuniversos. Assim, os Censores atuam em todos os níveis do grande universo, desde os mundos perfeitos de Havona até os conselhos dos Soberanos de Sistemas; e eles são uma parte orgânica de todos os julgamentos dispensacionais dos mundos evolucionários.

19:4:4 2182 Onde um Censor Universal estiver presente e quando estiver presente, aí, e então, estará o julgamento da Deidade. E, já que os Censores sempre pronunciam os seus veredictos em conjunto com os Perfeccionadores da Sabedoria e com os Conselheiros Divinos, essas decisões abrangem a sabedoria unificada, o conselho e o julgamento da Trindade do Paraíso. Nesse trio em jurisdição, o Perfeccionador da Sabedoria seria o “Eu era”, o Conselheiro Divino, o “Eu serei”, e o Censor Universal sempre, o “Eu sou”.

19:4:5 2183 Os Censores são personalidades totalizadoras do universo. Quando mil testemunhas ? ou um milhão ? houverem prestado testemunho, quando a voz da sabedoria houver falado e o conselho da divindade tiver sido registrado, quando o testemunho da perfeição ascendente houver sido acrescentado, então o Censor funciona; e imediatamente é revelada uma totalização, sem erro e divina, de tudo o que houver acontecido; e essa aclaração representa a conclusão divina, a soma e a essência de uma decisão final e perfeita. Quando um Censor, portanto, houver falado, ninguém mais pode falar, pois o Censor haverá apresentado o total, o verdadeiro e o inequívoco sobre tudo aquilo que sucedeu antes. Depois que ele fala, não há mais apelação.

19:4:6 2184 Eu compreendo plenamente a operação da mente de um Perfeccionador da Sabedoria, mas, com certeza, eu não entendo integralmente o trabalho da mente jurisprudente de um Censor Universal. Parece-me que os Censores formulam novas significações e originam valores novos de associação entre os fatos, verdades e evidências encontrados, apresentados a eles no curso de uma investigação dos assuntos do universo. Parece provável que os Censores Universais sejam capazes de formular interpretações originais, partindo das combinações entre o discernimento do Criador perfeito e a experiência aperfeiçoada da criatura. Essa associação entre a perfeição do Paraíso e a experiência do universo, sem dúvida, traz à existência, por conseqüência, um novo valor em ultimidade.

19:4:7 2185 Mas isso não é o fim das nossas dificuldades, no que concerne ao funcionamento das mentes dos Censores Universais. Mesmo havendo efetuado todas as devidas concessões, por tudo o que conhecemos ou conjecturamos sobre o funcionamento de um Censor, em qualquer situação no universo, verificamos que não somos capazes de predizer as suas decisões, nem de prognosticar veredictos. Nós determinamos, muito cuidadosamente, o resultado provável da associação da atitude do Criador e da experiência da criatura, mas tais conclusões nem sempre são os prognósticos acurados das revelações do Censor. Quer-nos parecer que os Censores, de alguma maneira, estão em ligação com o Absoluto da Deidade; pois, de outro modo, não poderíamos explicar muitas das suas decisões e ditames.

19:4:8 2186 Os Perfeccionadores da Sabedoria, os Conselheiros Divinos e os Censores Universais, junto com as sete ordens das Personalidades Supremas da Trindade, constituem aqueles dez grupos que algumas vezes têm sido denominados os Filhos Estacionários da Trindade. Juntos, eles compõem o grande corpo de administradores, governantes, executivos, assessores, conselheiros e juízes da Trindade. O seu número ultrapassa ligeiramente os trinta e sete bilhões. Dois bilhões e setenta milhões permanecem estacionados no universo central; e cerca de pouco mais de cinco bilhões em cada superuniverso.

19:4:9 2191 É muito difícil descrever os limites funcionais dos Filhos Estacionários da Trindade. Seria incorreto dizer que as suas atuações se limitam ao finito, pois há transações, registradas nos arquivos dos superuniversos, que indicam o contrário. Eles atuam em qualquer nível da administração ou jurisdição do universo, para o qual possam ser requeridos pelas condições tempo-espaciais, e que se referem à evolução do universo-mestre no passado, presente e futuro.

5. OS ESPÍRITOS INSPIRADOS DA TRINDADE


19:5:1 2192 Serei capaz de dizer pouquíssimo sobre os Espíritos Inspirados da Trindade, pois eles são uma das poucas ordens totalmente secretas de seres em existência; secreta, sem dúvida, por lhes ser impossível revelar inteiramente a si próprios, até mesmo àqueles de nós cuja origem é muito próxima da fonte de criação deles. Eles vêm à existência por um ato da Trindade do Paraíso, e podem ser utilizados por Uma ou Duas quaisquer das Deidades, bem como pelas Três juntas. Não sabemos se esses Espíritos têm o seu número limitado e completo, ou se estão crescendo constantemente em número, mas inclinamo-nos a acreditar que o seu número não seja fixo.

19:5:2 2193 Não compreendemos totalmente nem a natureza, nem a conduta dos Espíritos Inspirados. Eles podem, provavelmente, pertencer à categoria de espíritos suprapessoais. Eles parecem operar em todos os circuitos conhecidos e parecem atuar quase independentemente de tempo e espaço. Mas é pouquíssimo o que sabemos sobre eles, exceto pelo que deduzimos do seu caráter, a partir da natureza das suas atividades, cujos resultados nós certamente observamos aqui e ali, nos universos.

19:5:3 2194 Sob certas condições, esses Espíritos Inspirados podem individualizar-se o suficiente para que sejam reconhecidos por seres originários da Trindade. Eu já os vi; mas nunca seria possível, às ordens mais baixas de seres celestes, reconhecer um deles. Certas circunstâncias surgem, de tempos em tempos, quando da condução dos universos em evolução, nas quais qualquer ser originário da Trindade pode empregar diretamente os serviços desses Espíritos, para melhor cumprir as suas tarefas. Sabemos, portanto, que eles existem e que, sob certas condições, podemos solicitar e receber a assistência deles; e, algumas vezes, até reconhecer a sua presença. Mas eles não são uma parte da organização manifesta e definidamente revelada, encarregada da condução dos universos do espaço-tempo antes que essas criações materiais se estabeleçam em luz e vida. Eles não têm um lugar claramente discernível na economia atual, nem na administração dos sete superuniversos em evolução. Eles são um segredo da Trindade do Paraíso.

19:5:4 2195 Os Melquisedeques de Nebadon ensinam que os Espíritos Inspirados da Trindade estão destinados, em algum tempo do futuro eterno, a funcionar no lugar dos Mensageiros Solitários, cujas fileiras estão, vagarosa mas certamente, desfalcando-se, por causa das suas designações como associados de alguns tipos de filhos trinitarizados.

19:5:5 2196 Os Espíritos Inspirados são os Espíritos solitários do universo dos universos. Como Espíritos, eles são muito semelhantes aos Mensageiros Solitários, exceto por estes últimos serem personalidades definidas. Muito do nosso conhecimento sobre os Espíritos Inspirados vem dos Mensageiros Solitários, os quais detectam a proximidade deles em virtude de possuírem uma inerente sensibilidade à presença dos Espíritos Inspirados, que funciona tão infalivelmente quanto a agulha magnetizada indica o norte magnético. Quando um Mensageiro Solitário está perto de um Espírito Inspirado da Trindade, ele se torna consciente de uma indicação qualitativa daquela presença divina e também de um registro quantitativo muito definido, que o capacita factualmente a conhecer a classificação ou o número da presença ou presenças dos Espíritos.

19:5:6 2201 Posso relatar mais um fato interessante: quando um Mensageiro Solitário está em um planeta cujos habitantes são resididos por Ajustadores do Pensamento, como em Urântia, ele torna-se consciente de uma excitação qualitativa na sua captação-sensibilidade à presença de espíritos. Em tais circunstâncias não há excitação quantitativa, apenas uma agitação qualitativa. Quando está em um planeta aonde os Ajustadores do Pensamento não vão, o contato com os nativos não produz nenhuma reação similar. Isso sugere que os Ajustadores do Pensamento estejam relacionados, de alguma maneira, aos Espíritos Inspirados da Trindade do Paraíso, ou conectados com eles. De algum modo, eles podem estar associados, em certas fases do seu trabalho; mas realmente de nada sabemos. Eles todos se originam perto do Centro e Fonte de todas as coisas, mas não são da mesma ordem de seres. Os Ajustadores do Pensamento brotam apenas do Pai; os Espíritos Inspirados são uma progênie da Trindade do Paraíso.

19:5:7 2202 Os Espíritos Inspirados não pertencem, aparentemente, ao esquema evolucionário dos planetas individuais, nem dos universos; e, ainda assim, parecem estar em quase todo lugar. Agora mesmo, enquanto me empenho em formular esta declaração, a sensibilidade pessoal à presença daquela ordem de Espíritos, do Mensageiro Solitário que está associado a mim, indica que está conosco, neste momento mesmo, a uma distância não maior que oito metros, um Espírito da ordem Inspirada e do terceiro volume de presença de poder. O terceiro volume de presença de poder sugere-nos a possibilidade de três Espíritos Inspirados funcionando em coligação.

19:5:8 2203 Das mais de doze ordens de seres associados a mim, neste momento, o Mensageiro Solitário é o único a estar consciente da presença dessas entidades misteriosas da Trindade. E mais, mesmo estando assim prevenidos sobre a proximidade desses Espíritos divinos, permanecemos, todos, na ignorância quanto à sua missão. Realmente não sabemos se são observadores meramente interessados nas nossas ações, ou se estão, de alguma maneira desconhecida nossa, contribuindo de fato para o sucesso da nossa tarefa.

19:5:9 2204 Sabemos que os Filhos Instrutores da Trindade devotam-se ao esclarecimento ? ou iluminação ? consciente das criaturas do universo. Cheguei à conclusão firme de que os Espíritos Inspirados da Trindade, por meio de técnicas supraconscientes, estão também funcionando como instrutores dos reinos. Estou convencido de que há um vasto corpo de conhecimento espiritual essencial, verdade indispensável à conquista de um elevado nível espiritual, que não pode ser conscientemente recebido; a autoconsciência iria efetivamente colocar em risco a segurança da recepção. Se estivermos certos sobre esse conceito (e toda a minha ordem de seres compartilha dele), a missão desses Espíritos Inspirados pode ser a de vencer essa dificuldade, de criar a ponte ligando o abismo existente no esquema universal entre o esclarecimento moral e o avanço espiritual. Achamos que esses dois tipos de instrutores, originários da Trindade, têm alguma espécie de ligação nas suas atividades, mas na realidade de nada sabemos.

19:5:10 2205 Nos mundos de aprendizado dos superuniversos e nos circuitos eternos de Havona, tenho confraternizado com os mortais em perfeccionamento ? almas espiritualizadas e ascendentes, dos reinos evolucionários ?? mas eles nunca estiveram conscientes dos Espíritos Inspirados que os poderes detectores dos Mensageiros Solitários indicavam, de quando em quando, estar bem próximos de nós. Tenho conversado livremente com todas as ordens de Filhos de Deus, mais elevadas e menos elevadas, e eles, do mesmo modo, não estão conscientes das advertências dos Espíritos Inspirados da Trindade. Eles podem examinar e examinam, retrospectivamente, as suas experiências passadas e encontram acontecimentos que seriam difíceis de explicar se a atuação de tais Espíritos não fosse levada em conta. Contudo, à exceção dos Mensageiros Solitários e, algumas vezes, de seres originários da Trindade, nenhum membro das famílias celestes jamais esteve consciente da proximidade dos Espíritos Inspirados.

19:5:11 2211 Não acredito que os Espíritos Inspirados da Trindade estejam brincando de esconde-esconde comigo. Eles estão tentando, muito provavelmente, revelar-se a mim, tanto quanto eu estou tentando comunicar-me com eles; as nossas dificuldades e limitações devem ser mútuas e inerentes. Sinto-me satisfeito de que não haja segredos arbitrários no universo; e, por isso, nunca cessarei os meus esforços para resolver o mistério do isolamento desses Espíritos que pertencem à minha ordem de criação.

19:5:12 2212 E, de tudo isso, vós, mortais, que estais dando os primeiros passos na jornada eterna, podeis concluir que deveis avançar ainda por um longo caminho antes de conseguirdes progredir pela “vista” e pela certeza “material”. Por um longo tempo, ainda, usareis da fé e dependereis da revelação, caso tiverdes a esperança de progredir rápida e seguramente.

6. OS NATIVOS DE HAVONA


19:6:1 2213 Os nativos de Havona são uma criação direta da Trindade do Paraíso, e o seu número é maior do que as vossas mentes circunscritas podem conceber. Tampouco é possível aos urantianos conceber os dons inerentes às criaturas tão divinamente perfeitas, quanto essas raças do universo eterno originárias da Trindade. Não podeis ainda visualizar verdadeiramente essas criaturas gloriosas; antes, deveis esperar a vossa chegada a Havona, quando então podereis saudá-las como espíritos companheiros.

19:6:2 2214 Durante a vossa longa permanência no bilhão de mundos da cultura de Havona, vós ireis desenvolver uma eterna amizade por esses seres magníficos. E quão profunda é a amizade que cresce entre a menor das criaturas pessoais do mundo do espaço e esses elevados seres pessoais, nativos das esferas perfeitas do universo central! Os mortais ascendentes, na sua ligação longa e amorosa com os nativos de Havona, realizam muito para compensar-se pelo empobrecimento espiritual ocorrido nos estágios iniciais da progressão mortal. Ao mesmo tempo, por meio dos seus contatos com os peregrinos ascendentes, os havonianos adquirem uma experiência que compensa, de um modo considerável, as limitações experienciais de terem sempre vivido uma vida de perfeição divina. Os benefícios, tanto para o mortal ascendente quanto para o nativo de Havona, são grandes e mútuos.

19:6:3 2215 Os nativos de Havona, como todas as outras personalidades originárias da Trindade, são concebidos na perfeição divina e podem ter as suas reservas de dons experienciais ampliadas com o passar do tempo, tal como acontece às outras personalidades originárias da Trindade. Contudo, diferentemente dos Filhos Estacionários da Trindade, os havonianos podem evoluir em status, podem ter um futuro não-revelado na eternidade-destino. Isso é ilustrado por aqueles havonianos que, por meio do serviço, factualizam a sua capacidade de fusão com um fragmento (não-Ajustador) do Pai, qualificando-se, assim, para serem membros do Corpo Mortal de Finalidade. E há outros corpos de finalitores abertos para recepcionar esses nativos do universo central.

19:6:4 2216 A evolução, em status, dos nativos de Havona tem ocasionado muita especulação em Uversa. Posto que eles estejam constantemente infiltrando-se nos vários Corpos de Finalidade do Paraíso, e já que eles não mais têm sido criados, é evidente que o número de nativos que permanece em Havona esteja constantemente diminuindo. As conseqüências últimas dessas transações nunca foram reveladas a nós, mas não acreditamos jamais que Havona chegue a ser despojada inteiramente dos seus nativos. Temos alimentado a teoria de que os havonianos cessarão, em algum tempo, possivelmente, de integrar os corpos de finalitores, durante as idades das criações sucessivas nos níveis do espaço exterior. Também alimentamos o pensamento de que, nessas idades subseqüentes do universo, o universo central poderá ser povoado por um grupo misto de seres residentes, a cidadania consistindo, apenas em parte, de nativos originais de Havona. Não sabemos qual ordem ou tipo de criatura pode assim estar destinada ao status residencial, na Havona do futuro, mas pensamos:

2222 1. Nos univitatias, que são presentemente os cidadãos permanentes das constelações dos universos locais.

2223 2. Nos tipos futuros de mortais, que podem nascer nas esferas habitadas dos superuniversos, na florescência das idades de luz e vida.

2224 3. Na aristocracia espiritual vindoura, dos espaços exteriores sucessivos.

19:6:5 2224 Sabemos que a Havona da idade anterior do universo era, de certo modo, diferente da Havona da idade presente. Consideramos que seja não mais do que razoável supor que estamos agora presenciando, no universo central, aquelas mudanças lentas que antecipam as idades que virão. Uma coisa é certa: o universo é não estático; apenas Deus é imutável.

7. OS CIDADÃOS DO PARAÍSO


19:7:1 2225 Há numerosos grupos de seres magníficos que residem no Paraíso: os Cidadãos do Paraíso. Eles não estão diretamente ligados ao esquema de perfeccionamento das criaturas volitivas ascendentes e não são, portanto, totalmente revelados aos mortais de Urântia. Há mais de três mil ordens dessas inteligências supernas; o último desses grupos foi personalizado simultaneamente com o mandato da Trindade, que promulgou o plano criador dos sete superuniversos no tempo e no espaço.

19:7:2 2226 Os Cidadãos do Paraíso e os nativos de Havona, algumas vezes, são designados coletivamente como as personalidades do Paraíso-Havona.

19:7:3 2227 Com isso, completa-se a história dos seres que foram trazidos à existência pela Trindade do Paraíso. Nenhum deles jamais se desviou. E, todavia, no sentido mais elevado, todos são dotados de livre-arbítrio.

19:7:4 2228 Os seres originários da Trindade possuem prerrogativas de trânsito, o que os torna independentes das personalidades de transporte, tais como os serafins. Todos possuímos o poder de movimentar-nos livre e rapidamente, no universo dos universos. Excetuando-se os Espíritos Inspirados da Trindade, não podemos atingir a quase inacreditável velocidade dos Mensageiros Solitários, mas somos capazes de utilizar a soma total dos meios de transporte disponíveis no espaço para chegar a qualquer ponto, dentro de um superuniverso, partindo da sua sede central, em menos de um ano do tempo de Urântia. Foram necessários 109 dias do vosso tempo para que eu viajasse de Uversa a Urântia.

19:7:5 2229 Por meio das mesmas vias, somos capazes de intercomunicar-nos instantaneamente. Toda a nossa ordem de criação acha-se em contato com cada um dos indivíduos compreendidos por todas as divisões de filhos da Trindade do Paraíso, salvo apenas os Espíritos Inspirados.

19:7:6 22210 [Apresentado por um Conselheiro Divino de Uversa.]

DOCUMENTO 20

OS FILHOS DE DEUS, DO PARAÍSO
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Os Filhos de Deus, pelo modo como funcionam no superuniverso de Orvonton, são classificados sob três linhas principais:

2232 1. Os Filhos Descendentes de Deus

2233 2. Os Filhos Ascendentes de Deus

2234 3. Os Filhos Trinitarizados de Deus

20:0:2 2235 As ordens descendentes de filiação incluem personalidades que são de criação divina e direta. Os filhos ascendentes, tais como as criaturas mortais, alcançam a situação de ascendentes por uma participação experiencial na técnica criativa conhecida como evolução. Os filhos trinitarizados formam um grupo de origem composta, que inclui todos os seres abraçados pela Trindade do Paraíso, ainda que não se originem diretamente da Trindade.

1. OS FILHOS DESCENDENTES DE DEUS


20:1:1 2236 Todos os Filhos descendentes de Deus têm origem elevada e divina. Eles dedicam-se à ministração descendente de serviço, aos mundos e sistemas do tempo e do espaço. Ali, eles facilitam o progresso, na escalada até o Paraíso, das criaturas mais baixas, de origem evolucionária – os filhos ascendentes de Deus. Sete das inúmeras ordens de Filhos descendentes serão descritas nestas narrativas. Os Filhos que provêm das Deidades, da Ilha Central de Luz e Vida, são chamados de Filhos de Deus do Paraíso, e abrangem as três ordens seguintes:

2237 1. Filhos Criadores – os Michaéis.

2238 2. Filhos Magisteriais – os Avonais.

2239 3. Filhos Instrutores da Trindade – os Diainais.

20:1:2 22310 As quatro ordens remanescentes de filiação descendente são conhecidas como os Filhos de Deus dos Universos Locais:

22311 4. Filhos Melquisedeques.

22312 5. Filhos Vorondadeques.

22313 6. Filhos Lanonandeques.

22314 7. Portadores da Vida.

20:1:3 22315 Os Melquisedeques são uma progênie conjunta do Filho Criador de um universo local, do Espírito Criativo Materno e do Pai Melquisedeque. Tanto os Vorondadeques quanto os Lanonandeques são trazidos à vida por um Filho Criador e pelo seu Espírito Criativo Materno coligado. Os Vorondadeques são mais conhecidos como os Altíssimos, os Pais da Constelação; os Lanonandeques, como Soberanos dos Sistemas e como Príncipes Planetários. A ordem tríplice dos Portadores da Vida é trazida à existência pela associação do Filho Criador e do Espírito Criativo Materno, junto com um dos três Anciães dos Dias da jurisdição do superuniverso. Mas as naturezas e atividades desses Filhos de Deus dos Universos locais são descritas com mais propriedade nos documentos que estão ligados aos assuntos das criações dos universos locais.

20:1:4 2241 Os Filhos de Deus do Paraíso têm três origens: os primários, ou os Filhos Criadores, que são trazidos à existência pelo Pai Universal e pelo Filho Eterno; os secundários, ou Filhos Magisteriais, que são filhos do Filho Eterno e do Espírito Infinito; os Filhos Instrutores da Trindade, que são uma progênie do Pai, do Filho e do Espírito. Do ponto de vista do serviço, da adoração e da suplicação, os Filhos do Paraíso são como um; o seu espírito é um e o seu trabalho é idêntico em qualidade e em integralidade.

20:1:5 2242 Do mesmo modo que as ordens dos Dias demonstraram ser de administradores divinos, as ordens de Filhos do Paraíso revelaram-se como ministros divinos – criadores, servidores, outorgadores, juízes, instrutores e reveladores da verdade. Eles percorrem o universo dos universos, desde as margens da Ilha Eterna até os mundos habitados do tempo e do espaço, realizando, no universo central e nos superuniversos, serviços múltiplos não desvelados nestas narrativas. Eles organizam-se de um modo variado, dependendo da natureza e das cercanias dos seus serviços; mas, em um universo local, tanto os Filhos Magisteriais quanto os Filhos Instrutores servem sob a direção do Filho Criador, que preside àquele domínio.

20:1:6 2243 Os Filhos Criadores parecem possuir um dom espiritual centrado nas suas pessoas, que é por eles controlado e que eles podem outorgar; como o fez o vosso próprio Filho Criador quando efundiu o seu espírito por sobre toda carne mortal em Urântia. Cada Filho Criador é dotado com esse poder de atração espiritual, no seu próprio reino; ele é pessoalmente consciente de cada ato e cada emoção de todos os Filhos descendentes de Deus que servem no seu domínio. Nisso está um reflexo divino, uma duplicação, em um universo local, daquele poder absoluto de atração espiritual do Filho Eterno, que o capacita a alcançar os seus Filhos do Paraíso para fazer e manter contato com eles, não importando onde possam eles estar, em todos os universos dos universos.

20:1:7 2244 Os Filhos Criadores do Paraíso servem, não apenas como Filhos, na sua ministração descendente de serviço e de auto-outorga, mas, depois que houverem completado as suas carreiras de auto-outorga, cada um funciona como um Pai do universo, no âmbito da sua própria criação; enquanto os outros Filhos de Deus continuam os serviços de auto-outorga e elevação espiritual, destinados a conquistar para os planetas, um a um, o reconhecimento voluntário da lei do amor do Pai Universal, culminando na consagração da criatura à vontade do Pai do Paraíso e na lealdade planetária à soberania do seu Filho Criador sobre aquele universo.

20:1:8 2245 Em um Filho Criador sétuplo, o Criador e a criatura estão, para sempre, fundidos em uma associação plena de entendimento, misericórdia e compaixão. Toda a ordem dos Michaéis, os Filhos Criadores, é tão única que as considerações sobre as suas naturezas e atividades ficarão reservadas ao próximo documento desta série. Na narrativa presente, ocupar-nos-emos principalmente das duas ordens remanescentes de filiação do Paraíso: os Filhos Magisteriais e os Filhos Instrutores da Trindade.

2. OS FILHOS MAGISTERIAIS


20:2:1 2246 Toda vez que um conceito original e absoluto sobre o ser, formulado pelo Filho Eterno, une-se a um ideal novo e divino de serviço-amor, concebido pelo Espírito Infinito, é produzido um Filho de Deus novo e original, um Filho Instrutor do Paraíso. Esses Filhos constituem a ordem dos Avonais, que se distingue bem da ordem dos Michaéis, os Filhos Criadores. Embora não sejam criadores, no sentido pessoal, eles estão estreitamente ligados aos Michaéis, em todo o seu trabalho. Os Avonais são ministros e juízes planetários, magistrados dos reinos do espaço-tempo – de todas as raças, para todos os mundos e em todos os universos.

20:2:2 2251 Temos razões para acreditar que o número total de Filhos Magisteriais, no grande universo, seja de cerca de um bilhão. Eles são uma ordem que se autogoverna, sendo dirigida pelo seu conselho supremo no Paraíso, que é constituído de Avonais experientes, escolhidos dentre os serviços de todos os universos. Todavia, quando designados para um universo local e ali funcionando, eles servem sob a direção do Filho Criador daquele domínio.

20:2:3 2252 Os Avonais são os Filhos do Paraíso para o serviço e para a auto-outorga, em particular, nos planetas dos universos locais. E, posto que cada Filho Avonal tenha uma personalidade exclusiva e como não há dois iguais, o seu trabalho é individualmente único, nos reinos da sua permanência, onde eles se encarnam, com freqüência, à semelhança da carne mortal e algumas vezes nascem de mães terrestres nos mundos evolucionários.

20:2:4 2253 Por acréscimo aos seus serviços, em níveis administrativos mais elevados, os Avonais têm funções tríplices nos mundos habitados:

20:2:5 2254 1. As Ações Judiciais. Eles atuam nos encerramentos das dispensações planetárias. No tempo, tais missões podem ser executadas – às dezenas ou às centenas – em cada mundo individual; e podem ir, os Avonais, para o mesmo ou para outros mundos, por inúmeras vezes, como terminadores de dispensação e liberadores de sobreviventes adormecidos.

20:2:6 2255 2. As Missões Magisteriais. Uma visitação planetária desse tipo ocorre, usualmente, antes da chegada de um Filho auto-outorgado. Em tal missão, um Avonal surge como um adulto do reino, por uma técnica de encarnação que não envolve o nascimento mortal. Posteriormente a essa primeira visita magisterial usual, os Avonais podem repetidamente servir com a função magisterial, no mesmo planeta, tanto antes quanto depois do surgimento do Filho auto-outorgado. Nessas missões magisteriais adicionais, um Avonal pode ou não surgir, em uma forma material e visível, mas em nenhuma delas virá ao mundo como um recém-nascido desamparado.

20:2:7 2256 3. As Missões de Auto-outorga. Todos os Filhos Avonais, pelo menos por uma vez, outorgam a si próprios, em alguma raça mortal, em algum mundo evolucionário. As visitas judiciais são inúmeras, as missões magisteriais podem ser plurais, mas em cada planeta não surge senão um Filho auto-outorgado. Os Avonais auto-outorgados nascem de mulher, como Michael de Nebadon encarnou-se em Urântia.

20:2:8 2257 Não há limite para o número de vezes que os Filhos Avonais podem servir em missões magisteriais e de auto-outorga, mas usualmente, quando a experiência houver acontecido por sete vezes, há uma suspensão em favor daqueles que houverem tido menos desse serviço. Esses Filhos, de experiência auto-outorgante múltipla, são designados, então, para o alto conselho pessoal de um Filho Criador, tornando-se assim participantes da administração dos assuntos do universo.

20:2:9 2258 Em todos os seus trabalhos para os mundos, e nos mundos habitados, os Filhos Magisteriais são assistidos por duas ordens de criaturas do universo local: os Melquisedeques e os arcanjos. E, quando estão em missões de auto-outorga, eles são acompanhados também pelos Brilhantes Estrelas Vespertinos, que são também originários do universo local. Em todo o seu esforço planetário, os Filhos secundários do Paraíso, os Avonais, têm o apoio do poder pleno e da autoridade de um Filho primário do Paraíso, o Filho Criador do universo local do serviço deles. Para todos os intentos e propósitos, o trabalho deles, nas esferas habitadas, é tão eficiente e aceitável como teria sido o serviço de um Filho Criador, em tais mundos de residência dos mortais.

3. AS AÇÕES JUDICIAIS


20:3:1 2261 Os Avonais são conhecidos como Filhos Magisteriais porque são os altos magistrados dos reinos, os julgadores das sucessivas dispensações dos mundos do tempo. Eles presidem ao despertar dos sobreviventes adormecidos, encarregam-se dos julgamentos dos reinos, põem fim a uma dispensação de adiamento de sentenças, executam os mandatos de uma idade de misericórdia probatória, redesignam as criaturas espaciais da ministração planetária, para as tarefas da nova dispensação, e retornam à sede central do seu universo local, após completarem a sua missão.

20:3:2 2262 Quando julgam os destinos de uma idade, os Avonais decretam o que acontecerá às raças evolucionárias, mas, ainda que possam efetuar julgamentos, de extinção da identidade de criaturas pessoais, eles não executam tais sentenças. Os veredictos dessa natureza são executados apenas pelas autoridades de um superuniverso.

20:3:3 2263 A chegada de um Avonal do Paraíso, em um mundo evolucionário, com o propósito de terminar uma dispensação e inaugurar uma nova era de progresso planetário, não é necessariamente uma missão magisterial nem uma missão de auto-outorga. As missões magisteriais, algumas vezes, e as missões de auto-outorga, sempre, são encarnações; isto é, em tais compromissos, os Avonais servem em um planeta sob a forma material – literalmente. As suas outras visitas são “técnicas” e, nessa função, um Avonal não é encarnado para o serviço planetário. Se um Filho Magisterial vem puramente como um julgador dispensacional, ele chega a um planeta como um ser espiritual, invisível para as criaturas materiais do reino. Tais visitas técnicas ocorrem repetidamente, na longa história de um mundo habitado.

20:3:4 2264 Os Filhos Avonais podem atuar como juízes planetários, antes de ambas as experiências, tanto da magisterial quanto da de auto-outorga. Em qualquer dessas missões, contudo, o Filho encarnado julgará a idade planetária que finda; do mesmo modo o faz um Filho Criador, quando encarnado em uma missão de auto-outorga, à semelhança da carne mortal. Quando um Filho do Paraíso visita um mundo evolucionário e torna-se como que um dos seus habitantes, a sua presença dá por terminada uma dispensação e constitui um julgamento daquele reino.

4. AS MISSÕES MAGISTERIAIS


20:4:1 2265 Antes do surgimento planetário de um Filho em auto-outorga, um mundo habitado é usualmente visitado por um Avonal do Paraíso, em uma missão magisterial. Se essa for uma visitação magisterial inicial, o Avonal é sempre encarnado como um ser material. Ele surge, no planeta em que se auto-outorgará, como um varão maduro das raças mortais, um ser plenamente visível e em contato com as criaturas mortais daqueles dias e geração. Durante uma encarnação magisterial, a conexão do Filho Avonal com as forças espirituais locais e universais é completa e ininterrupta.

20:4:2 2266 Um planeta pode experimentar muitas visitações magisteriais, tanto antes quanto depois do aparecimento de um Filho auto-outorgado. Pode ser visitado muitas vezes por um mesmo ou por outros Avonais, atuando como julgadores dispensacionais; mas tais missões técnicas de julgamento não são nem de outorga de si próprios, nem magisteriais; e os Avonais nunca são encarnados em tais ocasiões. Mesmo quando um planeta é abençoado por repetidas missões magisteriais, os Avonais nem sempre se submetem a encarnações mortais e, quando eles servem na semelhança da carne mortal, eles sempre surgem como seres adultos do reino; eles não nascem de mulher.

20:4:3 2271 Quando encarnados, seja em missões de auto-outorga, seja nas magisteriais, os Filhos do Paraíso têm experimentado a residência dos Ajustadores, e esses Ajustadores são diferentes em cada encarnação. Os Ajustadores que ocupam as mentes dos Filhos de Deus encarnados não podem nunca esperar adquirir personalidade por meio da fusão com os seres humanos-divinos resididos por eles, mas são, sim, freqüentemente personalizados por um ato do Pai Universal. Tais Ajustadores formam o conselho supremo diretor de Divinington, para administração, identificação e despacho dos Monitores Misteriosos até os reinos habitados. Eles também recebem e credenciam os Ajustadores, nos seus retornos ao “seio do Pai”, quando da dissolução mortal dos seus tabernáculos terrenos. Desse modo, pois, os fiéis Ajustadores dos julgadores dos mundos tornam-se os chefes enaltecidos da sua espécie.

20:4:4 2272 Urântia nunca recebeu um Filho Avonal, em uma missão magisterial. Tivesse Urântia seguido o plano geral para os mundos habitados, e teria sido abençoada com uma missão magisterial, em alguma época, entre os dias de Adão e a auto-outorga de Cristo Michael. Mas a seqüência regular de Filhos do Paraíso, no vosso planeta, foi totalmente desfeita pelo aparecimento do vosso Filho Criador, na sua auto-outorga terminal, há cerca de dezenove séculos.

20:4:5 2273 Urântia pode ainda ser visitada por um Avonal, incumbido de encarnar em uma missão magisterial, mas, no que concerne ao futuro aparecimento de Filhos do Paraíso, nem mesmo “os anjos nos céus sabem o tempo ou o modo de tais visitações”, porque um mundo no qual Michael se auto-outorgou tornou-se o domínio individual e pessoal desse Filho Mestre e, como tal, fica totalmente sujeito aos próprios planos e regulamentações dele. E, no vosso mundo, tudo isso se complica ainda mais, em vista da promessa de Michael de retornar. Independentemente das interpretações errôneas sobre os acontecimentos durante a estada de Michael de Nebadon em Urântia, uma coisa certamente é autêntica: a promessa que ele fez de voltar ao vosso mundo. Em vista dessa perspectiva, apenas o tempo poderá revelar a futura ordem das visitações, em Urântia, dos Filhos de Deus do Paraíso.

5. A AUTO-OUTORGA DOS FILHOS DE DEUS DO PARAÍSO


20:5:1 2274 O Filho Eterno é a eterna Palavra de Deus. O Filho Eterno é a expressão perfeita do “primeiro” pensamento absoluto e infinito do seu Pai eterno. Quando uma duplicação pessoal, ou uma extensão divina desse Filho Original, parte em uma missão de outorga de si próprio, em uma encarnação mortal, torna-se literalmente verdade que o divino “Verbo se fez carne” e que o Verbo, assim, reside entre os seres mais baixos de origem animal.

20:5:2 2275 Em Urântia, está disseminada a crença de que o propósito da auto-outorga de um Filho acontece, de uma certa forma, para influenciar a atitude do Pai Universal. Mas o vosso discernimento deveria indicar-vos que isso não é verdadeiro. As auto-outorgas dos Filhos Avonais e Michaéis são uma parte necessária do processo experiencial destinado a fazer, desses Filhos, os magistrados e governantes seguros e compassivos para com os povos e os planetas do tempo e do espaço. A carreira de auto-outorgas sétuplas é a meta suprema de todos os Filhos Criadores do Paraíso. E todos os Filhos Magisteriais motivam-se por esse mesmo espírito de serviço, que tão abundantemente caracteriza os Filhos Criadores primários e o Filho Eterno do Paraíso.

20:5:3 2276 Alguma ordem de Filhos do Paraíso deve ser auto-outorgada, em cada mundo mortal habitado, com a finalidade de tornar possível aos Ajustadores do Pensamento residirem nas mentes de todos os seres humanos normais naquela esfera; pois os Ajustadores não vêm para todos os seres humanos de boa-fé antes que o Espírito da Verdade tenha sido efundido em toda a carne; e o envio do Espírito da Verdade depende do retorno, à sede central do universo, do Filho do Paraíso, que haja cumprido, com êxito, uma missão de auto-outorga mortal em um mundo em evolução.

20:5:4 2281 Durante o curso da longa história de um planeta habitado, muitos julgamentos dispensacionais serão realizados e mais do que uma missão magisterial pode ocorrer, mas geralmente, apenas por uma vez, um Filho auto-outorgador servirá em uma mesma esfera. A cada mundo individual habitado, é necessário, apenas por uma vez, que um Filho auto-outorgado haja vivido totalmente ali uma vida mortal, do nascimento à morte. Mais cedo ou mais tarde, a despeito do seu status espiritual, cada mundo habitado por mortais está destinado a hospedar um Filho Magisterial, em uma missão de auto-outorga, excetuando-se um único planeta, em cada universo local, no qual o Filho Criador haja escolhido efetuar a sua auto-outorga mortal.

20:5:5 2282 Entendendo mais sobre os Filhos auto-outorgadores, vós sabereis por que tanto interesse recai sobre Urântia, na história de Nebadon. O vosso pequeno e insignificante planeta é de interesse para o universo local, simplesmente porque é o lar mortal de Jesus de Nazaré. Ele foi o cenário da auto-outorga final, e triunfante, do vosso Filho Criador; foi a arena na qual Michael ganhou a soberania pessoal suprema do universo de Nebadon.

20:5:6 2283 Na sede central do seu universo local, um Filho Criador, especialmente depois de completar a sua própria auto-outorga mortal, passa grande parte do seu tempo aconselhando e instruindo o colégio dos Filhos associados, os Filhos Magisteriais e outros. Em amor e devoção, com terna misericórdia e consideração afetuosa, esses Filhos Magisteriais auto-outorgam-se, doando a si próprios aos mundos do espaço. E de nenhum modo esses serviços planetários são inferiores às autodoações mortais dos Michaéis. É verdade que o vosso Filho Criador selecionou, como reino da sua aventura final de experiência como criatura, um planeta que tivesse tido infelicidades incomuns. Mas nenhum planeta poderia estar em uma condição tal que requisitasse a auto-outorga de um Filho Criador, para efetivar a sua reabilitação espiritual. Qualquer Filho, do grupo auto-outorgador, teria sido igualmente suficiente, pois em todo o seu trabalho, nos mundos de um universo local, os Filhos Magisteriais são tão divinamente eficientes e todo-sábios quanto o foi o seu irmão do Paraíso, o Filho Criador.

20:5:7 2284 Embora uma possibilidade de desastre paire sempre sobre esses Filhos do Paraíso, durante as suas encarnações de auto-outorga, eu estou ainda para ver o registro de um fracasso ou não-cumprimento, seja de um Filho Magisterial, seja de um Filho Criador, em uma missão de auto-outorga. Ambos têm uma origem próxima demais da perfeição absoluta para chegarem a falhar. Eles de fato assumem riscos, realmente tornam-se como as criaturas mortais de carne e sangue e, por isso, conquistam a experiência única da criatura; mas, dentro do âmbito da minha observação, eles sempre têm êxito. Nunca fracassam na realização da meta da sua missão de auto-outorga. A história das suas auto-outorgas e dos serviços planetários, em todo o Nebadon, constitui o capítulo mais nobre e fascinante da história do vosso universo local.

6. CARREIRAS DE AUTO-OUTORGA MORTAL


20:6:1 2285 O método pelo qual um Filho do Paraíso torna-se pronto para a encarnação mortal, como um Filho auto-outorgado, chegando até a nascer de uma mãe, no planeta da sua outorga, é um mistério universal; e qualquer esforço para desvendar o trabalho dessa técnica de Sonarington, seguramente está destinado a fracassar. Deixai que o conhecimento sublime da vida mortal de Jesus de Nazaré mergulhe nas vossas almas, mas não desperdiceis pensamentos em cogitações inúteis, sobre como se efetuou essa misteriosa encarnação de Michael de Nebadon. Que nos regozijemos pelo conhecimento e certeza de que tais realizações sejam possíveis à natureza divina, mas não desperdicemos tempo em conjecturas fúteis sobre a técnica empregada pela sabedoria divina ao efetuar tal fenômeno.

20:6:2 2291 Numa missão de auto-outorga mortal, um Filho do Paraíso sempre nasce de mulher e cresce como uma criança masculina do reino, como o fez Jesus, em Urântia. Esses filhos do serviço supremo passam pela infância e pela juventude, até a maturidade, exatamente como o faz um ser humano. Sob todos os aspectos, eles tornam-se como os mortais, da raça na qual nasceram. Fazem pedidos ao Pai, como o fazem os filhos do reino em que servem. Do ponto de vista material, esses Filhos humano-divinos vivem vidas comuns, com uma única exceção: eles não geram nenhuma progênie nos mundos da sua permanência; essa é uma restrição universal, imposta a todas as ordens de Filhos do Paraíso que fazem essa autodoação de outorga.

20:6:3 2292 Assim como Jesus trabalhou no vosso mundo, como um filho de carpinteiro, também os outros Filhos do Paraíso trabalham em vários afazeres, nos seus planetas de outorga. Vós, dificilmente, conseguiríeis localizar alguma vocação que não tenha sido seguida por algum Filho do Paraíso, no curso da sua auto-outorga, em algum dos planetas evolucionários do tempo.

20:6:4 2293 Quando um Filho auto-outorgado tem, sob a sua mestria, a experiência da vida, como um mortal; quando ele houver alcançado a perfeição de sintonia com o seu Ajustador residente, então, ele começa aquela parte da sua missão planetária destinada a iluminar as mentes e inspirar as almas dos seus irmãos na carne. Como mestres esses Filhos se devotam exclusivamente à iluminação espiritual das raças mortais, nos mundos da sua permanência.

20:6:5 2294 As carreiras de auto-outorga mortal dos Michaéis e Avonais, ainda que equiparáveis, não são idênticas em todos os aspectos: um Filho Magisterial nunca proclama “Quem tiver visto o Filho, terá visto o Pai”, como o fez o vosso Filho Criador, quando em Urântia vivendo na carne. Um Avonal auto-outorgado, entretanto, declara: “Quem tiver visto a mim, terá visto o Filho Eterno de Deus”. Os Filhos Magisteriais não são de descendência imediata do Pai Universal, nem encarnam para sujeitar-se à vontade do Pai; eles sempre se auto-outorgam, como Filhos do Paraíso, sujeitando-se à vontade do Filho Eterno do Paraíso.

20:6:6 2295 Quando os Filhos auto-outorgados, Criadores ou Magisteriais, passam pelos portais da morte, eles ressurgem, ao terceiro dia. Mas vós não deveríeis nutrir a idéia de que eles sempre têm o trágico fim que teve o vosso Filho Criador, que visitou o vosso mundo, há cerca de dezenove séculos. A experiência extraordinária e estranhamente cruel, pela qual Jesus de Nazaré passou, levou Urântia a ser conhecida no universo local como o “mundo da cruz”. Não se faz necessário que um tratamento tão desumano seja dispensado a um Filho de Deus; e a grande maioria de planetas tem dispensado a eles uma recepção de muito maior consideração, permitindo a eles terminar as suas carreiras mortais, encerrar a época, julgar os sobreviventes adormecidos e inaugurar uma nova dispensação, sem impor-lhes nenhuma morte violenta. Um Filho auto-outogado deve encontrar a morte, deve passar por toda a experiência real dos mortais dos reinos, mas, que essa morte seja violenta ou incomum, não é um quesito do plano divino.

20:6:7 2296 Quando não são levados à morte pela violência, os Filhos auto-outorgados abandonam voluntariamente as suas vidas e passam pelos portais da morte, não para satisfazer às exigências da “severa justiça” ou da “ira divina”, mas antes para completar a outorga, “para beber do cálice” da carreira da encarnação e da experiência pessoal, de tudo o que constitui a vida de uma criatura, do modo como é vivida nos planetas de existência mortal. A outorga, a doação de si próprio, é uma necessidade planetária e do universo; e a morte física nada mais é do que uma parte necessária, em uma missão de auto-outorga.

20:6:8 2301 Quando a encarnação mortal termina, o Avonal em serviço encaminha-se ao Paraíso, é aceito pelo Pai Universal, retorna ao universo local da sua missão, e é reconhecido pelo Filho Criador. A partir daí, o Avonal auto-outorgado e o Filho Criador enviam o seu Espírito da Verdade, conjunto, para funcionar nos corações das raças mortais que habitam o mundo da outorga. Nas idades de pré-soberania, de um universo local, esse espírito conjunto de ambos os Filhos é implementado pelo Espírito Criativo Materno. E ele difere ligeiramente do Espírito da Verdade, o qual caracteriza as idades dos universos locais que vêm depois da sétima auto-outorga de um Filho Michael.

20:6:9 2302 Quando se completa a auto-outorga final de um Filho Criador, o Espírito da Verdade, previamente enviado a todos os mundos de outorgas Avonais daquele universo local, transforma-se na sua natureza, tornando-se mais literalmente o espírito do Michael soberano. Esse fenômeno ocorre simultaneamente com a liberação do Espírito da Verdade, para serviço no planeta em que ocorreu a auto-outorga mortal do Filho Michael. Daí em diante, cada mundo honrado com uma auto-outorga Magisterial receberá o mesmo espírito Confortador do Filho Criador sétuplo, em coligação com o do Filho Magisterial, o mesmo que o mundo teria recebido, caso o Soberano daquele universo local houvesse encarnado pessoalmente como o seu Filho auto-outorgado.

7. OS FILHOS INSTRUTORES DA TRINDADE


20:7:1 2303 Esses Filhos do Paraíso, altamente pessoais e altamente espirituais, são trazidos à existência pela Trindade do Paraíso. São conhecidos em Havona como a ordem dos Diainais. Em Orvonton, eles estão registrados como Filhos Instrutores da Trindade, assim denominados por causa da sua ascendência. Em Salvington, algumas vezes, são denominados Filhos Espirituais do Paraíso.

20:7:2 2304 O número dos Filhos Instrutores está constantemente crescendo. A última transmissão do censo universal forneceu um número um pouco maior que vinte e um bilhões desses Filhos atuando no universo central e nos superuniversos; e isso exclui as reservas do Paraíso, as quais são de mais de um terço de todos os Filhos Instrutores da Trindade em existência.

20:7:3 2305 A ordem Diainal de filiação não é uma parte orgânica das administrações dos universos locais ou dos superuniversos. Os seus membros não são nem criadores ou resgatadores, juízes ou governantes. Estão menos ocupados com a administração do universo do que com o esclarecimento moral e o desenvolvimento espiritual. Eles são os educadores universais, permanecendo dedicados ao despertar espiritual e à orientação moral de todos os reinos. A sua ministração está intimamente inter-relacionada com a das personalidades do Espírito Infinito e encontra-se intimamente associada à ascensão dos seres-criaturas, até o Paraíso.

20:7:4 2306 Esses Filhos da Trindade compartilham das naturezas combinadas das três Deidades do Paraíso, mas, em Havona, eles parecem refletir mais a natureza do Pai Universal. Nos superuniversos eles parecem retratar a natureza do Filho Eterno, enquanto, nas criações locais, eles parecem demonstrar o caráter do Espírito Infinito. Em todos os universos, eles são a incorporação do serviço e a prudência da sabedoria.

20:7:5 2307 Diferentemente dos Michaéis e dos Avonais, seus irmãos do Paraíso, os Filhos Instrutores da Trindade não recebem nenhum aperfeiçoamento preliminar no universo central. Eles são despachados diretamente para as sedes centrais dos superuniversos e, dali, são designados para servir em algum universo local. Na sua ministração, nesses reinos evolucionários, eles utilizam a influência espiritual combinada de um Filho Criador e dos Filhos Magisteriais associados a ele, pois os Diainais não possuem um poder de atração espiritual em si e por si próprios.

8. A MINISTRAÇÃO DOS DIAINAIS NO UNIVERSO LOCAL


20:8:1 2311 Os Filhos Espirituais do Paraíso são seres singulares, originários da Trindade; e são as únicas criaturas da Trindade a ligar-se tão totalmente à condução dos universos de origem dual. Eles devotam-se afetuosamente ao ministério educacional, às criaturas mortais e às ordens mais baixas de seres espirituais. Começam os seus trabalhos nos sistemas locais e, de acordo com as suas experiências e realizações, avançam para dentro, por meio do serviço, nas constelações, até os mais elevados trabalhos da criação local. Após terem sido certificados, eles podem transformar-se em embaixadores espirituais, representando o universo local do seu serviço.

20:8:2 2312 Não sei qual é o número exato de Filhos Instrutores em Nebadon; há muitos milhares deles. Muitos dos dirigentes de departamentos, nas escolas dos Melquisedeques, pertencem à sua ordem, enquanto o conjunto do pessoal da Universidade de Salvington, regularmente constituída, abrange mais de cem mil seres, inclusive desses Filhos. Um grande número deles encontra-se estacionado nos vários mundos de aprendizado moroncial; entretanto, eles não estão ocupados apenas com o avanço espiritual e intelectual das criaturas mortais, eles estão igualmente ocupados com a instrução dos seres seráficos e outros nativos das criações locais. Muitos dos seus assistentes são provenientes das fileiras de seres trinitarizados-por-criaturas.

20:8:3 2313 Os Filhos Instrutores compõem as faculdades que administram todos os exames e conduzem todos os testes para a qualificação e certificação, em todas as fases subordinadas de serviço no universo; desde os deveres das sentinelas em postos avançados, até os de estudantes das estrelas. Eles conduzem um tipo de curso de educação que dura toda uma era, variando desde os cursos planetários até as altas Faculdades do Saber localizadas em Salvington. O reconhecimento indicativo do esforço e da realização é concedido a todos, sejam mortais ascendentes ou querubins arrojados, que completam essas aventuras no saber e na verdade.

20:8:4 2314 Em todos os universos, todos os Filhos de Deus admiram esses Filhos Instrutores da Trindade, sempre fiéis e universalmente eficientes. Eles são os professores excelsos de todas as personalidades espirituais, sendo até mesmo os instrutores experimentados, aprovados e verdadeiros, dos próprios Filhos de Deus. Todavia, sobre os detalhes sem fim dos deveres e funções dos Filhos Instrutores, pouco posso dizer-vos. Os vastos domínios das atividades da filiação dos Diainais serão mais bem compreendidos, em Urântia, tão logo estiverdes mais avançados em inteligência, e depois que o isolamento espiritual do vosso planeta houver terminado.

9. O SERVIÇO PLANETÁRIO DOS DIAINAIS


20:9:1 2315 Quando o progresso dos acontecimentos, em um mundo evolucionário, indica que o tempo está maduro para iniciar uma idade espiritual, os Filhos Instrutores da Trindade são sempre voluntários para esse serviço. Vós não estais familiarizados com essa ordem de filiação, porque Urântia nunca experienciou uma idade espiritual, um milênio de esclarecimento cósmico. Contudo, os Filhos Instrutores, ainda agora, visitam o vosso mundo com o propósito de formular planos visando as temporadas que eles projetam passar na vossa esfera. Eles aparecerão devidamente, em Urântia, após os seus habitantes haverem conquistado uma relativa libertação das correntes da animalidade e das cadeias do materialismo.

20:9:2 2316 Os Filhos Instrutores da Trindade não têm nada a ver com a terminação das dispensações planetárias. Eles não julgam os mortos, nem transladam os vivos; entretanto, em cada missão planetária, eles são acompanhados por um Filho Magisterial que executa esses serviços. Os Filhos Instrutores ocupam-se integralmente com a iniciação de uma idade espiritual, com a aurora de uma era de realidades espirituais, em um planeta evolucionário. Eles tornam reais as contrapartes espirituais do conhecimento material e da sabedoria temporal.

20:9:3 2321 Os Filhos Instrutores, em geral, permanecem nos seus planetas de visitação, por mil anos do tempo planetário. Um Filho Instrutor preside ao reino do planeta de uma forma milenar e é assistido por setenta associados da sua ordem. Os Diainais não se encarnam nem se materializam, de qualquer outro modo, para se fazerem visíveis aos seres mortais; e, por isso, o contato com o mundo da sua visitação é mantido por meio das atividades dos Brilhantes Estrelas Vespertinos, personalidades do universo local que se associam aos Filhos Instrutores da Trindade.

20:9:4 2322 Os Diainais podem retornar, muitas vezes, a um mundo habitado e, após a sua missão final, o planeta entrará no status de esfera estabelecida em luz e vida, meta evolucionária visada por todos os mundos habitados pelos mortais da presente idade do universo. Os Corpos Mortais de Finalidade muito têm a ver com as esferas estabelecidas em luz e vida; e as suas atividades planetárias têm relações com as dos Filhos Instrutores. De fato, toda ordem de filiação dos Diainais está intimamente ligada a todas as fases das atividades dos finalitores, nas criações evolucionárias do tempo e do espaço.

20:9:5 2323 Os Filhos Instrutores da Trindade parecem identificar-se tão completamente com o regime de progressão mortal, desde as primeiras etapas da ascensão evolucionária, que, muitas vezes, somos levados a refletir a respeito da sua possível associação com os finalitores, na carreira, ainda não revelada, dos universos futuros. Observamos que os administradores dos superuniversos são, uma parte, personalidades originárias da Trindade e, outra parte, criaturas ascendentes evolucionárias abraçadas pela Trindade. Nós acreditamos, firmemente, que os Filhos Instrutores e os finalitores estejam empenhados, presentemente, em adquirir a experiência da associação temporal entre eles, a qual pode ser uma educação preliminar a prepará-los para uma associação estreita em algum destino ainda não revelado, no futuro. É da nossa crença que, em Uversa, quando os superuniversos estiverem finalmente estabelecidos em luz e vida, esses Filhos Instrutores da Trindade, os quais se têm tornado tão profundamente familiarizados com os problemas dos mundos evolucionários e têm-se associado, por tanto tempo, à carreira dos mortais evolucionários, sejam, provavelmente, transferidos, em ligação eterna, para o Corpo de Finalidade do Paraíso.

10. A MINISTRAÇÃO UNIFICADA DOS FILHOS DO PARAÍSO


20:10:1 2324 Todos os Filhos de Deus do Paraíso são divinos por origem e natureza. O trabalho de todo Filho do Paraíso, para o bem de um determinado mundo, é como se esse Filho a serviço fosse o primeiro e único Filho de Deus.

20:10:2 2325 Os Filhos do Paraíso são a apresentação divina das naturezas atuantes das três pessoas da Deidade aos domínios do tempo e do espaço. Os Filhos Criadores Magisteriais e Instrutores são as dádivas das Deidades eternas, para os filhos dos homens e para todas as outras criaturas do universo, as quais têm potencial de ascensão. Esses Filhos de Deus são os ministros divinos devotados, incessantemente, ao trabalho de ajudar as criaturas do tempo a atingir a elevada meta espiritual da eternidade.

20:10:3 2326 Nos Filhos Criadores, o amor do Pai Universal está aliado à misericórdia do Filho Eterno e é revelado, aos universos locais, por meio do poder criativo do ministério de amor e pela soberania compreensiva dos Michaéis. Nos Filhos Magisteriais, a misericórdia do Filho Eterno, unida ao ministério do Espírito Infinito, é revelada aos domínios evolucionários, nas carreiras de julgamento, serviço e auto-outorga desses Avonais. Nos Filhos Instrutores da Trindade, o amor, a misericórdia e o ministério das três Deidades do Paraíso estão coordenados nos níveis de valores mais elevados do espaço-tempo e são apresentados, aos universos, como verdade viva, divina bondade e verdadeira beleza espiritual.

20:10:4 2331 Nos universos locais, essas ordens de filiação colaboram para efetivar a revelação das Deidades do Paraíso às criaturas do espaço. Como Pai de um universo local, um Filho Criador retrata o caráter infinito do Pai Universal. Como Filhos auto-outorgados da misericórdia, os Avonais revelam a natureza incomparável, de infinita compaixão, do Filho Eterno. Como mestres verdadeiros das personalidades ascendentes, os Filhos Diainais da Trindade revelam a personalidade de Mestre do Espírito Infinito. Na sua colaboração divinamente perfeita, Michaéis, Avonais e Diainais estão contribuindo para a realização e revelação da personalidade e para a soberania de Deus, o Supremo, nos e para os universos do tempo-espaço. Na harmonia das suas atividades trinas, esses Filhos de Deus do Paraíso sempre funcionam na vanguarda das personalidades da Deidade, ao prosseguirem na expansão, sem fim, da divindade da Primeira Grande Fonte e Centro, desde a eterna Ilha do Paraíso até as profundezas desconhecidas do espaço.

20:10:5 2332 [Apresentado por um Perfeccionador da Sabedoria de Uversa.]

DOCUMENTO 21

OS FILHOS CRIADORES DO PARAÍSO
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Os Filhos Criadores são aqueles que fazem os universos locais do tempo e do espaço; e que os governam. Esses criadores e soberanos do universo são de origem dual, incorporando as características de Deus, o Pai, e de Deus, o Filho. Cada Filho Criador, todavia, é diferente de todos os outros; cada um é único em natureza, bem como em personalidade; cada um é o “Filho unigênito” do ideal perfeito da deidade de sua origem.

21:0:2 2342 No imenso trabalho de formar, organizar, fazer evoluir e perfeccionar um universo local, esses Filhos elevados sempre gozam da aprovação sustentadora do Pai Universal. A relação dos Filhos Criadores com o seu Pai do Paraíso é tocante e superlativa. Nenhuma dúvida há de que a profunda afeição da Deidade pela sua progênie divina não seja a fonte do amor, cheio de beleza e quase divino, que os pais mortais também nutrem pelos seus filhos.

21:0:3 2343 Esses Filhos primários do Paraíso são personalizados como Michaéis. Quando saem do Paraíso para fundar os seus universos, são conhecidos como Michaéis Criadores. Quando estabelecidos em autoridade suprema, eles são chamados de Michaéis Mestres. Algumas vezes, referimo-nos ao soberano do vosso universo de Nebadon como Cristo Michael. Para sempre, eternamente, reinam eles, segundo a “ordem de Michael”, sendo essa a designação do primeiro Filho da sua ordem e natureza.

21:0:4 2344 O Michael original, ou o primogênito, nunca experienciou a encarnação como um ser material, mas por sete vezes ele passou pela experiência de ascensão da criatura espiritual, nos sete circuitos de Havona, tendo avançado, desde as esferas externas, até o circuito mais interno da criação central. A ordem de Michael conhece o grande universo de uma extremidade a outra; não há nenhuma experiência essencial, de qualquer dos filhos do tempo e do espaço, da qual os Michaéis não hajam pessoalmente participado; eles são de fato partícipes, não apenas da natureza divina, mas também da vossa natureza, de todas as naturezas, da mais alta à mais baixa.

21:0:5 2345 O Michael original é o alto presidente dos Filhos primários do Paraíso, quando eles se reúnem para conferências, no centro de todas as coisas. Não faz muito tempo, em Uversa, registramos uma transmissão universal de um conclave extraordinário, na Ilha Eterna, de cento e cinqüenta mil Filhos Criadores, reunidos na presença dos seus Pais e empenhados nas deliberações que têm a ver com o progresso da unificação e da estabilização do universo dos universos. Esse era um grupo seleto de Michaéis Soberanos, Filhos de auto-outorgas sétuplas.

1. ORIGEM E NATUREZA DOS FILHOS CRIADORES


21:1:1 2346 Quando a plenitude da ideação espiritual absoluta, no Filho Eterno, alcança a plenitude do conceito da personalidade absoluta, no Pai Universal; quando tal unificação criadora é final e plenamente atingida; quando essa identidade absoluta de espírito e essa unificação infinita de conceito de personalidade ocorrem, então, imediatamente, sem que nenhuma das Deidades infinitas perca nada em personalidade ou em prerrogativa, surge exatamente nesse momento, em existência plena e completa, um novo e original Filho Criador, o Filho unigênito do ideal perfeito e da idéia poderosa, cuja unificação produz essa nova personalidade criadora, em poder e perfeição.

21:1:2 2351 Cada Filho Criador é uma progênie unigênita e unicamente-gerável, da união perfeita entre os conceitos originais das duas mentes infinitas, eternas e perfeitas dos Criadores, para sempre eternos e existentes, do universo dos universos. Nunca poderá existir um outro Filho como aquele; porque cada Filho Criador é a expressão inqualificável, acabada e final, e é a incorporação de toda e qualquer fase, de cada característica, de cada possibilidade e de cada realidade divina que jamais poderia, por toda a eternidade, ser encontrada, expressar ou evoluir-se a partir daqueles potenciais criativos divinos que se uniram para trazer esse Filho Michael à existência. Cada Filho Criador é o absoluto dos conceitos unificados da deidade, que constituem a sua origem divina.

21:1:3 2352 As naturezas divinas desses Filhos Criadores são, em princípio, derivadas igualmente dos atributos de ambos os Pais, no Paraíso. Todos compartilham da plenitude da natureza divina do Pai Universal e das prerrogativas criadoras do Filho Eterno; mas, à medida que observamos as realizações práticas das atribuições dos Michaéis nos universos, discernimos diferenças aparentes. Alguns Filhos Criadores parecem ser mais como Deus, o Pai; outros, mais como Deus, o Filho. Por exemplo: a tendência da administração, no universo de Nebadon, sugere que o seu Filho Criador e governante seja um daqueles cuja natureza e cujo caráter assemelham-se mais aos do Filho Materno Eterno. Deveria ainda ser dito que alguns Michaéis do Paraíso, que presidem a universos, se assemelham igualmente a Deus, o Pai, e Deus, o Filho. E essas observações, em nenhum sentido, implicam críticas, são apenas registros dos fatos.

21:1:4 2353 Não sei o número exato de Filhos Criadores que existem, mas tenho boas razões para acreditar que há mais de setecentos mil. Ora, sabemos que há exatamente setecentos mil Uniões dos Dias; e nenhum mais está sendo criado. Também observamos que os planos de ordenação da idade atual do universo parecem indicar que um União dos Dias deve estar sediado, em cada universo local, como embaixador conselheiro da Trindade. Notamos, ademais, que o número constantemente crescente de Filhos Criadores excede já o número estacionário de Uniões dos Dias. Contudo, no que concerne à quantidade dos Michaéis, além dos setecentos mil, nunca fomos informados de nada.

2. OS CRIADORES DOS UNIVERSOS LOCAIS


21:2:1 2354 Os Filhos do Paraíso da ordem primária são os projetistas, os criadores, os construtores e os administradores dos seus respectivos domínios, os universos locais do tempo e do espaço, as unidades criativas básicas dos sete superuniversos evolucionários. A um Filho Criador é permitido escolher a localização espacial da sua futura atividade cósmica, mas antes mesmo de que ele possa começar a organização física do seu universo, ele deve passar por um longo período de observação, devotado ao estudo dos esforços dos seus irmãos mais velhos, em várias criações localizadas no superuniverso em que a sua ação foi projetada. E, antes de tudo isso, o Filho Michael terá completado a sua longa e única experiência de observação no Paraíso e de aperfeiçoamento em Havona.

21:2:2 2355 Quando um Filho Criador parte do Paraíso para embarcar na aventura de criar um universo, de tornar-se o dirigente – o Deus, virtualmente – do universo local da sua própria organização, então, pela primeira vez, ele encontra-se em contato íntimo com a Terceira Fonte e Centro e, sob muitos aspectos, é dependente dela. O Espírito Infinito, ainda que habitando com o Pai e com o Filho, no centro de todas as coisas, está destinado a funcionar como o ajudante factual e efetivo de cada Filho Criador. Portanto, cada Filho Criador é acompanhado por uma Filha Criadora do Espírito Infinito; a qual é aquele ser que está destinado a tornar-se a Ministra Divina, o Espírito-Mãe ou o Espírito Materno do novo universo local.

21:2:3 2361 A partida de um Filho Michael, nessa ocasião, libera, para sempre, as suas prerrogativas de criador, das Fontes e Centros do Paraíso, ficando sujeito apenas a certas limitações inerentes à preexistência dessas Fontes e Centros e a certos outros poderes e presenças antecedentes. Entre essas limitações às prerrogativas, de outro modo, todo-poderosas de criador do Pai de um universo local, estão as seguintes:

21:2:4 2362 1. A matéria-energia é dominada pelo Espírito Infinito. Antes que quaisquer novas formas de coisas, grandes ou pequenas, possam ser criadas, antes que quaisquer transformações da matéria-energia sejam intentadas, um Filho Criador deve assegurar o consentimento e a cooperação do trabalho do Espírito Infinito.

21:2:5 2363 2. Os projetos e tipos de criaturas são controlados pelo Filho Eterno. Antes que um Filho Criador possa engajar-se na criação de qualquer novo tipo de ser, de qualquer novo projeto de criatura, ele deve assegurar o consentimento do Filho Materno Original e Eterno.

21:2:6 2364 3. A personalidade é projetada e outorgada pelo Pai Universal.

21:2:7 2365 Os tipos e modelos de mente são determinados pelos fatores do ser da pré-criatura. Depois que esses fatores houverem sido associados para constituir uma criatura (pessoal ou não), a mente é um dom da Terceira Fonte e Centro, fonte universal do ministério da mente a todos os seres abaixo do nível dos Criadores do Paraíso.

21:2:8 2366 O controle dos projetos e tipos de espírito depende do nível da sua manifestação. Em última análise, o projeto espiritual é controlado pela Trindade, ou pelos dons de espírito, no nível de pré-Trindade, das personalidades da Trindade – Pai, Filho e Espírito.

21:2:9 2367 Assim que um Filho tão perfeito e divino tenha tomado posse da locação espacial do seu universo escolhido; assim que os problemas iniciais da materialização do universo e do equilíbrio bruto tenham sido resolvidos; assim que ele tenha formado uma união eficaz e cooperativa de trabalho com a Filha complementar do Espírito Infinito – então este Filho Universal e este Espírito Universal iniciam aquele enlace que se destina a dar origem às inúmeras hostes dos seus filhos daquele universo local. Em conexão com esse evento, a focalização do Espírito Infinito do Paraíso, no Espírito Criativo, é transformada na sua natureza, assumindo as qualidades pessoais do Espírito Materno de um universo local.

21:2:10 2368 Não obstante todos os Filhos Criadores serem, divinamente, como os seus progenitores do Paraíso, um não se parece exatamente com outro; cada um deles é único, diverso, exclusivo e original, tanto em natureza quanto em personalidade. E posto que eles são os arquitetos e elaboradores dos planos da vida, nos seus respectivos reinos, essa própria diversidade assegura que os seus domínios sejam também diversos em cada forma e fase da existência vivente nascida de um Michael, que pode ser criada ou posteriormente evoluir a partir dele. Daí as ordens de criaturas nativas dos universos locais serem tão variadas. Não há dois universos que sejam administrados ou habitados por seres nativos de origem dual que sejam idênticos sob todos os aspectos. Dentro de qualquer superuniverso, a metade dos seus atributos inerentes é muito semelhante, sendo derivada dos Espíritos Criativos uniformes; a outra metade varia, sendo derivada dos Filhos Criadores diversificados. Essa diversidade, no entanto, não caracteriza aquelas criaturas com origem apenas no Espírito Criativo, nem aqueles seres importados que são nativos do universo central ou dos superuniversos.

21:2:11 2371 Quando um Filho Michael está ausente do seu universo, o governo deste é assumido pelo seu ser nativo primogênito, o Brilhante Estrela Matutino, o executivo principal do universo local. O conselho e assessoramento do União dos Dias é muito valioso, em tais ocasiões. Durante essas ausências, um Filho Criador torna-se capaz de conferir ao Espírito Materno coligado o supracontrole da sua presença espiritual, nos mundos habitados e nos corações dos seus filhos mortais. E o Espírito Materno de um universo local permanece sempre na sua sede central, estendendo os seus cuidados protetores e seu ministério espiritual às partes mais afastadas de tal domínio evolucionário.

21:2:12 2372 A presença pessoal de um Filho Criador, no seu universo local, não é necessária ao bom funcionamento de uma criação material estabelecida. Esses Filhos podem viajar ao Paraíso e, ainda assim, seus universos seguirão os seus cursos, no espaço. Eles podem sacrificar as suas linhas de poder, para encarnar-se como um filho do tempo; e, ainda assim, seus reinos girarão à volta dos seus respectivos centros. No entanto, nenhuma organização material é independente da atração da gravidade-absoluta do Paraíso, nem do supracontrole cósmico inerente à presença espacial do Absoluto Inqualificável.

3. A SOBERANIA NO UNIVERSO LOCAL


21:3:1 2373 A abrangência de um universo é dada a um Filho Criador por consentimento da Trindade do Paraíso, e com a confirmação do Espírito Mestre supervisor do superuniverso considerado. Essa ação constitui como que um título de posse física, um contrato cósmico de concessão, mas a elevação de um Filho Michael, do seu estágio inicial e autolimitado de governo à supremacia experiencial na soberania auto-conquistada, vem como resultado das suas próprias experiências pessoais, no trabalho da criação do universo e das auto-outorgas de encarnações. Até a realização da soberania conquistada por meio das auto-outorgas, ele governa como um vice-regente do Pai Universal.

21:3:2 2374 Um Filho Criador poderia pleitear a sua ampla soberania sobre a sua criação pessoal a qualquer momento, mas, sabiamente, ele escolhe não o fazer. Se, antes de passar pelas auto-outorgas como criatura, ele assumisse uma soberania suprema, não conquistada, as personalidades do Paraíso residentes no seu universo local retirar-se-iam. Todavia, isso nunca aconteceu nas criações do tempo e do espaço.

21:3:3 2375 O fato da autoria criadora implica a plena soberania, mas os Michaéis escolhem conquistá-la experiencialmente; mantendo, com isso, a colaboração total de todas as personalidades do Paraíso, ligadas à administração do universo local. Não temos conhecimento de nenhum Michael que tenha feito de outro modo; mas todos eles poderiam fazê-lo, pois são Filhos verdadeiramente dotados de livre-arbítrio.

21:3:4 2376 A soberania de um Filho Criador em um universo local passa por seis, talvez por sete, estágios de manifestação experiencial. Estes surgem na ordem seguinte:

21:3:5 2377 1. A soberania inicial como vice-regente – a autoridade solitariamente provisória, exercida por um Filho Criador, antes que o Espírito Criativo Materno coligado adquira as qualidades da personalidade.

21:3:6 2378 2. A soberania conjunta, como vice-regente – o governo conjunto do par do Paraíso, subseqüente à conquista da personalidade pelo Espírito Materno do Universo.

21:3:7 2381 3. A crescente soberania de vice-regente – a autoridade em avanço de um Filho Criador, durante o período das suas sete auto-outorgas como criatura.

21:3:8 2382 4. A soberania suprema – a autoridade estabelecida, que se segue à conquista feita após a sétima auto-outorga. Em Nebadon, a soberania suprema data do término da auto-outorga de Michael em Urântia. Tem existido por pouco mais de dezenove séculos, no vosso tempo planetário.

21:3:9 2383 5. A crescente soberania suprema – o relacionamento avançado, que surge depois do estabelecimento em luz e vida de uma maioria dos domínios das criaturas. Este estágio pertence ao futuro, ainda não realizado, do vosso universo local.

21:3:10 2384 6. A soberania da Trindade – aquela que é exercida subseqüentemente ao estabelecimento do universo local inteiro, em luz e vida.

21:3:11 2385 7. A soberania não revelada – as relações desconhecidas, de uma idade futura do universo.

21:3:12 2386 Ao aceitar a soberania inicial, como vice-regente de um universo local projetado, um Criador Michael faz um juramento à Trindade, de não assumir a soberania suprema até que as suas sete auto-outorgas, como criatura, tenham sido completadas e certificadas pelos governantes do superuniverso. No entanto, se um Filho Michael não pudesse, segundo a sua vontade, pleitear tal soberania não conquistada, não teria sentido prestar o juramento de não o fazer.

21:3:13 2387 Mesmo nas eras de pré-outorgas, um Filho Criador governa o seu domínio quase supremamente, quando não há nenhum desacordo entre quaisquer das suas partes. A limitação do governo dificilmente manifestar-se-á, se a soberania não for jamais desafiada. A soberania exercida por um Filho Criador antes das auto-outorgas, em um universo sem rebelião, não é maior do que em um universo com rebelião; mas, no primeiro caso, as limitações à soberania não são aparentes; no segundo, elas são.

21:3:14 2388 Se a autoridade ou administração de um Filho Criador chegar a ser contestada, atacada ou posta em perigo, ele está eternamente comprometido a manter, proteger, defender e, se necessário, recobrar a sua criação pessoal. Esses Filhos podem ser perturbados ou molestados apenas por criaturas da sua própria criação ou por seres mais elevados da sua própria escolha. Poderia ser inferido que os “seres mais elevados”, aqueles originários de níveis acima de um universo local, muito provavelmente não causariam problemas a um Filho Criador, e isso é verdade. Mas eles poderiam fazê-lo, se assim o quisessem. A virtude é volitiva, na personalidade; a retidão não é automática, nas criaturas com livre-arbítrio.

21:3:15 2389 Antes de completar a sua carreira de auto-outorgas, um Filho Criador governa com certas limitações auto-impostas de soberania, mas, após terminar o seu serviço de auto-outorgas, ele governa pela virtude da sua experiência factual, feita na forma e à semelhança das suas múltiplas criaturas. Quando um Criador houver vivido, por sete vezes, entre as suas criaturas; quando a carreira de auto-outorgas se der por terminada, então ele estará supremamente estabelecido na autoridade do universo; ele ter-se-á transformado em um Filho Mestre, em um governante soberano e supremo.

21:3:16 23810 A técnica de obter a soberania suprema sobre um universo local envolve os sete passos experimentais seguintes:

21:3:17 23811 1. Penetrar, experiencialmente, em sete níveis de existência da criatura, mediante a técnica da auto-outorga encarnada, na semelhança das criaturas do nível em questão.

21:3:18 23812 2. Fazer uma consagração experiencial, a cada fase da vontade sétupla da Deidade do Paraíso, tal como é personificada nos Sete Espíritos Mestres.

21:3:19 2391 3. Atravessar cada uma das sete experiências, nos níveis da criatura, simultaneamente com o cumprimento de uma das sete consagrações à vontade da Deidade do Paraíso.

21:3:20 2392 4. Em cada nível da criatura, retratar experiencialmente o auge da vida da criatura para a Deidade do Paraíso e para todas as inteligências do universo.

21:3:21 2393 5. Em todos os níveis da criatura, revelar experiencialmente uma fase da vontade sétupla da Deidade, para o nível da auto-outorga e para todo o universo.

21:3:22 2394 6. Unificar experiencialmente a experiência sétupla, como criatura, com a experiência sétupla de consagração à revelação da natureza e da vontade da Deidade.

21:3:23 2395 7. Alcançar relações novas e mais elevadas com o Ser Supremo. A repercussão da totalidade dessa experiência de Criador-criatura aumenta a realidade, no superuniverso, de Deus, o Supremo, bem como a soberania no espaço-tempo do Supremo Todo-Poderoso, e factualiza a soberania suprema, no universo local, de um Michael do Paraíso.

21:3:24 2396 Ao estabelecer a questão da soberania em um universo local, o Filho Criador não está apenas demonstrando a sua própria idoneidade para governar, mas está também revelando a natureza e retratando a atitude sétupla das Deidades do Paraíso. O entendimento finito e a apreciação da primazia do Pai pela criatura são concernentes à aventura de um Filho Criador, quando ele condescende em ter, por si mesmo, a forma e as experiências das suas criaturas. Esses Filhos primazes do Paraíso são os reveladores reais da natureza amorosíssima do Pai e da Sua autoridade benéfica; o mesmo Pai que, em coligação com o Filho e o Espírito, é o centro universal de todo o poder, personalidade e governo em todos os reinos universais.

4. AS AUTO-OUTORGAS DOS MICHAÉIS


21:4:1 2397 Há sete grupos de Filhos Criadores auto-outorgadores, e eles são classificados assim, de acordo com o número de vezes que já hajam outorgado a si próprios às criaturas dos seus reinos. Tais grupos abrangem desde a experiência inicial, passando pelas outras cinco esferas de auto-outorgas progressivas até atingir o sétimo episódio final da experiência criatura-Criador.

21:4:2 2398 As auto-outorgas Avonais são sempre feitas na semelhança da carne mortal, mas as sete auto-outorgas de um Filho Criador envolvem o seu aparecimento em sete níveis de existência das criaturas e pertencem à revelação das sete expressões primárias da vontade e da natureza da Deidade. Sem exceção, todos os Filhos Criadores passam por essas sete doações de si próprios aos seus filhos criados, antes de assumir a jurisdição estabelecida e suprema sobre os universos da sua própria criação.

21:4:3 2399 Embora essas sete auto-outorgas variem, nos diferentes setores e universos, elas sempre abrangem a aventura da auto-outorga mortal. Na auto-outorga final, um Filho Criador aparece como um membro de uma das raças mortais mais elevadas, em algum mundo habitado, usualmente como um membro daquele grupo racial que contém o maior legado hereditário da cepa Adâmica, que tinha sido anteriormente importada para elevar o status físico dos povos de origem animal. Apenas uma vez, na sua carreira sétupla como um Filho auto-outorgado, um Michael do Paraíso nasce de mulher, como há para vós o registro do menino de Belém. Por apenas uma vez, ele vive e morre como um membro da mais baixa ordem de criaturas volitivas evolucionárias.

21:4:4 23910 Após cada uma das suas auto-outorgas, um Filho Criador prossegue até “a mão direita do Pai” a fim de ganhar a aceitação do Pai às suas auto-outorgas e para receber a instrução preparatória para o próximo episódio de serviço ao universo. Em seguida à sétima auto-outorga, a final, o Filho Criador recebe do Pai Universal a suprema autoridade e a jurisdição sobre o seu universo.

21:4:5 2401 Segundo consta nos registros, o Filho divino que por último apareceu no vosso planeta foi um Filho Criador do Paraíso que havia já completado seis fases da sua carreira de auto-outorgas; conseqüentemente, quando ele se liberou da sua prisão na consciência de vida encarnada em Urântia, ele pôde dizer, e realmente disse: “Está consumado” – e estava literalmente terminado. A sua morte em Urântia completou a sua carreira de auto-outorgas; era o último passo para cumprir o juramento sagrado de um Filho Criador do Paraíso. E quando essa experiência houver sido realizada, esses Filhos tornam-se os soberanos supremos do universo; não mais eles governam como vice-regentes do Pai, mas sim pelo seu próprio direito, e no seu próprio nome, como “Rei dos Reis, e Senhor dos Senhores”. Com algumas exceções declaradas, esses Filhos de auto-outorgas sétuplas são supremos, irrestrita e inqualificavelmente, nos universos da sua morada. No que concerne ao seu universo local, “todo poder nos céus e na Terra” foi delegado a este Filho Mestre, triunfante e entronizado.

21:4:6 2402 Os Filhos Criadores, após completarem as suas carreiras de auto-outorgas, são considerados uma ordem separada, a dos Filhos Mestres sétuplos. Pessoalmente, os Filhos Mestres são idênticos aos Filhos Criadores; mas eles já passaram por uma experiência tão singular de auto-outorgas, que são comumente encarados como uma ordem diferente. Quando um Filho Criador se digna a efetivar uma auto-outorga; uma mudança real e permanente está destinada a acontecer. É bem verdade que o Filho auto-outorgado continua sendo ainda nada menos do que um Criador, mas ele acrescentou à sua natureza a experiência de uma criatura, o que o demove, para sempre, do seu nível divino de Filho Criador, elevando-o até o plano experiencial de um Filho Mestre, aquele que conquistou plenamente o direito de governar um universo e administrar os seus mundos. Esses seres incorporam tudo o que pode ser assegurado da paternidade divina, e abraçam tudo o que pode ser derivado da experiência da criatura-perfeccionada. Por que deveria o homem lamentar-se da sua baixa origem e da sua carreira evolutiva forçada, quando os próprios Deuses devem passar por experiências equivalentes, antes de serem considerados experiencialmente condignos e, final e completamente, competentes para governar os seus domínios no universo?

5. A RELAÇÃO DOS FILHOS MESTRES COM O UNIVERSO


21:5:1 2403 O poder de um Michael Mestre é ilimitado, porque é derivado da coligação experienciada com a Trindade do Paraíso; é inquestionável, porque é derivado da experiência de fato de como as criaturas sujeitam-se a essa autoridade. A natureza da soberania de um Filho Criador sétuplo é suprema, pois ela:

2404 1. Abrange o ponto de vista sétuplo da Deidade do Paraíso;

2405 2. Incorpora uma atitude sétupla das criaturas do espaço-tempo;

2406 3. Sintetiza perfeitamente a atitude do Paraíso e o ponto de vista da criatura.

21:5:2 2407 Essa soberania experiencial é, desse modo, todo-inclusiva da divindade de Deus, o Sétuplo; e culmina no Ser Supremo. E a soberania pessoal de um Filho sétuplo é como a soberania futura do Ser Supremo, a ser completada em algum tempo, abrangendo, como o faz, o conteúdo mais pleno possível e manifestável do poder e da autoridade da Trindade do Paraíso, dentro dos limites tempo-espaciais envolvidos.

21:5:3 2408 Com a realização da soberania suprema no universo local, o poder e oportunidade de criar tipos inteiramente novos de criaturas e de seres deixa de ser do Filho Michael, durante a era presente do universo. Todavia, a perda do poder de um Filho Mestre, de originar ordens inteiramente novas de seres, de nenhum modo interfere com o trabalho estabelecido já e em processo de desdobramento de elaboração da vida; esse vasto programa de evolução do universo continua, sem interrupção nem saltos de encurtamento. A aquisição da soberania suprema por um Filho Mestre implica a responsabilidade, pela devoção pessoal, de fomentar e administrar aquilo que já foi projetado e criado, e aquilo que irá ser produzido subseqüentemente por aqueles que tiverem sido, para isso, designados e criados. Com o tempo, pode-se desenvolver uma evolução quase infindável de diversos seres, mas nenhum modelo ou tipo novo de criatura inteligente originar-se-á diretamente de um Filho Mestre, a partir de então. Esse é o primeiro passo, o começo de uma administração estabelecida em para qualquer universo local.

21:5:4 2411 A elevação de um Filho auto-outorgador à soberania inquestionável do seu universo significa o começo do fim da incerteza e da relativa confusão de toda uma idade. Posteriormente a esse evento, aquilo que não puder, em nenhum momento, ser espiritualizado, certamente irá desorganizar-se; aquilo que não puder ser, em algum momento, coordenado à realidade cósmica, irá finalmente ser destruído. Quando as reservas de misericórdia sem fim e de paciência inominável se houverem exaurido, em um esforço de ganhar a lealdade e a devoção das criaturas volitivas dos reinos, a justiça e a retidão prevalecerão. Aquilo que a misericórdia não puder reabilitar, a justiça finalmente irá aniquilar.

21:5:5 2412 Os Michaéis Mestres são supremos nos seus próprios universos locais, uma vez que se hajam instalado como governantes soberanos. As poucas limitações ao seu governo são aquelas inerentes à preexistência cósmica de certas forças e personalidades. Em tudo mais, esses Filhos Mestres são supremos em autoridade, responsabilidade e poder administrativo, nos seus respectivos universos; são como Criadores e Deuses, supremos em todas as coisas, virtualmente. Nada ultrapassa ou escapa da sua sabedoria, no que diz respeito ao funcionamento do seu universo.

21:5:6 2413 Após a sua elevação à soberania estabilizada, em um universo local, um Michael do Paraíso tem o controle pleno de todos os outros Filhos de Deus que funcionam no seu domínio; e ele pode governar livremente, de acordo com o seu conceito das necessidades dos seus reinos. Segundo a sua vontade, um Filho Mestre pode variar a ordem do julgamento espiritual e do ajustamento evolucionário dos planetas habitados. E esses Filhos fazem e executam os planos da sua própria escolha, em todas as questões das necessidades planetárias especiais, em particular, no que diz respeito aos mundos nos quais tiveram permanência e, mais ainda, no que concerne ao reino da auto-outorga terminal, o planeta da sua encarnação à semelhança da carne mortal.

21:5:7 2414 Os Filhos Mestres parecem estar em comunicação perfeita com os mundos que receberam as suas auto-outorgas, não apenas os mundos da sua permanência pessoal, mas todos os mundos onde um Filho Magisterial tenha auto-outorgado a si próprio. Esse contato é mantido pela sua própria presença espiritual, o Espírito da Verdade, que eles são capazes de “efundir em toda carne”. Esses Filhos Mestres também mantêm uma conexão ininterrupta com o Filho Materno Eterno, no centro de todas as coisas. Eles possuem um merecimento de simpatia que vem de todos, desde o Pai Universal, no alto, até as raças menos elevadas da vida planetária nos reinos do tempo.

6. O DESTINO DOS MICHAÉIS MESTRES


21:6:1 2415 Ninguém pode, com autoridade final, ter a presunção de discutir as naturezas, nem os destinos dos Soberanos Mestres sétuplos dos universos locais; contudo todos nós refletimos muito sobre essas questões. Foi-nos ensinado, e acreditamos, que cada Michael do Paraíso é o absoluto dos conceitos da deidade dual da sua origem; assim, ele incorpora as fases factuais da infinitude do Pai Universal e do Filho Eterno. Os Michaéis devem ser parciais em relação à infinitude total, mas são, provavelmente, absolutos em relação àquela parte da infinitude envolvida na sua origem. Contudo, à medida que observamos os seus trabalhos na era presente do universo, não detectamos nenhuma ação que seja mais que finita; qualquer capacidade suprafinita em conjectura estaria, pois, autocontida, bem como ainda não revelada.

21:6:2 2421 O cumprimento das carreiras de auto-outorga como criaturas e a elevação à soberania suprema, em um universo, devem significar, para um Michael, a liberação completa das suas capacidades para ações-finitas, acompanhada do surgimento da capacidade para o serviço mais que finito. Pois, a esse respeito, notamos que esses Filhos Mestres são, então, limitados, na produção de novos tipos de seres-criaturas, restrição esta que se faz necessária, sem dúvida, por causa da liberação das suas potencialidades suprafinitas.

21:6:3 2422 É altamente provável que esses poderes criadores, não desvelados, permaneçam autocontidos por toda a idade presente do universo. Contudo, em algum momento do futuro distante, nos universos do espaço exterior que agora estão sendo mobilizados, acreditamos que o enlace entre um Filho Mestre e um Espírito Criativo Materno do sétimo estágio possa atingir níveis absonitos de serviço, acompanhados pelo surgimento de coisas, significados e valores novos nos níveis transcendentais de significação última universal.

21:6:4 2423 Do mesmo modo que a Deidade do Supremo está-se factualizando, em virtude do serviço experiencial, os Filhos Criadores também estão atingindo a realização pessoal dos potenciais das divindades do Paraíso, contidos nas suas naturezas inescrutáveis. Quando estava em Urântia, o Cristo Michael disse, certa vez: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”. E acreditamos que, na eternidade, os Michaéis estão literalmente fadados a ser “o caminho, a verdade e a vida”; iluminando sempre a senda estreita que leva todas as personalidades do universo à suprema divindade, pela absonitude última, até a finalidade eterna da deidade.

21:6:5 2424 [Apresentado por um Perfeccionador da Sabedoria de Uversa.]

DOCUMENTO 22

OS FILHOS TRINITARIZADOS DE DEUS
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Há três grupos de seres que são chamados de Filhos de Deus. Além das ordens descendentes e ascendentes de filiação, há um terceiro grupo, conhecido como os Filhos Trinitarizados de Deus. A ordem trinitarizada de filiação é subdividida em três divisões principais, de acordo com as origens dos seus muitos tipos de personalidades, reveladas e não reveladas. Essas divisões principais são:

2432 1. Os Filhos Trinitarizados pela Deidade.

2433 2. Os Filhos Abraçados pela Trindade.

2434 3. Os Filhos Trinitarizados por Criaturas.

22:0:2 2435 Não importando a origem, todos os Filhos Trinitarizados de Deus têm em comum a experiência da trinitarização, seja como parte da sua origem, seja como uma experiência de abraço da Trindade, alcançada posteriormente. Os Filhos Trinitarizados pela Deidade não são revelados nestas narrativas; portanto, esta apresentação restringir-se-á a retratar os dois grupos restantes; e, mais particularmente, os Filhos de Deus abraçados pela Trindade.

1. OS FILHOS ABRAÇADOS PELA TRINDADE


22:1:1 2436 Todos os filhos abraçados pela Trindade são de origem dual ou única, mas, depois do abraço da Trindade, eles tornam-se eternamente devotados ao serviço e ao compromisso com a Trindade. Esse corpo, tal como revelado e organizado para o serviço dos superuniversos, abrange sete ordens de personalidades:

2437 1. Os Mensageiros Poderosos.

2438 2. Aqueles Elevados Em Autoridade.

2439 3. Aqueles Sem Nome Nem Número.

24310 4. Os Custódios Trinitarizados.

24311 5. Os Embaixadores Trinitarizados.

24312 6. Os Guardiães Celestes.

24313 7. Os Assistentes dos Filhos Elevados.

22:1:2 24314 Esses sete grupos de personalidades são ainda classificados, de acordo com a origem, a natureza e a função, em três divisões principais: os Filhos Trinitarizados de Realização, os Filhos Trinitarizados de Seleção e os Filhos Trinitarizados de Perfeição.

22:1:3 2441 Os Filhos Trinitarizados de Realização ? os Mensageiros Poderosos, Aqueles Elevados Em Autoridade e Aqueles Sem Nome Nem Número – são, todos, mortais ascendentes, fusionados ao Ajustador, que alcançaram o Paraíso e o Corpo da Finalidade. Mas eles não são finalitores; os seus nomes são retirados da lista de chamada dos finalitores, depois de abraçados pela Trindade. Os novos filhos dessa ordem passam por cursos específicos de aperfeiçoamento, por períodos relativamente curtos, nos circuitos dos planetas-sedes dos circuitos de Havona, sob a direção dos Eternos dos Dias. Daí em diante, eles são designados para os serviços dos Anciães dos Dias nos sete superuniversos.

22:1:4 2442 Os Filhos Trinitarizados de Seleção abrangem os Custódios Trinitarizados e os Embaixadores Trinitarizados. Eles são recrutados entre certos serafins evolucionários e entre as criaturas intermediárias transladadas que hajam atravessado Havona e alcançado o Paraíso, bem como entre alguns dos mortais fusionados ao Espírito e fusionados ao Filho, que, da mesma forma, hajam ascendido até a Ilha Central de Luz e Vida. Depois de haverem sido abraçados pela Trindade do Paraíso e depois de um breve aperfeiçoamento em Havona, os Filhos Trinitarizados de Seleção são designados para as cortes dos Anciães dos Dias.

22:1:5 2443 Os Filhos Trinitarizados de Perfeição. Os Guardiães Celestes e os seus coordenados, os Assistentes dos Filhos Elevados, compreendem um grupo único de personalidades duplamente trinitarizadas. Eles são os filhos, trinitarizados-por-criaturas, de personalidades do Paraíso-Havona, ou de mortais ascendentes perfeccionados, que há muito tempo se distinguiram nos Corpos da Finalidade. Alguns desses filhos trinitarizados-por-criaturas, depois de servirem com os Executivos Supremos dos Sete Espíritos Mestres, e depois de servirem junto aos Filhos Instrutores da Trindade, são retrinitarizados (abraçados) pela Trindade do Paraíso e, então, designados para as cortes dos Anciães dos Dias, como Guardiães Celestes e como Assistentes dos Filhos Elevados. Os Filhos Trinitarizados de Perfeição são diretamente designados para o serviço do superuniverso, sem outros aperfeiçoamentos.

22:1:6 2444 Os nossos colaboradores originários da Trindade ? os Perfeccionadores da Sabedoria, os Conselheiros Divinos e os Censores Universais ? existem em números estacionários. Mas o número dos filhos abraçados pela Trindade está crescendo constantemente. Todas as sete ordens de filhos abraçados pela Trindade são encarregadas como membros de um dos governos dos sete superuniversos, e o número deles, em serviço, em cada superuniverso, é exatamente o mesmo; nem um sequer foi jamais perdido. Os seres abraçados pela Trindade jamais se desviaram; eles podem tropeçar temporariamente, mas nenhum foi jamais considerado culpado por desacato aos governos dos superuniversos. Os Filhos de Realização e os Filhos de Seleção nunca falharam no serviço de Orvonton, mas os Filhos Trinitarizados de Perfeição algumas vezes erraram, no seu julgamento, tendo assim causado uma confusão passageira.

22:1:7 2445 Sob a direção dos Anciães dos Dias, todas as sete ordens funcionam em larga medida como grupos que se autogovernam. O seu escopo de serviço é múltiplo; os Filhos Trinitarizados de Perfeição não deixam o superuniverso para o qual foram designados, mas os seus colaboradores trinitarizados abrangem o grande universo, viajando desde os mundos evolucionários do tempo e do espaço até a Ilha Eterna do Paraíso. Eles podem funcionar em qualquer dos superuniversos, mas fazem-no sempre como membros dos supergovernos da sua designação original.

22:1:8 2446 Ao que parece, os filhos abraçados pela Trindade foram designados permanentemente para o serviço dos sete superuniversos; essa designação certamente é para durar por toda a idade presente do universo, mas nunca fomos informados de que deverá ser eterna.

2. OS MENSAGEIROS PODEROSOS


22:2:1 2451 Os Mensageiros Poderosos pertencem ao grupo ascendente dos Filhos Trinitarizados. Eles são uma classe de mortais perfeccionados que foram provados em rebeliões, ou de outros modos foram igualmente testados quanto à sua lealdade pessoal. Todos passaram por algum teste definitivo de lealdade universal. Em algum momento, na sua ascensão ao Paraíso, eles permaneceram firmes e leais em face da deslealdade dos seus superiores; e alguns funcionaram, ativa e lealmente, no lugar desses líderes infiéis.

22:2:2 2452 Com tais antecedentes pessoais de fidelidade e devoção, esses mortais ascendentes passam por Havona com a corrente dos peregrinos do tempo, atingem o Paraíso, graduam-se ali e são incorporados ao Corpo da Finalidade. Depois, são trinitarizados, pelo abraço secreto da Trindade do Paraíso e designados, subseqüentemente, para tornar-se colaboradores dos Anciães dos Dias, na administração dos governos dos sete superuniversos.

22:2:3 2453 Todos os mortais ascendentes, com experiência em insurreições, que funcionam lealmente durante uma rebelião, estão finalmente destinados a tornar-se Mensageiros Poderosos a serviço do superuniverso. E, do mesmo modo, também o está qualquer criatura ascendente que previna, com eficácia, as rebeliões do erro, do mal ou do pecado; pois a ação destinada a impedir a rebelião ou a efetivar tipos elevados de lealdade, durante uma crise no universo, é considerada como tendo um valor ainda maior do que a lealdade diante da rebelião de fato.

22:2:4 2454 Os Mensageiros Poderosos mais categorizados foram escolhidos dentre os mortais ascendentes do tempo e do espaço que estiveram entre os primeiros a chegar ao Paraíso, muitos deles tendo atravessado Havona nos tempos de Grandfanda. Mas a primeira trinitarização de Mensageiros Poderosos não aconteceu senão quando o corpo de candidatos passou a ter representantes de todos os sete superuniversos. E o último grupo dessa ordem a se qualificar, no Paraíso, abrangia peregrinos ascendentes do universo local de Nebadon.

22:2:5 2455 Os Mensageiros Poderosos são abraçados pela Trindade do Paraíso em classes de setecentos mil, dos quais cem mil são designados para cada um dos superuniversos. Quase um trilhão de Mensageiros Poderosos estão a serviço em Uversa, e há todos os motivos para acreditar-se que o número que serve em cada um dos sete superuniversos seja exatamente o mesmo.

22:2:6 2456 Eu sou um Mensageiro Poderoso, e pode interessar aos urantianos saber que a companheira e parceira da minha experiência mortal saiu também triunfante no grande teste e que, ainda que tenhamos sido separados, por muitas vezes e por períodos longos, durante a ascensão interior a Havona, que durou uma longa idade, fomos abraçados no mesmo grupo de setecentos mil; e passamos o nosso tempo de travessia de Vicegerington em ligação estreita e amorosa. Finalmente fomos incumbidos com uma missão, e juntos designados para Uversa em Orvonton; e somos muitas vezes despachados juntos para a execução de compromissos que requerem os serviços de dois Mensageiros.

22:2:7 2457 Os Mensageiros Poderosos, em comum com todos os filhos abraçados pela Trindade, são designados para todas as fases das atividades dos superuniversos. Eles mantêm conexão constante com a sua sede central, por meio do serviço de refletividade superuniversal. Os Mensageiros Poderosos servem em todos os setores de um superuniverso e, freqüentemente, executam missões para os universos locais e mesmo para os mundos individuais, como eu o faço nesta ocasião.

22:2:8 2458 Nas cortes dos superuniversos, os Mensageiros Poderosos atuam como defensores, tanto de indivíduos, quanto de planetas, quando estes se apresentam para julgamento; eles também assistem os Perfeições dos Dias na direção de assuntos dos setores maiores. Como grupo, o seu compromisso principal é o de observadores dos superuniversos. Eles ficam estacionados nos vários mundos-sede centrais e em planetas individuais de importância, como observadores oficiais dos Anciães dos Dias. Quando designados para tal, eles também servem como conselheiros para as autoridades que dirigem os assuntos das esferas da sua permanência. Os Mensageiros tomam parte ativa em todas as fases do esquema ascendente de progressão mortal. Com os seus colaboradores de origem mortal, eles mantêm os supergovernos em contato estreito e pessoal com o status e a progressão dos planos dos Filhos descendentes de Deus.

22:2:9 2461 Os Mensageiros Poderosos são plenamente conscientes de toda a sua carreira ascendente; e é por isso que eles são ministros tão úteis e compassivos, mensageiros compreensivos, para servir em qualquer mundo do espaço e a qualquer criatura do tempo. Tão logo vos liberteis da carne, ireis comunicar-vos livre e compreensivamente conosco, pois viemos de todas as raças, de todos os mundos evolucionários do espaço, isto é, daquelas raças mortais que são resididas pelos Ajustadores do Pensamento e que se fusionam, subseqüentemente, com eles.

3. AQUELES ELEVADOS EM AUTORIDADE


22:3:1 2462 Aqueles Elevados Em Autoridade, o segundo grupo de Filhos Trinitarizados de Realização, são todos eles seres de origem mortal e já fusionados aos Ajustadores. São os mortais perfeccionados que demonstraram capacidade superior de administração e que têm demonstrado um gênio executivo extraordinário, durante as suas longas carreiras ascendentes. Eles são a nata da capacidade de governar, derivada dos mortais sobreviventes do espaço.

22:3:2 2463 Um número de setenta mil de Aqueles Elevados Em Autoridade é trinitarizado em cada ligação com a Trindade. Embora o universo local de Nebadon seja uma criação relativamente jovem, tem representantes em uma classe recentemente trinitarizada dessa ordem. Existem agora, a serviço em Orvonton, mais de dez bilhões desses administradores hábeis. Como todas as ordens separadas de seres celestes, eles mantêm a sua própria sede central em Uversa e, como os outros filhos abraçados pela Trindade, as suas reservas em Uversa atuam como um corpo central dirigente da sua ordem em Orvonton.

22:3:3 2464 Aqueles Elevados Em Autoridade são administradores sem limitações. Eles são os executivos presentes em todos os lugares, e sempre eficientes, dos Anciães dos Dias. Eles servem em qualquer esfera, em qualquer mundo habitado e em qualquer fase das atividades de qualquer um dos sete superuniversos.

22:3:4 2465 Possuindo sabedoria administrativa extraordinária e habilidade executiva inusitada, esses seres brilhantes assumem apresentar a causa da justiça, da parte dos tribunais dos superuniversos; eles fomentam a execução da justiça e a retificação de adaptações malfeitas, nos universos evolucionários. Portanto, se vós fordes, alguma vez, citados por erros de julgamento, enquanto estiverdes ascendendo pelas esferas e pelos mundos ordenados para a vossa progressão cósmica, pouco provável é que sofrais injustiças, pois os vossos promotores serão criaturas que, em outros tempos, foram seres ascendentes e que estão familiarizados pessoalmente com cada passo da carreira pela qual vós tendes já passado e que estais atravessando.

4. AQUELES SEM NOME NEM NÚMERO


22:4:1 2466 Aqueles Sem Nome Nem Número constituem o terceiro e último grupo de Filhos Trinitarizados de Realização; eles são as almas ascendentes que desenvolveram um potencial de adoração para além da capacidade de todos os filhos e filhas das raças evolucionárias dos mundos do tempo e do espaço. Eles adquiriram um conceito espiritual do propósito eterno do Pai Universal que, de um certo modo, transcende à compreensão das criaturas evolucionárias com nome ou número; por isso, são denominados Aqueles Sem Nome Nem Número. Se traduzido com um sentido mais preciso, o seu nome seria “Aqueles Acima de Nome e de Número”.

22:4:2 2471 Essa ordem de filhos é abraçada pela Trindade do Paraíso em grupos de sete mil. Existem, registrados em Uversa, mais de cem milhões desses filhos a serviço em Orvonton.

22:4:3 2472 Posto que Aqueles Sem Nome Nem Número sejam as mentes espirituais superiores das raças sobreviventes, eles estão especialmente qualificados para julgar e dar opiniões em conjunto, quando um ponto de vista espiritual for desejável e quando a experiência na carreira ascendente for essencial para uma compreensão adequada das questões envolvidas com o que está sendo julgado. Eles são os jurados supremos de Orvonton. Um sistema mal administrado de júri pode chegar a ser, em maior ou em menor grau, uma paródia da justiça, em alguns mundos; mas, em Uversa e nos seus tribunais de extensão, empregamos o mais alto tipo de mentalidade espiritual evoluída como jurados-juízes. O julgamento é a função mais elevada de qualquer governo, e aqueles a quem se confia a decisão dos veredictos devem ser escolhidos entre os tipos mais elevados e mais nobres dentre os indivíduos mais experientes e compreensivos.

22:4:4 2473 A seleção dos candidatos para as classes de trinitarização dos Mensageiros Poderosos, de Aqueles Elevados Em Autoridade e de Aqueles Sem Nome Nem Número, é inerente e automática. As técnicas seletivas do Paraíso não são arbitrárias em nenhum sentido. A experiência pessoal e os valores espirituais determinam a escolha do pessoal componente dos Filhos Trinitarizados de Realização. Tais seres são iguais em autoridade e uniformes em status administrativo, mas todos eles possuem uma individualidade e um caráter diferente; não são seres padronizados. São todos caracteristicamente diferentes, dependendo das diferenças das suas carreiras ascendentes.

22:4:5 2474 Além dessas qualificações experienciais, os Filhos Trinitarizados de Realização foram trinitarizados no abraço divino das Deidades do Paraíso. Conseqüentemente, eles atuam como colaboradores coordenados dos Filhos Estacionários da Trindade, pois o abraço da Trindade parece fazer precipitar, da corrente do tempo futuro, muitos dos potenciais irrealizados dos seres-criaturas. Mas isso é verdadeiro apenas no que concerne àquilo que é pertinente à idade presente do universo.

22:4:6 2475 Esse grupo de filhos dedica-se, principalmente, mas não unicamente, ao serviço da carreira ascendente dos mortais do tempo e do espaço. Se o ponto de vista de uma criatura mortal estiver em dúvida, a questão é decidida por apelação a uma comissão ascendente, consistindo esta de um Mensageiro Poderoso, de Um Elevado em Autoridade e de um Aquele sem Nome nem Número.

22:4:7 2476 Vós, mortais, que ora tendes contato com essa mensagem, podeis, vós próprios, ascender ao Paraíso, alcançar o abraço da Trindade e, em idades remotas do futuro, ser designados para o serviço dos Anciães dos Dias, em um dos sete superuniversos; e, em algum outro momento, ser designados para ampliar a revelação da verdade, em algum planeta habitado em evolução, do mesmo modo que eu agora sirvo em Urântia.

5. OS CUSTÓDIOS TRINITARIZADOS


22:5:1 2477 Os Custódios Trinitarizados são Filhos Trinitarizados de Seleção. Não apenas as vossas raças, mas outros mortais com valor de sobrevivência, atravessam Havona, alcançam o Paraíso e, algumas vezes, se vêem a si próprios sendo designados para o serviço do superuniverso, com os Filhos Estacionários da Trindade; entretanto, também os vossos fiéis guardiães seráficos e os vossos igualmente fiéis seres intermediários interassociados podem tornar-se candidatos ao mesmo reconhecimento da Trindade e ao mesmo magnífico destino da personalidade.

22:5:2 2481 Os Custódios Trinitarizados são os serafins ascendentes e as criaturas intermediárias transladadas que passaram por Havona e que atingiram o Paraíso e o Corpo da Finalidade. Subseqüentemente, foram abraçados pela Trindade do Paraíso e designados para o serviço dos Anciães dos Dias.

22:5:3 2482 Os candidatos ao abraço da Trindade, entre os serafins ascendentes, recebem esse reconhecimento por causa da sua cooperação valente com algum mortal ascendente que haja atingido o Corpo da Finalidade e que, posteriormente, haja sido trinitarizado. O próprio guardião seráfico da minha carreira mortal veio comigo e, mais tarde, foi trinitarizado e, agora, está ligado ao governo de Uversa como um Custódio Trinitarizado.

22:5:4 2483 Do mesmo modo acontece com as criaturas intermediárias: muitas foram transladadas e atingiram o Paraíso junto com os serafins e, pelas mesmas razões, foram abraçadas pela Trindade e indicadas para atuar, nos superuniversos, como Custódios.

22:5:5 2484 Os Custódios Trinitarizados são abraçados pela Trindade do Paraíso, em grupos de setenta mil, e um sétimo de cada grupo é designado para um superuniverso. Existem, agora, a serviço de Orvonton, um pouco mais do que dez milhões desses confiáveis e elevados Custódios. Eles servem em Uversa e nas esferas das sedes centrais maior e menor. Nos seus trabalhos eles são assistidos por um corpo de vários bilhões de seconafins e de outras personalidades capacitadas do superuniverso.

22:5:6 2485 Os Custódios Trinitarizados começam as suas carreiras como custódios e continuam como tais nos assuntos dos supergovernos. De um certo modo, eles são os funcionários dos governos dos seus superuniversos, mas não lidam com os indivíduos, como o fazem os Guardiães Celestes. Os Custódios Trinitarizados administram os assuntos grupais e fomentam os projetos coletivos. Eles são os Custódios dos registros, dos planos e das instituições; atuam como encarregados fiéis de empreendimentos, de grupos de personalidades, de projetos ascendentes, de planos moronciais, de projeções universais e de inúmeros outros empreendimentos.

6. OS EMBAIXADORES TRINITARIZADOS


22:6:1 2486 Os Embaixadores Trinitarizados são a segunda ordem dos Filhos Trinitarizados de Seleção e, como os seus semelhantes, os Custódios, são recrutados a partir de dois tipos de criaturas ascendentes. Nem todos os mortais ascendentes são fusionados com os Ajustadores ou com o Pai; alguns são de fusionamento com o Espírito; e alguns com o Filho. Alguns desses mortais fusionados com o Espírito e com o Filho alcançam Havona e atingem o Paraíso. Entre esses ascendentes ao Paraíso, são selecionados os candidatos para o abraço da Trindade e, de tempos em tempos, eles são trinitarizados, em classes de sete mil. Eles ficam, então, incumbidos com missões nos superuniversos como Embaixadores Trinitarizados dos Anciães dos Dias. Quase meio bilhão deles está registrado em Uversa.

22:6:2 2487 Os Embaixadores Trinitarizados são selecionados para o abraço da Trindade por indicação dos seus mestres em Havona. Eles representam as mentes superiores dos seus respectivos grupos e são, portanto, os mais bem qualificados para assistirem os governantes dos superuniversos no entendimento e na administração dos interesses daqueles mundos dos quais provêm os mortais fusionados com o Espírito. Os Embaixadores fusionados com o Filho são de grande ajuda no nosso encaminhamento das questões que envolvem a ordem de personalidade dos fusionados com o Filho.

22:6:3 2488 Os Embaixadores Trinitarizados são os emissários dos Anciães dos Dias para todo e qualquer propósito, para todos e quaisquer mundos ou universos, dentro do seu superuniverso de designação. Executam serviços especiais e importantes, nas sedes centrais dos setores menores, e cumprem as designações para missões inúmeras e diversas em um superuniverso. Eles são os corpos de emergência ou de reserva dos Filhos Trinitarizados dos supergovernos e estão, portanto, disponíveis para uma gama ampla de deveres. Eles engajam-se em milhares e milhares de empreendimentos ligados aos assuntos dos superuniversos; todos impossíveis de descrever para as mentes humanas, pois nada há acontecendo em Urântia que seja análogo a tais atividades.

7. A TÉCNICA DA TRINITARIZAÇÃO


22:7:1 2491 Não posso desvelar completamente para a mente material a experiência da atuação criadora suprema dos seres espirituais perfeitos e perfeccionados – o ato da trinitarização. As técnicas da trinitarização estão entre os segredos de Vicegerington e de Solarington e não são reveláveis a ninguém, nem compreensíveis por ninguém, a não ser por aqueles que hajam passado por essas experiências únicas. Fica, pois, além da possibilidade de qualquer ser retratar, com êxito, para a mente humana, a natureza e o propósito dessa extraordinária operação.

22:7:2 2492 Excetuando-se as Deidades, apenas as personalidades do Paraíso-Havona e certos membros dos corpos de finalidade engajam-se na trinitarização. Sob as condições especializadas da perfeição do Paraíso, esses seres magníficos podem embarcar na aventura única da identidade-conceito e, muitas vezes, eles têm tido êxito na produção de um ser novo, um filho trinitarizado por uma criatura.

22:7:3 2493 As criaturas glorificadas que se engajam em tais aventuras de trinitarização podem participar de apenas uma experiência desta, enquanto, com as Deidades do Paraíso, parece não haver nenhum limite quanto à execução repetida dos episódios de trinitarização. A Deidade parece estar limitada apenas sob um aspecto: só pode haver um Espírito Infinito e Original, apenas um executivo infinito da vontade unificada de Pai-Filho.

22:7:4 2494 Os finalitores, mortais ascendentes fusionados ao Ajustador, que atingiram certos níveis da cultura do Paraíso e do desenvolvimento espiritual, estão entre aqueles que podem intentar trinitarizar um ser-criatura. Quando estacionadas no Paraíso, é concedido às companhias de finalitores mortais, um recesso a cada milênio do tempo de Havona. Há sete modos diferentes pelos quais esses finalitores podem escolher passar esse período livre de deveres, e um destes é tentar, em associação com algum finalitor companheiro ou alguma personalidade do Paraíso-Havona, realizar o ato da trinitarização de uma criatura.

22:7:5 2495 Caso dois finalitores mortais, ao apresentar-se diante dos Arquitetos do Universo-Mestre, demonstrem que escolheram, independentemente um do outro, um conceito idêntico para a trinitarização, os Arquitetos têm o poder, segundo a sua própria determinação, de promulgar mandatos permitindo que tais mortais ascendentes glorificados prolonguem os seus recessos e, por um tempo, se retirem para o setor de trinitarização dos Cidadãos do Paraíso. Ao final desse retiro a eles atribuído, se eles informarem que escolheram, a sós e em conjunto, fazer o esforço paradisíaco de espiritualizar, idealizar e factualizar um conceito seleto e original que até aquele momento não tenha sido trinitarizado, então o Espírito Mestre Número Sete emite ordens autorizando um empreendimento assim tão extraordinário.

22:7:6 2496 Períodos de tempo inacreditavelmente longos, algumas vezes, são consumidos nessas aventuras; uma era parece passar, antes que esses seres determinados e cheios de fé, que já foram mortais – e que, algumas vezes, são personalidades do Paraíso-Havona –, finalmente atinjam a sua meta, tendo realmente êxito em trazer o seu conceito escolhido da verdade universal à existência factual. E nem sempre esses pares devotados têm êxito; muitas vezes, por algum erro, que não se consegue descobrir, eles falham. Os candidatos à trinitarização que falham, assim, são admitidos em um grupo especial de finalitores, que são designados como seres que fizeram o esforço supremo e que suportaram o desapontamento supremo. Quando as Deidades do Paraíso se unem para trinitarizar, elas sempre têm êxito; mas o mesmo pode não ocorrer com um par homogêneo de criaturas, na tentativa de união de dois membros da mesma ordem de seres.

22:7:7 2501 Quando um ser novo e original é trinitarizado pelos Deuses, os Pais divinos permanecem inalterados no seu potencial de deidade; mas, quando seres-criaturas elevados intentam tal episódio criador, uma das partes individuais participantes sofre uma modificação única de personalidade. Os dois antepassados de um filho trinitarizado por uma criatura transformam-se espiritualmente, em um certo sentido, em um só. Acreditamos que esse status de bi-unificação, de certas fases espirituais da personalidade, provavelmente prevalecerá até o momento em que o Ser Supremo tenha atingido a sua manifestação plena e completa de personalidade, no grande universo.

22:7:8 2502 Simultaneamente com o aparecimento de um novo filho trinitarizado por criaturas, ocorre essa união funcional espiritual dos dois ancestrais; os dois progenitores trinitarizados tornam-se um, no nível funcional último. Nenhum ser criado no universo pode explicar plenamente esse fenômeno surpreendente; é uma experiência próxima do divino. Quando o Pai e o Filho uniram-se para eternizar o Espírito Infinito, após a realização do seu propósito, imediatamente, eles tornaram-se como Um e, desde então, têm sido Um. E, ainda que a união entre duas criaturas, para a trinitarização, seja da ordem do escopo infinito da união perfeita da Deidade do Pai Universal e Filho Eterno, as repercussões da trinitarização feita pela criatura não são eternas em natureza; elas terminarão quando da completa factualização das Deidades experienciais.

22:7:9 2503 Ainda que esses progenitores de filhos trinitarizados por criaturas se transformem em um, para os seus compromissos no universo, eles continuam a ser reconhecidos como duas personalidades, na formação das fileiras e nas listas de chamada do Corpo da Finalidade e dos Arquitetos do Universo-Mestre. Durante a idade corrente do universo, todos os progenitores unidos pela trinitarização são inseparáveis para compromissos e função; aonde vai um, o outro vai, o que faz um, o outro faz. Se a bi-unificação dos progenitores envolve um finalitor mortal (ou de outra ordem) e uma personalidade do Paraíso-Havona, os seres progenitores unidos não funcionam nem com seres do Paraíso, nem com havonianos, nem com finalitores. Essas uniões mistas reúnem-se em corpos especiais, constituídos de seres similares. E em todas as uniões de trinitarização, mistas ou de outra forma, os seres progenitores permanecem conscientes um do outro; podem comunicar-se um com o outro, e tornam-se capazes de executar deveres dos quais nenhum deles poderia, anteriormente, desincumbir-se.

22:7:10 2504 Os Sete Espíritos Mestres têm autoridade para sancionar a união trinitarizante de finalitores e de personalidades do Paraíso-Havona, e tais ligações mistas sempre são bem-sucedidas. Os magníficos filhos trinitarizados-por-criaturas resultantes são representativos de conceitos inadequados à compreensão, tanto da parte das criaturas eternas do Paraíso, quanto da parte das criaturas temporais do espaço; por isso, eles tornam-se os protegidos dos Arquitetos do Universo-Mestre. Esses filhos trinitarizados do destino incorporam idéias, ideais e uma experiência, que aparentemente pertencem a uma idade futura do universo, e por esse motivo não são de nenhum valor prático, imediato, quer para a administração do universo central, quer para a dos superuniversos. Esses filhos singulares das criaturas do tempo e dos cidadãos da eternidade são todos mantidos em uma reserva em Vicegerington, onde se engajam no estudo dos conceitos do tempo e das realidades da eternidade, em um setor especial da esfera ocupada pelas faculdades secretas dos corpos dos Filhos Criadores.

22:7:11 2511 O Ser Supremo é a unificação das três fases de realidade da Deidade: Deus, o Supremo, unificação espiritual de certos aspectos finitos da Trindade do Paraíso; o Supremo Todo-Poderoso, unificação do poder dos Criadores do grande universo; e a Mente Suprema, ou a contribuição individual da Terceira Fonte e Centro, e seus coordenados, para a realidade do Ser Supremo. Nas suas aventuras de trinitarização, as excelsas criaturas do universo central e do Paraíso envolvem-se em uma exploração tríplice da Deidade do Supremo, que resulta na produção de três ordens de filhos trinitarizados por criaturas:

22:7:12 2512 1. Os Filhos trinitarizados por ascendentes. Nos seus esforços criadores os finalitores estão tentando trinitarizar algumas realidades conceituais do Supremo Todo-Poderoso, as quais eles adquiriram experiencialmente na sua ascensão pelo tempo e pelo espaço, até o Paraíso.

22:7:13 2513 2. Os Filhos trinitarizados por criaturas do Paraíso-Havona. Os esforços criadores dos Cidadãos do Paraíso e dos havonianos resultam na trinitarização de certos aspectos espirituais elevados do Ser Supremo, os quais eles adquiriram experiencialmente de antecedentes super-supremos que são limítrofes do Último e do Eterno.

22:7:14 2514 3. Os Filhos trinitarizados do Destino. Quando, no entanto, um finalitor e uma criatura do Paraíso-Havona trinitarizam juntos uma nova criatura, esse esforço conjunto repercute em certas fases da Mente Suprema Última. Os filhos resultantes, trinitarizados por criaturas, são supracriacionais; eles representam factualidades da Deidade Suprema Última que não foram atingidas experiencialmente de outro modo e que, por isso mesmo, caem automaticamente no domínio dos Arquitetos do Universo-Mestre, custódios que são de as todas coisas transcendentes aos limites criacionais da idade presente do universo. Os filhos trinitarizados do destino incorporam certos aspectos da função do Supremo Último não revelada no universo-Mestre. Não sabemos muita coisa sobre esses filhos conjuntos do tempo e da eternidade, mas sabemos bem mais do que o que nos é permitido revelar.

8. OS FILHOS TRINITARIZADOS POR CRIATURAS


22:8:1 2515 Além dos filhos trinitarizados-por-criaturas considerados nesta narrativa, há inúmeras ordens não reveladas de seres trinitarizados-por-criaturas – a progênie diversificada das ligações múltiplas das personalidades dos sete corpos de finalitores e das personalidades do Paraíso-Havona. Todavia, todos esses seres trinitarizados-por-criaturas, revelados e não revelados, são dotados de personalidade pelo Pai Universal.

22:8:2 2516 Quando os novos filhos, trinitarizados-por-ascendentes e trinitarizados-por-seres-do-Paraíso-Havona, ainda estão jovens e destreinados, geralmente são despachados para longos períodos de serviço nas sete esferas do Espírito Infinito, no Paraíso, nas quais servem sob a tutela dos Sete Executivos Supremos. Subseqüentemente, eles podem ser adotados, para futuros aperfeiçoamentos, nos universos locais, pelos Filhos Instrutores da Trindade.

22:8:3 2517 Esses filhos adotados, com origem em criaturas elevadas e glorificadas, são os aprendizes, assistentes estudiosos dos Filhos Instrutores e, no que diz respeito à classificação, freqüentemente, são numerados de forma temporária segundo aqueles Filhos. Eles podem cumprir, e cumprem, muitas tarefas nobres que implicam o despreendimento em favor dos reinos aos quais escolheram servir.

22:8:4 2518 Os Filhos Instrutores, nos universos locais, podem propor que os seus tutelados, trinitarizados por criaturas, sejam abraçados pela Trindade do Paraíso. Emergindo desse abraço como Filhos Trinitarizados de Perfeição, eles integram o serviço dos Anciães dos Dias nos sete superuniversos, sendo este o destino atualmente conhecido desse grupo singular de seres trinitarizados duplamente.

22:8:5 2521 Nem todos os filhos trinitarizados por criaturas são abraçados pela Trindade; muitos se tornam os colaboradores e embaixadores dos Sete Espíritos Mestres do Paraíso, dos Espíritos Refletivos dos superuniversos e dos Espíritos Maternos das criações locais. Outros podem aceitar designações especiais na Ilha Eterna. E ainda outros podem integrar os serviços especiais nos mundos secretos do Pai e nas esferas do Espírito, no Paraíso. Finalmente, muitos encontram seu caminho adentrando os corpos conjuntos dos Filhos Trinitarizados nos circuitos internos de Havona.

22:8:6 2522 Excetuando-se os Filhos Trinitarizados de Perfeição e aqueles que se estão reunindo em Vicegerington, o destino supremo de todos os filhos trinitarizados por criaturas parece ser o de entrar no corpo de Finalitores Trinitarizados, um dos sete Corpos da Finalidade do Paraíso.

9. OS GUARDIÃES CELESTES


22:9:1 2523 Os filhos trinitarizados por criaturas são abraçados pela Trindade do Paraíso em classes de sete mil. Essa progênie trinitarizada de humanos perfeccionados e de personalidades do Paraíso-Havona são todos igualmente abraçados pelas Deidades; todavia, eles são designados para os superuniversos, de acordo com a recomendação dos seus antigos instrutores, os Filhos Instrutores da Trindade. Aqueles que prestaram os melhores serviços são indicados como Assistentes dos Filhos Elevados; aqueles que tiveram atuações menos distinguidas são designados Guardiães Celestes.

22:9:2 2524 Esses seres singulares, quando tiverem sido abraçados pela Trindade, tornar-se-ão adjuntos valiosos dos governos dos superuniversos. Eles são versados nos assuntos da carreira ascendente, não por ascensão pessoal, mas como resultado do seu serviço com os Filhos Instrutores da Trindade nos mundos do espaço.

22:9:3 2525 Quase um bilhão desses Guardiães Celestes está em missões em Orvonton. Eles são designados, principalmente, para as administrações dos Perfeições dos Dias, nas sedes centrais dos setores maiores, e são competentemente assistidos por um corpo de mortais ascendentes fusionados ao Filho.

22:9:4 2526 Os Guardiães Celestes são os oficiais das cortes dos Anciães dos Dias, funcionando como mensageiros das cortes e como portadores das citações e decisões dos vários tribunais dos governos dos superuniversos. São os agentes de apreensão dos Anciães dos Dias; eles partem de Uversa em busca de seres cuja presença esteja sendo requisitada perante os juízes dos superuniversos; eles executam os mandatos para a detenção de qualquer personalidade no superuniverso. Eles também acompanham os mortais dos universos locais, fusionados ao Espírito, quando, por qualquer razão, a sua presença é requisitada em Uversa.

22:9:5 2527 Os Guardiães Celestes e os seus colaboradores, os Assistentes dos Filhos Elevados, nunca foram resididos por Ajustadores. E também não são fusionados nem ao Espírito nem ao Filho. O abraço da Trindade do Paraíso compensa, contudo, do status de não-fusão desses Filhos Trinitarizados de Perfeição. O abraço da Trindade pode atuar apenas sobre a idéia que é personificada em um filho trinitarizado-por-criatura, deixando inalterado, sob os demais aspectos, o próprio filho abraçado; tal limitação, todavia, ocorre apenas quando assim planejada.

22:9:6 2528 Esses filhos trinitarizados duplamente são seres maravilhosos, mas não são nem tão versáteis nem tão confiáveis quanto os seus elaboradores ascendentes; a eles falta-lhes a grande e profunda experiência pessoal que o restante dos filhos pertencentes a esse grupo adquiriu, escalando, factualmente, desde os domínios escuros do espaço até a glória. Nós ? da carreira ascendente ? os amamos e tudo fazemos, dentro do nosso poder, para compensar as suas deficiências, mas eles fazem-nos ficar ainda mais gratos pela nossa origem inferior e pela nossa capacidade de experienciar. A sua disposição para reconhecer e demonstrar as suas deficiências nas realidades experienciáveis da ascensão no universo é transcendentalmente bela e, algumas vezes, até mesmo comovedoramente patética.

22:9:7 2531 Os Filhos Trinitarizados de Perfeição são limitados, se comparados a outros filhos abraçados pela Trindade, porque a sua capacidade experiencial é inibida tempo-espacialmente. Eles têm deficiência de experiência, a despeito do longo aperfeiçoamento com os Executivos Supremos e com os Filhos Instrutores, e, se não fosse esse o caso, a saturação experiencial poderia impedir que esses seres fossem deixados em reserva para adquirir experiência em uma futura era do universo. Não há simplesmente nada, em toda a existência universal, que possa tomar o lugar da experiência pessoal de fato, e esses filhos trinitarizados por criaturas são mantidos na reserva para funções experienciais em alguma época futura do universo.

22:9:8 2532 Nos mundos das mansões, tenho visto, muitas vezes, esses funcionários dignificados das altas cortes do superuniverso contemplarem, desejosa e apelativamente, até mesmo os recém-chegados dos mundos evolucionários do espaço. E não se poderia deixar de perceber como esses possuidores da trinitarização não experiencial invejam realmente os seus irmãos, supostamente menos afortunados, que ascenderam no caminho universal por meio de passos dados, com boa-fé, na experiência e na vivência factual. Apesar das suas dificuldades e limitações, eles são um corpo de trabalhadores maravilhosamente útil e sempre disposto, quando se trata da execução dos planos administrativos complexos dos governos dos superuniversos.

10. OS ASSISTENTES DOS FILHOS ELEVADOS


22:10:1 2533 Os Assistentes dos Filhos Elevados são o grupo superior de filhos trinitarizados e re-trinitarizados dos seres ascendentes glorificados do Corpo Mortal da Finalidade, e dos seus eternos companheiros, as personalidades do Paraíso-Havona. Eles são designados para o serviço dos superuniversos e funcionam como ajudantes pessoais dos filhos elevados dos governos dos Anciães dos Dias. Eles poderiam ser adequadamente denominados secretários particulares. Eles atuam, de tempos em tempos, como funcionários para comissões especiais e outras coligações grupais dos filhos elevados. Servem aos Perfeccionadores da Sabedoria, aos Conselheiros Divinos, aos Censores Universais, aos Mensageiros Poderosos, Àqueles Elevados em Autoridade e Àqueles sem Nome nem Número.

22:10:2 2534 Se, ao dissertar sobre os Guardiães Celestes, pareceu que chamei atenção para as limitações e dificuldades desses filhos duplamente trinitarizados, deixai-me, agora, com toda a justiça, chamar a atenção para o seu grande ponto forte, o atributo que os torna quase inestimáveis para nós. Esses seres devem a sua própria existência ao fato de serem as personificações de um conceito único e supremo. Eles são a incorporação, em personalidade, de algum ideal universal, de alguma idéia divina, como nunca antes foi concebida, expressa ou trinitarizada. E eles foram subseqüentemente abraçados pela Trindade; assim, eles demonstram e, de fato, corporificam a própria sabedoria da Trindade divina, no que concerne à idéia-ideal da existência da sua personalidade. Naquilo que esse conceito em particular seja revelável aos universos, essas personalidades incorporam, em tudo e por tudo, aquilo que qualquer inteligência de criatura ou Criador poderia possivelmente conceber, expressar ou exemplificar. Eles são aquela idéia personificada.

22:10:3 2535 Será que podeis perceber como essas concentrações vivas, de um único conceito supremo de realidade do universo, poderiam prestar um serviço inenarrável àqueles a quem é confiada a administração dos superuniversos?

22:10:4 2541 Não faz muito tempo, fui encarregado de dirigir uma comissão de seis – um de cada, entre os assistentes dos filhos elevados –, designada para o estudo de três problemas pertinentes a um grupo de novos universos na parte sul de Orvonton. Tornei-me intensamente consciente do valor dos Assistentes dos Filhos Elevados quando fiz a requisição, ao dirigente da ordem deles, em Uversa, a fim de designar temporariamente esses secretários para a minha comissão. A primeira das nossas idéias foi representada por um Assistente dos Filhos Elevados em Uversa, o qual, a partir daí, passou a ser designado para o nosso grupo. O nosso segundo problema foi incorporado por um Assistente dos Filhos Elevados, designado ao superuniverso número três. Nós obtivemos muita ajuda dessa fonte, por intermédio da agência de distribuição do universo central, para a coordenação e a disseminação do conhecimento essencial; mas nada comparável à assistência prestada pela presença factual de uma personalidade que é um conceito trinitarizado por criaturas, em supremacia, e trinitarizado pela Deidade, em finalidade. Quanto ao terceiro problema que tivemos, os registros do Paraíso indicaram que tal idéia não havia nunca sido trinitarizada por nenhuma criatura.

22:10:5 2542 Os Assistentes dos Filhos Elevados são personalizações únicas e originais de conceitos extraordinários e de ideais estupendos. E, enquanto tal, eles tornam-se capazes de conferir, às nossas deliberações, de tempos em tempos, uma iluminação inexprimível. Quando estiver atuando em alguma missão remota nos universos do espaço, pensai no que significa, em termos de assistência, se eu for tão afortunado a ponto de ter, na minha missão, um Assistente dos Filhos Elevados que seja a plenitude do conceito divino, em tudo que diga respeito ao problema para o qual eu houver sido enviado para enfrentar e resolver; e eu tenho tido, repetidamente, essa mesma experiência. A única dificuldade com esse plano é que nenhum superuniverso pode ter uma edição completa dessas idéias trinitarizadas; apenas conseguimos um sétimo desses seres; e assim, apenas uma vez em sete, podemos desfrutar da associação pessoal com esses seres, mesmo quando os registros indicarem que a idéia haja sido trinitarizada.

22:10:6 2543 Poderíamos usar, com grandes vantagens, um número muito maior desses seres em Uversa. Em vista do seu valor para as administrações dos superuniversos, nós, de todos os modos possíveis, encorajamos os peregrinos do espaço e também os residentes do Paraíso, após haverem contribuído uns com os outros, a intentar a trinitarização daquelas realidades experienciais que são essenciais à realização de tais aventuras criativas.

22:10:7 2544 Temos agora, no nosso superuniverso, cerca de um milhão e um quarto de Assistentes dos Filhos Elevados, e eles servem tanto no setor maior quanto no menor, e funcionam até mesmo em Uversa. Muito freqüentemente eles acompanham-nos em nossos compromissos nos universos remotos. Os Assistentes dos Filhos Elevados não são designados permanentemente junto a Filho algum ou comissão alguma. Eles ficam em circulação constante, servindo onde a idéia, ou o ideal que eles são, possa melhor colaborar com os propósitos eternos da Trindade do Paraíso, de quem eles se tornaram filhos.

22:10:8 2545 Eles são afetivos de um modo tocante, são extraordinariamente leais, refinadamente inteligentes, supremamente sábios – no que concerne a uma única idéia – e transcendentalmente humildes. Ao mesmo tempo em que eles podem passar-vos a totalidade do conhecimento do universo, no que se refere à sua idéia única ou ideal, torna-se quase patético observá-los buscando conhecimento e informação sobre muitos outros temas, consultando até mesmo os mortais ascendentes.

22:10:9 2546 E esta é a narrativa da origem, natureza e funcionamento de alguns daqueles que são chamados de Filhos Trinitarizados de Deus; mais particularmente daqueles que passaram pelo divino abraço da Trindade do Paraíso, e que foram depois designados para os serviços dos superuniversos, para ali prestarem uma cooperação sábia e compreensiva aos administradores dos Anciães dos Dias, nos seus esforços incansáveis para facilitar o progresso interior dos mortais ascendentes do tempo, na direção do seu destino imediato em Havona e da sua meta final no Paraíso.

22:10:10 2551 [Narrado por um Mensageiro Poderoso do corpo revelador de Orvonton.]

DOCUMENTO 23

OS MENSAGEIROS SOLITÁRIOS
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Os Mensageiros Solitários são o corpo pessoal e universal do Criador Conjunto; são a primeira e mais experiente ordem das Personalidades mais Altas do Espírito Infinito. Representam a ação criadora inicial do Espírito Infinito, atuando solitariamente, com o propósito de trazer à existência espíritos personalizados solitários. Nem o Pai, nem o Filho participaram diretamente d essa prodigiosa espiritualização.

23:0:2 2562 Esses espíritos-mensageiros foram personalizados em um único episódio criador, e o seu número é estacionário. Embora eu tenha um desses extraordinários seres ligados a mim, nesta presente missão, não sei quantas dessas personalidades existem no universo dos universos. Apenas sei, de quando em quando, quantos estão inscritos nos nossos registros como funcionando, em um certo momento, na jurisdição do nosso superuniverso. Segundo o último informe de Uversa, observei que havia quase 7 690 trilhões de Mensageiros Solitários operando, então, dentro das fronteiras de Orvonton; e eu conjecturo que isso seja consideravelmente menos do que um sétimo do seu número total.

1. A NATUREZA E ORIGEM DOS MENSAGEIROS SOLITÁRIOS


23:1:1 2563 Imediatamente após a criação dos Sete Espíritos dos Circuitos de Havona, o Espírito Infinito trouxe à existência o vasto corpo dos Mensageiros Solitários. Não há nenhuma parte da criação universal que seja preexistente aos Mensageiros Solitários, exceto o Paraíso e os circuitos de Havona. Eles têm funcionado por todo o grande universo durante quase toda a eternidade. São fundamentais à técnica divina do Espírito Infinito, para a sua auto-revelação às criações imensas do tempo e do espaço e para o seu contato pessoal com elas.

23:1:2 2564 Embora esses Mensageiros existam desde os tempos remotos da eternidade, todos eles são cônscios de um começo da sua individualidade. São conscientes do tempo e são as primeiras criações do Espírito Infinito a possuírem essa consciência do tempo. São as criaturas primogênitas do Espírito Infinito, as primeiras a terem sido personalizadas no tempo e espiritualizadas no espaço.

23:1:3 2565 Esses espíritos solitários surgiram no alvorecer dos tempos, como seres espirituais plenamente desenvolvidos e perfeitamente dotados. São todos iguais; e, assim, não há classes nem divisões baseadas em variantes pessoais. A classificação deles é fundada inteiramente no tipo de trabalho para o qual são designados, de tempos em tempos.

23:1:4 2566 Os mortais começam como seres quase completamente materiais, nos mundos do espaço; e ascendem, interiormente, na direção dos Grandes Centros; ao passo que esses espíritos solitários começam a partir do centro de todas as coisas e aspiram a ser designados para as criações longínquas, para os mundos individuais dos universos locais mais externos e até mesmo mais além.

23:1:5 2567 Embora denominados Mensageiros Solitários, eles não são espíritos solitários, apenas gostam verdadeiramente de trabalhar sozinhos. Eles são os únicos seres, em toda a criação, que podem apreciar, e apreciam muito, uma existência solitária, embora gostem igualmente de relacionar-se com as poucas ordens de inteligência do universo com as quais eles podem confraternizar.

23:1:6 2571 Os Mensageiros Solitários não estão isolados no seu serviço; estão constantemente em contato com as riquezas do intelecto de toda a criação, pois eles são capazes de "fazer escuta" em todas as transmissões dos reinos da sua permanência. Eles podem também se intercomunicar com os membros do seu próprio grupo imediato, aqueles seres que estão fazendo o mesmo gênero de trabalho, no mesmo superuniverso. Eles poderiam comunicar-se com os outros da sua numeração, mas receberam ordens, do conselho dos Sete Espíritos Mestres, de não o fazer e, como são um grupo leal, não desobedecem nem falham. Não há registro de que um Mensageiro Solitário haja, sequer uma vez, tropeçado e caído na escuridão.

23:1:7 2572 Os Mensageiros Solitários, como os Diretores do Poder do Universo, estão entre os poucos tipos de seres que operam em todos os reinos e que estão isentos de apreensão e de detenção pelos tribunais do espaço e do tempo. Eles não poderiam ser chamados para comparecer diante de ninguém, a não ser dos Sete Espíritos Mestres; mas, em todos os anais do universo-mestre, não consta que esse conselho do Paraíso jamais tenha sido convocado para julgar sequer um caso de um Mensageiro Solitário.

23:1:8 2573 Esses mensageiros de missões solitárias são um grupo de seres criados, derivados da Terceira Fonte e Centro; e cada um deles é confiável, autônomo, versátil, profundamente espiritual e amplamente compassivo. Eles atuam com a autoridade do Espírito Infinito, residente na Ilha Central do Paraíso, e das suas personalizações nas esferas-sedes dos universos locais. Eles compartilham constantemente o circuito direto que emana do Espírito Infinito, até mesmo quando funcionam nas criações locais, sob a influência imediata dos Espíritos Maternos dos universos locais.

23:1:9 2574 Há uma razão técnica pela qual os Mensageiros Solitários devem viajar e trabalhar sozinhos. Por períodos curtos, e quando em postos fixos, eles podem colaborar incorporados em um grupo, mas, quando assim reunidos, eles são totalmente cortados da sustentação e da direção do seu circuito no Paraíso, e ficam inteiramente isolados. Quando se encontram em trânsito, ou quando operam nos circuitos do espaço e nas correntes do tempo, se dois ou mais dos dessa ordem estiverem em estreito contato, ambos, ou todos, são lançados fora da ligação de contato com as forças mais elevadas que circulam. Eles ficam como que em “curto-circuito”, para usar a vossa linguagem de símbolos ilustrativos. Eles, pois, têm inerentes ao seu interior, um poder automático de alarme, um sinal de advertência que opera infalivelmente, para preveni-los de conflitos que possam advir, e que atua sempre e sem falta mantendo-os separados o suficiente, para que nada interfira no funcionamento próprio e eficaz de cada um. Eles também possuem poderes, inerentes e automáticos, de detectar e indicar a proximidade tanto dos Espíritos Inspirados da Trindade, quanto dos Ajustadores do Pensamento divinos.

23:1:10 2575 Esses mensageiros não possuem nenhum poder de extensão de personalidade, nem de reprodução, mas não há praticamente nenhum trabalho, nos universos, no qual eles não se possam engajar, e para o qual eles não possam contribuir com algo de essencial e de ajuda. Em especial, eles fazem grandes economias de tempo para os administradores dos assuntos do universo; e eles nos assistem a todos nós, do mais elevado ao mais baixo.

2. TAREFAS DOS MENSAGEIROS SOLITÁRIOS


23:2:1 2576 Os Mensageiros Solitários não são designados para servir permanentemente a quaisquer personalidades celestes individuais ou a grupos de personalidades celestes. Eles atuam sempre em missões definidas; e, durante o seu serviço, trabalham sob a supervisão imediata daqueles que dirigem os reinos das suas missões. Entre eles próprios, não há nem organização, nem governo de qualquer espécie; eles são Mensageiros Solitários.

23:2:2 2581 Os Mensageiros Solitários são designados pelo Espírito Infinito para as sete especificações de serviços que se seguem:

2582 1. Mensageiros da Trindade do Paraíso.

2583 2. Mensageiros dos Circuitos de Havona.

2584 3. Mensageiros dos Superuniversos.

2585 4. Mensageiros dos Universos Locais.

2586 5. Exploradores em Missões Não Dirigidas.

2587 6. Embaixadores e Emissários de Missões Especiais.

2588 7. Reveladores da Verdade.

23:2:3 2589 Esses mensageiros espirituais, em todos os sentidos, podem ser trocados de um tipo de serviço para outro; tais transferências estão acontecendo constantemente. Não existem ordens separadas de Mensageiros Solitários; eles são semelhantes espiritualmente e iguais em todos os sentidos. Ainda que sejam designados, geralmente, pela sua numeração, eles são conhecidos, pelo Espírito Infinito, por seus nomes pessoais. Eles são conhecidos de todos nós pelo nome ou número designativo da sua missão atual.

23:2:4 25810 1. Mensageiros da Trindade do Paraíso. Não me é permitido revelar muito sobre o trabalho do grupo de mensageiros designado para a Trindade. Eles são os servidores secretos e de confiança das Deidades; e quando lhes foram confiadas mensagens especiais, envolvendo as diretrizes não reveladas e a conduta futura dos Deuses, nunca se soube que eles houvessem divulgado um segredo ou traído a confiança depositada na sua ordem. E tudo isso é mencionado aqui, não para vangloriar-nos da sua perfeição, mas antes para que destaquemos que as Deidades podem criar, e criam, seres perfeitos.

23:2:5 25811 A confusão e os distúrbios em Urântia não significam que os Governantes do Paraíso não tenham interesse ou capacidade para encaminhar as coisas de um modo diferente. Os Criadores têm plenas condições de fazer de Urântia um verdadeiro Paraíso; um Éden assim, entretanto, não contribuiria para o desenvolvimento de caráteres firmes, nobres e experimentados, que os Deuses, muito certamente, estão forjando no vosso mundo, entre as bigornas da necessidade e os martelos da angústia. As vossas ansiedades e penas, provações e desapontamentos são tanto uma parte do plano divino para a vossa esfera quanto o são a perfeição aprimorada e a adaptação infinita de todas coisas para o seu supremo propósito nos mundos do universo central e perfeito.

23:2:6 25812 2. Mensageiros dos Circuitos de Havona. Em toda a carreira ascendente, vós sereis, vaga, mas crescentemente, capazes de detectar a presença dos Mensageiros Solitários; entretanto, até alcançardes Havona, vós não os reconhecereis sem algum equívoco. Os primeiros desses mensageiros com os quais estareis face a face serão aqueles dos circuitos de Havona.

23:2:7 25813 Os Mensageiros Solitários gozam de relações especiais com os nativos dos mundos de Havona. Esses mensageiros, que têm a sua operacionalidade dificultada quando associados uns aos outros, podem ter, e têm, uma comunhão muito estreita e pessoal com os nativos de Havona. Mas é totalmente impossível comunicar às mentes humanas a satisfação suprema que advém do contato das mentes desses seres divinamente perfeitos com os espíritos daquelas personalidades quase transcendentes.

23:2:8 2591 3. Mensageiros dos Superuniversos. Os Anciães dos Dias, personalidades com origem na Trindade que presidem aos destinos dos sete superuniversos, aqueles trios de poder divino e de sabedoria administrativa, são supridos abundantemente de Mensageiros Solitários. É apenas por intermédio dessa ordem de mensageiros que os governantes trinos de um superuniverso podem comunicar-se, direta e pessoalmente, com os governantes de um outro. Os Mensageiros Solitários são o único tipo disponível de inteligência espiritual – exceto, possivelmente, os Espíritos Inspirados da Trindade – que pode ser despachado da sede central de um superuniverso diretamente para a sede central de outro. Todas as outras personalidades devem fazer tais excursões passando por Havona e pelos mundos executivos dos Espíritos Mestres.

23:2:9 2592 Algumas espécies de informação há que não podem ser obtidas nem pelos Mensageiros por Gravidade, nem por refletividade, nem por transmissão. E, quando os Anciães dos Dias querem saber dessas coisas com segurança, eles devem despachar um Mensageiro Solitário à fonte de conhecimento. Muito antes da presença da vida em Urântia, o mensageiro agora ligado a mim esteve designado para uma missão fora de Uversa, no universo central. E esteve ausente das listas de chamada de Orvonton por quase um milhão de anos, mas retornou no devido tempo com a informação desejada.

23:2:10 2593 Não há limitação ao serviço dos Mensageiros Solitários nos superuniversos; eles podem funcionar como executores dos altos tribunais ou como coletores de informações para o bem do reino. De todas as supercriações eles preferem servir em Orvonton, porque aqui a necessidade é maior e as oportunidades para o esforço heróico são muitas vezes multiplicadas. Nos reinos de maior necessidade, todos nós temos a satisfação de exercer mais plenamente qualquer função.

23:2:11 2594 4. Mensageiros dos Universos Locais. Nos serviços de um universo local, não há limite para o funcionamento dos Mensageiros Solitários. Eles são os reveladores fiéis dos motivos e dos intentos do Espírito Materno do universo local, embora estejam sob a plena jurisdição do Filho Mestre reinante. E isso é verdade em relação a todos os mensageiros que operam em um universo local, quer estejam trabalhando diretamente vindos das sedes centrais dos superuniversos, quer estejam atuando temporariamente em ligação com os Pais da Constelação, os Soberanos dos Sistemas ou os Príncipes Planetários. Antes da concentração de todo o poder nas mãos de um Filho Criador, quando da sua elevação como governante soberano do seu universo, esses mensageiros dos universos locais funcionam sob a direção geral dos Anciães dos Dias e respondem imediatamente ao representante residente deles, o União dos Dias.

23:2:12 2595 5. Exploradores em Missões Não Dirigidas. Quando o corpo de reserva dos Mensageiros Solitários está com excesso de pessoal, um dos Sete Diretores Supremos do Poder emite um chamado de voluntários para exploração; e nunca há falta de voluntários, pois eles sentem prazer em ser despachados, como exploradores livres e desimpedidos, a fim de experienciar a emoção de encontrar núcleos de organização dos mundos e universos novos.

23:2:13 2596 Eles lançam-se à investigação dos indícios fornecidos pelos contempladores espaciais dos reinos. Indubitavelmente, as Deidades do Paraíso sabem da existência desses sistemas de energia do espaço, ainda não descobertos, mas Elas nunca divulgam tal informação. Se os Mensageiros Solitários não explorassem e cartografassem esses centros novos de energia ainda em organização, tais fenômenos permaneceriam por longo tempo sem serem notados, até mesmo pelos serviços de informação dos reinos adjacentes. Toda classe dos Mensageiros Solitários é altamente sensível à gravidade; e, desse modo, algumas vezes eles podem detectar a presença provável de pequeníssimos planetas escuros, aqueles mundos que são mesmo os mais adaptados aos experimentos de vida.

23:2:14 2601 Esses mensageiros-exploradores de missões não dirigidas rondam o universo-mestre. Eles estão constantemente em expedições exploradoras, nas regiões não cartografadas de todo o espaço exterior. Grande parte das informações que possuímos sobre as transações nos reinos do espaço exterior deve-se às explorações dos Mensageiros Solitários, pois eles trabalham e estudam, freqüentemente, com os astrônomos celestes.

23:2:15 2602 6. Embaixadores e Emissários de Missões Especiais. Os universos locais, situados dentro de um mesmo superuniverso, costumeiramente, trocam entre si embaixadores selecionados das suas ordens nativas de filiação. Mas, para evitar demoras, os Mensageiros Solitários são solicitados, freqüentemente, a ir como embaixadores de uma criação local até outra, a fim de representar e interpretar um reino para um outro. Por exemplo: quando um reino recém-habitado é descoberto, pode resultar que esteja em um ponto tão longínquo no espaço, que demore um tempo muito longo até que um embaixador transportado por um serafim possa alcançar esse universo excessivamente distante. Um ser levado por um serafim não pode exceder a velocidade de 899 370 quilômetros, dos de Urântia, por um segundo, também do vosso tempo. As estrelas maciças, as contracorrentes e os desvios, bem como as atrações tangenciais, todos tenderão a retardar essa velocidade, de um modo tal que, em uma viagem prolongada, a velocidade média ficará em torno de 885 000 quilômetros por segundo.

23:2:16 2603 Quando acontece de se fazerem necessárias centenas de anos para que um embaixador nativo chegue a um universo local excessivamente distante, solicita-se sempre que um Mensageiro Solitário parta para lá, imediatamente, a fim de atuar como embaixador interino. Os Mensageiros Solitários podem ir muito rapidamente, não inteira e independentemente do tempo e do espaço, como o fazem os Mensageiros por Gravidade, mas quase do mesmo modo. Eles também servem, em outras circunstâncias, como emissários de missões especiais.

23:2:17 2604 7. Reveladores da Verdade. Os Mensageiros Solitários consideram uma missão de revelar a verdade como sendo a mais elevada manifestação de confiança à sua ordem. E eles executam essa função, quase sempre, tanto para os superuniversos quanto para os planetas do espaço em particular. Eles fazem parte, freqüentemente, das comissões que são enviadas aos mundos e sistemas, para ampliar a revelação da verdade.

3. OS SERVIÇOS DOS MENSAGEIROS SOLITÁRIOS NO TEMPO E NO ESPAÇO


23:3:1 2605 Os Mensageiros Solitários são o mais elevado tipo de personalidade, perfeita e confidencial, disponível em todos os reinos, para a transmissão rápida de mensagens urgentes e importantes, quando não é indicado, nem conveniente, utilizar, seja um serviço de transmissão, seja o mecanismo da refletividade. Eles servem em missões de uma variedade infinda, ajudando aos seres espirituais e materiais dos reinos, particularmente quando o elemento tempo está envolvido. De todas as ordens designadas para os serviços, nos domínios dos superuniversos, eles são os seres personalizados mais elevados e mais versáteis que mais podem vir a desafiar o tempo e o espaço.

23:3:2 2606 O universo está bem suprido de espíritos que utilizam a gravidade para os propósitos de trânsito; eles podem ir a qualquer lugar em qualquer tempo – instantaneamente – mas eles não são pessoas. Alguns outros cruzadores de gravidade são seres pessoais, como os Mensageiros por Gravidade e os Registradores Transcendentais, mas eles não estão disponíveis para os administradores dos superuniversos e universos locais. Os mundos parecem estar cheios de anjos, de homens e de outros seres altamente pessoais, mas todos estes têm dificuldades no tempo e no espaço: a velocidade limite, para a maioria dos seres que não são transportados por serafins, é de 299 790 quilômetros do vosso mundo, por segundo, do vosso tempo; as criaturas intermediárias e algumas outras podem atingir, e freqüentemente atingem, o dobro dessa velocidade, ou seja, a de 599 580 quilômetros por segundo, enquanto os serafins e outros seres podem cruzar o espaço à velocidade de 899 370 quilômetros por segundo, ou seja, três vezes mais. Contudo, não há personalidades de transporte, nem mensageiros, que funcionem entre as velocidades instantâneas dos cruzadores de gravidade e as velocidades relativamente vagarosas dos serafins, excetuando-se os Mensageiros Solitários.

23:3:3 2611 Os Mensageiros Solitários são, pois, geralmente usados para o despacho e o serviço naquelas situações em que a personalidade é essencial ao cumprimento da missão e se deseja evitar a perda de tempo que seria ocasionada pelo envio de qualquer outro tipo, prontamente disponível, de mensageiro pessoal. Eles são os únicos seres definitivamente personalizados que podem sincronizar-se com as correntes universais combinadas do grande universo. A sua velocidade para atravessar o espaço é variável, dependendo de uma grande variedade de influências que podem interferir, mas os registros mostram que, na jornada para completar esta missão, o mensageiro interligado a mim perfez uma velocidade de 1 346 169 220 000 dos vossos quilômetros, por segundo, do vosso tempo.

23:3:4 2612 Está totalmente além da minha capacidade explicar ao tipo de mente material como um espírito pode ser uma pessoa real e, ao mesmo tempo, atravessar o espaço em velocidades tão altas. Todavia, esses mesmos Mensageiros Solitários, de fato, vêm até Urântia e vão nestas velocidades incompreensíveis; realmente, toda a economia da administração universal estaria despojada, em muito, do seu elemento pessoal, caso isso não fosse um fato.

23:3:5 2613 Os Mensageiros Solitários são capazes de funcionar como linhas de emergência de comunicação, em todas as regiões e reinos remotos do espaço não abrangidos dentro dos circuitos estabelecidos do grande universo. Acontece que um mensageiro, quando funcionando assim, pode transmitir uma mensagem ou enviar um impulso, pelo espaço, a um outro mensageiro, a uma distância de cerca de cem anos-luz, como os astrônomos de Urântia estimam as distâncias estelares.

23:3:6 2614 Das miríades de seres que cooperam conosco, na condução dos assuntos dos superuniversos, nenhum é mais importante em assistência prática e na economia de tempo. Nos universos do espaço, devemos reconhecer as dificuldades do tempo; daí a magnitude do serviço dos Mensageiros Solitários, que, por meio das suas prerrogativas pessoais de comunicação, são quase independentes do espaço e, em virtude da sua imensa velocidade de trânsito, são quase independentes do tempo.

23:3:7 2615 Não consigo explicar aos mortais de Urântia como os Mensageiros Solitários podem existir sem uma forma e, ainda assim, possuir personalidades reais e definidas. Embora eles existam sem aquela forma que seria associada naturalmente à personalidade, eles possuem uma presença espiritual que é discernível por todos os tipos mais elevados de seres espirituais. Os Mensageiros Solitários são a única classe de seres que parece estar de posse de quase todas as vantagens de um espírito sem forma, acompanhadas de todas as prerrogativas de uma personalidade plena. Eles são verdadeiras pessoas e, no entanto, são dotados de quase todos os atributos de manifestação dos espíritos impessoais.

23:3:8 2616 Nos sete superuniversos, geralmente – mas não sempre –, tudo o que tende a aumentar a liberação de qualquer criatura das dificuldades do tempo e do espaço reduz proporcionalmente as prerrogativas da personalidade. Os Mensageiros Solitários são uma exceção a essa lei geral. Nas suas atividades, eles são praticamente irrestritos na utilização de todo e qualquer entre os caminhos ilimitados da expressão espiritual, do serviço divino, do ministério pessoal e da comunicação cósmica. Se vós pudésseis ver esses extraordinários seres, à luz da minha experiência na administração do universo, vós compreenderíeis quão difícil seria coordenar os assuntos dos superuniversos, não fosse a cooperação versátil deles.

23:3:9 2621 Não importa quanto o universo possa expandir-se, provavelmente não se criarão mais Mensageiros Solitários. À medida que os universos crescem, um trabalho cada vez mais extenso de administração deve ser crescentemente assumido por outros tipos de ministros espirituais e por aqueles seres que tiveram origem nessas novas criações, tais como as criaturas geradas pelos Filhos Soberanos e os Espíritos Maternos dos universos locais.

4. A MINISTRAÇÃO ESPECIAL DOS MENSAGEIROS SOLITÁRIOS


23:4:1 2622 Os Mensageiros Solitários parecem ser coordenadores das personalidades para todos os tipos de seres espirituais. A ministração deles ajuda a fazer com que todas as personalidades do vasto mundo espiritual sejam afins. Eles contribuem muito para o desenvolvimento, em todos os seres espirituais, de uma consciência de identidade de grupo. Todo tipo de ser espiritual é servido por grupos especiais de Mensageiros Solitários que fomentam a capacidade desses seres de compreender todos os outros tipos e ordens, não importa quão dessemelhantes sejam, e de confraternizar com os mesmos.

23:4:2 2623 Os Mensageiros Solitários demonstram uma capacidade espantosa de coordenação de todos os tipos e ordens de personalidades finitas – e mesmo de fazer contato com o regime absonito dos supercontroladores do Universo-Mestre –, tanto que alguns de nós postulam que a criação desses mensageiros, pelo Espírito Infinito, esteja, de alguma maneira, relacionada à dotação que o Agente Conjunto faz à mente Suprema-Última.

23:4:3 2624 Quando um finalitor e um Cidadão do Paraíso cooperam na trinitarização de um “filho do tempo e da eternidade” – uma transação envolvendo os potenciais não revelados da mente do Supremo-Último – e quando essa personalidade não classificada é despachada para Vicegerington, então um Mensageiro Solitário (uma suposta repercussão da outorga, à personalidade, da mente dessa deidade) é sempre designado como companheiro-guardião desse filho trinitarizado por criaturas. Esse mensageiro acompanha o novo filho do destino ao mundo do seu desígnio e nunca mais deixa Vicegerington. Quando ligado, assim, aos destinos de um filho do tempo e da eternidade, um Mensageiro Solitário é transferido para sempre para a supervisão única dos Arquitetos do Universo-Mestre. Qual possa ser o futuro de uma associação tão extraordinária, não sabemos. Durante idades, essas associações de personalidades tão singulares vêm, continuamente, reunindo-se em Vicegerington, mas nem mesmo um par sequer foi alguma vez adiante dali.

23:4:4 2625 Os Mensageiros Solitários existem em números estacionários, mas a trinitarização dos filhos do destino é uma técnica ilimitada, aparentemente. Já que todo filho trinitarizado do destino tem, designado para si, um Mensageiro Solitário, quer-nos parecer que, em algum momento no futuro remoto, a reserva de mensageiros possa chegar a esgotar-se. Quem assumirá o seu trabalho no grande universo? Será o seu serviço assumido por algum novo desenvolvimento entre os Espíritos Inspirados da Trindade? Será que o grande universo, em algum período remoto, irá ser administrado, mais de perto, pelos seres originários da Trindade, enquanto as criaturas de origem única, ou dual, se locomovem para os reinos do espaço exterior? Se os mensageiros retornarem ao seu serviço inicial, será que esses filhos do destino irão acompanhá-los? Será que as trinitarizações feitas pelos finalitores e pelos Havonianos do Paraíso cessarão, quando a reserva de Mensageiros Solitários estiver absorvida, inteiramente, na função de companheiros-guardiães desses filhos do destino? Será que todos os nossos eficientes Mensageiros Solitários concentrar-se-ão em Vicegerington? Será que essas extraordinárias personalidades espirituais permanecerão eternamente ligadas a esses filhos trinitarizados de destino não revelado? Que significação deve ser atribuída ao fato de que esses pares, que se reúnem em Vicegerington, estejam sob a exclusiva direção desses poderosos seres misteriosos, os Arquitetos do Universo-Mestre?

23:4:5 2631 Fazemos essas e muitas perguntas similares a nós mesmos e a muitas outras ordens de seres celestes, mas não sabemos as respostas. Essa transação indica, inequivocamente, junto com muitas ocorrências similares na administração do universo, que o pessoal do grande universo, e mesmo o de Havona e do Paraíso, está passando por uma reorganização certa e definida, em coordenação com as grandes evoluções na energia, que agora estão acontecendo em todos os reinos do espaço exterior, e em referência a elas.

23:4:6 2632 Temos a tendência a acreditar que o futuro eterno testemunhará fenômenos de evolução do universo os quais irão transcender, em muito, a tudo o que o eterno passado experienciou. E antecipamos essas aventuras grandiosas, como vós próprios deveis antecipar, com uma ansiedade agradável e uma expectativa cada vez mais elevada.

23:4:7 2633 [Apresentado por um Conselheiro Divino de Uversa.]

DOCUMENTO 24

AS PERSONALIDADES MAIS ELEVADAS DO ESPÍRITO INFINITO
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Em Uversa, separamos todas as personalidades e as entidades do Criador Conjunto em três grandes divisões: as Personalidades Mais Elevadas do Espírito Infinito, as Hostes de Mensageiros do Espaço e os Espíritos Ministradores do Tempo, aqueles seres espirituais que se ocupam do ensino e da ministração às criaturas de vontade do esquema ascendente de progressão mortal.

24:0:2 2642 Essas Personalidades Mais Elevadas do Espírito Infinito, mencionadas nestas narrativas, funcionam por todo o grande universo em sete divisões:

2643 1. Mensageiros Solitários.

2644 2. Supervisores dos Circuitos do Universo.

2645 3. Diretores de Censo.

2646 4. Auxiliares Pessoais do Espírito Infinito.

2647 5. Inspetores Associados.

2648 6. Sentinelas Designadas.

2649 7. Guias dos Graduados.

24:0:3 26410 Os Mensageiros Solitários, os Supervisores dos Circuitos, os Diretores de Censo e Auxiliares Pessoais são caracterizados por possuírem dons imensos de antigravidade. Os Mensageiros Solitários não têm uma sede central conhecida; eles circulam pelo universo dos universos. Os Supervisores dos Circuitos do Universo e os Diretores de Censo mantêm sua sede-central nas capitais dos superuniversos. Os Auxiliares Pessoais do Espírito Infinito ficam estacionados na Ilha Central de Luz. Os Inspetores Associados e as Sentinelas Designadas estão fixados, respectivamente, nas capitais dos universos locais e nas capitais dos seus sistemas componentes. Os Guias dos Graduados residem e funcionam no bilhão de mundos do universo de Havona. A maior parte dessas personalidades mais elevadas tem postos nos universos locais, mas elas não se encontram organicamente vinculadas às administrações dos reinos evolucionários.

24:0:4 26411 Das sete classes que compõem esse grupo, apenas os Mensageiros Solitários e talvez os Auxiliares Pessoais percorrem o universo dos universos. Os Mensageiros Solitários são encontrados no Paraíso e afora: desde os circuitos de Havona, nas capitais dos superuniversos, e, daí para fora, nos diversos setores e nos universos locais, nas suas subdivisões e até mesmo nos mundos habitados. Embora os Mensageiros Solitários pertençam às Personalidades Mais Elevadas do Espírito Infinito, a sua origem, natureza e serviço foram abordados no documento precedente.

1. OS SUPERVISORES DOS CIRCUITOS DO UNIVERSO


24:1:1 2651 Pode parecer que as imensas correntes de poder do espaço e os circuitos da energia do espírito operem automaticamente; pode parecer que funcionem sem controles nem entraves, mas não é realmente assim. Todos esses sistemas estupendos de energia estão sob controle; estão sujeitos a uma supervisão inteligente. Os Supervisores dos Circuitos do Universo ocupam-se, não dos reinos da energia puramente física ou material – domínio dos Diretores do Poder no Universo –, mas dos circuitos da energia espiritual relativa e daqueles circuitos modificados que são essenciais à manutenção dos seres altamente desenvolvidos espiritualmente, tanto quanto dos tipos moronciais ou de transição de criaturas inteligentes. Os supervisores não dão origem a circuitos de energia e superessência de divindade, mas, em geral, eles têm a ver com os circuitos espirituais mais elevados do tempo e da eternidade e todos os circuitos espirituais relativos, envolvidos na administração das partes componentes do grande universo. Eles dirigem e manipulam todos esses circuitos de energia-espírito fora da Ilha do Paraíso.

24:1:2 2652 Os Supervisores dos Circuitos do Universo são uma criação exclusiva do Espírito Infinito e funcionam somente como agentes do Agente Conjunto. Eles são personalizados para o serviço nas quatro ordens seguintes:

2653 1. Supervisores Supremos dos Circuitos.

2654 2. Supervisores Associados dos Circuitos.

2655 3. Supervisores Secundários dos Circuitos.

2656 4. Supervisores Terciários dos Circuitos.

24:1:3 2657 Os supervisores supremos de Havona e os supervisores integrados dos sete superuniversos têm o seu número já completo; dessas ordens, nenhum mais está sendo criado. Os supervisores supremos são sete, em número, e estão estacionados nos mundos-pilotos dos sete circuitos de Havona. Os circuitos dos sete superuniversos estão a cargo de um grupo maravilhoso de sete supervisores associados, que mantêm sua sede central nas sete esferas do Espírito Infinito, no Paraíso sendo estas os mundos dos Sete Executivos Supremos. De lá eles supervisionam e dirigem os circuitos dos superuniversos do espaço.

24:1:4 2658 Nessas esferas do Espírito, no Paraíso, os sete supervisores integrados dos circuitos e a primeira ordem dos Centros Supremos de Potência efetuam uma ligação que, sob a direção dos Executivos Supremos, resulta na coordenação subparadisíaca de todos os circuitos materiais e espirituais que vão até os sete superuniversos.

24:1:5 2659 Os supervisores secundários dos universos locais do tempo e do espaço estão estacionados nos mundos-sedes de cada superuniverso. Os setores maior e menor são divisões administrativas dos supergovernos, mas não se ocupam com as questões da supervisão da energia-espírito. Não sei quantos supervisores secundários de circuitos existem no grande universo, mas em Uversa há 84 691 desses seres. Os supervisores secundários estão sendo constantemente criados; de tempos em tempos, eles surgem, em grupos de setenta, nos mundos dos Executivos Supremos. Nós podemos obtê-los por requisição quando vamos fazer o estabelecimento de circuitos separados de energia espiritual, e de poder de ligação, para os novos universos em evolução que se encontram sob a nossa jurisdição.

24:1:6 26510 Um supervisor terciário de circuito funciona nos mundos-sedes de cada universo local. Essa ordem, bem como a dos supervisores secundários, está em contínua criação, sendo criada em grupos de setecentos. Eles são designados para os universos locais pelos Anciães dos Dias.

24:1:7 2661 Os supervisores dos circuitos são criados para as suas tarefas específicas; e servem eternamente nos grupos do seu compromisso original. Eles não fazem rotações no serviço e por isso efetuam um estudo, durante toda uma idade, dos problemas existentes nos reinos do seu compromisso original. Por exemplo: o supervisor terciário de circuitos de número 572 842 tem funcionado em Salvington desde a concepção inicial do vosso universo local, e é um membro da assessoria pessoal de Michael de Nebadon.

24:1:8 2662 Atuando, seja no universo local, seja em um universo mais elevado, os supervisores de circuitos dirigem todos os envolvidos nos circuitos adequados a serem empregados na transmissão de todas as mensagens espirituais e relativas ao trânsito de todas as personalidades. No seu trabalho de supervisão dos circuitos, esses eficientes seres utilizam todas as agências intermediárias, as forças e as personalidades no universo dos universos. Eles empregam as "altas personalidades espirituais de controle dos circuitos" não reveladas; e são competentemente assistidos por inúmeras equipes compostas de personalidades do Espírito Infinito. Eles é que isolariam um mundo evolucionário, caso o seu Príncipe Planetário se rebelasse contra o Pai Universal e o seu Filho vice-regente. Eles são capazes de retirar qualquer mundo de certos circuitos da ordem espiritual mais elevada do universo, mas eles não podem anular as correntes materiais dos diretores de potência.

24:1:9 2663 Os Supervisores dos Circuitos do Universo têm, com os circuitos espirituais, algo como a relação que os Diretores do Poder no Universo têm com os circuitos materiais. As duas ordens são complementares, exercendo, juntas, toda a supervisão de todos os circuitos materiais e espirituais que são controláveis e manipuláveis pelas criaturas.

24:1:10 2664 Os Supervisores dos Circuitos exercem certa supervisão sobre aqueles circuitos da mente que são associados ao espírito, assim como os diretores de potência têm uma certa jurisdição sobre aquelas fases da mente que são associadas à energia-física – a mente mecânica. Em geral, as funções de uma ordem expandem-se por ligação com a outra, mas os circuitos da mente pura não estão sujeitos à supervisão de nenhum deles. Nem são, as duas ordens, coordenadas. Em todos os seus múltiplos trabalhos, os Supervisores dos Circuitos do Universo ficam sujeitos aos Sete Diretores do Poder Supremo e aos seus subordinados.

24:1:11 2665 Se bem que os supervisores dos circuitos sejam inteiramente iguais dentro das suas ordens respectivas, todos são também indivíduos distintos. Eles são verdadeiramente seres pessoais, mas possuem um tipo de personalidade outra-que-não-a-dotada-pelo-Pai, não encontrada em qualquer outro tipo de criatura em toda a existência universal.

24:1:12 2666 Embora vós ireis reconhecê-los e saber deles à medida que evoluirdes no caminho interno do Paraíso, não tereis nenhuma relação pessoal com eles. Eles são os supervisores dos circuitos e ocupam-se estrita e eficientemente do seu assunto. Lidam somente com aquelas personalidades e entidades que têm a supervisão dessas atividades que concernem aos circuitos sujeitos à sua supervisão.

2. OS DIRETORES DE CENSO


24:2:1 2667 Se bem que a mente cósmica da Inteligência da Informação Universal seja conhecedora da presença e do paradeiro de todas as criaturas pensantes, há, em operação no universo dos universos, um método independente para se manter a contagem de todas as criaturas volitivas.

24:2:2 2668 Os Diretores de Censo são uma criação especial já completa do Espírito Infinito, e existem em números desconhecidos para nós. Eles foram criados de modo a serem capazes de manter uma sincronia perfeita com a técnica de refletividade dos superuniversos, enquanto, ao mesmo tempo, são pessoalmente sensíveis e responsivos à vontade inteligente. Esses diretores, por uma técnica não completamente entendida, tornam-se imediatamente sabedores do nascimento da vontade, em qualquer parte do grande universo. Eles sempre têm, pois, competência para nos fornecer o número, a natureza e o paradeiro de todas as criaturas de vontade, em qualquer parte da criação central e dos sete superuniversos. Mas eles não funcionam no Paraíso; não há necessidade deles ali. No Paraíso o conhecimento é inerente; as Deidades sabem de todas as coisas.

24:2:3 2671 Sete Diretores de Censo operam em Havona, sendo que cada um fica estacionado em um mundo-piloto de cada circuito de Havona. Com exceção desses sete e das reservas da ordem nos mundos do Espírito no Paraíso, todos os Diretores de Censo funcionam sob a jurisdição dos Anciães dos Dias.

24:2:4 2672 Um Diretor do Censo preside às sedes centrais de cada superuniverso e, sob o comando desse diretor-chefe, na capital de cada universo local, estão milhares e milhares de seres. Todas as personalidades dessa ordem são iguais, excetuando-se aquelas dos mundos-piloto de Havona e dos dirigentes dos sete superuniversos.

24:2:5 2673 No sétimo superuniverso há cem mil Diretores de Censo. Esse número consiste inteiramente naqueles que são designáveis para os universos locais; e não inclui o corpo de assessoria de Usátia, comandante dos diretores de todo o superuniverso de Orvonton. Usátia, como os outros comandantes no superuniverso, não está preparado diretamente para sintonizar o registro da vontade inteligente. Ele está sintonizado unicamente com os seus subordinados estacionados nos universos de Orvonton; assim, ele atua como uma magnífica personalidade totalizadora dos informes deles, que vêm das capitais das criações locais.

24:2:6 2674 De tempos em tempos os registradores de Uversa fazem o registro do status do superuniverso, tal como está indicado nos anais e na personalidade de Usátia. Esses dados do recenseamento são próprios dos superuniversos; esses informes não são transmitidos para Havona, nem para o Paraíso.

24:2:7 2675 Os Diretores de Censo ocupam-se com os seres humanos – bem como com outras criaturas volitivas – apenas para registrar o fato da função da vontade. Eles não se preocupam com os registros da vossa vida, nem com os atos dela; eles não estão de modo algum fazendo os registros das personalidades. O Diretor do Censo de Nebadon, de número 81 412 de Orvonton, agora estacionado em Salvington, é, neste momento mesmo, pessoalmente sabedor da vossa presença aqui em Urântia; e ele permitirá a confirmação dos registros da vossa morte no momento em que cessardes de funcionar como criaturas volitivas.

24:2:8 2676 Os Diretores de Censo registram a existência de uma nova criatura de vontade sempre que acontece o primeiro ato de vontade; eles indicam a morte de uma criatura de vontade quando acontece o seu último ato de vontade. O surgimento parcial da vontade, observado nas reações de alguns dos animais mais elevados, não pertence ao domínio dos Diretores de Censo. Eles não mantêm a conta de nada que não sejam as autênticas criaturas de vontade, e eles não são sensíveis a nada a não ser à função da vontade. Mas nós não sabemos exatamente como eles registram a função da vontade.

24:2:9 2677 Esses seres têm sido sempre, e sempre serão, os Diretores de Censo. Eles seriam relativamente inúteis em qualquer outra divisão de trabalho do universo. Mas são infalíveis na própria função; nunca cometem erros nem falsificam nada. E, apesar dos seus poderes maravilhosos e prerrogativas inacreditáveis, eles são pessoas; eles têm presença espiritual e forma reconhecível.

3. OS AJUDANTES PESSOAIS DO ESPÍRITO INFINITO


24:3:1 2681 Não temos conhecimento autêntico a respeito da época e do modo da criação dos Ajudantes Pessoais. O seu número deve ser o de uma legião, mas não está registrado em Uversa. Por uma dedução conservadora, baseada no nosso conhecimento do trabalho deles, aventuro-me a estimar que o seu número alcance até os trilhões. Sustentamos a opinião de que o Espírito Infinito não esteja limitado, quanto à quantidade numérica, para a criação desses Ajudantes Pessoais.

24:3:2 2682 Os Ajudantes Pessoais do Espírito Infinito existem para assistir exclusivamente a presença paradisíaca da Terceira Pessoa da Deidade. Embora ligados diretamente ao Espírito Infinito e localizados no Paraíso, eles circulam por todos os lugares, até às extremidades da criação. Para onde quer que os circuitos do Criador Conjunto se estendam, ali, esses Ajudantes Pessoais podem aparecer com o propósito de executar as ordens do Espírito Infinito. Eles atravessam o espaço de um modo semelhante ao dos Mensageiros Solitários, mas não são pessoas no sentido que os mensageiros o são.

24:3:3 2683 Os Ajudantes Pessoais são todos iguais e idênticos; não apresentam nenhuma diferenciação de individualidade. Embora o Agente Conjunto considere-os como verdadeiras personalidades, é difícil para os outros considerá-los pessoas reais; eles não manifestam uma presença espiritual para os outros seres espirituais. Os seres cuja origem é o Paraíso têm sempre consciência da proximidade desses Ajudantes; mas nós não reconhecemos a presença de personalidade neles. A falta dessa forma-presença, sem dúvida, torna-os a todos mais úteis à Terceira Pessoa da Deidade.

24:3:4 2684 De todas as ordens reveladas de seres espirituais que têm origem no Espírito Infinito, os Ajudantes Pessoais são quase os únicos que vós não ireis encontrar na vossa ascensão interior ao Paraíso.

4. OS INSPETORES ASSOCIADOS


24:4:1 2685 Os Sete Executivos Supremos, nas sete esferas do Espírito Infinito no Paraíso, funcionam coletivamente como a junta administrativa de superdirigentes dos sete superuniversos. Os Inspetores Associados são a corporificação pessoal da autoridade dos Executivos Supremos para os universos locais do tempo e do espaço. Esses altos observadores dos assuntos das criações locais são a progênie conjunta do Espírito Infinito e dos Sete Espíritos Mestres do Paraíso. Nos tempos próximos da eternidade setecentos mil deles foram personalizados, e os seus corpos de reservas habitam o Paraíso.

24:4:2 2686 Os Inspetores Associados trabalham sob a supervisão direta dos Sete Executivos Supremos; são os seus representantes pessoais e têm os devidos poderes nos universos locais do tempo e do espaço. Um inspetor permanece designado para a esfera-sede central de cada criação local e está estreitamente associado ao União dos Dias residente.

24:4:3 2687 Os Inspetores Associados recebem informes e recomendações somente dos seus subordinados, as Sentinelas Designadas, estacionados nas capitais dos sistemas locais de mundos habitados, e fazem relatórios apenas ao seu superior imediato, o Executivo Supremo do superuniverso envolvido.

5. AS SENTINELAS DESIGNADAS


24:5:1 2688 As Sentinelas Designadas são personalidades coordenadoras e representantes de ligação dos Sete Executivos Supremos. Elas foram personalizadas no Paraíso pelo Espírito Infinito e criadas com os propósitos específicos das suas designações. Elas têm um número estacionário: existem exatamente sete bilhões delas.

24:5:2 2691 Do mesmo modo que um Inspetor Associado representa os Sete Executivos Supremos para todo um universo local, há em cada um dos dez mil sistemas dessa criação local, assim, uma Sentinela Designada, que atua como a representante direta da bem distante e suprema junta de supercontrole dos assuntos de todos os sete superuniversos. As sentinelas em serviço nos governos do sistema local de Orvonton estão atuando sob a autoridade direta do Executivo Supremo Número Sete, o coordenador do sétimo superuniverso. Mas, na sua organização administrativa, todas as sentinelas a serviço em um universo local estão subordinadas ao Inspetor Associado, estacionado na sede central do universo.

24:5:3 2692 Dentro de uma criação local as Sentinelas Designadas servem em rodízio, sendo transferidas de sistema para sistema. Elas são mudadas, em geral, a cada milênio do tempo do universo local. Estão entre as mais elevadas classes de personalidades estacionadas em uma capital de sistema, mas nunca participam das deliberações que concernem aos assuntos dos sistemas. Nos sistemas locais elas servem como dirigentes ex-officio dos vinte e quatro administradores que provêm dos mundos evolucionários, mas fora disso os mortais ascendentes têm pouco contato com elas. As sentinelas ocupam-se quase exclusivamente em manter o Inspetor Associado do seu universo plenamente informado sobre tudo o que importa em relação ao bem-estar e ao estado geral dos sistemas da sua designação.

24:5:4 2693 As Sentinelas Designadas e os Inspetores Associados não se reportam aos Executivos Supremos por meio da sede central de um superuniverso. Eles são responsáveis apenas perante o Executivo Supremo do superuniverso envolvido; as suas atividades são distintas da administração dos Anciães dos Dias.

24:5:5 2694 Os Executivos Supremos, os Inspetores Associados e as Sentinelas Designadas, junto com os omniafins e uma hoste de personalidades não reveladas, constituem um sistema eficaz, direto, centralizado e muito vasto, de coordenação consultiva e administrativa de todo o grande universo de coisas e de seres.

6. OS GUIAS DOS GRADUADOS


24:6:1 2695 Os Guias dos Graduados, como grupo, patrocinam e conduzem a universidade de altos estudos de instrução técnica e de educação espiritual, que é tão essencial para que os mortais alcancem a meta das idades: Deus, o repouso e, em seguida, a eternidade do serviço perfeccionado. Esses seres altamente pessoais recebem o seu nome pela natureza e propósito do serviço que prestam. Eles devotam-se exclusivamente às tarefas de guiar os mortais graduados, vindos dos superuniversos do tempo, durante o seu percurso de educação e de aperfeiçoamento, em Havona, que serve no preparo dos peregrinos ascendentes para serem admitidos no Paraíso e no Corpo de Finalidade.

24:6:2 2696 Não me é proibido arcar com a responsabilidade de contar-vos sobre o trabalho desses Guias dos Graduados, mas é uma tarefa tão ultra-espiritual que perco a esperança de ser capaz de retratar adequadamente à mente material um conceito que abranja as atividades múltiplas deles. Nos mundos das mansões, depois que o alcance da vossa visão estiver ampliado e depois que estiverdes livres das correntes das comparações materiais, vós podereis começar a compreender o significado daquelas realidades que o “olho não pode ver, nem o ouvido escutar, e que nunca fizeram parte dos conceitos das mentes humanas”, até mesmo aquelas coisas que “Deus preparou para aqueles que amam tais verdades eternas”. Vós não tereis para sempre um alcance tão limitado de visão, nem de compreensão espiritual.

24:6:3 2701 Os Guias dos Graduados ocupam-se em pilotar os peregrinos do tempo pelos sete circuitos dos mundos de Havona. O guia que te saudar, na tua chegada ao mundo de recepção do circuito externo de Havona, permanecerá contigo durante toda a tua carreira nos circuitos celestes. Embora tu vás associar-te com um número incontável de outras personalidades durante a tua permanência neste bilhão de mundos, o teu Guia dos Graduados seguirá contigo até o fim da tua progressão em Havona e testemunhará a tua entrada no sono terminal do tempo, o sono do trânsito da eternidade para a meta no Paraíso, onde, ao acordares, serás saudado pelo Companheiro do Paraíso designado para dar-te as boas-vindas e, talvez, para permanecer contigo até que te inicies como membro do Corpo Mortal de Finalidade.

24:6:4 2702 O número de Guias dos Graduados está acima do poder que a mente humana tem de captar, e eles continuam a aparecer. A sua origem é algo misteriosa. Eles não têm existido desde a eternidade; misteriosamente, eles aparecem à medida que se fazem necessários. Não há registro de um Guia dos Graduados em todos os reinos do universo central, até aquele dia bem longínquo em que o primeiro peregrino mortal de todos os tempos percorreu o seu caminho até o cinturão externo da criação central. No instante em que ele chegou ao mundo-piloto do circuito externo, ele deparou com a recepção amigável de Malvorian, o primeiro dos Guias dos Graduados e que agora é o dirigente do conselho supremo deles e o diretor da vasta organização educacional mantida por eles.

24:6:5 2703 Nos registros do Paraíso, sobre Havona, na seção denominada “Guias dos Graduados”, aparece este registro inicial:

24:6:6 2704 “E Malvorian, o primeiro desta ordem, acolheu e instruiu o peregrino descobridor de Havona e conduziu-o dos circuitos exteriores de experiência inicial, passo a passo e circuito por circuito, até que ele chegasse à presença mesma da Fonte e Destino de todas personalidades, atravessando depois o umbral da eternidade até o Paraíso. ”

24:6:7 2705 Naquela época longínqua, eu estava ligado ao serviço dos Anciães dos Dias em Uversa, e todos nós nos rejubilamos, na certeza de que, finalmente, os peregrinos do nosso superuniverso alcançariam Havona. Durante idades, a nós nos tinha sido ensinado que as criaturas evolucionárias do espaço alcançariam o Paraíso, e a emoção de todos os tempos percorreu as cortes celestes quando o primeiro peregrino, de fato, chegou.

24:6:8 2706 O nome desse peregrino descobridor de Havona é Grandfanda, e ele veio do planeta 341 do sistema 84 da constelação 62 do universo local 1 131 situado no superuniverso de número um. A sua chegada foi o sinal do estabelecimento do serviço de teletransmissão do universo dos universos. Até então, apenas as transmissões dos superuniversos e dos universos locais haviam estado em operação, mas o anúncio da chegada de Grandfanda, nos portais de Havona, assinalou a inauguração dos “informes espaciais da glória”, assim denominados porque a transmissão inicial universal informava a chegada a Havona do primeiro ser evolucionário a conseguir a entrada na meta da existência ascendente.

24:6:9 2707 Os Guias dos Graduados nunca deixam os mundos de Havona; eles dedicam-se ao serviço dos peregrinos graduados do tempo e do espaço. E vós ireis, em algum tempo, encontrar esses seres nobres face a face, se não rejeitardes o plano certo e todo-perfeccionado que está destinado a efetivar a vossa sobrevivência e ascensão.

7. A ORIGEM DOS GUIAS DOS GRADUADOS


24:7:1 2708 Embora a evolução não seja a norma do universo central, acreditamos que os Guias dos Graduados sejam os membros perfeccionados ou mais experientes de uma outra ordem de criaturas do universo central, a dos Servidores de Havona. Os Guias dos Graduados dão prova de uma simpatia tão ampla e de uma capacidade tal para compreender as criaturas ascendentes, que nós estamos convencidos de que eles adquiriram essa cultura servindo efetivamente nos reinos dos superuniversos, como os Servidores de Havona de ministração universal. Se esse ponto de vista não estivesse correto, como então poderíamos explicar o desaparecimento contínuo dos servidores mais antigos ou mais experientes?

24:7:2 2711 Um servidor que fique ausente longamente de Havona, em um compromisso no superuniverso, tendo estado anteriormente em muitas dessas missões, ao retornar à sua casa, ser-lhe-á concedido o privilégio de “contato pessoal” com o Brilho Central do Paraíso, será abraçado pelas Pessoas Luminosas, e desaparecerá do reconhecimento dos seus companheiros espirituais, para nunca mais reaparecer entre os da sua espécie.

24:7:3 2712 Ao retornar do serviço no superuniverso, um Servidor de Havona pode desfrutar de inúmeros abraços divinos e deles emergir simplesmente como um servidor enaltecido. Experienciar o abraço luminoso não significa necessariamente que o servidor deva transformar-se em um Guia dos Graduados, mas quase um quarto daqueles que alcançam o abraço divino nunca retorna para o serviço dos reinos.

24:7:4 2713 Nos arquivos superiores, aparece uma sucessão de registros como este:

24:7:5 2714 “E o servidor de número 842 842 682 846 782 de Havona, de nome Sudna, veio do serviço do superuniverso, foi recebido no Paraíso, conheceu o Pai, entrou no abraço divino, e não mais existe. ”

24:7:6 2715 Quando uma anotação como essa aparece nos registros, a carreira desse servidor está encerrada. Mas, depois de apenas três momentos (um pouco menos do que três dias do vosso tempo), um Guia de Graduados recém-nascido “espontaneamente” aparece no circuito exterior do universo de Havona. E o número de Guias de Graduados, com pouquíssima diferença, sem dúvida, devido àqueles em transição, iguala-se exatamente ao número dos servidores desaparecidos.

24:7:7 2716 Há uma razão adicional para supor que os Guias dos Graduados sejam os Servidores de Havona evoluídos, e essa é a tendência infalível que esses guias e os seus colaboradores servidores têm para formar relacionamentos tão extraordinários. A maneira pela qual os seres dessas ordens supostamente separadas de seres compreendem e simpatizam uns com os outros é totalmente inexplicável. É reconfortante e inspirador presenciar a sua devoção mútua.

24:7:8 2717 Os Sete Espíritos Mestres e os Sete Diretores Supremos do Poder coligados são, respectivamente, os depositários pessoais do potencial da mente e do potencial de poder do Ser Supremo, pois este ainda não os opera pessoalmente. E quando esses coligados do Paraíso colaboram para criar os Servidores de Havona, estes últimos ficam inerentemente envolvidos em certas fases da Supremacia. Os Servidores de Havona são, pois, assim, um reflexo, no universo central perfeito, de certas potencialidades evolucionárias dos domínios do espaço-tempo, e tudo isso é revelado quando um servidor passa pela transformação da sua recriação. Acreditamos que essa transformação aconteça em resposta à vontade do Espírito Infinito, sem dúvida agindo em nome do Supremo. Os Guias dos Graduados não são criados pelo Ser Supremo, mas todos nós conjecturamos que a Deidade experiencial, de algum modo, está relacionada com as transações que trazem esses seres à existência.

24:7:9 2718 A Havona que agora é atravessada pelos mortais ascendentes difere, sob muitos aspectos, do universo central tal como era antes dos tempos de Grandfanda. A chegada dos ascendentes mortais, aos circuitos de Havona, inaugurou modificações radicais na organização da criação divina central, modificações sem dúvida iniciadas pelo Ser Supremo – o Deus das criaturas evolucionárias –, em resposta à chegada dos seus primeiros filhos experienciais dos sete superuniversos. O aparecimento dos Guias dos Graduados, junto com a criação dos supernafins terciários, é indicativo dessas atuações de Deus, o Supremo.

24:7:10 2721 [Apresentado por um Conselheiro Divino de Uversa.]

DOCUMENTO 25

AS HOSTES DE MENSAGEIROS DO ESPAÇO
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As Hostes de Mensageiros do Espaço estão em um nível intermediário da família do Espírito Infinito. Estes seres versáteis funcionam como elos de ligação entre as personalidades mais elevadas e os espíritos ministradores. As hostes de mensageiros incluem as seguintes ordens de seres celestes:

2732 1. Servidores de Havona.

2733 2. Conciliadores Universais.

2734 3. Conselheiros Técnicos.

2735 4. Custódios dos Registros do Paraíso.

2736 5. Registradores Celestes.

2737 6. Companheiros Moronciais.

2738 7. Companheiros do Paraíso.

25:0:2 2739 Dos sete grupos enumerados, apenas três – o dos Servidores, dos Conciliadores e dos Companheiros Moronciais – são criados como tais; os quatro restantes representam níveis a serem alcançados pelas ordens angélicas. De acordo com a natureza inerente e o status alcançado, as hostes dos mensageiros servem de modos variados no universo dos universos, mas submetidas sempre à direção daqueles que governam os reinos dos seus compromissos.

1. OS SERVIDORES DE HAVONA


25:1:1 27310 Embora denominadas Servidores, estas “criaturas intermediárias” do universo central não são servas no sentido mais comum da palavra. No mundo espiritual, não existe algo como o trabalho servil; todo o serviço é sagrado e apaixonante; e os seres das ordens mais elevadas tampouco desdenham as ordens inferiores de existência.

25:1:2 27311 Os Servidores de Havona são o resultado de um trabalho criativo conjunto dos Sete Espíritos Mestres e seus colaboradores, os Sete Diretores Supremos de Potência. Essa colaboração criativa é a que mais se aproxima do modelo para a longa lista de reproduções de ordem dual nos universos evolucionários, estendendo-se desde a criação de um Brilhante Estrela Matutino, pelo enlace de um Filho Criador com um Espírito Criativo Materno, até a procriação sexuada em mundos como Urântia.

25:1:3 27312 O número de Servidores é prodigioso, e mais deles estão sendo criados a todo o tempo. Eles surgem em grupos de mil, no terceiro momento que se segue à reunião dos Espíritos Mestres e dos Diretores Supremos do Poder, na sua área conjunta no distante setor norte do Paraíso. Cada quarto servidor criado tem um tipo mais físico do que os outros; isto é, em cada mil deles, setecentos e cinqüenta são aparentemente fiéis ao tipo espiritual, mas duzentos e cinqüenta são de natureza semifísica. Essas quartas criaturas, de algum modo, são da ordem dos seres materiais (materiais no sentido que isso tem em Havona), mais semelhantes aos diretores físicos do poder do que aos Espíritos Mestres.

25:1:4 2741 Nas relações de personalidade, o espiritual é dominante sobre o material, ainda que não pareça ser assim agora em Urântia e, na produção dos Servidores de Havona, a lei do predomínio do espírito prevalece; a proporção estabelecida é de três seres espirituais para um semifísico.

25:1:5 2742 Os Servidores recém-criados, junto com os Guias Graduados recém-surgidos, passam todos pelos cursos de aprendizado que os Guias seniores continuamente dirigem em cada um dos sete circuitos de Havona. Os servidores são designados, então, para as atividades às quais estão mais bem adaptados e, já que são de dois tipos – o espiritual e o semifísico –, há poucos limites ao tipo de trabalho que esses seres versáteis podem fazer. Os grupos mais elevados, ou espirituais, são seletivamente designados para os serviços do Pai, do Filho e do Espírito, e para o trabalho dos Sete Espíritos Mestres. São despachados em grande número, de tempos em tempos, para servirem nos mundos de estudo que circundam as esferas-sede centrais dos sete superuniversos, os mundos devotados ao aperfeiçoamento final e à cultura espiritual das almas ascendentes do tempo que se estão preparando para avançar até os circuitos de Havona. Tanto os Servidores espirituais quanto os seus semelhantes mais físicos são também designados como assistentes e associados dos Guias Graduados, na ajuda e na instrução das várias ordens de criaturas ascendentes que alcançaram Havona e que buscam alcançar o Paraíso.

25:1:6 2743 Os Servidores de Havona e os Guias Graduados manifestam uma devoção transcendente ao seu trabalho e uma afeição comovente uns pelos outros, afeição esta que, ainda que espiritual, vós só poderíeis compreender por meio de uma comparação com o fenômeno do amor humano. Quando os Servidores são despachados em missões além dos limites do universo central, como freqüentemente ocorre, a sua separação dos Guias tem um comovedor aspecto divino; mas eles partem com alegria, e não com tristeza. O júbilo de satisfação por prestarem deveres elevados é a emoção preponderante dos seres espirituais. A tristeza não pode existir em face da consciência do dever divino fielmente cumprido. E, quando a alma ascendente do homem se coloca perante o Juiz Supremo, a decisão de importância eterna não será determinada por êxitos materiais, nem por sucessos quantitativos; o veredicto que reverbera nas altas cortes declara: “Muito bem, servidor bom e fiel; tu tens sido fiel em alguns pontos essenciais; tu governarás as realidades universais”.

25:1:7 2744 No serviço do superuniverso, os Servidores de Havona são sempre designados para o domínio presidido pelo Espírito Mestre ao qual eles mais se assemelham pelas suas prerrogativas de espírito em geral e em especial. Eles servem apenas nos mundos educacionais circunvizinhos das capitais dos sete superuniversos, e o último relatório de Uversa indica que quase 138 bilhões de Servidores estavam servindo nos seus 490 satélites. Eles abraçam uma variedade sem fim de atividades ligadas ao trabalho desses mundos educacionais, que compreendem as superuniversidades do superuniverso de Orvonton. Ali, eles são os vossos companheiros; eles desceram do domínio da vossa próxima carreira para estudar-vos e inspirar-vos com a realidade e a certeza da vossa graduação final de saída dos universos do tempo, para os domínios da eternidade. E, nesses contatos, os Servidores ganham aquela experiência preliminar de ministração às criaturas ascendentes do tempo, que é de tanta ajuda no seu trabalho subseqüente, nos circuitos de Havona, como colaboradores dos Guias Graduados ou – como Servidores transferidos – como os próprios Guias Graduados.

2. OS CONCILIADORES UNIVERSAIS


25:2:1 2751 Para cada Servidor de Havona criado, sete Conciliadores Universais são trazidos à existência, um em cada superuniverso. Esse ato criativo envolve uma técnica superuniversal definida de resposta refletiva às transações que têm lugar no Paraíso.

25:2:2 2752 Nos mundos-sede dos sete superuniversos, funcionam as sete reflexões dos Sete Espíritos Mestres. É difícil tentar retratar, para a mente material, as naturezas desses Espíritos Refletivos. Eles são personalidades verdadeiras; e, ainda assim, cada membro do grupo de um superuniverso é o reflexo perfeito de apenas um dos Sete Espíritos Mestres. E, cada vez que os Espíritos Mestres se associam aos diretores de potência, com o propósito de criar um grupo de Servidores de Havona, acontece uma focalização simultânea em um dos Espíritos Refletivos de cada um dos grupos, nos superuniversos e, imediata e plenamente, surge um número igual de Conciliadores Universais nos mundos-sede das supercriações. Se, para a criação dos Servidores, é o Espírito Mestre de Número Sete que deve tomar a iniciativa, ninguém senão os Espíritos Refletivos da sétima ordem é que se engravidariam de Conciliadores; e, concomitantemente com a criação de mil Servidores orvontonianos, mil Conciliadores da sétima ordem devem aparecer em cada capital dos superuniversos. Desses episódios, que refletem a natureza sétupla dos Espíritos Mestres, nascem as sete ordens criadas de Conciliadores que servem em cada superuniverso.

25:2:3 2753 Os Conciliadores de status pré-paradisíaco não servem por meio de trocas entre superuniversos, ficando restritos ao segmento nativo da criação. Cada corpo superuniversal, abrangendo um sétimo de cada ordem criada, passa, portanto, um tempo muito longo sob a influência de um dos Espíritos Mestres, excluindo os outros, pois, enquanto todos os sete são refletidos para as capitais dos superuniversos, apenas um é o dominante em cada supercriação.

25:2:4 2754 Cada uma das sete supercriações está efetivamente impregnada pelo Espírito Mestre que preside aos seus destinos. Cada superuniverso, assim, torna-se um espelho gigantesco, refletindo a natureza e o caráter do Espírito Mestre que o supervisiona, e tudo isso ainda tem continuação em cada universo local subsidiário, pela presença e função dos Espíritos Maternos Criativos. O efeito desse ambiente sobre o crescimento evolucionário é tão profundo que, nas suas carreiras pós-superuniversais, os Conciliadores manifestam coletivamente quarenta e nove pontos de vista experienciais, ou discernimentos interiores, cada um de um ângulo – incompleto, portanto –, mas todos se compensando mutuamente e, juntos, tendendo a abranger o círculo da Supremacia.

25:2:5 2755 Em cada superuniverso, os Conciliadores Universais encontram-se segregados, inata e estranhamente, em grupos de quatro, e, interassociados assim, continuam a servir. Em cada grupo, três são personalidades espirituais e uma, como a quarta das criaturas dos servidores, é um ser semimaterial. Esse quarteto constitui uma comissão conciliadora e é formada como se descreve a seguir:

25:2:6 2756 1. O Juiz-Árbitro. Aquele que é designado, por unanimidade, pelos outros três como o mais competente e mais bem qualificado para atuar como o dirigente judiciário do grupo.

25:2:7 2757 2. O Advogado Espiritual. Aquele que é apontado pelo juiz-árbitro para apresentar as evidências e salvaguardar os direitos de todas as personalidades envolvidas em qualquer questão designada para julgamento pela comissão de conciliação.

25:2:8 2761 3. O Executor Divino. O conciliador qualificado, pela sua natureza inerente, para fazer contato com os seres materiais dos reinos e para executar as decisões da comissão. Os Executores divinos, sendo quartas criaturas – seres quase materiais –, são quase, mas não completamente, visíveis para a vista de curto alcance das raças mortais.

25:2:9 2762 4. O Registrador. O membro restante da comissão, automaticamente, torna-se o registrador, o escrevente do tribunal. Ele assegura que todos os registros sejam adequadamente preparados para os arquivos do superuniverso e para os registros do universo local. Se a comissão está servindo em um mundo evolucionário, um terceiro relato, com a assistência do Executor, é preparado para os registros físicos do governo do sistema da jurisdição.

25:2:10 2763 Quando em sessão, uma comissão funciona como um grupo de três, pois o advogado é destacado durante o julgamento e participa da formulação do veredicto apenas na conclusão da audiência. E é por isso que essas comissões são algumas vezes chamadas de trios de arbitragem.

25:2:11 2764 Os Conciliadores são de muito valor para manter o universo dos universos funcionando em harmonia. Atravessando o espaço com a velocidade seráfica tríplice, eles servem como cortes itinerantes nos mundos, como comissões devotadas ao julgamento rápido das dificuldades menores. Não fosse por essas comissões móveis e eminentemente equânimes, os tribunais das esferas estariam irremediavelmente sobrecarregados com os desentendimentos menores dos reinos.

25:2:12 2765 Esses trios de árbitros não julgam as questões de importância eterna; a alma, a perspectiva eterna de uma criatura do tempo, nunca é colocada em perigo pelos atos deles. Os Conciliadores não lidam com questões que ultrapassam a existência temporal e o bem-estar cósmico das criaturas do tempo. Contudo, uma vez que uma comissão haja aceitado a jurisdição de um problema, as suas determinações são finais e sempre unânimes; não há apelo quanto à decisão do juiz-árbitro.

3. O AMPLO SERVIÇO DOS CONCILIADORES


25:3:1 2766 Os Conciliadores mantêm sedes grupais na capital do seu superuniverso, onde a sua corporação principal de reserva é mantida. As suas reservas secundárias ficam estacionadas nas capitais dos universos locais. Os comissários mais jovens e menos experientes começam o seu serviço nos mundos inferiores, mundos como Urântia, e avançam para o julgamento de problemas maiores, depois de haverem amadurecido em experiência.

25:3:2 2767 A ordem dos Conciliadores é totalmente digna de confiança, nenhum deles jamais se desviou. Embora não sejam infalíveis em sabedoria e em julgamento, a sua confiabilidade é inquestionável e a sua fidelidade é infalível. Eles têm origem na sede de um superuniverso e, finalmente, voltam para lá, avançando pelos níveis seguintes de serviço no universo:

25:3:3 2768 1 . Os Conciliadores dos Mundos. Sempre que as personalidades supervisoras dos mundos individuais ficam altamente perplexas, ou em um impasse de fato, quanto ao procedimento adequado sob as circunstâncias existentes, e se a questão não é de importância suficiente para ser apresentada aos tribunais regularmente constituídos do reino, então, após receber uma petição de duas personalidades, uma de cada uma das partes em contenda, uma comissão conciliadora começará imediatamente a funcionar.

25:3:4 2771 Depois que essas dificuldades administrativas e jurídicas hajam sido colocadas nas mãos dos Conciliadores, para estudo e julgamento, eles tornam-se supremos em autoridade. Mas eles não formularão uma decisão até que todas as evidências tenham sido examinadas, e não há absolutamente nenhum limite para a sua autoridade de convocar testemunhas de todo e qualquer lugar. E, conquanto não possa haver apelação das suas decisões, algumas vezes, as questões desenvolvem-se de um modo tal que a comissão fecha os seus registros, em um determinado ponto, conclui as suas opiniões e transfere toda a questão para um tribunal mais elevado do reino.

25:3:5 2772 As decisões dos comissários são colocadas nos registros do planeta e, se necessário, são levadas a efeito pelo Executor divino. O seu poder é muito grande, e o alcance das suas atividades em um mundo habitado é bastante amplo. Os Executores divinos são manipuladores exímios de tudo o que seria de interesse daquilo que deveria ser. O seu trabalho, por vezes, é executado para o bem-estar aparente do reino e, por vezes, os seus atos, nos mundos do tempo e do espaço, são de difícil explicação. Embora os seus decretos não sejam executados em desafio à lei natural, nem à ordem usual do reino, freqüentemente eles realizam os seus estranhos feitos e impõem os mandatos dos Conciliadores de acordo com as leis mais altas da administração do sistema.

25:3:6 2773 2. Os Conciliadores das Sedes dos Sistemas. Depois de servir nos mundos evolucionários, essas comissões de quatro integrantes são promovidas para serviço em uma sede de sistema. Ali, há muito trabalho para ser executado, e elas demonstram ser amigas compreensivas dos homens, dos anjos e de outros seres espirituais. Os trios de arbitragem não se interessam tanto pelas diferenças pessoais quanto pelas contendas grupais e pelos desentendimentos que surgem entre ordens diferentes de criaturas; pois, na sede de um sistema, vivem tanto seres espirituais quanto materiais, e também os tipos combinados, tais como os Filhos Materiais.

25:3:7 2774 No momento em que os Criadores trazem à existência indivíduos em evolução com o poder de escolha, nesse momento, o trabalho suave da perfeição divina fica de lado; é certo que desentendimentos surgirão, e devem ser tomadas medidas para o acerto equânime dessas diferenças sinceras de pontos de vista. Deveríamos todos lembrar-nos de que os Criadores todo-sábios e Todo-Poderosos poderiam ter feito os universos locais tão perfeitos quanto Havona, pois as comissões de conciliação não necessitam funcionar no universo central. Mas os Criadores não escolheram, com a sua sabedoria total, fazer assim. E, conquanto eles hajam produzido universos nos quais as diferenças abundam e as dificuldades fervilham, do mesmo modo, eles muniram os universos de mecanismos e de meios para que todas essas diferenças sejam acomodadas e para harmonizar toda essa confusão aparente.

25:3:8 2775 3. Os Conciliadores das Constelações. Depois de prestar serviço nos sistemas, os Conciliadores são promovidos para o julgamento dos problemas de uma constelação, encarregando-se das dificuldades menores que surgem entre os seus cem sistemas de mundos habitados. Não são muitos os problemas que, desenvolvendo-se na sede da constelação, caem sob a sua jurisdição; mas eles se mantêm ocupados, indo de sistema em sistema, coletando evidências e preparando as declarações preliminares. Se a contenda é sincera, se as dificuldades surgem de diferenças francas de opinião e de uma diversidade honesta de pontos de vista, não importa que sejam poucas as pessoas envolvidas, não importa quão aparentemente trivial seja o mal-entendido, uma comissão de conciliação pode sempre julgar os méritos dentro da controvérsia.

25:3:9 2776 4. Os Conciliadores dos Universos Locais. Neste trabalho mais abrangente de um universo, os comissários são de grande ajuda, tanto para os Melquisedeques quanto para os Filhos Magisteriais e para os governantes das constelações e as hostes de personalidades envolvidas na coordenação e na administração das cem constelações. As ordens diferentes de serafins e de outros residentes das esferas-sedes de um universo local também utilizam a ajuda e as decisões dos trios de arbitragem.

25:3:10 2781 É quase impossível explicar a natureza dessas diferenças, as quais podem surgir nos assuntos detalhados de um sistema, constelação ou universo. As dificuldades surgem, mas são muito diferentes da pequenez dos pleitos e provações da existência material, do modo como são vividos nos mundos evolucionários.

25:3:11 2782 5 . Os Conciliadores dos Setores Menores do Superuniverso. Depois dos problemas dos universos locais, os comissários avançam, passando ao estudo das questões que surgem nos setores menores do seu superuniverso. Quanto mais se eleva interiormente, afastando-se dos planetas individuais, menos o Executor divino tem questões materiais sob o seu dever; gradualmente ele assume um novo papel de intérprete da justiça-misericórdia, ao mesmo tempo – sendo quase material – mantendo a comissão, como um todo, em compassivo contato com os aspectos materiais das suas investigações.

25:3:12 2783 6. Os Conciliadores dos Setores Maiores do Superuniverso. O caráter do trabalho dos comissários continua a mudar, à medida que eles avançam. Há cada vez menos desentendimentos para julgar e cada vez mais fenômenos misteriosos para explicar e interpretar. De estágio em estágio, eles evoluem, passando de árbitros de divergências a explicadores de mistérios – são juízes que evoluem até o estado de educadores interpretativos. Árbitros eles foram, uma vez, daqueles que, por causa da ignorância, permitiram que dificuldades e desentendimentos surgissem; mas agora eles estão se transformando em instrutores daqueles que são inteligentes e tolerantes o suficiente para evitar os choques de mentes e as guerras de opiniões. Quanto mais elevada é a educação de uma criatura, mais respeito ela terá pelo conhecimento, pela experiência e pelas opiniões dos outros.

25:3:13 2784 7. Os Conciliadores do Superuniverso. Aqui, os Conciliadores tornam-se coordenados – quatro árbitros-educadores mutuamente em compreensão e funcionando perfeitamente. O Executor divino é despojado do seu poder distributivo e torna-se a voz física do trio espiritual. Nesse momento, esses conselheiros e educadores ter-se-ão tornado profundamente familiarizados com a maioria dos problemas e dificuldades reais encontrados na conduta dos assuntos do superuniverso. Assim, eles transformam-se em Conselheiros maravilhosos e em educadores sábios dos peregrinos ascendentes que têm residência nas esferas educacionais circunvizinhas dos mundos-sedes dos superuniversos.

25:3:14 2785 Todos os Conciliadores servem sob a supervisão geral dos Anciães dos Dias e sob a direção imediata dos Auxiliares de Imagens, até o momento em que avançam rumo ao Paraíso. Durante a permanência no Paraíso, eles reportam-se ao Espírito Mestre que preside ao superuniverso da sua origem.

25:3:15 2786 Os registros dos superuniversos não enumeram aqueles Conciliadores que passaram adiante da sua jurisdição, e essas comissões estão amplamente espalhadas no grande universo. O último relatório de registro de Uversa dá o número dos que operam em Orvonton como sendo de quase dezoito trilhões de comissões – mais de setenta trilhões de indivíduos. Mas estes são somente uma pequena fração da multidão dos Conciliadores que têm sido criados em Orvonton; esse número acaba sendo de uma magnitude ainda mais elevada e é equivalente ao número total de Servidores de Havona, com uma margem para a transmutação em Guias Graduados.

25:3:16 2787 De tempos em tempos, à medida que cresce o número de Conciliadores dos superuniversos, eles são transladados para o conselho de perfeição no Paraíso, do qual depois emergem como corporificações de coordenadores evolucionados por meio do Espírito Infinito, para o universo dos universos: um grupo maravilhoso de seres que está crescendo constantemente em número e em eficiência. Por meio da ascensão experiencial e pelo aperfeiçoamento no Paraíso, eles adquirem uma compreensão única da realidade emergente do Ser Supremo, e viajam pelo universo dos universos em missões especiais.

25:3:17 2791 Os membros de uma comissão de conciliação nunca se separam. Um grupo de quatro seres juntos serve para sempre, exatamente como foram ligados originalmente. Mesmo no seu serviço glorificado, eles continuam a funcionar como quartetos de experiência cósmica acumulada e de sabedoria experiencial perfeccionada. Eles ficam eternamente associados como uma corporificação da justiça suprema do tempo e do espaço.

4. OS CONSELHEIROS TÉCNICOS


25:4:1 2792 Estas mentes jurídicas e técnicas do mundo espiritual não foram criadas como tais. O Espírito Infinito selecionou, dentre os primeiros supernafins e omniafins, um milhão de mentes, das mais ordenadas, como núcleo desse grupo vasto e versátil. E, desde esse tempo longínquo, uma experiência real, na aplicação das leis da perfeição aos planos da criação evolucionária, tem sido requisitada de todos os que aspiram a tornar-se Conselheiros Técnicos.

25:4:2 2793 Os Conselheiros Técnicos são recrutados das fileiras das ordens das seguintes personalidades:

2795 1. Os Supernafins.

2796 2. Os Seconafins.

2797 3. Os Tertiafins.

2798 4. Os Omniafins.

2799 5. Os Serafins.

27910 6. Certos Tipos de Mortais Ascendentes.

27911 7. Certos Tipos de Criaturas Intermediárias Ascendentes.

25:4:3 27912 No momento presente, não contando os mortais e as criaturas intermediárias, que são de designação transitória, o número de Conselheiros Técnicos registrado em Uversa e operando em Orvonton excede ligeiramente aos sessenta e um trilhões.

25:4:4 27913 Os Conselheiros Técnicos freqüentemente funcionam como indivíduos, mas estão organizados para o serviço e mantêm sedes centrais comuns nas esferas da sua designação, em grupos de sete. Em cada grupo, ao menos cinco devem ser de status permanente, enquanto dois podem ser de vínculo temporário. Os mortais ascendentes e as criaturas intermediárias ascendentes servem nessas comissões de conselho enquanto estão buscando sua ascensão ao Paraíso, mas não entram nos cursos regulares de aperfeiçoamento para Conselheiros Técnicos, e jamais se tornam membros permanentes da ordem.

25:4:5 27914 Os mortais e as criaturas intermediárias que servem transitoriamente com os Conselheiros são escolhidos para esse trabalho conforme a sua perícia no conceito da lei universal e da justiça suprema. À medida que vós fordes caminhando em direção à meta do Paraíso, constantemente adquirindo mais conhecimento e maior habilidade, ser-vos-ão dadas oportunidades contínuas de passardes a outros a sabedoria e a experiência que já houverdes acumulado; em todo o caminho até Havona, vós estareis fazendo o papel de um aluno-mestre. Vós ireis elaborar o vosso caminho, nos níveis ascendentes dessa vasta universidade experiencial, repartindo com aqueles abaixo de vós os conhecimentos recém-adquiridos no avançar da vossa carreira. No regime universal, vós só sereis considerados como possuidores, vós próprios, do conhecimento e da verdade, quando houverdes demonstrado a vossa capacidade e a vossa vontade de passar esse conhecimento e essa verdade aos outros.

25:4:6 2801 Depois de um longo aperfeiçoamento e de uma experiência factual, a qualquer dos espíritos ministradores, acima do status de querubim, é permitido receber uma indicação permanente como Conselheiro Técnico. Todos os candidatos entram voluntariamente nessa ordem de serviço; todavia, uma vez tendo assumido tais responsabilidades, eles não podem abandoná-las. Apenas os Anciães dos Dias podem transferir esses Conselheiros para outras atividades.

25:4:7 2802 O aperfeiçoamento dos Conselheiros Técnicos, iniciado nas Faculdades Melquisedeques dos universos locais, continua até as cortes dos Anciães dos Dias. Desse aperfeiçoamento, no superuniverso, eles vão para as “escolas dos sete círculos”, localizadas nos mundos-pilotos dos circuitos de Havona. E, depois dos mundos-pilotos, eles são recebidos nas “Faculdades de ética da lei e de técnica da Supremacia”, a escola de aperfeiçoamento do Paraíso, para aperfeiçoar os Conselheiros Técnicos.

25:4:8 2803 Esses Conselheiros são mais do que peritos jurídicos; eles são estudantes e professores da lei aplicada, as leis do universo aplicadas às vidas e destinos de todos os que habitam os vastos domínios da imensa criação. À medida que passa o tempo, eles transformam-se nas bibliotecas vivas sobre a lei do tempo e do espaço, solucionando problemas sem fim e impedindo demoras desnecessárias, instruindo as personalidades do tempo a respeito das formas e modos de procedimento mais aceitáveis para os governantes da eternidade. Desse modo, eles ficam aptos a aconselhar os trabalhadores do espaço, de modo a torná-los capazes de funcionar em harmonia com os pré-requisitos do Paraíso; eles são os professores de todas as criaturas, no que diz respeito às técnicas dos Criadores.

25:4:9 2804 Uma tal biblioteca viva, da lei aplicada, não poderia ser criada; esses seres devem evoluir por meio da experiência real. As Deidades infinitas são existenciais e, portanto, têm compensada a sua falta de experiência, elas sabem de tudo, antes mesmo de experienciar todas e quaisquer coisas, mas elas não passam esse conhecimento não experiencial às suas criaturas subordinadas.

25:4:10 2805 Os Conselheiros Técnicos dedicam-se ao trabalho de impedir os atrasos, facilitando o progresso e aconselhando realizações. Há sempre um modo melhor e mais certo de se fazer as coisas; há sempre a técnica da perfeição, um método divino, e esses conselheiros sabem como encaminhar-nos a todos para encontrarmos esse modo melhor.

25:4:11 2806 Esses seres extremamente sábios e práticos estão estreitamente ligados, sempre, ao serviço e ao trabalho dos Censores Universais. Os Melquisedeques têm à sua disposição um corpo de peritos. Os governantes dos sistemas, constelações, universos e setores dos superuniversos estão todos amplamente supridos dessas mentes referenciais técnicas ou jurídicas do mundo espiritual. Um grupo especial atua como conselheiro legal para os Portadores da Vida, aconselhando a esses Filhos a respeito de quanto lhes é permitido afastar-se da ordem estabelecida da propagação da vida e instruindo-os, também, a respeito das suas prerrogativas e da amplitude da sua função. Eles são conselheiros para todas as classes de seres, sobre os usos adequados e as técnicas de todas as transações do mundo do espírito. Todavia, eles não lidam direta nem pessoalmente com as criaturas materiais dos reinos.

25:4:12 2807 Além de aconselhar sobre os usos legais, os Conselheiros Técnicos devotam-se igualmente à interpretação eficiente de todas as leis que concernem às criaturas – físicas, mentais e espirituais. Eles estão disponíveis para os Conciliadores Universais e todos aqueles que desejarem saber a verdade da lei; em outras palavras, saber como se pode confiar, na Supremacia da Deidade, para reagir diante de uma dada situação que comporta fatores de uma ordem física, mental ou espiritual estabelecida. Eles tentam, mesmo, elucidar a técnica do Último.

25:4:13 2811 Os Conselheiros Técnicos são seres selecionados e testados; eu nunca soube que um deles se houvesse desviado. Não temos registros, em Uversa, de que eles alguma vez tenham sido julgados por desacato às leis divinas; leis que, de um modo tão eficaz e tão eloqüente, eles próprios expõem e interpretam. Não há limite conhecido para o domínio do serviço deles, e tampouco contra seu progresso. Eles continuam como conselheiros até mesmo diante dos portais do Paraíso; o universo todo, da lei e da experiência, está aberto para eles.

5. OS CUSTÓDIOS DOS REGISTROS NO PARAÍSO


25:5:1 2812 Dentre os supernafins terciários de Havona, são escolhidos alguns dos registradores comandantes mais experientes, para serem os Custódios dos Registros, os mantenedores dos arquivos formais da Ilha da Luz, aqueles arquivos que fazem contraste com os arquivos de registros vivos nas mentes dos Custódios do conhecimento, algumas vezes designados como a “biblioteca viva do Paraíso”.

25:5:2 2813 Os anjos registradores dos planetas habitados são a fonte de todos os registros individuais. Em todos os universos, outros registradores funcionam, tanto como registros formais quanto como registros vivos. De Urântia até o Paraíso, ambos os registros são encontrados: em um universo local, um pouco mais dos registros escritos e menos dos registros vivos; no Paraíso, mais dos registros vivos e menos dos formais; em Uversa, ambos estão igualmente disponíveis.

25:5:3 2814 Na criação organizada e habitada, todo acontecimento de significação é motivo de registro. Enquanto os eventos cuja importância não é maior do que a local, tão somente é feito um registro local; aqueles de significação mais ampla são tratados de acordo. Dos planetas, sistemas e constelações de Nebadon, tudo o que tem importância para o universo fica assentado em Salvington; e, desta capital do universo, os episódios são passados para os registros mais elevados, que pertencem aos assuntos dos setores e dos supergovernos. O Paraíso também tem um sumário relevante dos dados dos superuniversos e de Havona; e esse relato histórico e cumulativo, do universo dos universos, está sob a custódia desses excelsos supernafins terciários.

25:5:4 2815 Conquanto alguns desses seres tenham sido despachados para os superuniversos, a fim de servirem como Comandantes dos Registros, dirigindo as atividades dos Registradores Celestes, nenhum jamais foi removido da lista permanente da sua ordem.

6. OS REGISTRADORES CELESTES


25:6:1 2816 Estes são os registradores que elaboram todos os arquivos em duplicata, efetuando um registro espiritual original e uma contrapartida semimaterial – aquilo que poderia ser chamado de cópia feita com papel carbono. E eles podem fazer isso, por causa da sua capacidade peculiar de manipular simultaneamente tanto a energia espiritual quanto a material. Os Registradores Celestes não são criados como tais; eles são serafins ascendentes dos universos locais. São recebidos, classificados e designados para as suas esferas de trabalho, pelos conselhos dos Comandantes dos Registros nas sedes centrais dos sete superuniversos. Também lá estão localizadas as escolas de aperfeiçoamento dos Registradores Celestes. A escola em Uversa é dirigida pelos Perfeccionadores da Sabedoria e pelos Conselheiros Divinos.

25:6:2 2817 À medida que os registradores, em um universo, avançam no serviço, eles continuam o seu sistema de registro dual, tornando assim os seus registros sempre acessíveis a todas as classes de seres, desde os da ordem material até os elevados espíritos de luz. Na vossa experiência de transição, à medida que vós ascenderdes desse mundo material, vós sereis sempre capazes de consultar os arquivos e, por outro lado, de relacionar-vos com os registros da história e das tradições da vossa esfera de status.

25:6:3 2821 Os registradores são um corpo testado e provado. Eu nunca soube da deserção de um Registrador Celeste, e nunca foi descoberta uma falsificação nos seus registros. Eles são sujeitos a uma inspeção dual, os seus registros são minuciosamente examinados pelos seus elevados companheiros de Uversa e pelos Mensageiros Poderosos, que certificam sobre a exatidão das duplicatas quase físicas dos registros espirituais originais.

25:6:4 2822 Embora seja de trilhões sobre trilhões o número dos registradores progressivos estacionados nas esferas de registro subordinadas dos universos de Orvonton, o número daqueles que alcançaram esse status em Uversa não é senão de menos de oito milhões. Esses registradores seniores, ou graduados, são os Custódios do superuniverso e os transmissores dos arquivos do tempo e do espaço sob a sua responsabilidade. A sua sede central permanente fica nas moradas circulares que circundam a área dos registros em Uversa. Eles nunca entregam a custódia desses registros a outros; como indivíduos, eles podem ausentar-se, mas nunca em grande número.

25:6:5 2823 Como esses supernafins que se tornaram os Custódios dos Registros, o corpo dos Registradores Celestes é de compromisso permanente. Uma vez que os serafins e os supernafins passam a pertencer a esses serviços, eles irão respectivamente permanecer como Registradores Celestes e Custódios dos Arquivos até o dia de uma administração nova e modificada na personalização plena de Deus, o Supremo.

25:6:6 2824 Em Uversa, esses Registradores Celestes seniores podem mostrar os registros de tudo o que contiver importância cósmica em todo o Orvonton, desde os longínquos dias da chegada dos Anciães dos Dias; enquanto, na Ilha Eterna, os Custódios dos Registros guardam os arquivos daquele reino os quais atestam as transações do Paraíso desde os tempos da personificação do Espírito Infinito.

7. OS COMPANHEIROS MORONCIAIS


25:7:1 2825 Estes filhos do Espírito Materno do universo local são os amigos e colaboradores de todos aqueles que passam pela vida moroncial ascendente. Eles não são indispensáveis ao verdadeiro trabalho de progressão de uma criatura, na sua ascensão, nem substituem, em nenhum sentido, o trabalho dos guardiães seráficos que freqüentemente acompanham os seus companheiros mortais nas jornadas ao Paraíso. Os Companheiros Moronciais são simplesmente anfitriões graciosos para aqueles que estão começando a sua longa ascensão interior. Eles também são hábeis patrocinadores do lazer, sendo assistidos de modo competente, nesse trabalho, pelos diretores de retrospecção.

25:7:2 2826 Embora tenhais tarefas cada vez mais difíceis e sérias a executar, nos mundos do aperfeiçoamento moroncial de Nebadon, ser-vos-ão sempre proporcionadas temporadas regulares de descanso e de diversão. Durante a jornada ao Paraíso, haverá sempre tempo para o descanso e para o lazer espiritual; e, na carreira de luz e vida, há sempre tempo para a adoração e para as novas realizações.

25:7:3 2827 Esses Companheiros Moronciais associam-se de uma forma tão amigável que, quando finalmente deixardes a última fase da experiência moroncial e estiverdes preparando-vos para embarcar na aventura espiritual do superuniverso, vós ireis realmente lamentar que essas criaturas companheiras não possam acompanhar-vos, pois elas servem exclusivamente nos universos locais. Em todos os estágios da carreira ascendente, todas personalidades contatáveis serão tanto amigas quanto companheiras, mas, até encontrardes os Companheiros do Paraíso, nenhum outro grupo será tão devotado à amizade e ao companheirismo.

25:7:4 2831 O trabalho dos Companheiros Moronciais é descrito de um modo mais completo nas narrativas que lidam com os assuntos do vosso universo local.

8. OS COMPANHEIROS DO PARAÍSO


25:8:1 2832 Os Companheiros do Paraíso são um grupo composto, recrutado das fileiras dos serafins, seconafins, supernafins e omniafins. Embora servindo por um período de tempo que vós consideraríeis extremamente longo, eles não ficam nesse status permanentemente. Quando esse ministério houver sido completado, geralmente (mas não invariavelmente), eles retornam aos deveres que tinham quando convocados para o serviço no Paraíso.

25:8:2 2833 Os membros das hostes angélicas recebem convocações para esse serviço dos Espíritos Maternos dos universos locais, dos Espíritos Refletivos dos superuniversos e de Majeston do Paraíso. Eles são convocados para a Ilha Central ficando incumbidos da função de Companheiros do Paraíso por um dos Sete Espíritos Mestres. À parte o status permanente no Paraíso, esse serviço temporário de companheirismo, no Paraíso, é a mais alta honra já conferida aos espíritos ministradores.

25:8:3 2834 Esses anjos seletos dedicam-se ao serviço de companheirismo e são designados como colaboradores de todas as classes de seres que, circunstancialmente, estejam sozinhos no Paraíso, principalmente dos ascendentes mortais, mas também de todos os outros que estiverem a sós na Ilha Central. Os Companheiros do Paraíso nada têm de especial a realizar por aqueles com quem se confraternizam; eles são companheiros simplesmente. Quase todos os outros seres que vós mortais ireis encontrar, durante a vossa permanência no Paraíso – à parte os vossos semelhantes peregrinos –, terão algo definido a fazer convosco ou para vós; mas esses companheiros são designados apenas para estarem convosco e para comungarem convosco, como companheiros para a vossa personalidade. Eles freqüentemente são assistidos, na sua ministração, pelos graciosos e brilhantes Cidadãos do Paraíso.

25:8:4 2835 Os mortais vêm de raças que são muito sociáveis. Os Criadores sabem muito bem que “não é bom para o homem estar só” e então lhe é providenciada uma companhia, mesmo estando no Paraíso.

25:8:5 2836 Se vós, ascendentes mortais, alcançardes o Paraíso na companhia de um companheiro ou de um coligado próximo da vossa carreira na Terra, ou se o vosso guardião seráfico de destino tiver a chance de chegar convosco ou se estiver aguardando por vós, então nenhum companheiro permanente será designado para vós. Mas se chegardes sozinhos, um companheiro certamente irá receber-vos quando acordardes na Ilha da Luz, saindo do último sono do tempo. Ainda que seja sabido que vós sereis acompanhados por algum ser de ligação ascendente, companheiros temporários serão designados para dar-vos as boas-vindas às margens eternas e acompanhar-vos até a instalação preparada para receber-vos e aos vossos colaboradores. Vós podeis estar certos de que sereis calorosamente acolhidos, quando, nas margens perenes do Paraíso, experienciardes a ressurreição para a eternidade.

25:8:6 2837 Os companheiros dessa acolhida são designados durante os últimos dias da vossa permanência como ascendentes, no último circuito de Havona; e eles examinam cuidadosamente os registros da origem mortal e da vossa movimentada ascensão pelos mundos do espaço e pelos círculos de Havona. Quando saúdam os mortais do tempo, eles já estão bastante versados sobre as carreiras desses peregrinos que chegam e assim imediatamente demonstram ser companheiros surpreendentes e compassivos.

25:8:7 2838 Durante a vossa permanência como pré-finalitores no Paraíso, se, por qualquer razão, fordes separados temporariamente dos vossos companheiros na carreira ascendente – seres mortais ou seráficos –, um Companheiro do Paraíso será imediatamente designado para aconselhar-vos e acompanhar-vos. Uma vez designado para um mortal ascendente de residência solitária no Paraíso, o Companheiro permanece com essa pessoa até que ela se reúna de novo aos seus amigos ascendentes ou até que seja devidamente integrada ao Corpo de Finalidade.

25:8:8 2841 Os Companheiros do Paraíso são designados pela seqüência da espera, mas um ser ascendente nunca é entregue ao encargo de um companheiro cuja natureza seja diferente do seu tipo superuniversal. Se um mortal de Urântia estiver chegando ao Paraíso hoje, será designado para ele o primeiro companheiro, na espera, que seja originário de Orvonton ou cuja natureza seja a do Sétimo Espírito Mestre. Por isso é que o omniafim não serve junto às criaturas ascendentes dos sete superuniversos.

25:8:9 2842 Muitos serviços adicionais são prestados pelos Companheiros do Paraíso: se um mortal ascendente chegasse ao universo central sozinho e, enquanto atravessasse Havona, falhasse em alguma fase da aventura da Deidade, ele seria reenviado, no tempo devido, aos universos do tempo e logo seria feita uma chamada às reservas dos Companheiros do Paraíso. Um dos dessa ordem seria designado para seguir com o peregrino reprovado, com o fito de estar com ele, confortá-lo e alegrá-lo, e permanecer com ele até que retorne ao universo central para retomar a sua ascensão ao Paraíso.

25:8:10 2843 Se um peregrino ascendente deparar-se com a derrota, na aventura da Deidade, enquanto estiver atravessando Havona na companhia de um serafim ascendente, o anjo guardião da carreira mortal, este escolherá acompanhar o seu companheiro mortal. Esses serafins sempre se fazem voluntários e lhes é permitido acompanhar os seus antigos camaradas mortais de volta aos serviços do tempo e do espaço.

25:8:11 2844 Mas isso não acontece com dois mortais ascendentes estreitamente ligados: se um alcança Deus, enquanto o outro falha temporariamente, aquele que teve êxito individual, invariavelmente, escolhe ir de volta para as criações evolucionárias, junto com a personalidade que se decepcionou; mas isso não lhe é permitido. Em lugar disso, é feita uma chamada às reservas dos Companheiros do Paraíso, e um dos voluntários é escolhido para acompanhar o peregrino decepcionado. Um Cidadão do Paraíso voluntário, então, torna-se colaborador do mortal que teve êxito; e este permanece na Ilha Central à espera de que o camarada derrotado venha de Havona e, nesse meio tempo, leciona em algumas escolas do Paraíso, apresentando a sua história, repleta das aventuras de ascensão evolucionária.

25:8:12 2845 [Promovido por Um Elevado em Autoridade de Uversa.]

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